NETANYAHU E OBAMA

E curam superficialmente a ferida do meu Povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jeremias, 6:14)



Nunca tenho acreditado na hipótese de que os indivíduos determinem a história. Podem provocar ondas, sem dúvida, mas pouco mais. De não o ter feito Stáline, teria sido Trotsky quem enviasse aos russos aos gulags a conformar um “exército de trabalhadores” para acadar a industrialização a grande escala. Ernst Rohm poderia ter estado mais decidido a levar adiante o Holocausto que Hitler, que vacilou e intentou inicialmente expulsar aos judeus antes de decidir-se a exterminá-los. Com Obama sucede outro tanto.


Os grandes países, como os EEUU, agem com enorme inércia e os seus dirigentes democráticos não a podem dominar durante o seu breve período de permanência no poder. Um só homem não pode re-orientar um país de dúzias de miles de diplomáticos, centos de miles de pessoal de inteligência, milhões de militares, e dezenas de milhões de burócratas e empregados do Governo. Um sistema fechado esmera-se em controlar as alterações e recompôr a sua orde.


O caso Obama aínda é mais simples. Se é um reformista, como o que toda a sua equipa está formada por veteranos políticos desvergonhados? Previsivelmente, Obama está fracassando em todos os terrenos. Em economia, o seu Governo tem incrementado o gasto beneficiando aos seus amigos. Em assuntos militares, Obama atem-se às estimações de retirada de Irak estabelecidas por Bush. Em política, fracassou em normalizar as relações com Rússia e Iran, e o seu único amigo na esfera intermnacional é Hugo Chávez.


Nem Netanyahu poderá cambiar nada. Os judeus estám demasiado horrorizados como para reter Jerusalém a toda costa; uma Jerusalém que acreditam que pertence aos mais numerosos e poderosos cristãos e muçulmãos. O controlo judeu da cidade nunca foi entusiasta: na realidade, Israel só estabeleceu a sua jurisdicção sobre o Bairro Judeu, que é precisamente isso: um bairro da Cidade Velha. O Monte do Templo esteve sempre em mãos muçulmãs, e os judeus renunciaram a estabelecer a sua jurisdicção nem sequer sobre as ruínas: a maioria dos túneis estám fechados e os lugares subterrâneos sem excavar.


O previsível é um ingrato negócio a curto prazo; demassiados factores afectam aos grandes temas.


A política de Obama respeito a Iran fracassará. Não tem nada que pôr sobre a mesa para os ayatolas. Eles não querem negociar no terreno económico, senão no da grandeza, na sua vida e no mais alá. Curiosamente, a posição de Obama é avondo semelhante, embora ele se apresente a sim próprio como um racionalista. Obama não pode oferecer aos ayatolas nada que poida reafirmar a sua grandeza tanto como uma bomba nuclear; o clube nuclear é uma instituição muito exclussiva. A oferta de Obama de reconhecer o domínio territorial de Iran é uma bagatela: com as nuclears, Iran terá esse domínio para além das manifestações de Obama. Sem nucleares, Obama não pode obrigar às sunitas Arábia Saudi e Egipto a que cedam o domínio regional à chiíta Iran. Especialmente Arábia Saudi não pode aceitar uma posição de preponderância de Iran, na medida em que isso debilitaria o controlo petrolífero saudi numa região pragada de chiítas. Baixo a pressão sunita, que os EEUU rematem por admitir o ataque israelita contra Iran é acda vez mais provável.


A política de Obama respeito os palestinianos está chamada ao fracasso também. Hamas convertirá-se no partido dominante ou, quando menos, terá poder de veto tras as vindeiras eleições, e bloqueará qualquer tipo de concesão a Israel. Seguindo a linha iraniana de avivar o conflito e manter uma actitude honesta face os seus princípios nacionais e islâmicos, Hamas insistirá no direito de retorno, desmantelando todas as vilas israelis para além das fronteiras de 1948, e propugnarão uma trégua mais que uma paz. Como Bill Clinton, Obama rematará odiando aos palestinianos que torpedearam os seus melhores esforços.


O ataque israeli contra Iran também não é que vaia cambiar muito as coisas. Iran já tem re-distribuído boa parte do seu urânio refinado a túneis ocultos sob as montanhas e dispersado os centros de refinamento do urânio camuflando-os no meio de bairros residenciais. Corea do Norte tem subministrado a Iran quantidades adicionais de urânio enriquecido e provavelmente plutônio. Entre Corea do Norte, Síria, Venezuela e os seus próprios emprazamentos secretos, Iran conta com espaó de sobra para desenvolver tranquilamente a bomba.


