SHABAT SHALOM


DEUTERONÔMIO 9:1


Ouve, oh Israel, hoje passarás o Jordão, para entrares a possuir nações maiores e mais fortes do que tu; cidades grandes, e muradas até aos céus.

Um povo grande e alto, filhos de gigantes, que tu conheces, e de que já ouviste. Quem resistiria diante dos filhos dos gigantes?

Sabe, pois, hoje que o Senhor teu Deus, que passa adiante de ti, é um fogo consumidor, que os destruirá, e os derrubará de diante de ti; e tu os lançarás fora, e cedo os desfarás, como o Senhor te tem falado.

Quando, pois, o Senhor teu Deus os lançar fora de diante de ti, não fales no teu coração, dizendo: Por causa da minha justiça é que o Senhor me trouxe a esta terra para a possuir; porque pela impiedade destas nações é que o Senhor as lança fora de diante de ti.

Não é por causa da tua justiça, nem pela retidão do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela impiedade destas nações o Senhor teu Deus as lança fora, de diante de ti, e para confirmar a palavra que o Senhor jurou a teus pais, Abrahão, Isaque e Jacob.


Zeev Sternhell, o profissor israeli de ciências políticas de 73 anos, levemente ferido a passada semana por um petardo colocado no seu porche, dixo ontem ao Comitê de Assuntos Internos da Knesset que "um crime é um crime, e...necessitamos capturarv a estes criminais e procesá-los. Sei que é algo mais complicado que colher árabes e delinquentes de pouca monta. Inclusso psicologicamente é duro levar a juízo a esses adoráveis rapazes que apenas arrancam alguma oliveira ou rompem um paraventos".

Para recapitular, o ataque contra Sternhell foi amplamente atribuído -incluíndo os média internacionais- ao facto de que é uma pessoa crítica com os assentamentos israelis no West Bank. Obviaram, isso sim, o facto de que Sternhell tenha incitado aos palestinianos a atacar com meios terroristas a esses mesmos assentamentos; a ocasião mais nomeada foi num artigo do diário de ultraesquerda Ha'aretz o 11 de Maio de 2001, durante a vaga de terror palestiniano, onde escrevia: "Muitos em Israel, quiçá inclusso a maioria do eleitorado, não têm dúvidas sobre a legitimidade da resistência armada nos territórios ocupados. Os palestinianos fazeriam bem se concentrassem a sua luta contra os colonos".

De modo não surprendente, pois, a referência de Sternhell a "esses adoráveis rapazes que apenas arrancam alguma oliveira ou rompem um paraventos" é uma expressão mais do seu ódio fanático contra "os colonos". Em primeiro lugar, porque assume que os "colonos" foram os responsáveis de colocar o petardo quando isto ainda se ignora; e inclusso se extremistas de direita israelis fossem os culpáveis, por que não poderiam proceder do território israeli anterior a 1967?

E em segundo lugar, porque mancha a todo um amplo seitor -os "colonos", quase 300.000 pessoas que comprendem um amplo espectro religioso/secular e político da sociedade judea israeli.

Pela sua banda, o membro da Knesset da formação Yisrael Beitenu, David Rotem, dixo no referido Comitê parlamentar que já chegava avondo do "Festival Sternhell; devemos fazer todo o possível para deter a quem queira que fixo isso, mas durante demassiados dias tem-se estado inculpando à população dos assentamentos, mentres ainda ninguém sabe quem foi o responsável".

Mentres, o mércores informou-se de que o serviço de inteligência da Autoridade Palestiniana (PA) tinha anunciado que "o membro de Fatah, Shadi Shami, morrera devido ao deterioro do seu estado de saúde", mentres que "a sua família denuncia que foi torturado pelos oficiais da inteligência e, essencialmente, executado".

Shami fora arrestado pela PA em 2002 por disparar e ferir a Nabil Amr, antigo ministro do gabinete da PA, e daquela embaixador da OLP em Egipto e conselheiro muito próximo ao Presidente Mahmoud Abbas. Shami levava preso no cárcere de Jericó desde 2002, onde morreu a passada segunda feira.

Se a sua família está no certo de que a sua morte foi resultado das torturas dos seus captores, o seu caso seria muito grave. No passado mes de Julho, um informe de Human Right Watch acusava tanto à PA como ao regime de Hamas em Gaza de "um ano de arrestos motivados politicamente, torturas e tratamentos inhumanos durante as detenções...As forças de seguridade do West Bank frequentemente torturam aos detidos durante os interrogatórios, inclusso de maneira que leve à morte. Os métodos de tortura incluim execuções simuladas, patadas e punhetaços, golpes com páus, tuberias e mangas de goma...".

O informe criticava, assimesmo, aos "Governos que têm prometido ajudas por importe de 8 bilhões de $" à PA e fazia fincapé em que "deter as torturas e outros graves abusos deveria ser uma condição sine qua non para o massivo apoio que Occidente presta às forças de seguridade no West Bank".

Volvendo a Sternhell, é interessante que inclusso no seu asqueroso linchamento verbal contra os "colonos" só mencione acções como arrancar oliveiras e romper paraventos. Como sinalou o comandante das IDF no West Bank, Gadi Shamni, actualmente "há um pequeno núcleo duns centos de activistas entre um total de 300.000 pessoas que habitam nos assentamentos, que realizam esse tipo de actos e algumas vezes piores -mas muito afastados de qualquer tipo de violência letal.

Para Sternhell e os da sua calanha na esquerda israeli, porém, a acusação principal contra os assentamentos é que supostamente perpetuam a opresão israeli sobre os palestinianos -desde o seu ponto de vista, a mãe de todos os males. Foi precisamente quando as posturas de académicos, escritores e figurões intelectuais deste tipo de esquerda, saltarom à luz pública, sendo adoptadas por políticos como Simon Peres e Yitzhak Rabin, que Israel criou a PA, desmantelou a maioria da "ocupação" e a reempraçou pelo controlo directo dos palestinianos.

Não malgastedes a paciência agardando que Sternhell e os seus amigos fagam um pequeno exame de conciência sobre os ressultados -um reinado de abusos aterradores, inconcevivelmente piores que os escasos actos de má conduta por parte dos "colonos" contra os que eles seguem erre que erre.



P. DAVID HORNIK *

(3 Tishrei 5769 / 3 Outubro 2008)



* P. David Hornik é um periodista freelance e traductor. Reside em Tel Aviv e colabora habitualmente com FrontPage Magazine e The Jerusalem Post, entre outros muitos médios.


[Na foto Itamar ben Gvir e Baruch Marzel dam a espalda aos matões da ultraesquerda israeli]



Ligamos esta nova -que nao acharedes nas páginas de Ha'aretz nem da maioria dos mass media israelis-, procedente da web amiga PATRIA JUDIA.

http://bajurtov.wordpress.com/2008/10/03/terrorista-judio-de-izquierda-antento-contra-una-mujer-con-su-bebe-en-brazos/

Os abnegados filoterroristas de Shalom Ajshav, numa das suas quotidianas excursões aos povoados de Hebron, onde acudem a provocar violência e incitar o pogromo arabe, arremeteram hoje contra a familia do activista judeu Itamar ben Gvir, derrubando a golpes à sua dona e a sua criança de meses.

Peculiar maneira a destes negacionistas assimilados de procurar a paz.






Geert Wilders, Presidente do Partido para a Liberdade (Holanda)
Discurso no Quatro Estações, New York
25 de Setembro de 2008



Queridos amigos,

Muito obrigado por ter-me convidado. É estupendo estar nas Quatro Estações. Eu venho dum país onde só temos uma estação: uma estação de chuvas que começa o 1 de Janeiro e remata o 31 de Dezembro. Quando temos 3 dias soleados seguidos, o Governo declara emergência nacional. Assim que Quatro Estações, é algo novo para mim.

É maravilhoso estar em New York. Quando vejo os aranhacéus e os edífícios de oficinas, lembro o que dizia Ayn Rand: “O céu sobre New York e a vontade do homem feita visível”. Por suposto. De não ser pelos holandeses estariades quem sabe onde, calculando como comprar esta ilha aos índios. Mas enorgulhece-nos tE`-lo feito por vós...E, francamente, figechedes um labor melhor do que possivelmente teriamos feito nós.

Venho a América com uma missão. Não todas as coisas vam bem no Velho Mundo. Um tremendo perigo avizinha-se, e é muito difícil ser optimista. Poderíamos estar nas etapas finais da islamização de Europa. Isto não é só um evidente e latente perigo para o futuro da própria Europa, é uma ameaça para América e a mera supervivência do Occidente. O perigo que vejo em cernes é o cenário de América como último bastião da humanidade. Os EEUU como último reducto da civilização occidental, enfrontando-se a uma Europa islâmica. Em uma ou duas gerações, os EEUU se perguntaram a sim próprios: quem perdeu Europa? Patriotas de toda Europa arriscam as suas vidas a diário para evitar que este cenário chegue a ser uma realidade.

A minha breve leitura consiste em quatro partes.

Primeiro descreverei a situação em Europa. Depois, comentarei algumas coisas sobre o Islám. Em terceiro lugar, se ainda seguides aí, falarei um pouco sobre o filme que vindes de presenciar [“Fitna”]. Para rematar, falarei-vos dum próximo encontro em Jerusalém.


A Europa que conhecedes está cambiando. Seguramente conheçades os monumentos. A Torre Eiffel e Trafalgar Square, as antigas construcções de Roma, e pode que as canles de Amsterdam. Ainda segue tudo ali. E ainda seguem representando o mesmo que cem anos atrás.

Mas em todas essas cidades, às vezes apenas uns blocos para além do vosso destino turístico, existe outro mundo, um mundo que muito poucos visitantes conhecem –e que não aparece na vossa guia turística. É o mundo da sociedade paralela edificado pela migração massiva de muçulmãos. Ao longo de toda Europa uma nova realidade emerge: inteiras barriadas muçulmãs onde reside muito escasa população nativa, que nem sequer se deixa ver. E se residissem, poderiam arrepender-se. Outro tanto podemos dizer respeito à polícia. É o mundo das cabeças tapadas, onde as mulheres caminham cobertas de pés a cabeça passeando carrinhos de crianças e montões de rapazes. Os seus maridos, ou tratantes de escravas se o preferides, caminham tres metros por diante. Com mesquitas em muitas esquinas. As lojas têm cartazes que nem vós nem um somos capazes de descifrar. Custaria-vos muito vislumbrar qualquer tipo de actividade produtiva. São ghettos muçulmãos controlados por fanáticos religiosos. São vizindários muçulmãos, e estám proliferando em todas as cidades através de Europa. Estes são os blocos de construcção para o controlo territorial de porções de Europa cada vez maiores, rua a rua, vizindário a vizindário, cidade a cidade.

