[A Cova de Machpela é o sítio onde estám enterrados Abraham, Isaac e Jacob. Este lugar foi adquirido por Abraham. A Cova é o segundo empraçamento sagrado dos judeus. Os insensatos governantes de Israel entregaram aos árabes a maior parte da Cova de Machpela, a pesar de que estes massacraram à comunidade judea na própria cidade de Hebron].

Yigal Amir, embora de facto não matou a Rabin, tem-se convertido num herói porque alçou uma pistola contra um destacadíssimo traidor, o criminal do Altalena. Gostaria-me pensar que o Dr. Baruch Goldstein se encaminhara aquele dia ao lugar sagrado dos judeus, profanado pelos árabes, exigindo vingança e evitando o anunciado pogrom. Desgraçadamente, não tenho a certeça. O Dr. Goldstein era um bom judeu e uma pessoa maravilhosa, mas quiçá não era um herói nacional. Foi uma vítima.

O relato oficial é simples: em Purim de 1994, o tolo partidário de Kahane colheu a sua escopeta, entrou na mesquita, e abriu fogo contra os congregados. Não importa que o sítio, em primeiro lugar, não fosse uma mesquita. Não importa que os árabes fossem tiroteados cum arma distinta da que empunhava o Dr. Goldstein. E, certamente, não importa que matasse a 154 árabes com 140 balas.

O absurdo da hipótese oficial fixo-se transparente de imediato: uma pessoa adorável, um abnegado doutor, dispara a uns muçulmãos a sangue frio. O Governo ventila um libelo segundo o qual o Dr. Goldstein, um doutor armado, toleou até o ponto de inclusso desobedecer as ordens dos seus superiores e declarar que só reconhecia a autoridade de RAMBAM* e Kahane, rechaçando também atender aos gentis. Esses embustes foram propagados a pesar de que os superiores de Goldstein os negaram de imediato, e de que fosse um doutor distinguido pela sua excelência médica e ter tratado a infinidade de não judeus.

A multidão árabe linchou ao Dr.Goldstein tras desarmá-lo. O Procurador Geral israeli negou-se a enjuizar aos criminais, a maioria dos quais eram bem conhecidos e alardeavam do assassinato. Em qualquer outro caso, quando um judeu abre fogo contra um terrorista árabe tras desarmá-lo, o judeu é sentenciado a uma prolongada estância em prisão, inclusso se tem actuado sob enajenação mental. Como todo o mundo dize, os árabes não são tratados em pé de igualdade no Estado de Israel. Têm trato preferente.

Imediatamente depois de assassinar ao Dr. Goldstein, a multidão árabe dispujo-se a perpetrar um pogrom a grande escala em Hebron, com nove judeus e uns quantos árabes assassinados nos enfrontamentos posteriores. O pogrom, dirigido por Hamas, foi premeditado, preparado com antelação aos incidentes, como alguns já vinham avisando. O dia anterior, a turba palestina amotinara-se na Cova, e instantes antes do incidente cantavam “Massacremos aos judeus”, tal e como o informe Shamgar admite. Actuando às ordes do Maior Stellman, as IDF surprendentemente pôm em liberdade ao palestinião que incitara o pogrom. Para além da grande tensão e o manifesto ânimo de emprender um pogrom, as IDF e a Polícia de Fronteiras não reclamaram reforços, deixando só um punhado de gardas na Cova. A massacre contra os judeus mascava-se, e o Governo israeli condescendia, como se a massacre fosse a rematar com a problemática presença judea em Hebron, como se passara em 1929.

O relato oficial acusa ao Dr. Baruch Goldstein de abrir fogo contra os árabes. Qualquer pessoa normal –e isto não inclui aos progres da Comissão Shamgar- perguntaria-se como pudo o doutor acertar 154 brancos entre os árabes, incluíndo 29 mortos, com só 140 balas. Afirma-se que entrou na Cova com 4 carregadores de 35 projectis cada um, para um rifle Galil. Disparando entre a densa multidão de palestiniãos, é impossível que alcançasse a 154 de eles. É impossível que tivesse tempo de vaziar um só carregador. É muito dificil matar de um só disparo em tão apuradas circunstâncias. Inclusso admitindo todas essas incongruências, é fisicamente impossível matar 154 árabes com 140 balas.

Os árabes assassinaram ao Dr. Baruch Goldstein quando tratava de ré-carregar o seu fusil –de facto um dos 4 carregadores aparecer ainda sem montar-, reduzindo o número de projectis a 105. É absolutamente inverosímil que cada bala ferira a vários árabes atravessando os seus corpos.

Disparando 4 carregadores em modo de fogo contínuo não teria producido tamanhe número de baixas, e teria-se atascado o fusil. Disparando 105 ou 140 balas em modo sémi-automático teria levado um tempo muito considerável, proporcionando aos gardas que estavam a uns metros de distância suficiente tempo de reagir, e aos árabes de fugir.

