Os dois recentes ataques terroristas em Jerusalém foram perpetrados por árabe-israelis: empregados, relativamente prósperos, moderados, residentes em Israel. Olmert declarou que a barreira de seguridade não serve para evitar os ataques dos árabe-israelis. Vários destacados rabinos impugeram a proibição de contratar árabes pelo perigo que implica para os judeus. Uma mulher árabe demandou a uma companhia de recursos humanos em Yaffo por discriminação, e mais pleitos que virão.

A situação é de mal gosto. Eu sempre me sinto incómodo quando tenho que rechaçar os serviços dos taxistas árabes em Jerusalém, ou ignorando aos vendedores árabes no mercado de Mehane Yehuda. São gente muito trabalhadora, muitos de eles encantadores e alguns, inclusso, decentes. Eles não me ódiam no instante prévio a deter-me ante eles, os observá-los e dirigir-me a outro táxi; e a minha ofensa está injustificada no nível pessoal. Ainda é mais desagradável ter que sair duma cafetaria porque não têm camareiros judeus. Mas considero que não existe outra opção.

Queremos a nossa terra sem árabes. Inclusso se tivessem sido a melhor gente de quantos nos rodeam, uma nação de Albert Schweitzers e Mães Teresas, teriamos que expulsá-los igualmente. Não é uma questão de capricho; temos que observar o Mandamento explícito. Quem quer que esteja vivendo na terra que Deus nos entregou debe ser botado fóra. Contrariamente a Amalek, que nos atacou sem motivos, os nativos nos combatem justificadamente, luitam pela terra que consideram sua. E é por isso que não queremos exterminá-los, senão só que se vaiam. Não é questão de estar no certo ou errados. É um mandamento divino que está para além do bem e do mal.

Afortunadamente, os árabes estám muito longe de ser bons vizinhos, e pelo tanto não nos tem que remorder a conciência por expulsá-los. As escolas israelis ensinam aos estudantes árabes a nobleça do nacionalismo –desde o ponto de vista judeu, provavelmente, mas os árabes de imediato aplicam-se o conto. Os jóvenes árabes, prósperos, sem necessidade de emprego a tempo total, devido à debilidade dos judeus, com os seus titubeios e concessões, são extremadamente ánti-israelis. Ao igual que nós, não têm nada pessoal contra o judeu em concreto. Os judeus compram os falafels árabes. Os árabes deitam-se com rapazas judeas. É idílico no nível pessoal. Também o era em Hebron dias antes da massacre de 1929.

Os sociólogos equivocam-se ao explicar a radicalização das massas. Os mongois levaram uma vida de bárbaros durante milênios, e de súpeto convertiram-se, em palavras de Gumilev, em “passionários”, conquistando a metade do mundo conhecido, para sumir-se ao pouco tempo no olvido. Os palestiniãos eram moderadamente hostis, entraram em erupção durante a Intifada, e depois voltaram à sua rutina cotidiana. Repetição intermitente. Em Hebron, as infermeiras judeas cuidavam grátis aos árabes. Que relação mais estreita cabe imaginar? Em 1929, os pacentes assassinaram-nas a todas. Não agardedes que com o vosso panadeiro vos vaia ir melhor.




OBADIAH SHOHER


(Elul 1 5768 / 1 Setetmbro 2008)

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