COMEMOREMOS PURIM


Éxodo 17:8, diz:

Então veio Amalek, e pelejou contra Israel em Refidim.

Por isso disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amalek; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de D’us estará na minha mão.

E fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amalek; mas Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro.

E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amalek prevalecia.

Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pós.

E assim Josué desfez a Amalek e a seu povo, ao fio da espada.

Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amalek de debaixo dos céus.

E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O Senhor é a minha bandeira.

E disse: Porquanto jurou o Senhor, haverá guerra do Senhor contra Amalek de geração em geração.




Purim é a data em que se celebra a morte dos ánti-semitas às mãos dos judeus no império persa. Se pensábades que se tratava só duma festa para celebrar que os judeus foram disuadidos do “plano de paz” de Haman, estávades errados. O plano de paz de Haman já fora neutralizado nove meses antes da festividade que comemora Purim.

Daquela por que se celebra Purim nos dias 14 e 15 de Adar?

Não porque Hamas tivesse planeado matar a todos os judeus o 13, nem porque fosse a asistir a uma Conferência no mais-alá, senão porque foi quando os judeus mataram aos ánti-semitas.

Uns 76.000 no Império Persa, segundo a Torá. Sim: correcto. Purim é uma festividade na que primordialmente se celebra a morte dos ánti-semitas às mãos dos judeus. A celebração de Purim basea-se na data aproximada em que os judeus remataram o trabalho e festejaram o labor feito.

O rescate e vingança de Purim estám muito vencelhados, na tradição judea, com os amalequitas. Amalek é a nação que personifica o mal, e que foi a primeira em atacar aos judeus, antes incluso de que reunissem os seus rebanhos e abandoassem Egipto. Os judeus receberam a orde de exterminar a Amalek, e lembram-no assim cada ano, pouco antes de Purim, na sinagoga. Na Torá ninguém fala de diálogos de paz nem negociações, senão de extermínio.

Amalek foram os primeiros terroristas suicidas. Existe uma interpretação rabínica que sustenta que Amalek SABIA que D’us osaniquilaria por atacar aos judeus, mas o seu ódio era tão intenso que decidiu atacar de todos modos, ignorando a sua própria imolação.

Estavam chamados a serem os primeiros ánti-semitas (já que inclusso o Faraão não era um ánti-semita propriamente, senão mais bem reácio a que os escravos da sua propriedade quigessem incomprensivelmente emancipar-se). Amalek queria fazilitar as coisas aos que viriam tras ele, como um soldado que se lança sobre uma granada para que os seus companheiros podam avançar.

Não cabe dúvida, pois, de que os palestinianos suicidas de hoje são os descendentes de Amalek, e o terrorismo e o fascismo palestiniano devem ser aniquilados, como se passou com Amalek.

Mas, por que Amalek odiava tanto aos judeus? Quando Amalek atacou aos judeus, não foi porque os judeus estivessem “ocupando” a terra de ninguém. Estavam ainda vagando pelo selvagem Sinai, preocupados pela sua supervivência. Não tomaram a propriedade de ninguém (bom, agás a do Faraão). Ninguém tinha motivos de queixa contra os judeus. E velaí precisamente o quid da questão. Esse é precisamente o motivo pelo que os judeus estám chamados a lembrar a Amalek e o que fixo.

Amalek odiava aos judeus sem razão alguma. A clave do mandato de lembrar a Amalek é que lembremos o facto de não existir motivo algum para o ánti-semitismo, e que isso será sempre assim para além de qualquer apaciguamento e diálogo. É absurdo perguntar por que os ánti-semitas ódiam aos judeus. Não existem motivos racionais. Portanto, o ánti-semitismo só pode ser combatido, através do uso da força e das armas, não mediante o entendimento e o diálogo.

A única forma de tratar com Amalek –e os seus comandos suicidas- é a maneira em que o profeta Samuel se enfrontou com Agag, o ancestro de Haman, o rei dos terroristas suicidas, quando o velho Samuel seccionou a gorja e reprendeu ao Rei Saul por amosar piedade face os terroristas. Saul foi derrocado do seu reino por enredar-se em negociações tipo Oslo. Que grande precedente político! Se pelo menos os adoradores de Oslo dos anos 90 tivessem aprendido a lição de Samuel e tivessem procedido com os reis dos terroristas suicidas da mesma maneira que o profeta, em vez de tratar de conduzi-los a uma coexistência pacífica…

E falando do Rei Saul, o Livro de Samuel é muito explícito sobre a cobardia exibida inicialmente pelos judeus no uso das armas contra os ánti-semitas. Quando Saul emprendeu a via da guerra contra os Filistinos, houvo muitos lamentos dos corações mais sensíveis. Como os de Paz Agora. A guerra não é a resposta, clamavam. Estades alterando os planos, aulhavam os pacifistas entre as tribos de Israel. Podemos encontrar um modus vivendi com eles. Paguemos-lhes um tributo e sejamos servis com eles. Respeitemos a sua peculiar sensibilidade. Lograredes que todos o mundo se enfureça conosco se matamos aos terroristas filistinos e os seus dirigentes. Acusarão ao Rei Saul diante do Tribunal de La Haya!

Soa-vos familiar?

0 comentarios: