CELA


Ollade bem essa cara.


Sabido é que, a diferência dos malvados, os nécios não descansam jamais. A sua própria natureza converte-os em inasequíveis ao desalento. Por isso quando têm ao seu dispôr ora uma rotativa (como o felão José Luis Barreiro ou Miguel Asno Murado –que é de Lugo-) ora um sítio web, é para botar-se a tremer.


Vem isto a conto do especímen do que vou falar hoje.

Chama-se Rubén Cela e forma parte do Comitê Central do partido estalinista ántisemita UPG, motor e timão do Bloque Nacionalista Galego. O interfecto -um híbrido do deputado Paco Jorquera e Laurenti Beria- ocupa silhão como Director Xeral de Xuventude e Solidariedade, posto dependente da Vicepresidência da Xunta de Galicia, onde fazem e (mais bem) desfazem as hostes do BNG.


Semelhantemente ao mencionado Jorquera, e outros mediocres instalados desde a pubertade no Bloque, o rapazolo bem que foi medrando! Estou-me a lembrar dos meus anos em Compostela, onde um saturnino da UPG que respondia ao nome de Néstor Rego, amamantado como todos estes ninhatos aos peitos de Paco Rodríguez, era reconhecido nos corrilhos dos sucedâneos da herriko taberna -A Casa das Crechas, O Taraska, e por aí- como um rapaz que “chegará longe”; e chegou, em efecto, a concelheiro de cultura -que é o mais, doutra banda, a que soe (e aspira) chegar este tipo de saturninos. Suponho que Cela também terá, como o acima mencionado, em sítio destacado da sua vitrina uma foto adicada de quando tinha 14 anos, luzindo corte de pelo regramentário a um dedo “estilo Paco Rodríguez”, com Bautista ou algum outro coronel passando-lhe a mão pelo lombo, ao lado da manoseada edição de “Os Protocolos dos Sabios de Sião”.


Numa entrevista que lhe figeram no jornal pro-palestiniano “La Voz de Galicia”, Cela, filho de fruteiros, relatava que “ía co carretillo co saco de patacas e daba a volta para que non me vira a moza que me gustaba”. Vaia. Não podemos dizer que as suas vaiam ser confundidas com as Memórias de Winston Churchill, precisamente.


Ressumo-vos a sua biografia:em 39 palavras (os anos que tem): como Murado, Cela nasceu em Lugo, apoltronou-se à fronte de Galiza Nova e, tras quase dez anos intentando-o, vem de licenciar-se em Económicas –dizem as línguas viperinas que graças ao posto que ocupa. Nem dou nem quito razão.


Contava-nos María Seoane, presidenta de Novas Xeracións, que na sua poltrona na coisa que leva tem passado dois anos e meio comendo churrascos e polbo (viva o polbo plastilino!) nas festas gastronómicas que organiza Vicepresidencia e participando em jogos de rol. O dos jogos de rol não sei de que vai nem se será brincadeira; ora bem, o das festas gastronómicas é uma acusação que não pode negar o senhor Cela (se não vede a foto). Contudo, cumpre lhe reconhecer que também tem no seu haver a posta em marcha dos célebres “centros de información afectivo-sexual” (sic) dirigidos, seica, aos jóvenes.


Ah, tudo isto era para comentar-vos que este mediocre, que cobra um suculento soldo milhonário a conta de todos nós, sacou há uns dias uns parágrafos mal engarçados sob o título de “Hawai-Gaza”, onde larga que Gaza é o actual Gheto de Varsóvia de Israel, e fala do Estado judeu em termos de apartheid, torturas, e toda a retaíla que despregam por igual estes neonázis de meio pelo. Se tedes estómago, podedes acceder ao texto do nosso Director Xeral aquí:

http://www.gznacion.com/web/diccionario.php?ide=407


Velaí vos deixo o seu detrítus, o Alka Setzer que o ponha Rubén.



SOPHIA L. FREIRE

9 Tevet 5769 / 5 Dezembro 2009

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