FRAUDE ELEITORAL



O Ministro de Interior de Kadima, Meir Sheetrit, vem de perpetrar o fraude eleitoral do que ontem advertíamos neste mesmo sítio. A primeira hora da manhã, a polícia israeli evacuou ao dirigente de ICHUD LEUMI, o Dr. Aryeh Eldad –que sustituiu a última hora a Baruch Marzel, tras receber este várias ameaças de morte-, da vila israeli de população maioritariamente árabe Umm al-Fahm, onde se dispunha a exercer o seu cometido como Presidente de mesa eleitoral, para o que o Comitê Eleitoral Central designara a semana passada à sua formação política.

Eldad chegou num carro da polícia, no meio duma numerosa presença de efectivos policiais. Num primeiro momento, e referindo-se à protecção das forças da orde e à proibição de que Marzel accedesse à vila, Eldad manifestou: “Não podo acreditar que o Estado de Israel ceda ante o terror. O Estado tem-se rendido ante a violência, a chantagem e a traição do sector árabe”. Acrescentando que “as eleições em Umm al-Fahm deveriam anular-se ante a evidência de que se vai producir um fraude eleitoral”.

Posteriormente, uma multidão de árabes arrodeou à comitiva e começou lançar pedras e objectos contundentes ao berro de “Morte aos judeus!”, tras o qual a polícia efectuou cinco detenções e optou por evitar o acceso do Dr. Eldad à vila.


Pela sua banda, Marzel vem de dizer que “hoje é um dia negro para a democracia. A polícia tem-se rendido ante uma banda de matões. Isto é uma vergonha e uma desgraça”.

Ao longo de toda a madrugada, bandas de árabes, coordinadas por membros da municipalidade de Umm al-Fahm e o próprio membro da Knesset pelo Partido Comunista Hadash, Muhammad Barakeh, inspeccionaram qualquer veículo que intentava entrar na cidade.

Não é brincadeira: a Eldad proibiu-se-lhe a entrada na cidade judea de Umm al-Fahm porque “a sua vida poderia correr perigo”.

Num país normal a polícia persegue aos criminais, mas em Israel perseguem às vítimas.

Os partidos israelis têm medo de acudir às povoações de maioria árabe e renunciam a mandar observadores para vigiar os recontos eleitorais. Marzel amosou-se disposto, porém, a cumprir com o seu mandato legal e acudir à sua mesa para impedir que, como é habitual, os árabes destruam as papeletas dos partidos nacionalistas judeus.

Tras a pressão exercida nos últimos dias pelo Fiscal Geral Menachem Mazuz, um escuro sujeito indisimuladamente partidário da agenda de Fatah, e as chantagens mafiosas dos lobbies pro-árabes como Paz Agora, tras a decisão do chefe da polícia de Kadima, os árabes poderão adulterar tranquilamente os resultados do dia de hoje a favor de Kadima.


SOPHIA L. FREIRE


16 Shevat 5769 / 10 Fevereiro 2009

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