ANTISEMITAS NÓS?

Nós não temos nada contra os Judeus como tais. Nós só odiamos o Sionismo e aos Sionistas. Acreditamos que Israel não tem direito a existir. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais, que Marx não o permita! Nós somos humanistas. Progressistas. Amantes da Paz.


O antisemitismo é o ódio aos judeus. O antisionismo é a oposição ao sionismo e a política de Israel. Ambas coisas nada têm a ver. Vénus e Marte. Noite e dia. Confiade.


Sem dúvida, acreditamos que o único país da Terra que deve ser aniquilado é Israel. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Sim, pensamos que as únicas crianças na Terra merecedoras de serem massacradas, se é por uma boa causa, são as crianças judeas. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Certo, somos da opinião de que se os palestinianos têm queixas legítimas isso os avala para assassinar judeus em massa. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais. Naturalmente, acreditamos que o único Povo na Terra ao que nunca se lhe deveria permitir exercer o direito de auto-defesa são os judeus. Os judeus só deveriam poder solventar as agressões contra eles mediante a capitulação –nunca atravês da auto-defesa. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Só denunciamos o apartheid razista no único país do Meio Leste que não é um país com apartheid razista. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Negamo-nos a reconhecer aos judeus como povo, e acreditamos que só constituim uma religião. Não temos uma resposta ao enigma de cómo um povo que não pratica a religião judea pode ser considerado judeu. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Sustentamos que todos os povos têm direito de auto-determinação, agás os judeus, e incluíndo ao “povo palestiniano”. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


É abominável que a gente culpe às vítimas, agás, por suposto, quando a gente culpa aos judeus pelas campanhas yihadistas e terroristas contra eles. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Afirmamos que o único país do Meio Leste que é fascista e ánti-democrático é aquele só no que se celebram eleições livres. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Exigimos que o único país do Meio Leste com liberdade de expressão, imprensa livre e tribunais independentes, seja destruído. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Opomo-nos às agressões militares, agás quando vam dirigidas contra Israel. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Somos comprensivos com os terroristas suicidas que se imolam em autobuses repletos de crianças judeas, e insistimos em que as suas exigências devem ser contempladas. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Não acreditamos que os judeus tenham nenhum tipo de direito que deva ser respeitado –especialmente a viajar em autobus sem serem vítimas dum atentado. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Existem judeus esquerdistas e antisionistas, o qual demonstra o abrusdo de que um antisionista seja antisemita; nem sequer os que o celebram quando os judeus são assassinados. Consideramos que este tipo de judeus são os únicos merecedores de respeito e consideração. E, portanto, isso confirma que não temos nada contra os judeus. Sabemos que o único conflito do planeta que deve ser resolvido exterminando a uma das partes é o que atinge a Israel. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Pensamos que o assassinato não prova que a causa do assassino seja justa e legítima, sempre e quando não se trate dos assassinatos de judeus. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Não compartimos que os judeus tenham direito ao seu próprio Estado. Apenas devem conformar-se com ser uma minoria ao estilo do que acontece no Estado bi-nacional de Ruanda, embora a nenhum outro Estado do mundo –incluíndo os 22 países árabes- se lhe exija tamanhe renúncia à sua soberania. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


O facto de que os israelis tenham uma maioria judea e uma estrela na sua bandeira converte-os num Estado de apartheid razista. Nenhum outro país que tenha uma maioria étnica ou religiosa, ou que exiba cruzes ou meia luas ou Allah Akbar na sua bandeira é razista ou precisa ser aniquilado. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Condeamos os máus tratos às mulheres no único país do Meio Leste no que não sofrem máus tratos. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Condeamos os máus tratos às minorias no único país do Meio Leste no que as minorias não são brutalmente eliminadas e exterminadas em massa. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Exigimos igualdade de direitos cívicos, o que motiva que o único país do Meio Leste onde estes são contemplados deva ser borrado do mapa. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus como tais.


Não nos quita o sono o facto de que não exista liberdade religiosa nos países árabes. Mas leva-nos o demo que Israel conculque essa liberdade –e pouco importa que não podamos demonstrar onde ou quando isso suceda. Mas isso não significa que tenhamos nada contra os judeus.


Assim que: como podedes dizer que somos antisemitas? Somos simplesmente antisionistas. Queremos a paz e a justiça. Isso é tudo. E isso, como fica demonstrado, não significa que tenhamos nada contra os judeus.



STEVEN PLAUT


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