O Governo israeli não deveria asinar tratado algum com os palestinianos, mas os factos já avanzam por diante sobre o terreno: Israel não tem controlo sobre as áreas palestinianas que constituem de facto um Estado. A capitulação que, na realidade, já se tem dado continuará devagar com concessões não recíprocas aos árabes que culminarão no reestabelecimento do controlo cristão/muçulmão sobre Jerusalém.


Dezenove séculos atrás, os judeus não foram expulsados de Judea. Enfrontado a problemas económicos, a invasão de colonos paganos, e ameaças externas, o nosso país sumiu-se na insignificância e foi finalmente despovoado mediante a emigração.


No pior dos cenários, a história voltará a repetir-se.



OBADIAH SHOHER


22 Iyar 5769 / 16 Maio 2009


SHABAT SHALOM

JOEL 3:2



Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra.


E lançaram sortes sobre o meu povo, e deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberem.


E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? É tal o pago que vós me dais? Pois se me pagais assim, bem depressa vos farei tornar a vossa paga sobre a vossa cabeça.


Visto como levastes a minha prata e o meu ouro, e as minhas coisas desejáveis e formosas pusestes nos vossos templos.


E vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos seus termos.


Eis que eu os suscitarei do lugar para onde os vendestes, e farei tornar a vossa paga sobre a vossa própria cabeça.


E venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, que os venderão aos sabeus, a um povo distante, porque o Senhor o disse.


Proclamai isto entre os gentios; preparai a guerra, suscitai os fortes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra.


Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte.


Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. O Senhor, faze descer ali os teus fortes;


Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor.


Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande.


Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão.


O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.


E o Senhor bramará de Sion, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o Senhor será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel.


DE REGENSBERG A AIDA

Numa vitória para os “palestinianos” –no que Bat Ye’or denomina como “a teoria do reemprazo pela que Palestina substitui a Israel”- o Papa Benedicto digeriu e regurgitou totalmente o discurso da Autoridade Palestiniana na sua desafortunada e fóra de contexto condeia da barreira de separação que Israel ergueu para manter-se a salvo de que os terroristas suicidas palestinianos se imolassem em frutarias, cafetarias ou autobuses.

“A escasos metros da barreira que separa a israelis e palestinianos”, como informou o The New York Times, o Papa “exprimiu a sua solidariedade o passado mércores com os palestinianos sem fogar que anhoram regressar ao seu lugar de nascimento e viver no seu próprio fogar”.

E continua o The New York Times: Falando ante o imponente cenário “do check point, escolhido deliberadamente para dar maior ênfas às suas palavras”, Benedicto condeou a barreira qualificando-a de “descarnada lembrança”.

Detenhamo-nos aquí. Descarnada lembrança…de que? Da yihad permanente contra uma antiga população dhimmi (neste caso, os judeus) pela audázia de reclamar o seu fogar ancestral de mãos dos seus antigos amos muçulmãos? Não. O Papa referiu-se à barreira como “uma descarnada lembrança do ponto morto a que as relações entre israelis e palestinianos semelham ter chegado”.

E Benedicto continuou: “Num mundo onde mais e mais fronteiras estám caíndo, para comerciar, para viajar, para o movimento de gentes, intercâmbios de culturas, é trágico contemplar como aínda se seguem levantando muros”.

Voilà. O Papa dando lustre postmoderno à barreira de separação. Vaziando-a do seu propósito, e desprezando-a como uma arbitrária e fóra de contexto acumulação de ladrilhos.

É realmente “trágico” ver um muro que evita o assassinato em massa? O assassinato indiscriminado é o que resulta trágico –sem dúvida, é uma abominação. Mas o Papa prefer ignorar isto. As vidas humanas perdidas antes do muro –e, inclusso, as vidas humanas salvadas pelo muro- são insignificantes para Benedicto. Para o Papa, essas vidas têm sido substituídas pelo palestinianiano, amoral, ahistórico credo que aboca a Israel a deixar de existir.

O artigo continua explicando que a Autoridade Palestiniana convidou ao Papa a Aida, um campo de refugiados, “porque a sua proximidade com a barreira serverá para dar um matiz de ‘mensagem política’ à visita, dixo Issa Qarage, um dirigente de Fatah.

E o Papa, por suposto, aceitou. Depois, “os rapazes filhos de prisoneiros nos cárceres israelis ofereceram-lhe regalos. Falando ante o Papa, dirigentes da PA sinalaram que a sua visita coincide com o 61º aniversário da guerra de 1948, que dou pê à criação do Estado de Israel, e à Naqba, a catástrofe”.

