REVOLUÇÃO, NÃO REFERENDO


Décadas atrás Meir Kahane plantejou uma pregunta: revolução ou referendo? O tempo do referendo tem passado. A camarilha que dirige Israel sabe que muitas enquisas sinalam que a maioria dos judeus querem viver num Estado sem árabes, com fronteiras defendíveis (nenhum Estado palestinião) e que combata com energia os terroristas.Os esquerdistas israelis, os oligarcas, e os seus candidatos políticos, compartem uma afinidade comum aos governos estrangeiros e, consequentemente, a uma agenda ánti-judea. Os candidatos políticos mentem habitualmente aos seus votantes, prometendo uma linha dura contra os árabes, mas uma vez no despacho, começam a capitular.

Israel é um país post-comunista. Uma minoria de países que abandoaram pacificamente o socialismo viram regressar aos seus ex-comunistas. Pior que em Checoslováquia –o único cenário absolutamente pacífico na transformação post-comunista de um país inteiro-, Israel desenvolveu uma oligarquia fortíssima. O grau de controlo governamental-oligárquico sobre Israel lembra a situação de Rússia. Pior que em Rússia, os dirigentes israelis carecem de uma agenda nacional. A oposição real em Israel não tem dinheiro nem accesso aos mass média, é assediada pelos tribunais e a polícia, e obstruída em qualquer escala de governo. Inclusso se permitissem aos judeus nacionalistas competir em igualdade de oportunidades com os partidos estabelecidos, uma maioria de árabes e esquerdistas garantiria o ressultado das eleições. Não existe possibilidade alguma de libertar-se pacificamente da oligarquia socialista em Israel.

Como pré-requisito a uma revolução exitosa, o sistema de governo israeli deveria fazer-se disfuncional. Os esquerdistas traim a raia à polícia com a sua contínua interposição de demandas “por brutalidade contra os terroristas”. As permanentes concessões aos árabes, culminadas temporalmente em Gush Katif e o Líbano, têm desmoralizado consideravelmente ao exército.

Olmert era o melhor candidato para desacreditar ainda mais ao Governo. Embora soe contraditório, os patriotas israelis fazerão melhor votando por Kadima que por Netanyahu.



OBADIAH SHOHER

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