Existem milheiros de mesquitas ao longo de Europa. Com congregações mais numerosas que as que acudem às igrejas. E em cada cidade europeia há planos de edificar supermesquitas que deixarão ananas as igrejas do controno. Claramente a consigna é: nós mandamos.

Muitas cidades europeias são já na sua quarta parte muçulmãs: tomade por exemplo Amsterdam, Marseille e Malmo em Suécia. Em muitas cidades a maioria dos menores de 18 anos á muçulmã. Paris está actualmente rodeada de um cinturão de bairradas muçulmãs. Mohammed é o nome mais comum entre os rapazes em muitas cidades. Nalgumas escolas elementares de Amsterdam as granxas não podem ser mencionadas, porque isso implicaria mencionar o porco, e isso constituiria um insulto para os muçulmãos. Muitas escolas estatais de Bélgica e Dinamarca só servem comida halal aos alunos. Na antigamente tolerante Amsterdam os homosexuais são golpeados quase exclussivamente pelos muçulmãos. As mulheres não-muçulmãs escuitam de forma rutinária como são chamadas “fúrcias, fúrcias”. As antenas parabólicas não estám orientadas às estações de TV locais, senão às estações dos seus países de origem. Na França os profissores de escola são advertidos de que melhor evitem os autores considerados ofensivos para os muçulmãos, tais como Voltaire ou Diderot, e cada vez mais outro tanto com Darwin. A história do Holocausto em muitos casos nem é abordada para não ferir a sensibilidade dos muçulmãos. Em Inglaterra os tribunais de Sharia (lei islâmica) formam parte oficial do sistema legal britânico. Muitos vizindários na França são áreas proibidas para mulheres com o rosto sem cobrir. A semana passada um homem quase morre tras ser apaleado por muçulmãos em Bruxelas, devido a que o surprenderam bebendo durante o Ramadão. Os judeus estám abandoando França em números récord, fogindo da pior vaga de ánti-semitismo desde a 2ª Guerra Mundial. De facto, o francês já se fala habitualmente nas ruas de Tel Aviv e Netanya, em Israel. Poderia seguir com histórias como estas. Histórias sobre a islamização.



Um total de 54 milhões de muçulmãos vivem actualmente em Europa. A Universidade de São Diego calculou recentemente que um surprendente 25% da população europeia será muçulmã dentro de doze anos. Bernard Lewis tem vaticinado uma maioria muçulmã antes de chegar a fim de século.

Isto são só números. E os números não seriam uma ameaça se os imigrantes muçulmãos tivessem uma sincera intenção de assimilar-se. Mas são escasos os signos nesse sentido. O Centro de Investigações Pew informou que a metade dos muçulmãos franceses sentem maior lealdade pelo Islám que por França. Uma terça parte dos muçulmãos franceses não tem nada que objectar aos atentados suicidas. O Centro Britânico para a Coesão Social sinalou que um terço dos estudantes muçulmãos britânicos estám a favor de um califato mundial. Um estudo holandês revelou que a metade dos muçulmãos holandeses admitem que “comprenderam” os ataques do 11/S.

Os muçulmão exigem o que eles chamam “respeito”. E assim é como lhes manifestamos o nosso respeito. As nossas elites estám desejosas de dar-lho. De entregar-se. No meu próprio país temos passado da solicitude de um membro do Governo de que as festividades muçulmãs sejam consideradas festividades oficiais do Estado, às propostas de outro membro do Gabinete de que o Islám seja considerado parte da cultura holandesa, e à afirmação por parte do secretário geral da Democracia Cristã de que é partidário de aceitar a Sharia em Holanda se se dá uma maioria muçulmã. Temos membros do Gabinete com passaporte de Marrocos e Turquia.

As exigências muçulmãs são apoiadas por condutas ilegais, que vam de delitos menores e violência indiscriminada, por exemplo contra trabalhadores de ambulâncias e condutores de autobus, até revoltas a pequena escala. Paris tem presenciado o seu surgimento nos subúrbios deprimidos, os “banlieus”. Alguns preferem ver isto como incidentes isolados, mas eu denomino-o Intifada muçulmã. Eu denomino aos que a perpetram “colonialistas”, porque isso é o que são. Não vêm a integrar-se nas nossas sociedades, vêm a integrar as nossas sociedades no seu Dar-al-Islám. Portanto, são colonialistas.

A maior parte desta violência de rua que tenho mencionado dirige-se exclusivamente contra os não-muçulmãos, obrigando a muita gente nativa a abandoar o seu vizindário, as suas cidades, os seus países.

Os políticos são reticentes a tomar medidas contra esta nojenta Sharia. Eles acreditam na igualdade de todas as culturas. Para além disso, num nível mais mundano, os muçulmão constituim uma codiciada fonte de votos que não pode ser ignorada.

Os nossos inumeráveis problemas com o Islám não podem ser justificados pela pobreça, a repressão ou o passado colonial europeu, como argumentam desde a esquerda. Não tem nada a ver com os Palestinianos nem com as tropas dos EEUU em Iraq. O problema é o próprio Islám.


Permitide-me que vos dê um breviário sobre o Islám. O primeiro que tendes que saber do Islám é a importância que tem o Livro do Corám. O Corám é a palavra pessoal de Alá., revelada por um ángel a Mahoma, o profeta. Velaqui onde começa o problema. Cada palavra do Corám é palavra de Alá e, portanto, fechada a toda discussão ou interpretação. É válida para todos os muçulmãos em qualquer ocasião. Portanto, não existe nada semelhante a um “Islám moderado”. Provavelmente haja muitos muçulmão moderados, mas um Islám moderado não existe.

O Corám faz um chamamento ao ódio, violência, sumissão, assassinato e terrorismo. O Corám chama aos muçulmãos a matar aos não-muçulmãos, a aterrorizar aos não-muçulmãos e a cumprir com o dever de fazer a guerra: a Yihad violenta. A Yihad é um dever para qualquer muçulmão, o Islám deve governar o mundo –pela espada. O Corám é claramente ánti-semita, descrevendo aos judeus como chimpancês e porcos.

O segundo que tendes que saber é a importância de Mahoma o profeta. A sua conduta é um exemplo para todos os muçulmãos e não pode ser criticada. Ora bem, se Mahoma tivesse sido um homem de paz, digamos que como Ghandi e a Mãe Teresa, não teria havido problema. Mas Mahoma foi um Senhor da Guerra, um assassino de massas, um pedófilo, e tinha várias esposas ao mesmo tempo. A tradição islâmica conta-nos como combateu em batalhas, como logrou matar aos seus inimigos e inclusso como executava aos prisioneiros de guerra. O próprio Mahoma massacrou à tribo judea de Banu Qurayza. Ele assessorava em questões de escravidão, mas nunca aconselhava libertar da escravidão. O Islám não conhece mais moral que a expansão do Islám. Se é bom para o Islám, é bom. Se é máu para o Islám, é máu. Não existem zonas grises.

O Corám como palavra de Alá e Mahoma como o homem perfeito são as duas facetas mais importantes do Islám. Não deixedes que ninguém vos tolee com que o Islám é uma religião. Provavelmente tenham um Deus, e um mais alá, e 72 vírgenes. Mas, em essência, o Islám é uma ideologia política. É um sistema que arrasa as regras sociais e a vida de cada pessoa. O Islám dicta cada aspecto da vida. Islám significa sumissão. O Islám não é compatível com a liberdade e a democracia, porque só se encomenda à Sharia. Se queredes comparar o Islám com alguma coisa, comparade-o ao comunismo ou ao nacional-socialismo. Todas são ideologias totalitárias.

Isto é o que é preciso saber do Islám, a fim de comprender o que se está passando em Europa. Para milhões de muçulmãos o Corám e a vida de Mahoma não têm 14 séculos de antigüidade, senão que são uma realidade quotidiana, um ideal, que guia cada aspecto das suas vidas. Agora comprenderedes por que Winston Chirchill considerava o Islám “a força mais retrógrada do mundo”, e por que comparava o “Mein Kampf” com o Corám.


O que me conduz ao meu filme, “Fitna”.

Eu sou um legislador, e não um cineasta. Mas sentim que tinha a déveda moral de educar sobre o Islám. A déveda de deixar claro que o Corám está na base do que alguns chamam terrorismo, mas que na realidade é Yihad. Quería amosar que os problemas do Islám estám na base do Islám, e não nas suas interpretações extremas.

Agora, desde o dia em que se fixo pública a ideia de fazer o filme, produziu-se uma comoção, em Holanda e através de Europa. Primeiro houvo uma treboada política, com líderes governamentais de todo o continente presas do pánico. Holanda foi posta sob uma clara alerta vermelha, ante possíveis ataques ou uma revolta da população muçulmã. A sucursal holandesa da organização islâmica Hizb ut-Tahrir declarou que Holanda merecia ser atacada. Internacionalmente, porduciram-se uma série de incidentes. Os talibães ameaçaram com organizar ataques adicionais contra as tropas holandesas em Afeganistão, e um website ligado a Al Qeda publicou um chamado para que eu fosse assassinado, mentres vários múftis do Meio Leste ditaminavam que eu seria o responsável de todo o derramamento de sangue a partir da exibição do filme. Em Afeganistão e Pakistão a bandeira holandesa foi queimada em várias ocasiões. Bonecos que me representavam também foram queimados. O Presidente Indonésio anunciou que não se me permitiria entrar jamais em Indonésia, mentres que o Secretário Geral da ONU e a União Europeia emitiram cobardes comunicados no mesmo sentido dos realizados pelo Governo Holandês. Poderia seguir e seguir. Foi uma absoluta vergonha, um taquilhaço.

Seguiram um cúmulo de problemas legais que ainda não têm rematado. Actualmente o Estado de Jordânia tem aberto um litígio contra mim. Ainda a semana passada chegarom-me novos informes da agência de seguridade sobre uma destacada alerta ánti-terrorista em Holanda devido à exibição de “Fitna”.


