A NOSSA PESAJ

A Pesaj comemora o surgimento da nação judea como entidade política. Muitos outros povos uniram-se ao Éxodo, privando para sempre aos judeus duma singularidade genética e redefinindo a nação em termos religiosos e políticos.


A fundação da moderna Israel é muito análoga ao relato do Éxodo, de não ser porque Jabotinsky carecia dos poderes miragrosos de Moisés, e não foi capaz de convencer aos judeus escravizados em Europa de emigrar ante o iminente extermínio. Os hebreus já tiveram dúvidas sobre o seu destino no próprio Sinai, e a ponto estiveram de regressar à escravidão mortal de Egipto; os judeus, que apenas lograram fogir do Holocausto, plantejam-se emigrar de Israel. Os hebreus aceitaram um culto pagano adourando o becerro de oiro, e os judeus aceitaram árabes em Israel e adouram a democracia de ceguera étnica. Os judeus de há três milênios aderiram ao judaísmo só moderadamente. Seguindo as advertências dos temerosos exploradores, os hebreus retrairam-se à horade lutar por Canaan; seguindo aos cobardes esquerdistas, os judeus retrairam-se à hora de anexionar-se Judea e Samaria. Os hebreus viram o fogo divino a diário; os judeus presenciaram miragres não menores, como as vitórias militares de 1948, 1967 e 1973. Sei que não foram proveitosas para despejar as suas dúvidas.


Moisés estabeleceu o mais elevado precedente quando matou aos egípcios simplesmente por terem golpeado a um judeu. Moisés sobrepassou o “olho por olho” num nível táctico, mas reestabeleceu a reciprocidade de danos num nivel superior. A sua acção ensina que os inimigos dos judeus são responsáveis colectivamente, e cada um de eles pode sofrer pelas ofensas dos outros. Moisés matou aos egípcios, não porque golpeassem a um judeu, senão para castigar ao inimigo pelos expólios sofridos pelos judeus a mãos doutros egípcios. O exemplo de Moisés deveria ser uma guia para Israel na sua relação com os inimigos árabes.


Moisés emprendeu uma campanha de terror contra os civis egípcios sob mandato divino: desde a destrucção de colheitas até a aniquilação dos primogénitos civis. Israel durante um tempo seguiu este exemplo, e emprendeu a toma de reféns (jordanos, por parte dum jovem Arik Sharon) e o seqüestro aéreo (de passageiros sírios para intercambiá-los por prisoneiros de guerra israelis).


Os amalequitas estavam naturalmente desgostados pelo elevado número de hebreus invadindo os seus territórios. O propósito hebreu de edificar um Estado infringindo a soberania de Amalek, violava os direitos dos amalequitas. Os hebreus não se detiveram a evaluar um razoável compromiso de “integrar” aos amalequitas no Estado judeu. Valerosos combatentes pelas liberdades, surgidos das tribos amalequitas, atacaram permanentemente aos hebreus. Durante muito tempo, os hebreus não semelhavam ser o suficientemente fortes como para deter a insurgência –mas lembravam os danos padecidos. Na parte final do Éxodo, Saul exterminou aos amalequitas e o profeta Samuel, em pessoa, desquartizou ao seu Rei Agag.


Seria bonito ver a um Rabino Chefe de Israel loncheando a Abu Mazen em pedazos.



OBADIAH SHOHER


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