A TRAMA CORPORATIVA DO NAZISMO



Os EEUU não só mandaram de volta os barcos de refugiados à Alemanha, rechaçaram bombardear os campos de concentração, e amosaram indiferença ante o Holocausto, senão que as empressas estadounidenses jogaram um papel directo à hora de perpetrar este monstroso crime. A IBM, de facto, tinha centros de serviço nos campos da morte.


Adolf Hitler foi o responsável máximo do Holocausto. Mas Hitler contou com ajuda. Quando os entusiastas názis proclamaram a guerra contra a imaginária conspiração milenária judea, quando planificaram os espantosos planos de extermínio que assegurassem que as suas teses rematariam controlando o mundo inteiro, quando o exército alemão arrasou Europa a velozidade de lóstrego a bordo de pesados carros de combate, quando Mengele perpetrou os abjectos experimentos médicos com gémeos em Auschwitz, quando o Reich identificou a todo quanto judeu havia em Europa e, depois, os arruinou e destruiu –quando se figeram todas estas coisas terríveis, a forma e alcanço do horror giravam determinados pelos grandes gigantes industriais dos EEUU. Agora somos quem de unir os pontos isolados, que conformam uma incontestável trama entre as corporações por excelência dos EEUU e o mais grande crime do século XX: o Holocausto.

Henry Ford, agindo directamente através da Ford Motor Company, inventou virtualmente o ánti-semitismo político quando editou ao longo e ancho do mundo “Os Protocolos dos Sábios de Sion”. O livro de Ford converteu-se de imediato na bíblia dos ánti-semitas alemães, gérmolo do Partido Názi. Os názis moveram o livro por todo o seu país a carretadas. Entre os muitos alemães que se viram influenciados pelo livro, achava-se Adolf Hitler. O Führer leu o texto quando menos dois anos antes de escrever “Mein Kampf”. No “Mein Kampf” escreve Hitler: “A existência desse povo baea-se numa mentira permanente, como demonstram claramente “Os Protocolos dos Sábios de Sion”…”.

A Carnegie Institution, instituição filantrópica da maior fortuna estadounidense na producção de aceiro, subsidiou a mortífera ciencia racial da eugenésia, que idelizava a uma raza superior, loira e de olhos azuis. Para materializar ese sonho, os científicos da Carnegie Institution acreditavam que o 90 % do género humano devia ser eliminado utilizando vários métodos. Estes procedimentos incluiam uma identificação organizada, medição de inteligência, proibição ou nulidade de determinados matrimônios, esterilização quirúrgica forçosa, segregação em campos e utilização de câmaras de gas. A Carnegie Institution investiu milhões em propagar as teorias eugenésicas dos EEUU na Alemanha da postguerra nos anos vinte, financiando programas científicos nas universidades e instituições oficiais.

Mentres esteve em prisão, Hitler estudou concienzudamente as teorias eugenésicas norteamericanas. Soia dizer orgulhoso aos seus camaradas: “Tenho estudado com grande interesse a legislação de vários Estados dos EEUU no que concerne à prevenção da reproducção de pessoas cuja descendência não seria, com toda probabilidade, de valor algum, ou inclusso poderia ser perjudicial, para preservar a raza”. Hitler estava tão embebido no pensamento científico racial norteamericano que inclusso escreveu uma carta de admiração ao destacado estudoso da eugenésia, Madison Grant, denominando à sua obra “a minha bíblia”. O Führer limitou-se a cambiar o termo “nórdico” pelo názi “ário”, e acto seguido medicalizou o seu já pre-existente e virulento ánti-semitismo e o seu nacionalismo fascista, reformulando o conceito de Raza Superior loira e de olhos azuis, que deificou no “Mein Kampf”. Tal e como insistia o seu ajudante, Rudolf Hess: “O nacional-socialismo não é senão biologia aplicada”.