A seguir, gostaria-me dizer umas quantas coisas sobre Israel. Porque em breve estaremos juntos na sua capital, Jerusalém. A melhor forma para que um político perda votos em Europa é dizer algo positivo sobre Israel. A gente tem aceitado com entusiasmo o relato palestiniano, e contempla a Israel como o agressor. Eu, sem embargo, seguirei apoiando a Israel. Eu contemplo a defesa de Israel como uma questão de princípios. Tenho vivido nesse país,e o tenho visitado dúzias de vezes. Apoio a Israel. Em primeiro lugar, porque é o fogar judeu depois de dois milheiros de anos de exílio que incluíram Auschwitz; em segundo lugar, porque é uma democracia; e em terceiro lugar porque Israel é a nossa primeira linha de defesa.

Samuel Huntington escreve-o acertadamente: “O Islám tem fronteiras de sangue”. Israel situa-se, precisamente, nessa fronteira. Este diminuto país está situado na linha de fogo da Yihad, frustrando o avanço territorial do Islám. Israel está na linha da fronte da Yihad, como Cashemira, Kosovo, as Filipinas, Tailândia do Sul, Dafur em Sudám, Líbano, e Aceh em Indonésia. Israel, singelamente, está no seu caminho. Da mesma forma que estava Berlin durante a Guerra Fria.

A guerra contra Israel não é uma guerra contra Israel. É uma guerra contra Occidente. É Yihad. Israel simplesmente recebe os golpes dirigidos a todos nós. Se não tivesse existido Israel, o imperialismo islâmico teria inventado outros territórios onde dar renda solta aos seus desejos de conquista. Graças aos pais israelis que enviam aos seus filhos ao exército e permanecem despertos na noite, os pais europeus e dos EEUU podem durmir prazidamente e sonhar, ignorantes do perigo que se avizinha.

Muitos em Europa estám a favor de abandoar a Israel a fim de evitar a ira das nossas minorias muçulmãs. Mas se Israel cai, Deus não o queira, isso não suporá nenhum alívio para Occidente. Isso não implicará que as nossas minorias muçulmãs câmbiem de actitude, e aceitem os nossos valores. Pelo contrário, a fim de Israel daria grandes ânimos às forças do Islám. Veriam a caída de Israel como uma mostra de que Occidente é débil e tem medo. A fim de Israel não significaria a fim dos nossos problemas com o Islám, senão só o começo. Seria o começo da batalha final pelo domínio do mundo. Se podem conquistar Israel, podem conquistá-lo tudo. Portanto, não é que Occidente tenha uma posta em Israel. E que Occidente é Israel.

É muito dificil ser optimista ante a crecente islamização de Europa. Todas as correntes están na nossa contra. Estamos perdendo em todas as frontes. Demograficamente o momento é do Islám. A imigração muçulmã é inclusso uma fonte de orgulho para alguns partidos governantes de esquerda. A academia, os artistas, os mass média, os sindicatos, as igrejas, o mundo dos negócios, a totalidade da classe política se tem convertido à teoria suicida do Multiculturalismo. Os chamados jornalistas estám prestos a etiquetar qualquer crítica da islamização como algo próprio da “extrema direita” ou dos “razistas”. A totalidade da classe dirigente está alinhada com o nosso inimigo. Os esquerdistas, progres e cristão-democratas estám encamados com o Islám.

Isto é o mais penoso: a traição das nossas elites. Neste momento da história europeia, supõe-se queas nossas elites nos deveriam dirigir. Para manter séculos de civilização. Para defender a nossa herdança. Para honrar os nossos eternos valores judeu-cristãos que figeram de Europa o que hoje é. Mas há muito escasos signos de esperança a nível governamental. Sarkozy, Merkel, Brown, Berlusconi; em privado, provavelmente reconheçam o grave que é a situação. Mas quando se encende a luz vermelha, põem-se diante da câmara e dizem-nos que o Islám é uma religião de paz, e que todos devemos nos levar bem e cantar Kumbayá. Gostosamente participam no que o Presidente Reagan acertadamente chamara “a traição do nosso passado, a dilapidação da nossa liberdade”.

Se fica esperança em Europa, vem da gente, não das elites. O câmbio só pode vir donível das raízes da erva. Tem que vir da própria cidadania. Esses patriotas têm que tomar nas suas mãos a dirigência política, legal e mediática.

Durante os passados anos se tem producido algum pequeno, mas esperançador, sgno de renascimento do espírito fundador de Europa. Pode que as elites dem a espalda à liberdade, a cidadania não. No meu país, Holanda, o 60% da população contempla a imigraç€ao massiva de muçulmãos como o erro político número um desde a 2ª Guerra Mundial. Outro 60% percibe o Islám como a maior ameaça para a nossa identidade nacional. Não acredito que a opinião pública em Holanda difera muito respeito os demais países europeus.

Os partidos patrióticos que se opõem à Yihad estám crescendo contra todo pronóstico. O meu próprio partido nasceu há dois anos, com um 5% de votos. Actualmente figura com um 10% nas enquisas. Outro tanto acontece com todos os partidos semelhantes em Europa. Estám combatendo contra as classes dirigentes e ganhando apoio na areia política, voto a voto.

Agora, por vez primeira, estes partidos patrióticos reunirão-se e intercambiarão experiências. Pode ser o começo de algo grande. Algo que poderia mudar o mapa europeu durante as décadas vindeiras. Também poderia ser a última oportunidade para Europa.

Este mes de Dezembro terá lugar em Jerusalém uma conferência. Graças ao Professor Aryeh Eldad *, membro da Knesset, poderemos asistir a um passe de “Fitna” no edifício da Knesset, e discutir sobre a Yihad. Organizamos este evento em Israel para pôr a ênfase no facto de que todos estamos no mesmo barco, e que Israel forma parte da nossa herdança comum. Os assistentes serão uma audiência selecta. Não serão admitidas organizações razistas. E só se admitirão partidos contrastadamente democráticos.

Esta Conferência será o começo de uma Aliança de Patriotas Europeus. Servirá de coluna de apoio para todas as organizações e partidos políticos opostos à Yihad e à islamização. Agardo o vosso apoio para esta Aliança.

Este esforço será cruzial para os EEUU e Occidente. Os EEUU quiçá acreditem que, graças à sua localização, estám a salvo da Yihad e da Sharia. Mas sete anos atrás, ainda saía fume da Zona Zero, tras os ataques que remataram para sempre com essa ilusão. Existe um perigo aínda maior que os ataques terroristas, o cenário de uns EEUU como único homem civilizado em pé. As luzes podem extinguir-se em Europa antes do que imaginades. Uma Europa islâmica seria uma Europa sem liberdade nem democracia, uma terra economicamente devastada, um pesadelo intelectual, e uma perda de poderio militar para os EEUU –já que os seus aliados se passariam ao inimigo, inimigos com armas atômicas. Com uma Europa islâmica, seria muito dificil para os EEUU em solitário preservar a herdança de Roma, Atenas e Jerusalém.

Caros amigos, a liberdade é o mais preçado dos obséquios. Os da minha geração nunca tivéramos que lutar por esta liberdade, fora-nos servida em bandeixa de prata, por gente que combatera por ela pagando com as suas vidas. Ao longo de toda Europa os cimitérios dos americãos lembram-nos aos jóbenes que nunca voltaram ao seu fogar, e cuja memória veneramos. A minha geração não é proprietária dessa liberdade, somos meros custódios. Apenas procuramos aferrar-nos a esta liberdade duramente conquistada para transmiti-la aos rapazes europeus no mesmo estado em que no seu dia nos foi entregada.

Não podemos dilapidar as nossas liberdades. Simplesmente não temos direito a fazê-lo.

Esta não é a primeira vez que a nossa civilização se acha sob ameaça. Temos já precedentes de ter suportado situações dramáticas. Temos sido traicionados pelas nossas elites antes. Têm-se alinhado com os nossos inimigos anteriormente. E, apesar de tudo, a liberdade prevaleceu.

Estes não são tempos para extrair lições do apaziguamento, da capitulação, da entrega. Estes não são tempos nos que seguir o exemplo do Sr. Chamberlain. Este é um tempo no que olhar para o Sr. Curchill e as palavras que dixo em 1942:

“Nunca vos rindades, nunca, nunca, nunca, nunca, nem para o grandioso nem para o pequeno, nem no grande nem no insignificante, nunca claudiquedes agás às convicções da honra e o sentido comum. Nunca cedades ante a força, nunca cedades ante o aparentemente irresistível poder do inimigo”.

Muito obrigado.



GEERT WILDERS

(Conferência oferecida no Four Seasons de New York o passado 25 de Setembro)



* Aryeh Eldad: filho de Israel Eldad, dirigente histórico do LEHI, preside a Comissão de Ética da Knesset. Está enquadrado na formação União Nacional (Moledet e Tzkuma).


O encontro “Facing Jihad: a Lawmakers’ Summit”, ao que se refere a intervenção de Geert Wilders, terá lugar em Jerusalém os vindeiros dias 14 e 15 de Dezembro, com representação de 30 europarlamentários de Bélgica, Dinamarca, Itália, Holanda, Suécia, Suíça e o Reino Unido e vários intelectuais de renome internacional.
Para mais informação: www.facingjihad.com

A PASTILHA


Conta o amigo Méndez Ferrín que Vicente Risco dava por certo que os judeus na Baixa Idade Meia secuestravam rapazes cristãos (Ricardo de Pontoise, Dominguito del Val, ou "El Santo Niño de la Guardia") para lhes infligir nos tenros corpos os tormentos da passião de Cristo e fazê-los morrer.

Na Galiza de hoje, temos pessoeiros e notáveis no campo da cultura (veja-se aos cúmplizes da Asociación de Escritores en Língua Galega, que calaram ante a agressão ánti-semita contra o encarregado da área de cultura na Comarca de Vigo no BNG) e outros no âmbito político e institucional, que não distam demassiado, ao que se vê, das considerações do velho Risco.

No Pleno do Parlamento de Galiza celebrado ontem, dia 1 de Outubro, o portavoz da organização názi Bloque Nacionalista Galego, Carlos Aymerich –destacado membro numerário da secta ultracatólica Opus Dei, que já se tem destacado pelas suas ferozes intervenções ánti-semitas no actual período de sessões- fixo um coerente alarde do que é a sua educação nos dogmas ultracatólicos da Inquisição e na ideologia názi da eugenésia, ao convidar a que se lhe suministrasse “a pastilha” a duas das deputadas do Partido Popular de maior idade. Também aludiu aos seus “códigos genéticos” para desqualificá-las.

