Os árabes não são responsáveis dos séculos de sofrimento judeu em Europa. Quaisquer que sejam as suas posteriores loucuras e atrozidades, o castigo dos árabes pelos pecados de Europa pesarão na conciência dos israelis pelos tempos vindeiros”.


Estas palavras pertencem ao escritor e jornalista israeli Amos Elon, que morreu a começos desta semana. Os obituários jornalísticos arredor do mundo têm estado citando-as como se Elon tivesse dito algo valente e revolucionário.

Não é correcto falar mal dos mortos, mas as afirmações de Elon singelamente não são certas.

Hoje os judeus de todo o mundo celebram Shavuot. Sessenta e oito anos atrás, um terrível pogromo estalou em Bagdad. Tras dois dias de revoltas, pilhagem e destrucção, 180 judeus morreram, milheiros ressultaram feridos, fogares e lojas foram saqueadas e uma quantidade incalculável de danos feitos.

O pogromo, conhecido como o Farhoud, foi a Kristallnacht dos judeus iraquis. Foi conseqüência dum golpe de Estado pro-názi instigado em Maio de 1941 pelo Mufti de Jerusalém.

Existia uma simpatia extendida no mundo árabe pelos názis e o Mufti de Jerusalém era um firme aliado de Hitler.

A continuação do falhido golpe de Estado pro-názi organizado por ele em Irak, e explicado aqui em detalhe, Haj Amin el Husseini chegou a Europa e foi oficialmente recebido por Adolf Hitler o 28 de Novembro de 1941 em Berlin.

Desde a sua oficina, o Mufti organizaou propaganda radiofônica a favor da Alemanha názi, espionagem e actividades quintacolunistas em áreas muçulmãs de Europa e do Meio Leste, a formação das Waffen SS Muçulmãs e unidades da Wehrmacht em Bosnia-Herzegovina, Kosovo, Macedônia Occidental, o Norte de África e as zonas ocupadas pelos názis na União Soviética, assim como centros de entrenamento para os imães e mulás muçulmãos que dirigiriam as SS Muçulmãs e as unidades da Wehrmacht. Passou o resto da guerra organizando e enviando muçulmãos em apoio do III Reich.

A Irmandade Muçulmã (cuja ponla em Gaza é Hamas), fundada em Egipto a começos dos anos 30, estava directamente inspirada no nazismo e provocou multidão de revoltas ánti-judeas.

Tudo isto é para os que não saibam muito do tema. Houvo séculos de humilhação, violência intermitente e conversões forçosas para os judeus que viviam no mundo muçulmão.

O último Amos Elon é tristemente prototípico dos intelectuais eurocêntricos de Israel, que são abertamente ignorantes ou desinfrmados no que respeita à história dos judeus no mundo árabe. Que nunca foi a idílica coexistência que eles acreditam e proclamam.


Fonte: Point of no return

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