ASSAD NÃO QUER PALESTINIANOS


O ditador sírio deixou bem clara a sua exigência da paz entre Israel e Palestina como condição prévia a qualquer tratado sírio-israeli. Afirma que não pode asinar um tratado com Israel mentres um milhão e meio de refugiados palestinianos sigam vivendo em Síria. A posição de Asad é sensata: um tratado de paz sírio-israeli incrementaria o descontento dos palestinianos de Síria. Embora o exército de Assad poderia aplacar aos refugiados, teme correr a mesma sorte de Sadat. O problema radica em que os palestinianos sírios –ao igual que os libaneses- não têm outro sítio aonde ir: os residentes no West Bank expulsariam-nos a tiros como figeram com os habitantes de Gaza que Sharon intentou recolocar ali. Ninguém quere acolher a uma panda de refugiados criminais e degenerados.


Assad dixo também que ele pode asinar um tratado de paz com Israel, mas que não pode garantir a normalização, agás que Israel solvente o seu conflito com o resto dos países muçulmãos. Afirmação absolutamente coerente, tomando como exemplo as relações entre Israel e Egipto, que continuam sendo profundamente hostis, depois de trinta anos de paz formal.


Assad semelha pretender uma aproximação ao eixo Israel-Egipto-EEUU, mas desconfia da reacção de Iran e do mundo árabe em geral. Nas conversas de Riyadh, Mubarak intentará disipar os seus temores.




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