O Partido Nacional Socialista Alemão de 1933 levava no seu programa, com o que concordaria o BNG a teor das manifestações do senhor Aymerich, as seguintes propostas, entre outras:
Activismo pró-direitos dos animais
Espiritualidade pagana
Confiscação da riqueça
Gasto elevado em adoutrinamento/educação pública
Abominação do livre mercado
Postos de trabalho garantidos de por vida (funcionariado)
Implantação do aborto.
Implantação da eutanâsia.
Implantação da eugenésia.
Impulso da Lei sobre «Gemeinschaftsfremde» («extranhos à comunidade»)


Víctor Farias, no seu sobrecolhedor estudo sobre as andanças nos anos moços de Salvador Allende pelos arrabaldos do nacional-socialismo, documenta a querência deste tipo de sujeitos, que com o tempo acabam embarrancando em partidos de corte estalinista (é interessante, neste sentido, repassar o livro de Alain de Benoist “Comunismo e nazismo”), pela eutanásia, eugenésia e, em geral, a engenharia social na sua vertente mais criminal. De facto, Salvador Allende rematou sendo um adiantado propagandista da URSS e apoiando a “luta revolucionária”, que naquele contexto era o eufemismo para nomear à luta armada, e “la revolución de empanadas y vino tinto” –mais concomitâncias com o ideário do BNG.

Ao igual que Allende, que considerava que os judeus estavam programados
geneticamente para ser uns delinquentes, Aymerich tem um longo historial -só superado, quiçá, pela fília ayatólica de Paco Rodríguez- de ataques contra os judeus e tudo o que lhe soe como ameaça para a Galiza Judenrat que pretende implantar.


Ante a convocatória eleitoral daqui a uns meses, o que nos deve interessar realmente no programa do BNG, para além de AVE’s, planificação lingüística, plano de estradas, etc., é se têm pensado incluir no seu programa -para além da já segura apertura de consulados em Teherão e Gaza City- a implantação no sistema do SERGAS da eugenésia para anciãos e indesejáveis sociais (judeus e pró-judeus, sinaladamente).


Eu perguntaria-lho encantada a Carlos Aymerich. Mas sei que por muito menos manda que te administrem a “pastilha”.



SOPHIA L. FREIRE


(2 Tishrei 5769 / 2 Outubro 2008)


Demos-lhe uma olhada ao folheto abandoado no cenário [do ataque contra Zeev Sternhell] e intentemos uma pequena análise semântica e filológica.




As minhas observações são:

1. Não há ב"ה ou בס"ד encabeçamentos habituais da escrita nos religiosos. Essas abreviaturas significam “com a ajuda de Deus”.

2. A sinatura “Exército dos Libertadores Estatalistas” é ridícula. O próprio conceito de
ממלכתי, i.e., apoiar o aparelho do Estado é anatema para a direita nacionalista radical.

3. Por que proclamar uma recompensa de 1.1 million NIS? 1.1??? Qué é isso? Um erro tipográfico?

4. O Estado de Israel é descrito como o “sonho” (חלום) dos últimos 2.000 anos. Religiosos ou nacionalistas teriam utilizado a palavra “vissão” (חזון).

5. Na lista de armas com que Israel tem armado à Autoridade Palestiniana inclue-seמכונות ירי (e por que não יריה?) que na realidade é uma denominação arcaica para falar de “pistolas” que indicaria que o redactor é uma pessoa maior de 65 anos. Qualquer jovem que tenha servido no exército utilizaria a expressão תת-מקלעיםou directamente קלצ'ניקובים - Kalachnikovs.

6. A utilização do termo hebreu em vez de “palestinianos” é פלשתינאים que não é habitual. O lógico seria que tivessem usado “árabes” פלסטינים ou ערבים.

7. A utilização da expressão “pecado” do Estado de Israel por incitar ao aborto indicaria que se trata de grupos harídicos mais que nacionalistas..

8. Outro tanto no que se refere à inclussão de referências aos “defiles do orgulho gay”.

9. A utilização de מלכות יהודה – Reino de Judea, em vez da exigência kahanista de מדינת יהודה – Estado de Judea, indica também que a composição do folheto é harídica ou dos serviços secretos.

10. Sternhell não é mencionado no folheto e a adenda da recompensa de1.1 NIS pelo assassinato de líderes de Paz Agora é um engadido com diferente máquina de escrever.

Algo cheira podre em Dinamarca.



YISRAEL MEDAD

(29 Elul 5768 / 29 Setembro 2008)


O fume do foguete ainda não se disipara fronte a casa do Profissor Zeev Sternhell em Jerusalém, quando os mass média lançaram a mais feroz andanada maccartista contra a direita israeli desde mediados dos noventa. Os mass média chegaram à visceral conclusão de que o ataque contra Sternhell, ligeiramente ferido pelo estoirido, tinha uma motivação política, devido a que Sternhell tinha percorrido uma longa senda exprimindo opiniões radicais. Estas incluiriam as suas denúncias contra os colonos de YESHA e todos os não esquerdistas israelis como “fascistas”, justificação de ataques terroristas contra os colonos, e chamamentos a uma planificação central da economia e a sociedade israeli no mais genuíno estilo soviético.

A última tanda de maccartismo indiscriminado ánti-disidência em Israel foi a que seguiu ao assassinato de Yitzhak Rabin. Os mass médias de esquerdas inventaram a “teoria” de que Rabin fora assassinado como resultado directo da maneira que tem a “direita” de entender a liberdade de expressão e de proclamar as suas ideias. A esquerda maccartista israeli insistira daquela em que todo aquele que estivera em desacordo com a iniciativa de Oslo de Rabin era colectivamente culpável da sua morte. A teoria esquerdista da jurisprudência levou-nos a insistir em que qualquer israeli que não fosse de esquerdas era culpável colectivo da sua morte agás que ele ou ela pudessem ser declarados inocentes para além de toda dúvida razoável. O episódio demonstrara o quebradiço que são os conceitos de democracia e responsabilidade em grandes seitores da areia política israeli.

E há uns dias produce-se o ataque contra Sternhell. Uma vez mais, qualquer israeli que não seja de esquerdas está sendo questionado pela imprensa como culpável de “terrorismo” contra Sternhell, agás que demonstre a sua inocência para além de toda dúvida razoável, e sem importar que não exista prova alguma de que o explossivo fosse colocado por alguém vinculado à “direita” israeli ou inclusso por alguém que o figesse sem motivações de índole política. Os mass média em Israel não têm necessidade de evidências ou provas de nada. Artigo tras artigo denunciam à “direita” como autora (colectiva) tras o ataque, e várias intervenções, destacando as de A.B.Yehoshua e a do zar policial Avi Dichter, insistindo em que os inomeáveis “colonos” estám tras o ataque a Sternhell. Os chiflados profissores de ultraesquerda, habitualmente ignorados pelos mass média israeli –agás no caso do ánti-sionista “Ha’aretz”-, a mesma gente da que jamais se tem escuitado uma condeia quando se produz uma atrocidade árabe contra os judeus, sairam a reluzir em todos os mass média a lançar proclamas sobre como o ataque contra Sternhell era consequência da brutalidade israeli contra os pobres palestinianos, e como o atentado vem provar que qualquer que discrepe com os esquerdistas é por definição um terrorista.

Uma pessoa razoável não teria por que descartar automaticamente a possibilidade de que um lunático isolado da “direita” ou inclusso um “colono” pudesse ser eventualmente achado implicado no ataque. Curiosamente, nem um só comentário da nova em Ha’aretz ou nos demais mass média, referiu-se ao autor (es) do ataque contra Sternhell com o seu querido qualificativo de “activistas”. Imaginade, só suponde, embora semelha presumível que este não é o caso. Não seria divertido que a polícia estivesse ocultando sólidas evidências de que terroristas palestinianos tivessem atentado contra Sternhell com um explossivo, tras se lhe ter outorgado o “Prémio Israel”, tendo-se convertido em símbolo da entidade sionista e um codiciado trofeu terrorista? Para além disso, Sternhell seguro que ao longo dos anos terá ido acumulando uma merecida aversão por parte de muitos, incluíndo alguns franceses ánti-semitas, um dos quais lhe ganhou uma demanda por libelo na França. Portanto, uma pessoa imparcial poderia ter sérias dúvidas sobre quem levou a cabo o atentado até que se descobra alguma evidência.

Mentres, qualquer que tenha disentido nalguma ocasião dos dogmas da extrema esquerda, e inclusso qualquer que tenha exprimido a mais mínima crítica aos pontos de vista de Sternhell –incluíndo os seus pronunciamentos chamando ao assassinato de “colonos”, seguro que se passou a semana sorteando as acusações dos média exigindo um passo à fronte e denunciar o ataque. Como se qualquer que não seja de esquerdas e não tomasse a iniciativa de fazer tal declaração pressumivelmente tivesse apoiado o ataque! Um prominente profissor de “Professors for a Strong Israel” [ver ligação na coluna da direita] recebeu uma espécie de citação judicial procedente duma TV israeli e negou-se a asistir, ao considerar esse tipo de convocatória um insulto. Isracampus.org.il, organismo de estudo da rede que monitoriza o extremismo acadêmico ánti-israeli, foi semelhantemente insultado com exigências acussatórias exigindo-se-lhe que dera a cara e renunciasse explicitamente à autoria do ataque.

Deixade-me repetir aqui o que propujem aos membros e líderes de “Professors for a Strong Israel”, e que pela presente sugiro a qualquer pessoa não pertencente à esquerda, que se pergunte qual deve ser a resposta adequada a esta caça de bruxas. A minha sugerência é adaptar para a ocasião o familiar aforismo de David Ben Gurion. Ben Gurion frequentemente fazia afirmações deste tipo “Combateremos o Documento Branco como se não existisse Hitler e combateremos a Hitler como se não existisse o Documento Branco”

Consequentemente, a minha proposta é que todos os não-progressistas, quando sejamos perguntados pelo ataque contra Sternhell, respondamos assim: “Acreditamos que a violência política em Israel deve ser combatida como se não existisse a plaga da traição acadêmica dos esquerdistas, e a plaga da traição acadêmica dos esquerdistas deve ser combatida como se não houver violência política em Israel”.

