QUEREMOS TANTO A BARUCH MARZEL


Com 47 anos, Baruch Marzel está feito um rapaz. De facto só me leva três; mas pela vitalidade que desprende e as contínuas iniciativas que promove, semelha que tivesse trinta menos.
Marzel tende a ser associado com algaradas contra agitadores ánti-sionistas em Hebron. Se fazedes uma procura em qualquer pesquisador da internet –por suposto, no judeófobo Google- o 99% das entradas serão para debuxar o perfil de um bravucão ultra, ou para descontextualizar alguma das suas razoáveis opiniões.
A Baruch Marzel gosta-lhe viver em Hebron. E por que não haveria de gostar? De facto, Hebron tem sido uma cidade judea durante mais de 3.500 anos antes de Netanyahu, Peres ou Olmert. Em Hebron quedou viver Abraham e em Hebron enterrou à sua dona, Sarah. É a vila dos Patriarcas e as Matriarcas, não en vão aquí jazem os restos de Abraham e Sarah, também os de Isaac e Rebeca, de Jacob e Leah. A um neto de Jacob pugeram-lhe de nome Hebron, e neste lugar –que não sei por que, mas a mim gostaria-me dalguma maneira irmanar com o nosso Herbão- David estabeleceu a primeira capital do seu Reino. E desde Hebron governou durante 33 anos Israel e Judea. Tras a expulsão dos judeus sefardis em 1492, vinheram a instalar-se em grande número neste lugar.
Se alguém é culpável directo de que ultimamente milheiros de judeus visitem este sítio cada ano, não duvidedes que são Baruch Marzel e os seus amigos. Não o Ministério de Turismo ou os impresentáveis de Shalom Ajshav –que fletam autobuses de agitadores para incitar à população árabe ao pogromo.

Mas Baruch Marzel tem um historial bem instructivo de percorrer. Vejamo-lo abreviadamente.
O que durante 25 anos foi considerado mão direita do Rav. Meir Kahane –que o asistiu na sua Bar Mitzva, sendo ainda uma criança- aos 14 anos foi por vez primeira para o caldeiro por fazer um tumultuoso corte de tráfico, junto com Meir Kahane e outros patriotas, numa visita de Henry Kissinger a Israel (durante a sinatura dos acordos de rendição do Sinai a Egipto).
Nos começos dos 70 colabora na criação dos primeiros assentamentos de Gush Emunim em Yesha, participando depois de cheio nas lutas contra as evacuações de colonos no Sinai. Foi um dos promotores da oposição à “desconexão” encerrando-se em búnkers e subindo aos telhados das casas. A sua mítica determinação e coragem conforma um ejemplo reconhecido por milheiros de colonos.
Aos 20 anos, tras completar os estudos na Hesder Yeshiva de Yamit, não foi chamado a servir na 1ª guerra do Líbano (1982) pelos seus antecedentes. E que mais dá? Ele entrou ao país vizinho pela sua conta e risco e fixo-se com um tanque, sendo uns dos primeiros em alcanzar a autovia Beirut-Damasco. Durante a batalla identificou e destruiu sete comandos sírios, e foi ferido por uma granada ánti-tanques, que lhe incrustou 16 troços de metralla por todo o corpo. Tras fazerem-lhe as curas, chimpou-se de novo ao tanque e participou na conquista do Museo Nacional de Beirut.

Em 1984 vai-se viver a Hebron -porque é um bom judeu e dá-lhe a ganha- e funda o bairro de Tel Rumeida; instala-se numa caravana, onde ainda vive junto com a sua mulher, e alguns dos seus nove filhos.

Como activista político, durante dez anos foi portavoz do Kach, e levou infatigavelmente a sua mensagem a través de cidades, vilas, assentamentos e rincões de toda Eretz Israel. Tras o assassinato, em 1990, de Meir Kahane foi eligido cabeça do secretariado do Kach e promovido à Knesset por este partido. Porém, a candidatura foi prohibida pela Corte Suprema, aduzindo que Marzel era continuador da linha nacionalista do seu antecesor (não havia ser!). Tras o affaire que rematou com o assassinato de Baruch Goldstein em 1994, o Kach, como sabemos, foi ilegalizado.
Baruch Marzel tem sido emprissonado mais de cem vezes por defender a causa do povo Judeu. Uma dúzia delas –das cem que vos digo-, foi-no por romper a proibição de visitar o antigo cimetério askenazi de Rebbetzen Menucha Rochel Slonin, situado fóra da zona pela que os judeus têm permitido deambular na cidade judea de Hebrpn. A sua insistência, ao cabo, tem logrado que actualmente os judeus podam visitar livremente o devandito cimetério. Não digades que não é uma história avondo bonita de ser contada.
Merece sinalar-se o seu agir como activista pelos direitos dos judeus presos na URSS, destacando a campanha para a libertação de Nathan Sharansky, Yaakov Levine e outros dissidentes.Foi um dos animadores do Comité “Free Jonathan Pollard”.
Também fundou a primeira Talmud Torah Zilberman desde 1929 na cidade para que os pequenos podam aprender Torah. Tem impulsado a Guest House de Kiryat Arba, a Fundação da Caridade –a mayor organização em Yesha de ajuda a famílias necesitadas- ou Yad L’Achayot (por citar outra mais entre as suas inumeráveis iniciativas), organização que recolhe e cuida a rapazas judeas incapazes, doutra maneira, de libertar-se por si próprias de relações mantidas à força com árabes, tendo contribuído a rescatar mais de 300 mulheres.

Baruch Marzel ainda sacou tempo, há poucos anos, para fundar e impulsar o Hazit (Fronte Nacional Judea). Ele considera que conquistar Eretz Israel é moral, que expulsar ao inimigo de Eretz Israel é moral. Normalidade judaica. Nada há mais moral que a libertação da Terra de Israel pelo Povo de Israel. Ou que dizedes?

Eu só vos digo o que diz Baruch Marzel: “Temos que trocar o sistema completamente em Israel. O sistema está corrupto e tem fracassado na defesa dos direitos dos cidadãos israelis. Queremos revocar esta Corte Suprema que aprovou a expulsão de judeus da sua terra. Se não são ré-empraçados destruirão qualquer vestigio Judeu em Israel”. E tem bem de razão.

É frequente, como já dissemos, vê-lo pôndo a raia aos matões de Breaking the Silence e outros gangsters financiados pelo establishment progre israeli, ante a passividade da polícia. Mas também organizando a operação Chachnoses Orchim (Benvinda aos Convidados) em Hebron. Abraham dou-nos a mitzvah de ser acolhedores com os hóspedes, e Marzel segue o preceito ao pé da letra: recebe-os, fai-lhes de comer uma tarteira de cholent ou umas tortilhas, e encarga-se de arranjar-lhes o despraçamento até o aeroporto, levando-os ele próprio se for preciso.

A heróica e desinteresada actitude de gente como Baruch Marzel e a sua mulher Sarah, Anet Cohen, a familia de Netanel Ozeri e os demais zelotes que em Hebron sustentam o facho da dignidade e o orgulho de ser Judeu, é um exemplo muito elevado para nós. Do seu lado estaremos sempre; para sustentá-los e defendê-los.
Para isso é, entre outras cousas, que fazemos este insignificante blogue desde a Galiza.

SIMON BAR KOCHBA

1 comentarios:

faria falla algúns baruch marzel na galiza

03/08/08, 21:54