HERSHKOWITZ

Baruch Marzel vem de enviar uma carta ao Instituto Israeli de Tecnologia –Technion-, solicitando uma entrevista para optar ao posto de Catedrático de Matemáticas.
No documento diz, entre outras coisas:

"É certo que não possuo nenhuma experiência nem ideia sobre matemáticas. Nem sequer foi uma matéria na que destacasse durante os meus estudos escolares. Sem embargo, o professor da sua Universidade, Daniel Hershkowitz, acaba de erigir-se em cabeça de um partido político -o Bayit Yehudi (Fogar Judeu)- que haverá de se enfrontar com temas muito sérios e problemáticos, como a luta pela territorialidade de Israel, o combate contra o inimigo, sérias batalhas políticas, etc., e também não tem a mais mínima experiência nem ideia dessas questões. Segundo o qual, não deveria haver razão alguma pela que eu não pudesse exercer como catedrático de matemáticas”.

E continua, “inclusso se fracasso ensinando matemáticas, sem dúvida terei sido muito menos perjudicial e terá menos influência, que os pressumíveis erros que o professor Hershkowitz cometerá no terreno público. Estarei encantado de apresentar as minhas credenciais para serem inspeccionadas por um tribunal de rabinos, fontaneiros e carpinteiros”.

Numa entrevista com a Rádio Voz de Israel, o novo líder do partido Fogar Judeu (nova marca do Mafdal-Partido Nacional Religioso), o professor de matemáticas no Technion, Daniel Hershkowitz, foi evasivo quando se lhe perguntou de forma directa se rechaçaria concessões territoriais e expulsões de judeus das comunidades de Samaria e Judea.

Fogar Judeu, a nova versão do Mafdal, é uma imitação em miniatura do Likud, e assim o está entendendo o eleitorado nas enquisas, a ponto de reduzi-los a ser uma formação extraparlamentar. O eleitorado potencial de centro direita semelha estar mandando-lhes a seguinte mensagem: se somos partidários de uma aliança entre religiosos e ánti-religiosos, se estamos à vez a favor e em contra das concessões territoriais de Israel, se a nossa maior (e única) preocupação é conseguir um grande número de votos o dia das eleições, para qué diablos haveriamos votar Fogar Judeu? Votemos directamente Likud –máxime agora que têm arrinconado ao “extremista” Feiglin- já que segundo todo o mundo vai ganhar folgadamente os vindeiros comícios.

O que quigessem os oportunistas de Fogar Judeu, talvez, seria voltar ao dias de glória do Mafdal antes da Guerra dos Seis Dias, quando não baixavam das 12 bancadas e formavam parte de todos os Governos. Postular-se ao melhor postor –sejam os likudniks ou a esquerda. Têm ampla experiência em isso. Mas semelha que não correm bons tempos para este novo Mafdal. A sua presença na próxima Knesset pendura de um fio.

Veredes: se ERETZ ISRAEL SHELANU, Hatikva –o partido do doutor Eldad-, Uri Ariel, Benny Elon e outros patriotas judeus dam um passo valente e conformam nas próximas horas o agardado “dream team” que aglutine o apoio do campo nacional, dos contrários à desmembração de Eretz Israel, dos opostos a continuar com as concessões a câmbio de nada, o professor Hershkowitz voltará, mediado o mes de Fevereiro, a impartir trigonometria nas aulas do Technion.



SOPHIA L. FREIRE

26 Kislev 5769 / 23 Dezembro 2008

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