Para além disso, deveriam ser mencionadas algumas outras observações, que incluiriam:

A vissão e opiniões políticas de Sternhell eram repugnantes antes do ataque e não vam ser menos repugnantes pelo facto do ataque.
A sedição da esquerda radical não se pode legitimar no ataque a Sternhell, à marge de quem o levesse a cabo.
Os críticos da esquerda radical não ficam deslegitimados pelo ataque contra Sternhell, para além de quem o levasse a cabo.
Os críticos com as opiniões do Profissor Sternhell têm tanto direito a exprimir as suas críticas como o próprio Sternhell as suas.

Como nota à marge, se em breve aparecesse no cenário um suposto lunático do movimento
Kahanista como implicado, sugiro firmemente que a negação do direito de expressão dos kahanistas seja considerada como causa primeira do ataque. Os kahanistas e SÓ os kahanistas têm sido criminalizados em Israel, ilegalizados, tem-se-lhes negado a liberdade de expressão, e têm sido declarados “razistas” e “terroristas”. Nem um só esquerdista post-sionista, nem um só fascista árabe, neum um só grupo estalinista tem sido criminalizado de maneira semelhante e nenhum foi declarado oficialmente “razista”, apesar de incitar ao assassinato de judeus e negar o Holocausto.

Permitir que os “fanáticos” compitam no mercado da livre exposição de ideias, que exponham as suas teorias à vista de todos, soe redundar na sua neutralização. Mas a esquerda ánti-democrática e a dirigência política israeli decidiram arbitrariamente criminalizar aos Kahanistas, proibindo-os como ilegais, e a gente à que se lhe nega a liberdade de expressão às vezes reage com violência. Como queira que ningum se tem visto envolvido, e não existe evidências de que vaia a está-lo, a conclusão política é que o kahanismo deve ser descriminalizado e que se deve permitr que os kahanistas exercitem a sua liberdade de expressão.



STEVEN PLAUT

(29 Elul 5768 / 29 Setembro 2008)

PAGANISMO MESQUINHO


Hoje, muitos religiosos judeus emprenderão uma série de abomináveis ritos paganos. A sua ideia é celebrar o Ano Novo Judeu, que não tem nada a ver com o outono, para começar. O ano novo judeu é no mes primaveral de Nissan, e nele comemora-se o Éxodo. Os rabinos passaram a Rosh ha-Shaná ao outono por razões não teológicas. Os judeus não estavam obrigados a celebrar o ano novo, que é uma festividade tipicamente pagana.

[Logicamente, o ano novo deveria celebrar-se o primeiro dia do primeiro mes do ano. Ezequiel 40:1: “No começo do ano (Rosh ha-Shaná), no dézimo dia do mes…”. Ezequiel, por suposto, não queria dizer que o novo ano começa-se no dézimo dia do mes, senão, “arredor do começo do ano”. Os Masoritas, especificamente, não estám dacordo com a Septuaginta interpretando Ezequiel 45:20 como “o primeiro dia do séptimo mes”, frase que justificaria trasladar o Ano Novo ao séptimo mes].

Os jasidim viajam a Medzhibozh em honra de Baal Shem Tov (Besht), um fundador da sua religião consideravelmente postergado por outras ponlas do judaísmo. Besht introduziu muitas inovações doutrinais, e algumas de elas, como a presença de Deus em cada ser humano, são gnósticas. O Gaon tivo a intuição de evitar outra cissão na comunidade judea, e aceitou os jasidim como adeptos adequados para o judaísmo.

Medzhibozh é uma pequena vila numa região de Ucrânia casualmente chamada, tras uma carneçaria contra os judeus, Khmelnitsky. Os visitantes jasidim não se preocuparão pelos milheiros de judeus assassinados pelas tropas de Khmelnitsky, Petiyura e os názis, senão que irão directamente a reçar na tumba de Baal Shem Tov. Reçar ante a tumba de alguém é o rito fundamental dos paganos. Os hebreus pré-judaicos também reçavam aos espíritos dos ancestros, até que a Torá erradicou essa prática. A Bíblia fala com repulsão do episódio de Saul valendo-se duma meiga para comunicar-se com o falecido profeta Samuel. No Levítico, o contacto com os mortos é uma grave fonte de impureça. Os cimitérios são ritualmente impuros, e é um despropósito reçar ali.
Teoricamente, os jasidim reçam à tumba. Na prática muitos reçam ao defunto Besht (ainda muitos reçam em New York ao defunto Rabino Lubavitcher).

Como o Ano Novo está próximo, os jasidim recriarão-se no rito igualmente pagano de agitar os seus tzitzit na beira do mar. Simbolicamente estarão sacudindo os seus pecados. Os antigos gregos, igualmente de modo simbólico, banhavam-se com porcos durante os mistérios de Eléusis: os pecados simbolicamente transferiam-se aos porcos. Os jasidim que despreçam o relato cristão de Jesus expulsando os demos dum homem enfermo aos porcos, fazeriam bem em ré-considerar os seus próprios ritos.

Ou o kaparot, um rito profundamente pagano consistente em matar um galo como substituto da própria morte sob a cárrega dos pecados. Inclusso a oferenda de culpa foi confinada ao Templo e proibida nos santuários das colinas. Os judeus actuais que se consideram religiosos sacrificam galos em qualquer sítio. A sua religião tem degenerado numa idolatria absoluta, como quando beijam os rolos da Torá ou lançam beijos às mezuzot igualinho que os seus homólogos católicos e ortodoxos cristãos, que beijam estátuas e fazem reverências ante iconos.

Não são religiosos. Ignoram o recolhemento ante Deus. O seu Deus é um crego que se adica a pontificar superstições absurdas..

Não reconheço o Judaísmo na sua religião.



OBADIAH SHOHER


The Israeli and American Jewish supporters of Oslo have been asked to say
special Selichos prayers this year in light of the terrible catastrophes
inflicted upon Israel by the policies they have forced upon the country.
The new Oslo Selichos go something like this:



For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
the world that Arafat would pursue peace,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
the world that Hamas would be more of a threat to the PLO than to Israel,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
the Jews that Arafat would fight the Hamas and Islamic Jihad with no
Supreme Court or Betselem (to quote Rabin),

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that hostility to Jews in the Arab and the Moslem media would
decrease,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
the Israelis that trade between Israel and Arab countries would flourish,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel us that the Palestinian Authority would be disarmed,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the PLO would cooperate strategically with the Israeli Defense
Force,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel there would be an economic peace dividend,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Israeli Arabs would demonstrate increasing moderation due to
the "peace process,

Please forgive us..

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the Hamas and Jihad would be persecuted and suppressed by the
PLO,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that PLO arms would never again be used against Jews,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the PLO leadership would speak in terms of peace with the
Jews,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the PLO would cease its efforts to delegitimize Zionism and
Israel,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel the PLO would denounce and renounce anti-Semitism, Nazism and
Holocaust Denial,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the PLO would introduce democracy into the Palestinian zones,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the PLO would be forced to spend all its energies on resolving
domestic social and economic problems,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the US would back Israel if the PLO reneged on its obligations
or displayed duplicity,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the US would cease to pressure Israel to endanger its security
and fundamental interests,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the Europeans would rush forward to support Israel,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the Japanese and Saudis would pour money into regional
investments, including into Israel,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the Egyptians would end all animosity towards Israel, Zionism
and Jews,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the non-Arab Moslem countries would gush friendship for
Israel,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Arab military expenditure would drop significantly,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Arab verbal threats against Israel's existence would end,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Nazi-like propaganda in Arab countries would end,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the Israeli Left would lead the retreat from the Oslo
experiment it if proved to be not working,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the PLO would never show itself as a tin-cup Third-World
kleptocracy if granted power,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Jews remaining in Moslem countries would see their treatment
dramatically improved,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Russia would act as a stabilizing force for peace,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that the majority of Palestinians would denounce violence and
terror,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Israel Arabs would cease to support political parties
dedicated to eliminating Israel,

Please forgive us.

For the sin we committed when we forced Israel to commit Oslo and assured
Israel that Palestinian chants of In Fire and Blood will We Redeem
Palestine, "Death to the Jews", and "Massacre the Jews" would end,

Please forgive us.

For the sin we committed when we assured the world that Oslo would NEVER
lead to demands for negotiations concerning Israeli sovereignty over
Jerusalem, that Israel would never be asked to return to its 1949
Auschwitz borders, that the Jordan Valley, and Golan Heights would remain
Israel's security borders forever,

Please please please forgive us!!



STEVEN PLAUT

(29 Elul 5768, véspera de Rosh HaShaná)

O INIMIGO


Identificar ao inimigo é a premisa para afrontar e ganhar qualquer guerra –e os EEUU e Israel estám em guerra com o mesmo inimigo. Sem dúvida, a questão estratégica na eleição presidencial, a questão que mais claramente separa ao Senador Barack Obama do Senador John McCain, é precisamente a sua diferente percepção do inimigo. E deve ser dito que Obama carece de um conceito sério do que é um inimigo.

Quiçá ninguém tenha entendido qual é o inimigo dos EEUU melhor que Lee Harris. O seu livro “A civilização e os seus inimigos” é um clássico, e agás que o próximo Presidente dos EEUU seja capaz de captar a sua perspicácia, a civilização occidental, em inegável caída livre, pode desaparecer.

Harris sinala dois tipos de inimigos: “Em primeiro lugar, o inimigo pode ser alguém a quem temos maltratado ou oprimido. Em segundo termo, o inimigo é alguém que exige ser reconhecido pela sua superioridade”. O segundo tipo é o que se corresponde com o Islão, que contempla a todos os “infideis” como infrahumanos.

Se o inimigo fosse simplesmente um grupo oprimido lutando por um reconhecimento equitativo do seu estátus inter pares, a sua inimizade poderia ser anulada ou gradualmente reduzida garantindo-lhe o estátus que exige.

Mas se o inimigo exige um reconhecimento da sua superioridade, só ficam duas opções: ou render-se às suas exigências e passar a ser os seus servos, ou derrotá-lo. Mas devemos derrotá-lo de maneira que nunca mais se poda plantejar essa suposta superioridade –como foi o caso da devastação da Alemanha názi e do Japão imperial na 2ª Guerra Mundial. Esse tipo de devastação imissericorde foi necessário devido a atroz natureza do inimigo.

Os EEUU e Israel enfrontam-se a um inimigo não menos atroz, o Islão. Semelha, sem embargo, que nenhum país, sumidos no humanismo democrático, é capaz de congregar a determinação precisa para medir-se a este tipo de inimigo. Esta indecisão é especialmente evidente entre os intelectuais de esquerda. “A grande ironia do intelectual de esquerdas”, dize Harris, “é que se converte em inimigo da civilização ao rechaçar a ideia de que a civilização poida ter inimigos, sonhando num mundo no que as pessoas não se deixaram conduzir pelo que Francis Fukuyana denomina “o desejo irracional de ser considerado superior aos demais””.

