ADIANTE!


A conduta aparentemente ánti-israeli de muitos dos nossos amigos vem provocada pela indecisão de Israel. Não é só um problema de que todos detestemos às pessoas que estám perpetuamente indecisas. Alentar uma nação vacilante é um risco para um próprio.

O Governo israeli trata de trasladar a responsabilidade da toma de decisões respeito a Irão à Administração dos EEUU. Mas, por que haveriam de respaldar o ataque os EEUU? Seguramente, Irão não tem intenção de bombardear os EEUU. Nem, sendo realistas, subministrará armas nucleares a Al Qaeda ou organizações similares para que o façam. Ao contrário que Israel, os EEUU reagiram com certa contundência a várias provocações: utilizaram missis balísticos contra Líbia e Sudám por actos terroristas que possivelmente só eles puderam promover. Irão não se atreverá a usar as suas armas nucleares contra os EEUU.

Portanto, Israel quer que os EEUU aprovem o ataque a Irão contra os próprios interesses americãos. Fazendo-o, a Administração fazeria-se responsável do presumível reponte dos preços do petróleo, o terrorismo de repressália iranião em todo o mundo, a desestabilização internacional, e as protestas justificadas dos esquerdistas internacionais. Os EEUU não têm razões para fazê-lo.

Se Israel emarca a ameaça nuclear iraniana nos termos de um Holocausto, cobra sentido perguntar-se qual é a lição que tirou o mundo daquela catastrofe. A lição é unívoca: a matança de judeus foi correcta. Dois anos depois do Holocausto, Alemanha estava de volta na comunidade de nações, e hoje em dia está plenamente integrada e é um membro respeitado. Ucrânia, cuja população massacrou 200.000 judeus nos começos do século XX, e mais adiante estreitou entusiasticamente os laços com os Názis, é um importante aliado dos EEUU; pouco importa que para um judeu tocado com a kipá e os tzitzit seja melhor não passear pelas ruas de Kiev ou Donetsk. Se aquilo foi aceitável no caso dos alemães, por que não o haveria ser para Irão? Depois de que os aliados libertaram os campos da morte, apenas melhoraram o trato aos superviventes: estes seguiram vivendo em condições horríveis, com escassos alimentos, entre enfermidades massivas, e milheiros de eles morreram tras serem libertados. Durante o seu vergonhoso percorrido por Yad Vashem, o Presidente norteamericão perguntou a Rice porque os EEUU não bombardearam as vias de ferrocarril que conduziam aos campos de extermínio; não lhe presupomos excesiva educação respeito ao Holocausto. O ánti-semitismo cristão de quinze séculos segue vivo e crepitando.

Historicamente, as Administrações dos EEUU opugeram-se a qualquer ataque preventivo de Israel: na guerra de 1956 (post factum), em 1967 (vanamente), em 1973 (“exitosamente”). Por que perguntar? Suponde que vamos e atacamos Irão: que poderia fazer Bush? O Exército dos EEUU não obrigará a despegar os seus aviões de Iraq para interceptar os bombardeiros israelis de caminho a Natanz, embora só seja porque o seu Presidente estaria durmindo a essas horas, e não teriam tempo de reagir. Para além disso, Bush não se arriscaria a ficar como aquele que freou um ataque potencialmente vitorioso de Israel contra as instalações do Holocausto. Graças a Rússia, os EEUU não sancionariam a Israel nem deixariam de subministrar-nos armamento: neste momento de confrontação renovada, os EEUU não se arriscarão a perder o seu maior aliado no Meio Leste. E Israel sempre poderia dirigir-ser a Rússia ou França na procura de armas. Inclusso podemos producir armamento em cooperação com China.

A nossa proposta: a fabricação chinesa é mais barata. Ao diablo com a nova orde mundial.



OBADIAH SHOHER

(21 Elul 5768 / 21 Setembro 2008)

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