A OPÇÃO DO ESTADO ÚNICO


O simiesco ditador líbio ofereceu uma alternativa ao Plano de Paz saudi: um Estado único judeu-palestiniano. Gadaffi muito provavelmente contava com o rechaço da sua proposta, já que ninguém contemplaria recompensar o seu exabrupto mais que com um açucarilho ou uma deliciosa banana para monas. Esta vez, sem embargo, a absurda oferta deveria ser inteiramente aceitável para Israel. Devemos anexionar Judea e Samária.

E que diriam os palestinianos? A quem lhe importa. A maioria sentiria-se feliz, quando menos pelo de agora, na medida em que Israel oferece a esses paupérrimos siareiros do terrorismo oportunidades de trabalhar e roubar. Alguns luitariam, sim, mas em qualquer caso já nos combatem, e continuariam fazendo-o inclusso se obtiverem um Estado palestiniano. A anexão fazilitaria as operações ánti-terroristas de Israel, reduzindo-as de trabalho militar a policial.

Os Estados árabes estariam satisfeitos se o assunto dos palestinianos fosse formalmente resolvido, mantendo distraídos aos seus radicais domésticos. Embora, na realidade, os países árabes não desejam um Estado palestiniano, pois entendem que se convertiria num assilo seguro para os seus próprios terroristas.

Israel deve ter coidado em não se anexar Gaza com a sua legião de árabes socialmente depravados. Um Estado de Hamas deveria ser promovido nessa região, e os radicais do West Bank lá expulsos. Promover uma espécie de Zoológico.

Aceitaria-se internacionalmente a anexão? Implicitamente assim semelha ter acontecido com os Altos do Golan. Anexionar-se o território do agressor é de facto legal: as Ilhas Kuril, Karélia, as retificações fronteiriças de Polônia e Chéquia, a anexão norteamericana de um terço de México em resposta às incursões da guerrilha. A anexão é um meio adequado de castigar ao agressor, e os palestinianos promovem ataques terroristas no Estado judeu desde há décadas.

Na curiosa questão do “razismo”, os progres rechaçam a anexão do mais genuíno território judeu (Judea e Samária) porque inclinaria o balanço demográfico a favor de Israel. Não demassiado. Sendo realistas, a população árabe de Judea e Samária ronda os 1,5 ou 2 milhões de pessoas. Ainda aturando um milhão e meio de árabes em Israel, os judeus sustentariam a maioria.

É muito singelo desembaraçar-se dos árabes por meios perfeitamente legais, sem necessidade de recorrer ao questionável uso da força. Agora os palestinianos disfrutam montando distúrbios permanentes. Acribilhar à polícia israeli com pedras e cócteis Molotov é a sua versão de umas vacações Disney. Eis a oportunidade: legisle-se um castigo por participar em algaradas, 25 anos de cadeia. Mas faga-se comutável pelo desterro. Depois de cada algarada, colham-se uns quantos milheiros de árabes e sejam sentenciados a um quarto de século de cárcere, mas oferecendo-lhes a alternativa de renunciar à sua cidadania israeli e abandoar o país imediatamente; a maioria marchará.

Para incitá-los à algarada ainda mais massivamente, derogue-se o permiso judicial para derrubar vivendas. Os árabes construiram milheiros de vivendas ilegalmente. Para o nosso propósito de revestir o seu desalojo em termos legais, não importa que o Governo israeli tenha rechaçado consistentemente aprovar a reubicação dos povoados árabes -o que os forçou a construir ilegalmente incitando-os ainda mais ao fazer a vista gorda às construcções ilegais dos árabes (não assim com as dos judeus). Hoje em dia, para derrubar uma construcção ilegal, o Governo tem que dirigir uma petição judicial e agardar durante anos um veredito; em muitos casos, a judicatura elude responsabilidades e usa qualquer pretexto para não elevar ordes de desalojo. O procedimento deveria ser administrativo, mais bem que judicial. Na medida em que um cidadão não podesse apresentar um título de propriedade, não é proprietário, e a casa seria considerada uma propriedade abandoada por defecto. O Governo teria o direito legal de derrubar qualquer vivenda irregular, e deveria fazê-lo a plena luz do dia. Quando as excavadoras israelis tivessem deixado uns centos de milheiros de árabes sem teito, captariam de contado a mensagem e deixariam o nosso país, ou organizariam distúrbios, sendo sentenciados - marchando, igualmente, como única forma de evitar 25 anos de prisão.

Israel pode ter ambas coisas: o West Bank e o país, com um número mínimo de árabes.


Obadiah Shoher

07 Tamuz 5678 / 10 de Julho 2008

OBADIAH SHOHER