Ao igual que este tipo de intelectual, o Senador Obama não apreça o sobérbio orgulho cultural dos dirigentes islâmicos. Absorto na sua própria oratória, acredita que ele pode convencer ao presidente iranião Mahmoud Ahmadineyad para que suspenda o desenvolvimento de armamento nuclear. Esta visão das coisas impregna o discurso da esquerda progressista que se tem feito com o controlo do Partido Democrata. (Basta com sinalar à Portavoz na Câmara de Representantes Nancy Pelosi e o líder da Maioria no Senado Harry Reid).

Obama deixou ao descoberto o seu zeitgeist –o seu cosmopolitismo esquerdista- quando soltou em Europa: “Eu são um cidadão do mundo”. Aparentemente, Obama embriagou-se do esquerdismo acadêmico dominante durante os seus anos na Universidade de Columbia e Harvard. (Um estudo revela que a proporção de de esquerdistas respeito aos conservadores nas universidades dos EEUU é de 10 a 1).

O ánti-americanismo é um produto da Nova Esquerda que surgiu no mundo acadêmico nos anos sessenta. O senador Obama não deixar de ser um vástago da Nova Esquerda. De orientação marxista, Saul Alinsky e o Reverendo Jeremiah Wright –ambos inequivocamente ánti-americanos- têm sido os seus mentores.

Como os esquerdistas em geral, o Senador Obama acredita num mundo rigorosamente igualitário. Deplora a ideia do “excepcionalismo” americão, ou dos EEUU como a única potença democrática que pode salvagardar a civilização contra as ideologias totalitárias. Dado que a civilização requere tolerância e rechaço da violência, isto é suficiente para indicar por que os EEUU, hoje, é o gardão da civilização e por que o Islão é o inimigo da civilização. Mas isto fica para além do entendimento de Obama.

O Islão não só se nos amosa como superior a todas as demais culturas, senão que, como apontámos, exige que issso seja reconhecido pelos demais. Daí derivam duas conseqüências lógicas. A primeira, que os dirigentes muçulmãos não sentem inclinação a manter negociações sinceras que conduçam a acordos estáveis com os “infideis” –um processo que requere concessões mútuas ou reciprocidade. A reciprocidade supõe admitir a discusão num plano de igualdade, o qual é anatema para o Islão. Isto é aplicável aos iraniãos, da mesma forma que aos dirigentes de Al Fatah ou Hamas.

Subestimar a ameaça de Ahmadineyad da “morte aos EEUU”, como uma simples bravuconada, é um erro fatal, e não só porque um Irão dotado de armas nucleares poderia fechar o Estreito de Hormuz através do que discorre o 40% do petróleo mundial. A existência dos EEUU como potença planetária interpõe-se no caminho das ambições globais do Islão. Portanto, um Irão nuclearizado é fundamental para lograr a desaparição dos EEUU. (De forma semelhante, os muçulmãos não podem aceitar a existência de Israel como Estado soberano, dado que isso seria uma afrenta para o Islão ao contradizer uma doutrina de 1.400 anos de dhimmitude).

Para além de tudo, na medida em que o inimigo exige o reconhecimento da sua superioridade, deverá recorrer à violência se esse reconhecimento não é previssível. Isto significa que a Yihad é um princípio essencial e consubstancial do Islão. Tudo isto leva-nos à conclusão de que o discurso de Obama sobre a diplomácia com Irão é insustentável.

O mesmo poderíamos dizer da Administração Bush. Duma banda, fala de extender a democracia pelo Meio Leste. Doutra, apoia a criação dum Estado palestiniano cujos líderes não só têm educado às suas crianças no ódio aos judeus, senão que os têm utilizado (e às suas mulheres) como bombas humanas para assassinar judeus –como se tudo isto fosse irrelevante do carácter do Estado palestiniano! Insustentável, também, e isso que se dizem amigos de Israel...

Como adverte Harris, porém, “num mundo cheio de tramposos o mais implacável será sempre o vencedor” –sim, e ninguém é mais tramposo que o inimigo. Este é um motivo suficiente para afirmar que o Senador Obama não está qualificado para enfrontar-se ao inimigo.



PAUL EIDELBERG

(27 Elul 5768 / 27 Setembro 2008)






Segundo o serviço estatístico de pautas e tendências de Google Zeitgeist, a terceira palavra mais procurada em Israel no serviço de búsqueda de Google é "esquizofrênia" (http://www.google.com/press/intl-zeitgeist.html#il)

No primeiro posto do ránking de procuras figura "Sixty years for Israel" e no segundo "Jordan".

O serviço Zeitgeist de Google proporciona uma visão estatística do comportamento dos usuários do motor de procura por países.

Embora seja inegável que a dirigência israeli actua permanentemente sob síntomas de esquizofrênia -tendo a obriga de procurar o bem para o país, e simultaneamente entregando-o a mãos do inimigo-, consideraremos que o serviço de Google é um fiasco. Sobretudo uma vez comprovado que a procura mais solicitada em Espanha é "diario de Ferrol" ou em Hungria o futbolista espanhol "Fernando Torres".


SIMON BAR KOCHBA

DEMÊNCIA EFICAZ


A demência é o único enfoque operativo nas relações internacionais. A demência em questão consiste numa decidida determinação de lograr os próprios objectivos sem dar importância aos custes, sejam os que sejam, e ignorando qualquer objecção. Este tipo de loucura é a própria de génios como Bismarck ou mediocres como Putin. A loucura consiste na sua negativa a negociar racionalmente através do toma-e-daca habitual; os líderes dementes não dam –e, desse modo, invariavelmente sempre ganham.

A gente racional preocupa-se mais da sua cerveja com patacas fritas que das ideias de âmbito nacional. O nacionalismo vitorioso sempre tem um ponto de loucura: desde os sicários em Canaan aos sionistas quase-messiânicos dos kibbutzim, também em Canaan. Outro nome que recebe este tipo de loucura é passião, e requere-se muita passião para prevalecer sobre inimigos que não querem a tua casa nem o teu dineiro, senão que actuam movidos pelo orgulho e a reclamação de soberania.

As potenças occidentais rendiram-se ante Ho Chi Min e Gromyko devido ao simples do seu enfoque: “não” a qualquer concessão. As nações prósperas não necessitam, na realidade, aquelas coisas pelas que negociam, chamem-se Viet-Nam do Sul ou missis balísticos em Turquia, e soem ceder quando se enfrontam com opositores implacáveis.

As guerras são irracionais. As potenças racionais não têm credibilidade em questões militares. Obviamente, devem negociar mais que combater. Inclusso quando combatem, não o fazem por nenhum motivo aparente e seguem patrões impredecíveis (e consequentemente terríveis), como em Iraq.

Os dirigentes desenfreados comprendem muito bem aos da sua própria calanha: Rússia lançou os tentáculos sobre Geórgia, mas não sobre Lituânia, porque Occidente não tivesse tido outra opção que reagir, embora fosse com sanções. A arte da loucura consiste em calcular o alcanço do farol que o outro está disposto a tolerar, e não se passar da raia.

A credibilidade reside na tolerância zero de infringir os interesses alheios. Em consequência, Rússia dá renda solta a Lituânia, mas não pode consentir o mesmo no caso de Geórgia porque Osétia do Sul e Abjázia são, de facto, províncias russas, uma esfera de interesse legítimo. Rússia pode tolerar que sejam nominalmente governadas por um regime amigo em Geórgia, mas não por um regime pro-estadounidense. O mesmo rege para Ucrânia: Rússia aceitaria que Crimea fosse parte de Ucrânia na medida em que Ucrânia esteja intimamente vinculada a Rússia (“Deixa que te leve a maleta, e ti leva-me a mim”).

A credibilidade de Israel está absolutamente destroçada pela sua passividade no tema dos ataques com os rockets: se uma panda de sémi-nómadas de Gaza podem emprendé-la a tiros contra Israel, daquela qualquer pode fazê-lo. É melhor reagir de modo desproporcionado e liquidar a um milheiro extra de inimigos que exibir a tua debilidade mediante a inacção.

A insensatez é uma estratégia muito segura para uma potença relativamente auto-suficiente: ninguém quere enfrontar-se com um governo enlouquecido, mas alguns quererão negociar com ele. Inclusso a demente actitude do Governo Alemão não provocou uma oposição internacional significativa até 1939, quando todos os países da Europa occidental se sentiram ameaçados. As potenças internacionais soem evitar a refrega com um governo desenfreado até que um perigo iminente e incontestável se lhes vem acima, e inclusso às vezes negam-se à evidência. Em muitas ocasiões, os EEUU traicionaram aos seus vasalos deixando-os em mãos de um inimigo demente: Viet-Nam do Sul e Geórgia são dois exemplos. Fixade-vos nos kurdos e os húngaros, cujas populações pediram ajuda aos EEUU, incitados à revolta por outros –e que ficaram abandoados. Doutra banda, os EEUU respaldam aos seus aliados quando os inmigos são racionais: os EEUU defenderam diplomaticamente a Egipto contra Israel-Grande Bretanha-França em 1956. Os governos racionais habitualmente perdem nos seus conflitos com os inimigos dementes porque, racionalmente falando, alguns territórios ou concessões -especialmente se se trata dos pertencentes aos aliados e não os próprios- não pagam a pena de se arriscar a uma confrontação militar de maior calado.

Israel conta com um exitoso historial de arrebato, definido como híper-reacção: os judeus capturaram reféns árabes para canjeá-los por mandos israelis, destruiram por completo a flota aérea civil do Líbano em repressália pelo sequestro de aviões israelis, e bombardearam Jordânia em resposta a ataques terroristas. Israel não aplicou a resposta demencial contra Egipto, e este país tem-nos estado tocando o nariz incesantemente mediante guerras de desgaste. Quando Israel afrouxou um pouco ao Líbano, as guerrilhas da OLP incrementaram os seus ataques, conduzindo-nos à guerra de 1980. Assim e tudo, a violência da OLP fora avondo moderada, em boa parte na espiral de enfrontamentos entre israelis e palestinianos onde a distinção entre ataque e contraataque tem rematado por evaporar-se. Em termos gerais, pois, a nossa reacção demencial sempre tem disuadido ao inimigo.