Inclusso o melhor francotirador não pode garantir 154 brancos actuando só com um rifle, com presas, e no meio duma densa multidão. E o Dr.Goldstein não era um bom tirador. Nem antes nem depois de ele, em centos de acções terroristas ao longo do mundo, ninguém tem logrado tamanhe récord. Nenhum tirador profissional se lhe aproxima. Só no Estado totalitário israeli, com controlo dos média, pessoas com o cerebro lavado podem acreditar tamanha estupidez. A modo de comparação, os árabes que causaram 19 baixas na yeshiva de Merkaz HaRav, Março de 2008, empregaram umas 600 balas.

Outro cenário é mais crível, apoiando-nos no peso das evidências: o doutor Goldstein apareceu quando os palestiniãos já começaram a revolta que prepararam durante meses. O doutor foi a primeira vítima judea da multidão árabe. Os soldados judeus de garda dispararam ao gentio árabe, logrando as impressionantes 154 baixas. Mas naqueles momentos de “processo de paz”, a camarilha dos Peres-Beilin-Rabin não podiam permitir-se um quadro com árabes massacrando judeus em Hebrão, assim que inventaram a historieta da “massacre” do Dr. Goldstein. Deste modo, os posteriores distúrbios árabes estavam “justificados” em vez de serem apresentados como um novo pogrom árabe. Como benefício extra, Peres-Beilin-Rabin proscrevem o Partido Kach, a única força que podia deter o suicida “processo de paz”. O Governo israeli utilizou o facto de que o Dr. Goldstein pertencesse ao Kach para ilegalizar o Partido (e menos mal que não ilegalizaram a profissão médica, dado que também era doutor).

Nas audiências da Comissão Shamgar, dois soldados israelis de serviço aquela manhá (Kobi e Niv) testificaram que o Dr. Goldstein entrara na Cova portando o seu rifle estándar M-16, não o Galil utilizado para os disparos. Em declarações separadas, afirmaram que viram entrar outra pessoa na Cova com o rifle Galid. A Comissão rechaçou as suas testemunhas.

A procura do misterioso homem do rifle Galil entrando na Cova, saltando-se os postos de garda, só pode conduzir a um lugar: o Shabak, os serviços secretos israelis. Da mesma maneira que inculparam a Yigal Amir e assessinaram a Rabin, enviaram ao seu homem a disparar contra a multidão árabe. O objectivo era tremendo: rematar com a presença judea em Hebrão (aspecto irrenunciável para os zelotes judeus) e com a única oposição política real, o Kach (Netanyahu, essa farça de oposição, transferiu Hebron à jurisdicção árabe).

Permanece sem aclarar como o Dr. Goldstein entrou na Cova, repleta de muçulmãos, sem que ninguém advertisse em ele nada extranho. Não é improvável que fosse assassinado na Cova e o seu corpo posteriormente levado ao Pasilho de Isaac. Muitos palestiniãos declararam que viram ao doutor Goldstein disparando, mas inclusso a Comissão Shamgar fixo constar graves contradicções nas testemunhas árabes. A Comissão conjeturou que o Dr. Goldstein accedeu pela ruta Yosefia; mas as suas pegadas estám ausentes nesse cenário.

Convintemente para a Comissão Shamgar as câmaras de videovigilância do lugar não funcionaram esse dia.

Os governantes israelis tinham um enorme interesse em eliminar ao Dr. Goldstein. Tras a morte do Rav. Meir Kahane, o Dr. Goldstein convertera-se no vínculo entre várias facções isoladas do kahanismo. Tras o seu assassinato, o Rav. Binyamin Kahane convertiu-se em líder do Kach, sendo também assassinado aparentemente por árabes; mas o facto de que o ejecutor “accidentalmente” acertasse com os 62 disparos só no assento dianteiro do seu carro- sem roçar aos seus filhos, sentados nos assentos trasseiros- tem um cheiro inconfundível a francotiradores israelis. Anos mais tarde, as IDF arrestaram ao presunto assassino, mas dado que já arrastava vários crimes no seu historial, não deveu ser muito dificil fazer-lhe aceitar a responsabilidade pelo assassinato do Rav. Benyamin.

Ainda depois, o líder e um activista da Liga de Defesa Judea nos EEUU, Irv Rubin e Earl Kruger, foram assassinados (“suicidaram-se”) em dois incidentes isolados dentro de prisões de alta seguridade. A JDL era o último vestígio do movimento de Kahane. Os aparelhos israelis desfigeram-se do Kach.

À marge de tudo isto, matar árabes na Cova dos Patriarcas não difere demassiado dos antigos acontecimentos que celebramos na festa de Purim.



OBADIAH SHOHER


* Nota de Simon Bar Kochba: RAMBAM é o acrônimo de Maimónides, Rabi Moisés Ben Maimon.

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