A Rockefeller Foundation, entidade filantrópica da Standard Oil, foi a maior colaboradora com a Carnegie Institution em introduzir a eugenésia na Alemanha. Na porcura de aperfeiçoar a teoria da Raza Superior, milhões de dólares –da época da Depressão- foram transferidos pela Rockefeller Foundation aos doutores mais ánti-judeus do entorno de Hitler. Nesta procura, um especímen era o que mais interesse despertava sobre todos: os gémeos. Rockefeller financiou ao estudoso racial mais destacado de Hitler, Otmar Verschuer, e os seus insaciáveis programas de experimentação com gémeos. Os gémeos, pensava-se, encerravam o secreto para multiplicar em proporções industriais a tipologia da raza ária, e as claves para eliminar rapidamente aos indesejáveis sociais. Verschuer tinha um ajudante, Josef Mengele. A financiaçõ da Rockefeller detivo-se durante a Segunda Guerra Mundial. Mas àquela altura, Mengele já trabalhava em Auschwitz continuando com a investigação sobre os gémeos dum modo monstroso. Como eugenista que era, porém, não deixou de enviar semanalmente detalhados informes clínicos a Verschuer.

Desde as primeiras semanas do III Reich, o presidente da General Motors, Alfred Sloan, comprometeu à companhia, e à sua divisão na Alemanha –a Opel- a motorizar a uma Alemanha muito atrasada nesse terreno, preparando-a assim para a guerra. Antes disto, Alemanha fora um país devoto da sua engenharia automovilística, mas só producia um modelo à vez, com métodos quase artesanais. General Motors levou a producção em massa ao III Reich, convertendo-o duma ameaça que cabalgava a lombos de cavalo, numa superpotença motorizada. Sloan e a General Motors prepararam, sabedores do que faziam, à Wehrmacht para afrontar uma guerra em Europa. General Motors construiu os carros de combate para os Blitzkrieg. Detroit fixo, dentro do mais estrito secreto, envios massivos de pezas para os Blitz até a fronteira polaca até os dias prévios à invasão, em setembro de 1939, para assim facilitar os Blitzkrieg. Maquinando uma farsa de directivos intermediários e comitês executivos, Sloan manteve em secreto o papel da General Motors tanto como lhe foi possível.

IBM (Internal Business Machines), inventora do microfilme, precursora das computadoras actuais, desenhou e co-planificou as “soluçoes” názis à existência judea. IBM disfrutava dum monopólio no campo da tecnologia da informação. Sob a presidência de Thomas Watson, e mentres se apresentava a sim própria com o eslogan de “uma companhia com soluções”, IBM contactou em 1933 com o novo regime de Hitler, oferecendo-lhe organizar e sistematizar qualquer “solução” que o Reich desejasse, incluíndo “soluções” ao problema judeu. Com IBM como sócia, o regime de Hitler viu-se capaz de automatizar e acelerar as seis fases do programa de 12 anos de Holocausto: identificação, exclusão, confiscação, ghetização, deportação e extermínio. Como faria com qualquer outro cliente, IBM só perguntou a Hitler qual era o resultado desejado. Depois, os engenheiros da companhia aplicaram-se a lograr esses resultados. Havia uma oficina de clientes da IBM em todos e cada um dos campos de concentração. Servia-se maquinária mensalmente –às vezes semanalmente- pela IBM nessas oficinas, sem importar que estivessem na parte baixa de Berlin ou em Auschwitz.

De não ter sido pela consciente e permanente implicação das grandes corporações norteamericanas na guerra de Hitler contra os judeus, a velozidade, alcanço e estadísticas do Holocausto que conhecemos teriam sido dramaticamente diferentes. Ninguém sabe quam diferentes, mas as dimensões astronómicas pode que nunca se tivessem alcançado. Pela sua banda, os colaboradores das corporações norteamericanas, têm intentado durante muito tempo esconder ou obscurecer os detalhes da sua conivência, utilizando as bem conhecidas armas da desinformação corporativa, as contribuções económicas e as semblanças feitas a medida por historiadores a soldo. Mas numa época na que a gente já não acredita tanto nas grandes corporações, os pontos isolados podem ser totalmente unidos para desvelar o esquema da indispensável trama názi.

As palavras “nunca mais” deveriam resoar, não entre as vítimas, senão nos salões de juntas destas Corporações.


EDWIN BLACK

[Fonte: TORAT YISRAEL]

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