Embora a política da loucura supõe um contratempo no que se refere aos investimentos directos do estrangeiro, a sua magnitude é relativa. A corporações occidentais, grandes e pequenas, seguiram fazendo negócios com a Alemanha anterior a 1939 e a china comunista. Os inversores culminam negócios inclusso com Irão, apesar do singular deste regime e das sanções. Se Israel é capaz de criar uma economia internacionalmente competitiva, nenhuma dose de aventureirismo político poderá pôr em perigo o nosso desenvolvimento.

Mas não mencionamos ainda o olho por olho? É uma doutrina vítima de uma leitura errónea. O Legislador realmente queria dizer: a metade da vista do teu inimigo pela metade tua. Se os nossos inimigos muçulmãos são sessenta vezes mais numerosos que Israel, daquela devemos repressaliar a sessenta de eles por cada afectado israeli. Também os criminais são condeados de duas a cinco vezes pela quantidade de dano ocasionado, supostamente a fim de amortizar os seus crimes ainda não descobertos. Toda vez que resulta improvável que vaiamos a liquidar aos inimigos mais buscados cada vez que haja um combate, estamos legitimados para vingar o dano cinco vezes; cinco por sessenta são trescentas vezes.

Se bem é certo que temos o precedente de Josué bin Nun, que ofereceu aos inimigos a escolha entre exílio, rendição e extermínio. Ensinança plenamente aplicável hoje em dia.



OBADIAH SHOHER

(28 Elul 5768 / 28 Setembro 2008)




[Terceira e última entrega do capítulo adicado à percepção actual dos europeus respeito o judaísmo. Último livro do pensador francês Pascal Bruckner]




O DOBLE MALDITO



Para os seus detractores, o Império do Mal é bicéfalo, funciona em tândemn pela cultura recíproca dos mesmos defectos, o mesmo em Washington que em Jerusalém. Os lobos apoiam aos lobos. O mesmo que escorremos o bulto em quanto a Israel pelo crimne do Holocausto, também descarregamos lastre nos EEUU pelo pecado colonial. Pois a malvada Norteamérica concentra num só lugar, num só povo e num só sistema toda a abjecção da que foi capaz Europa no passado. Parásita, homicida e arrogante, semelha estar revestida de todos os signos nos que se reconhece a culpabilidade de Oiccidente. Tão rica como não igualitária, dominadora, contaminante, baseada num doble crime, o genocídio dos índios e a trata de negros, próspera graças às ameaças e os canhões, liberal só de palavra, proteccionista de facto, indiferente às instituições internacionais que apoia de boca para fóra, dedicada por completo ao culto do bilhete verde, a única religião deste país materialista.

E os EEUU de George W. Bush oferecem desde há anos o espectáculo alucinante duma grande potença occidental que reanuda, em nome da luta contra o terrorismo, a empressa imperialista em Iraq e Afeganistão quando todas as capitais europeias têm renunciado a ela. Para que o Velho Mundo, manchado pelas suas falhas seculares, poda achar sobre a espalda do grande irmão transatlântico uma virginidade perdida é preciso que o demo estadounidense desempenhe muitos papeis contraditórios: o bastante próximo como para reunir os rasgos que detestamos de nós próprios, mas o suficientemente afastado como para não disimular uma distância infranqueável. Deve ser o maldito da família, a primogenitura deshonrosa, o cancro incrustado no coração de Occidente.

Como o ánti-semitismo, alérgia “à alteridade mínima” (Vladimir Yankelevitch), o ódio dirige-se ao íntimo cuja intolerável proximidade se rechaça. Provavelmente, os EEUU são um doble de Europa, mas no sentido em que os pais mais sãos podem engendrar filhos anormais e alimentar com respeito a eles sonhos infanticidas. Portanto, a nossa incomodidade deixa de tornar-se face a autoflagelação e despraça-se face esse terceiro providencial, símbolo do crime absoluto. Como uma madrastra arrependida, Europa quere recobrar a virginidade com o assassinato simbólico da sua filha transatlântica, toda vez que esta concentra todos os caracteres negativos das suas pátrias de orige (por isso o ánti-norteamericanismo é entre nós um verdadeiro passaporte para a notoriedade: valiu-lhe o P´remio Nobel de Literatura de 2005 ao dramaturgo britânico Harold Pinter, feroz detractor de Bill Clinton e de George W. Bush, mas para além disso, membro do comitê de apoio a Milosevic; e a Michael Moore a Palma de Oiro em Cannes, em 2003, pelo seu documental “Fahrenheit 911”).

E para uma Europa em declive, espectadora que já não actriz da História, que reconfortante resulta ver ao exército mais poderoso do mundo abocado ao fracasso pela acção de um punhado de yihadista em Iraq, que fermosa revancha lhe permite isso respeito do Novo Mundo, surdo às nossas advertências, embriagado pelas suas certidumes. A fóbia face os EEUU, a nossa religião cívica mais recente na Europa do Oeste, permite-nos substrair-nos à má conciência filiando-nos aos continentes que antigamente temos colonizado. França, Alemanha, Espanha, Itália, convertidos em ananos políticos, parecem proclamar ante a opinião pública: divorciamo-nos de Occidente para aproximar-nos ao Sul; porque os nossos interesses são idênticos.

“Semelha justo que se permita a um intelectual dizer tranquilamente por que se sinte estritamente solidário com o Terceiro Mundo [...] porque considera que a cultura europeia e o modo de vida occidental são já entidades distintas, porque agarda e quere acreditar que a luta do futuro se ressumirá numa fórmula: Europa e o Terceiro Mundo unidos contra Occidente” (Alain de Benoist).

Extranha sorte a da palavra “Occidente”, rechaçada pela extrema direita e a extrema esquerda, vituperada pelos názis, por mais que alguns grupúsculos tenham podido reivindicá-la. Nas propagandas nacionalistas de Europa sempre significou esse mal chegado do Oeste: desde Dostoiévski, eslavófilo militante oposto à Santa Rússia, à “maldita hez liberal”, até Thomas Mann, defensor, no seu “Diário” de 1914-1918, da alma alemã contra a civilização mecânica difundida pela França e os EEUU, sem esquecer a Heidegger, que distinguiu o mundo deshumanizado da técnica, encarnado nos EEUU e a URSS, da autenticidade germânica. Claro que cada país europeu pode ser o Occidente de outro e toda Europa pode fazer recair esse conceito só sobre os EEUU. Para a esquerda a “Western civilization” representa o fracasso da modernidade, a devastação do globo, o esmagamento das singularidades e das minorias, o submetimento e a massacre dos povos. Para além deste “pathos” comum, na ideia de Occidente há uma doble natureza, filosófica e geográfica. Se só se tem en conta esta última pode-se, como Samuel Huntington, pedir a Occidente que renuncie a qualquer injerência, que fique na sua casa para evitar o choque de culturas. Se, pelo contrário, privilegiamos à primeira, observa-se nesta noção uma cárrega explossiva, uma riqueça semântica que transtorna a orde das coisas, extendendo-se para além dos nossos continentes e confundindo-se com a emancipação da Ilustração.

Desacoplar o Velho do Novo Mundo, é também a estrategia de Al Qaeda e do presidente iranião Ahmadineyad, que prometem a indulgência ao primeiro se se conduz com cordura e renega do segundo. Quantos países de Europa estariam dispostos a obedecer esta cominação posto que obtêm o seu principal título de glória de resistir-se ao Tio Sam? Excomungar à curmá norteamericana é tanto como dizer que, finalmente, temos passado, depois de séculos de erros, ao campo correcto dos oprimidos e os resistentes.

Formar parte dos vencidos, escrever a história desde abaixo, esse semelha ser o nosso sonho. É possível que cheguemos a esse ponto antes do previsto.



PASCAL BRUCKNER


O Presidente iranião Mahmoud Ahmadineyad falou ante a Assembleia Geral da ONU o Martes, umas horas depois do Presidente Bush. O contraste foi palpável. Ahmadineyad exprimiu um desafio permanente ao Conselho de Seguridade da ONU e à Agência Internacional da Energia Atômica, insistindo em que Irão continuará, e inclusso acelerará, o seu programa nuclear. Bush, pelo contrário, fixo repasso de perto de seix anos de fracasso intentando deter a carreira de Irão face esse objectivo.

Irão está mais perto que nunca de lograr o seu ansiado objectivo de obter armamento atómico. Por que tem trunfado Irão e os EEUU fracassado nesta refrega? Que se nos diz das opções reais do nosso próximo Presidente, nesta situação imcrementalmente perigosa? Será Irão uma peça central no primeiro debate presidencial?

Em primeiro lugar, negociar com Irão não freará o seu programa de armas nucleares. O Senador Barack Obama afirmou que ele está disposto a falar com delinquentes de Estado como Ahmadineyad “sem condições prévias”, apresentando isto como uma nova ideia. Mas, de facto, Grande Bretanha, França e Alemanha (“Os UE-3”) têm estado fazendo isto exactamente durante cinco anos. Desde o começo até o fim, têm intentado suplantar aos EEUU, e nem assim Irão tem amosado a mais mínima mostra de suspender o seu programa nuclear.

A negociação é como todos os actos humanos: tem custes e benefícios. A história dos esforços europeus pom de relevo um custe significativo de negociar com um aspirante a potença nuclear: o tempo. O factor tempo está quase sempre da banda do que desafia, porque lhe permite implementar o trabalho necessário para chegar a dominar o ciclo nuclear completo. O efecto rede dos cinco anos de negociações do UE-3 é que Irão está cinco anos mais perto de lograr a libertação da arma nuclear. Não podemos tolerar continuar por este caminho.

Em segundo termo, Europa ainda não apreça plenamente os riscos de um Irão dotado de armamento nuclear, nem tem traças de ir tomar as medidas necessárias para evitá-lo. Europa não se ve autenticamente implicada em parte devido à controvérsia sobre Iraq, mas também a causa da enraizada mentalidade na União Europeia de que os seus membros estám de volta de tudo, e instalados numa zona de seguridade que se manterá na medida em que o outro não seja objecto de“provocações”.

Esta falsa percepção da seguridade socava a disposição da União Europeia a tomar medidas mais firmes que a simples diplomácia, tais como sanções económicas mais duras, e muito menos contemplar a possibilidade do uso da força. Assim, qualquer impacto que as sanções poidam ter suposto para Irão aplicadas de modo tão leve e timorato, só lhe têm afectado no nível das apariências mais que no da realidade.

