MOTIM A BORDO?

Segundo distintas fontes, Netanyahu está jogando a baça de apresentar-se como um homem de consenso durante a ronda de conversas com Kadima encaminhadas à formação dum novo Governo. Tzipi Livni segue sem se inteirar, duas semanas depois, que perdeu as eleições, e isto está sendo aproveitado pelo velho raposo do Likud para provocar o que já semelha uma iminente fractura dentro da amorfa amalgama política que existe na franquícia erigida no seu dia por Sharon e Peres.


Cada hora que se passa são mais insistentes os rumores de que alguns ministros e dirigentes de Kadima, como Shaul Mofaz, Dalia Itzik ou Ze’ev Boim –que nos seus círculos privados apoiam decididamente um governo de unidade nacional com o Likud- poderiam fomentar um motim aberto no partido.


Mofaz, por exemplo, está mantendo encontros bilaterais com ministros e membros da Knesset calibrando o erro que suporia para Kadima ir parar à oposição. “As diferenças são salváveis. Devemos formar imediatamente equipas de negociação”, afirmou há escasas horas.


Não é novidoso o facto de que Shaul Mofaz mantém um ágrio enfrontamento com Livni, que chegou ao seu ponto álgido durante as primárias de Kadima, onde a candidata favorita de Abbas e dos mass media occidentais ganhou mediante todo tipo de sujas estratagemas por um punhado de votos ao veterano militar. Também é vox populi, que se Mofaz finalmente se passasse com os seus seguidores dentro do grupo da Knesset às filas do Governo que dirigirá Binyamin Netanyahu, provavelmente o estaria agardando a carteira de titular do Ministério de Defesa.


Veremos o que acontece nos próximos dias.


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