QUE O NOSSO SANGUE NÃO SEJA EM VÃO


O silêncio da comunidade internacional é ensurdecedor. Quando finalmente Israel tomou medidas para proteger-se contra os milheiros de projectis disparados por Hamas, as protestas e denúncias surgiram por doquer. Milheiros de pessoas manifestaram-se nas ruas condeando a ofensiva israeli e os seus supostos “crimes de guerra”. Os mass média amosaram uma permanente banda sonora de mulheres árabes chorando, feridos e crianças mortas, casas em escombros, acompanhadas pelas peroratas árabes sobre a maldade sionista. A pesar da absoluta carência de evidências, fomos submetidos aos horrorosos relatos de abusos contra os direitos humanos, dos ataques de Israel contra ambulâncias e hospitais, da “massacre” contra a escola da ONU. Baseando-se em fontes anônimas e rumores, o The New York Times –entre outros muitos pretendidamente respeitáveis jornis- despregou titulares de portada testemunhando como os soldados israelis disparavam intencionadamente contra árabes civis inocentes.

Sem embargo, quando se trata do brutal assassinato dum adolescente judeu às mãos dum terrorista árabe portando um machado, não escuitamos nem um sospiro. Há poucos dias, um terrorista árabe entrou na comunidade judea de Bat Ayin e matou a Shlomo Nativ, de 13 anos, e feriu a outra criança de 7. É dificil comprender o nível de depravação de alguém capaz de aproximar-se a um rapaz, que provavelmente vinha aínda de fazer a sua bar mitzvá, mirar-lhe aos olhos e incrustar-lhe um machado no crâneo. Isso foi precisamente o que o terrorista árabe, que o seu nome seja detestado, fixo, educado e criado no ódio e o ánti-semitismo que impregna a sociedade árabe. Este assassinato apenas foi mencionado nos mass média europeus e norteamericanos. Eu vim uma referência escondida nas últimas páginas dum jornal falando de “assassinato de colonos”, como se um judeu por viver em Judea ou Samaria convertesse em legítimo que o abram em canle com um machado. O artigo descrevia a comunidade judea como “muito radical”. Velaí a sua lógica: um árabe desquartiza a uma criança judea com um machado porque os judeus são tão extremistas…

Israel tem sido tão demonizada pelos mass media que, para a maioria, é legítimo o assassinato de judeus. Um rapaz assassinado com um machado por um terrorista árabe é “um acto de resistência”. A motivação do terrorista –perdão, do “militante”- é a sua profunda desesperação pela “ocupação” e a falha de éxito do “processo de paz”. Absolutamente ignorado é o nível extremo de incitação que se dá no mundo islâmico, com a sua total deshumanização dos judeus, e o seu imperativo religioso de exterminá-los para acadar a recompensa celestial das 72 virgens.

Uma vez mais, derramar sangue judeu sai barato. Não haverá reacção militar a este cruel e brutal assassinato. O sangue de Shlomo Nativ berra no chão, sem ter sido vingada. Os nossos “sócios de paz” sabem isto e sabem que o mundo não moverá um só dedo e que, nem sequer, fazerá objecção alguma ao seu assassinato de rapazes judeus. O mundo não câmbia. E os patéticos dirigentes israelis olharão temerosos face Washington antes de fazer nada.

Hoje pela noite, os judeus do mundo inteiro celebrarão a festividade de Pesaj, que comemora o éxodo de Egipto. Sentarão-se com os seus amigos e familiares para lembrar a história da nossa marcha de Egipto. Durante 210 anos os israelis estiveram oprimidos em Egipto, submetidos aos mais brutais dos tormentos, vítimas da Solução Final do Faraão. Os israelis estavam extremadamente degradados e humilhados pelas penalidades em Egipto. Se um escravo israeli não colocava a sua quota asignada de ladrilhos, o capataz egípcio estrelava às suas crianças contra a parede. O Faraão banhava-se na sangue das crianças judeas, pois os seus astrólogos disseram que isso poderia curar a sua lepra.

