Depois de que o Governo pugesse fim provissionalmente à debacle etíope anunciando que o abastecimento de cristãos da África (“judeus”?) estava esgotado, Olmert vem de dar o visto bom à imigração de sete milheiros de índios que também reivindicam a sua judeidade. O Ministro de Interior Sheetrit, que exigia o final dos projectos de aliyah, agora aceita a entrada dos bons índios. Desses paganos, 1.400 já estám em Israel.

Uns dos maiores apoios a estes judeus de imitação são os Cristãos Evangelistas, que seguem a tradição institucional de coleccionar relíquias. Os judeus índios e etíopes são para eles uma espécie de esqueleto de Santo Agostinho à idade de doze anos.

Os índios afirmam pertencer ao clão de Menashe, uma obscena pretensão toda vez que já temos judeus menashes no próprio Israel –os samaritãos, gente difamada pelos rabinos, mas provavelmente os melhores de todos os judeus.

Os samaritãos falam um belíssimo hebreu bíblico sem adulterar, fazem sacrifícios em Pesaj, celebram o Sucot de maneira adequada, e, o que é mais importante, jamais têm abandoado esta terra. Ergueram-se em revoltas contra os invasores estrangeiros muito mais frequentemente que os judeus, foram incondicionalmente independentes e aguerridos. Hoje, só sobrevivem uns 700 samaritãos, a maioria em Schem e Holon, e é uma grande tragédia que estes judeus exemplares sejam ameaçados pela assimilação. Na medida em que vos seja possível, visitade-os em Schem para fazer-vos uma ideia do que são os autênticos judeus.


OBADIAH SHOHER

(20 Av 5768 / 21 Agosto 2008)

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