Terceiro, o Conselho de Seguridade não ressolverá jamais o problema de Irão. Rússia, e numa menor medida China, têm deixado claro que blocarão qualquer sanção significativa no Conselho. Isto é o que se passou nas primeiras três ressoluções de sanção, onde a intransigência de Rússia erosionou aos UE-3 até o ponto de que remataram por aceitar só o que Rússia estava de antemão disposta a permitir, e assim poder “cantar vitória”, apesar de que só umas insignificantes ressoluções sancionadoras foram adoptadas.

Rússia tem um enorme interesse em proteger a Irão de sanções significativas do Conselho de Seguridade. Moscova agarda vender combustível nuclear, e construir várias plantas de energia nuclear a maiores da que já tem completada em Bushehr, e ve a Irão como um mercado propício para a venda de armas convencionais. De modo semelhante, em China as grandes e crecentes demandas de energia fazem de Irão um sócio atractivo para um subministro assegurado de petróleo e gas natural, assim como um mercado potencial. Todos estes e outros interesses garantem que o papel que está desempenhando o Conselho de Seguridade nas negociações com Irão seja obviável, no melhor dos casos.

O 20 de Janeiro, o Presidente McCain ou o Presidente Obama terá só duas opções, se tem a vontade de desarmar a este regime ilegal. Uma é um câmbio de regime em Teherão, mediante o apoio ao crecente descontento interno com os ayatolas. A outra é o uso da força contra o programa nuclear iranião.

Ambas opções são complexas, arriscadas e altamente dificultosas. Desgraçadamente, a outra única alternativa –um Irão dotado de armas nucleares- é ainda pior. Preparado ou não, o nosso novo Presidente terá que tomar determinações decisivas e transcendentais.



JOHN BOLTON *

(26 Elul 5768 / 26 Setembro 2008)


* John Bolton foi Embaixador dos EEUU na ONU. Deixou o cárrego por discrepância políticas. Bolton manifestara-se abertamente proclive a usar uma política de força em dois cenários: Corea do Norte e Irão, assim como a apoiar militarmente a Israel na guerra contra Hezbolá.



O passado domingo, os comandantes da inteligência militar israeli figeram soar as alarmas respeito a Irão. Na sua intervenção na reunião semanal do gabinete, o Brigadier Geral Yossi Baidatz, que comanda a divisão estratégica do Directório de Inteligência Militar das IDF, dixo que Irão está “acelerando o seu programa face a bomba nuclear”.

Baidatz explicou que a gestão da Agência Internacional da Energia Atómica (IAEA) da ONU sobre o programa nuclear iranião “não está produzindo resultados”. Ainda mais, adevertiu que os esforços da comunidade internacional para isolar a Irão e aplicar-lhe sanções não está funcionando.

Baidatz advertiu ao Governo do Kadima/Laboristas/Shas que, baseando-se no que a IAEA tem descoberto pelo de agora, é uma ecidência que Irão já possue a terceira parte do urânio enriquecido preciso para fabricar a bomba atômica. No que não fixo fincapê é em que Irão tem várias instalações nucleares não reveladas à IAEA. Doutra banda, agora que Irão tem conquerido perfeccionar o processo de enriquecimento do urânio, não lhes levará tanto tempo aos ayatolas enriquecer as duas terças partes do mineral requerido para pôr em marcha a bomba como lhes levou enriquecer o primeiro terço.

A partir do informe de Baidatz, e do que já temos aprendido sobre o fracasso da comunidade internacional à hora de unir-se para evitar que Irão adquira armas nucleares, é evidente que o único caminho para impedir que Irão se converta numa potença nuclear é bombardear as suas instalações atómicas. Só um ataque militar pode evitar que Irão acceda à bomba. E os únicos países que provavelmente podam prestar tamanhe serviço à humanidade são Israel e os EEUU.

Desgraçadamente, está meridianamente claro que o Presidente Bush, nos seus meses finais no Despacho Oval, não emprenderá nenhuma acção militar contra Irão. Desde que Bush, em Maio de 2007, delegou na Secretária de Estado Condoleezza Rice o controlo absoluto da política dos EEUU face Irão, Rice tem-se adicado mais a apaciguar Teheran que a procurar servir os objectivos da política estadounidense. É muito difícil prevêr que se vaia produzir um câmbio –apesar do evidente do fracasso- antes de que Bush deixe o despacho em Janeiro.

Isto deixa-nos só a Israel. Mas Israel carece dum Governo coerente neste momento. O domingo pela tarde o Primeiro Ministro Ehud Olmert apresentou oficialmente a sua demisão ante o Presidente Simon Peres. Olmert encabeça agora um gabinete de transição que permanecerá no poder bem até que a Ministra de AAEE Tzipi Livni forme um Governo, bem até que se convoquem eleições e os vencedores formem um Governo.

A questão central, portanto, é que serve melhor aos interesses de Israel: uma coaligação encabeçada por Livni que evite meses de inestabilidade política em Israel, ou meses de inestabilidade política face as eleições gerais que conduçam ao poder um novo Governo com um mandato ratificado pelo povo israeli?

Livni, os seus aliados em Kadima, muitos membros do Partido Laborista, o partido ánti-sionista Meretz e o Shas opinam que o melhor para Israel é a estabilidade política e o pior a inestabilidade. Argumentam que a oportunidade de assinar a paz com os palestinianos e Síria ficará diluída se não se dá uma continuidade ao Governo actual. Dizem também que à vista das “grandes ameaças” (referindo-se a Irão) que Israel afronta, não é o momento de distracções políticas como seriam umas eleições.

Contrariamente a Livni e os seus aliados, o líder do Likud, Benyamin Netanyahu, manifesta que Israel necessita eleições agora apesar da inestabilidade que evidentemente isto conlevaria. Netanyahu sustenta que Livni –que foi eligida a semana passada por menos de 20.00 votantes de Kadima para ré-empraçar a Olmert como dirigente do partido numa primeira volta plagada de acusações de fraude no voto, e cujos resultados estám sendo analisados nos tribunais- não tem legitimidade para ser Primeira Ministro. Não representa a ninguém, não foi eligida por ninguém, e nem sequer é a líder legítima de Kadima.

Para além disto, Netanyahu diz que a demonstrada incompetência de Livni nos assuntos exteriores fai que seja incaz de dirigir a Israel em tempos difíceis. Ainda mais, Netanyahu e os seus aliados argumentam que não há possibilidade de fazer a paz com os palestinianos ou os sírios a dia de hoje, e que o colegueo do Governo com a OLP e o ditador sírio, e sócio de Irão, Bashar el-Assad perjudica a seguridade nacional de Israel.

Sentado na barreira agardando a ver quem oferece mais estám o Ministro de Transportes Shaul Mofaz e os seus seguidores de Kadima. Em vez de aceitar a autoridade de Livni tras perder as primárias por 431 votos, Mofaz anunciou que se tomava um descanso na política. Os seguidores de Mofaz alegam que Livni utilizou medidas fraudulentas para lograr a sua estreita vitória, e têm impugnado os resultados. Estes membros de Kadima poderiam abandoar o partido e regressar ao Likud a câmbio de bons postos nas listas da Knesset do Likud.

Também sentado na barreira está o Presidente e Ministro de Defesa do PL Ehud Barak. Barak não ve nenhuma ventagem em acatar a autoridade de Livni. Fazê-lo só incrementaria as possibilidades de esta de derrotá-lo numas eleições gerais. Ainda mais, as manobras eleitorais de duvidosa legalidade de Livni contra Mofaz têm danado a sua image da Senhora Limpeça da política israeli, e provavelmente mermado as suas expectativas numas eleições gerais se não é capaz de formar uma coaligação e se ve forçada a convocar comícios. Doutra banda, os companheiros de Barak no Partido Laborista e os ministros do gabinete preferem unir forças com Livni para evitar as eleições.

É impossível pronosticar como rematará este culebrão. Mas só podemos agardar que Netanyahu materialize os seus desejos e se convoquem eleições. Desde que Olmert, Livni e o então Ministro de Defesa Amir Peretz condujeram a Israel à sua primeira derrota militar na guerra com Hezbolah dois anos atrás, Kadima e o Partido Laborista têm pedido constantemente à vista dos seus erros, que o que Israel necessita mais urgentemente é estabilidade política, e consequentemente não devem ser obrigados a obter um refrendo da povoação para seguir no posto. Assim, com o apoio dos seusw companheiros ed bancadas na Knesset, têm blocado uma e outra vez o direito do eleitorado a eligir.

Mas para além de proporcionar seguridade a Israel, a “estabilidade” que nos têm oferecido só tem conduzido ao país de derrota em derrota. A sua derrota na guerra com o sócio iranião representado pelo exército libanês foi seguida pela derrota em evitar que Hamas –sócio palestiniano de Irão- tomasse o controlo de Gaza. Também fracassaram em evitar que Irão armasse a Hamas até os dentes transformando Gaza num novo Líbano. E também fracassaram em impedir que Irão se figesse com o controlo postbélico do Líbano através de Hezbolah no passado mes de Maio.

Mais que combater aos sócios de Irão, têm aumentado o perigo mediante a legitimação do sócio iranião em Síria, iniciando conversas encaminhadas à entrega dos Altos do Golan, o ditador Basshar el-Assad. E incrementaram o perigo da toma por parte de Hamas de Gaza negociando a rendição de Jerusalém, Judea e Samaria com Fatah, para rematar amosando a Irão e os seus sócios que pouco importa o que fagam contra Israel; Israel seguirá entregando-lhes territórios.

Seguindo com Irão, Olmert, Livni e os seus colegas têm fracassado na obtenção dalgum apoio internacional significativo para enfrontar-se a Teherão. Sem dúvida, cabe atribuir-lhes a supervisão das relações com os EEUU na medida em que Washington tem rematado por abandoar a causa de previr a obtenção por parte de Irão de armas nucleares.


Esta não é a equipa que Israel necessita para que a dirija. E, embora seja certo que Israel se encaminha a um período de crecente volatilidade conforme os seus vizinhos tomam ventagem do vazio de poder produzido em Jerusalém, isso não nos debe fazer desviar a olhada da necessidade de convocar eleições. Mentres Irão avança face a sua bomba nuclear, a única via que Israel pode utilizar para deter aos ayatolas na consecução de meios para destruir Israel é eligindo uns dirigentes que tenham a coragem de atacar Irão.



CAROLINE B. GLICK

(24 Elul 5768 / 24 Setembro 2008)