Finalmente, tras 210 anos de abjecta tortura, Moisês recebeu a mensagem: “E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egipto, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para libertá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei ao Faraão para que saques o meu povo (os filhos de Israel) do Egipto” (Éxodo, 3:7). D’us não puido seguir em silêncio e trouxo a sua Paz. Não ignorou o sinal das crianças judeas licenciosamente assassinadas, nem ignorou os lamento do seu Povo torturado. D’us enviou dez pragas contra Egipto, para humilhá-los e demonstrar o seu poder.

A última praga que D’us enviou contra Egipto foi a Praga do Primogénito. D’us enviou esta praga contra todos os primogénitos egípcios, desde o primogénito do Faraão até o primogénito dos escravos estrangeiros e das criadas. Inclusso os escravos egípcios padeceram esta praga, porque eles disfrutaram do tormento dos judeus, e gozavam vendo sofrer aos judeus. Devido a isso, mereciam ser castigados. Isto é o que eu replico ante qualquer “judeu” que derrama uma lágrima pelos árabes “inocentes” mortos em Gaza, os mesmos árabes “inocentes” que bailam quando os judeus caim assassinados nas ruas de Jerusalém, em Merkaz HaRav, em Bat Ayin, em Sderot, etcétera. Estes árabes que celebram e repartem caramelos quando uma criança judea é assasinada. Com esta gente não podemos ter piedade.

Os nossos sábios dizem-nos (Midrash Avchir): “E Israel viu a grande mão de D’us: Quando o Todopoderoso se dispunha a afogar aos egípcios, o Arcanjo de Egipto (Uza) dixo: ‘Soberano do Universo! Dizem que es justo e recto…por que queres afogar aos egípcios?’ Nesse momento, apareceu Gabriel e tomando um ladrilho dixo: ‘Soberano do Universo! Terás piedade destes que escravizaram aos teus filhos com uma escravidão tão terrível?’ Imediatamente o Todopoderoso procedeu a afogá-los”. Teremos piedade daqueles que querem expulsar-nos da nossa Terra, que nos assassinam com terroristas suicidas, acribilhando-nos com mísseis ou machados? Milheiros de israelis sentarão-se arredor das suas mesas de Seder e olharam as silhas vazias dalguns membros ausentes, ausentes por terem sido assassinados pelos terroristas árabes. A família Nativ celebrará o Seder sem o seu querido filho Shlomo, porque lhes foi arrebatado por um criminal árabe.

Cada ano no Seder, detemo-nos a abrir a porta para Eliyahu HaNavi, Elias o Profeta, e alzamos uma copa ante a olhada dos gentis, sem vergonha: “Derrama a tua ira sobre os gentis que não te reconhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome. Porque devoraram a Jacob, e assolaram as suas moradas. Derrama a tua fúria sobre eles e deixa que a tua ardente ira os inunde. Persegue-os com enoxo e destrue-os de baixo dos céus do Senhor”. Pregamos para que D’us não permita que o Mal reine e os perversos se regodeem.

Muitos judeus sentem-se incômodos com este aparentemente anticuado chamamento à vingança. Devemos, sem embargo, lembrar as palavras da Hagadá de Pesaj: “E houvo quem se alzou contra nós e o nosso Pai para aniquilar-nos. E o Sagrado, bendito seja, salvou-nos das suas mãos”. Não é a lembrança dum facto histórico. Estamos vivendo essa mesma passagem. Pensade nos oito estudantes assassinados em Merkaz HaRav, em Março do ano passado, ou em Shlomo Nativ, assassinados só por serem judeus. Como se nos pode exigir que não pidamos a D’us que corresponda aos Seus inimigos? Como pode um judeu não pedir a D’us que traia a Redempção e nos leve a uma era de moralidade, onde os perversos sejam aniquilados e os rectos recompensados?

Pode que este Pesaj de 5769 seja uma autêntica layl shmurim [noite de contemplação], uma noite de protecção, para a inteira nação de Israel, e pode que presenciemos grandes miragres, como quando abandoamos Egipto. Pode que estejamos chamados a asistir bem cedo à Redempção Final.



BAR KOCHBA (FOR ZION’S SAKE)

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