A NOSSA NÃO É A TERRA DOS ÁRABES



Quatro décadas atrás “Proibe-se a entrada aos cães e os árabes” era um letreiro comum na Alemanha. A xenofóbia sublimara-se dos judeus aos árabes. Cada nação tem direito a viver como queira, incluíndo o deireito a viver sem extranhos. Se os alemãos tivessem expulsado em 1939 aos judeus à Suíça ou, inclusso, a Palestina, aquilo não teria constituído um crime comparável ao Holocausto. Inclusso as inúteis ressoluções da ONU diferenciam entre genocídio e limpeça étnica., sendo esta última uma variante menor do crime de ré-assentamento forçoso. A xenofóbia é uma potente medida evolutiva que estabiliza as sociedades. O razismo está frequentemente enraízado em considerações de muito peso: os judeus têm uma boa razão para resistir aos árabes em Israel, essa gente cujas intenções malintencionadas têm sido demonstradas em miríadas de ocasiões.

O razismo é insultante; a ninguém lhe gosta ser despreçado. O objecto do razismo é questionar se o núcleo das populações têm mais direitos dos que realmente têm. Mas as nossas vidas estám repletas de agrávios momentâneos e injustiças. Alguns nascem ricos e alguns pobres; alguns inteligentes, outros parvos; alguns atractivos, e outros feos. O mundo não oferece uma justiça absoluta, senão estatística: uma pessoa deficiente nalguns aspectos às vezes sobresai noutros; algo assim se passa com a brincadeira das loiras e a correlação beleza/cerebro. O mesmo enfoque estatístico cumpre aplicar ao razismo. Se todo o mundo se enfrontasse aos árabes, como sucede com os judeus, seria absolutamente injusto e merecedor de ser rechaçado. Mas aquí estamos a falar de um país que, ocupando o 0’01% dos territórios árabes, é acusado de razismo ánti-árabe. Que sucederia se um de cada dez mil clubes alemãos excluísse aos árabes? Provavelmente não for uma ofensa significativa. Há clubes exclussivos para mulheres nos que não se permite a entrada aos homens; outros para maiores de trinta anos, nos que não admitem adolescentes. Esse tipo de estabelecimentos tecnicamente são de um exclussivismo ilegal (sexista, por exemplo), mas só os crimes substanciais são puníveis. Em termos práticos, os clubes para mulheres não violam os direitos dos homens, porque estes podem disfrutar de outros clubes. Uma lógica similar é aplicável aos árabes israelis. O Islám proscreve aos judeus em todo o território da Arábia Saudi e, na prática, acham-se excluídos da maioria dos países árabes. A quase totalidade do Oriente Meio é um clube exclussivo para árabes.

Os judeus têm o direito a ter o seu clube exclussivo também.


OBADIAH SHOHER

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