VERGONHOSA DERROTA DOS COLONOS EM HEBRON



A image occidental dos resistentes colonos israelis é outra das mentiras dos mass media. Os primeiros colonos, esquerdistas maiormente, eram sem dúvida resistentes. Disfrutaram do pleno respaldo governamental, eram fortes e estavam orgulhosos de sê-lo. Desde os anos 70, e especialmente os 80, a image dos colonos tem mudado: são religiosos conservadores, alheios à política do Governo e, portanto, habitualmente estám na corda frouxa.
Os dirigentes dos colonos desenvolveram um acordo tácito com o Governo consistente em que, apesar da retórica ánti-establishment e de que alguns enfrontamentos seriam tolerados, nunca se ofereceria uma resistência desmessurada. Isto é que sucedeu de maneira infame em Kfar-Maimon, onde o líder dos colonos enviou uma imensa multidão de defensores de Gush Katif a rodear numa marcha a cerca de seguridade para fatigar ao gentio. O referido pacto tácito rege para o que vem de suceder na evacuação de Beit HaShalom: o objectivo dos dirigentes era alçar barricadas ante as forças de desalojo. Obviamente, essa barricadas realizdas por afeiçoados foram incapazes de frear às bem entrenadas e curtidas em muitas batalhas forças governamentais. E assim rematou a farça.
A polícia militar empregou-se durante quase uma hora de ataque surpresa para lograr evacuar o edifício dos seus desafortunados ocupantes, a maioria um fato de rapazes mal organizados. Quase imediatamente depois de que a polícia entrou a saco na casa, os defensores começaram a sair –como não cabia agardar outra coisa dos rapazes da yeshiva, que nem sequer recebem lições de educação física na sua escola. As rapazas e as mulheres resistiram de forma muito mais brava.
Considerando as circunstâncias, a violência foi mínima. Dúzias dos defensores foram ligeiramente feridos; contudo, a violência distou muito da típica dispersão de uma multidão a que estamos acostumados nos países civilizados. Quatro pessoas foram seriamente feridas a garrotazos pela polícia nas suas habitações. O uso de gases lacrimôgenos e granadas de desorientação aproxima-se avondo ao progromo do passado verão em Mea Sharim, onde a polícia utilizou canhões de água tintada.
Como é habitual nas evacuações, os rapazes intentaram dar patadas aos polícias na vorâgine da revolta –sem lhes servir de muito, por suposto.Outros oravam mentres eram levados a rastas –sem lhes servir de nada também, pois Deus não realiza miragres para aqueles que agardam por eles de maneira passiva. De forma muito incompetente, os homens agruparam às suas donas com as crianças pequenas numa estância –mas a polícia derrubou a parede e escoltaram fóra às abandoadas damas de maneira relativamente cortês.
A evacuação foi tão tranquila como se o Governo simplesmente lhe desse uma bofetada no rosto aos colonos. Sentindo-se insultados pelo singelo da evacuação, alguns começaram algaradas de baixa intensidade, lançando croios contra as vivendas palestinianas, e um homem efectuou uns quantos tiros não letais contra os palestinianos. Estes, pela sua banda, uniram-se ao concurso de lançamento de pedras contra os defensores de Beit HaShalom.
É de agardar que os colonos intentarão retomar o edifício a pesar do retém de soldados que ficará ali.
Não tem sentido condear ao Governo. Por suposto, não são mais que um fato de misseráveis traidores que nem se decatam do obsceno que resulta expulsar judeus mentres os foguetes palestinianos seguem caíndo em Sderot e centenares de petições judeas seguem agardando ser tomadas em consideração contra os okupas palestinianos. Mas o desalojo vem de demonstrar definitivamente a bancarrota política do movimento dos colonos. A direita oficiosa ainda é pior: singularmente Uri Ariel, Yuval Steinitz, etc, que denunciaram às "bases violentas", única esperança dessa direita de prevalecer sobre o monstro esquerdista do Estado.
Curiosamente tudo isto coincidiu com o arquivo, por parte do Fiscal do Estado, da grande investigação contra Olmert, o caso da privatização do Banco Leumi. As suas trinta peças de prata a câmbio do consentimento de Olmert no desalojo de Hebron.

4 Dezembro 2008 / 7 Kislev 6769


OBADIAH SHOHER

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