Para informação de The New York Times: a criação auspiciada pela ONU do Estado de Israel foi anterior à guerra de 1948; não viceversa. Mas, bah, isso são fruslerias comparado com o grotesco papel do máximo dirigente da Igreja Católica, em possessão dos seus “regalos” procedentes de filhos dos yihadistas, sentados entre destacados dirigentes despotricando contra a Naqba, a catástrofe que supõe a existência do Estado de Israel.


DIANA WEST

IGREJA CATÓLICO-ROMANA

Nenhuma pessoa medianamente informada pode estar surprendida de que o Papa Benedicto XVI apoie o estabelecimento dum Estado palestiniano soberano nos territórios de Yehuda e Shomron, incluíndo Jerusalém Leste. Benedicto sabe de sobra quais são os lugares sagrados do Povo Judeu. E conhece a significância teológica do Monte do Templo.


Ninguém se terá sentido gratificado pelas fraternais palavras que tenha exprimido durante a sua tournée por Israel. O Professor Joseph Alois Ratzinger não é parvo. Sabe que um Estado árabe-islâmico no coração de Israel condea a morte ao Estado Judeu. Mas ada a doutrina da infalibilidade papal ante a que se genuflexionam os católico romanos, o renascimento do Estado Judeu em 1948 é um óso atravesado na gorja de qualquer bispo de Roma.


O renascimento de Israel é um dos eventos mais surprendentes da história. Este sucesso tem suposto, e continua a ter, tremendas repercusões para boa parte da humanidade. Atónitos e avergonhados, os teólogos cristãos (assim como os muçulmãos) têm-se visto abocados a fazer todo tipo de gimnásias mentais para explicar-se o regresso do Povo Judeu ao seu antigo fogar.


A cristandade católica acha-se especialmente desconcertada. Durante milênios a Igreja tem propagado a doutrina teológica de que os judeus estavam eternamente condeados, rechaçados pelo Todopoderoso por ter-se negado a reconhecer ao Nazareno. Não importa se o Vaticano rechaçava reconhecer o Estado de Israel até há bem pouco. Este fragmento da revista jesuíta Civilta Cattolica fala por sim só:


Têm transcorrido1827 anos desde a profecia de Jesus de Nazaret de que Jerusalém seria destruída, de que os judeus sofririam exílio como escravos entre as nações e permaneceriam dispersos até o fim dos tempos...Dacordo com as Sagradas Escrituras, é consustancial com o Povo Judeu viver eternamente disperso e errante entre as nações gentis, a fim de dar testemunha de Jesus, não só mediante os escritos, senão mediante a sua própria existência. Dado que Jerusalém tem sido reconstruída, para convertir-se no centro do Estado de Israel, estamos obrigados a admitir que isto supõe uma contradicção directa da própria profecia de Jesus.


Em 1948 o Vaticano, num programa da rádio inglesa, saudou o novo Estado de Israel descrevendo o sionismo como uma “nova forma do nazismo” e a Israel como “grave ameaça para a Cristandade”. Aparentemente, a Igreja Católico Romana não podia reconhecer o Estado de Israel sem pôr em questão uma religião que esteve comprometida pela sua participação e cumprizidade na perseguição e massacre de milhões de mulheres, crianças e homens judeus [Veja-se “Caminhos da Torá” (Jerusalém: Yeshivat Aish HaTorah, 1988), Sect. A14, para dar um breve repasso a 1900 anos de ponzonhoso ódio face o Povo Judeu procedente de destacados cristãos como Tertuliano, o Santo João Crisóstomo, o Santo Gregório, o Papa Inocêncio III, o Papa Paulo IV, ou o Papa Pio VII].


Considerade a terrível matança de judeus perpetrada pelos católicos lituanos o 25 de Junho de 1941. Mais de 10.000 foram torturados, desquartizados, disparados ou queimados vivos. [Veja-se Aaron Sorasky, Reb Elchonon (Brooklyn, N.Y.: Mesorah Publications, 1982), p. 407].


Em Fevereiro de 1992, Argentina desclassificou os seus arquivos sobre os criminais de guerra názis. Os documentos revelam como a Igreja Católica colaborou na fuga destes názis. Outro tanto do mesmo pode dizer-se da ierarquia da Igreja Católico Romana francesa [veja-se o The Jerusalem Post, Feb. 9, 1992, p. 10] .



Reflexione-se também sobre as audiências que o Papa João Paulo II concedeu ao chefe da OLP, Yasser Arafat, padrinho do terrorismo internacional. Tem-se dito em defesa do Papa, que fazia uma distinção entre o pecado e o pecador.



O judaísmo também faz esta distinção, mas os rabinos não chocam as mãos manchadas de sangue de assassinos –como não o deveriam fazer muitos políticos mesquinhos. Parecem-vos duras estas palavras? Daquela deixade-me lembrar um acontecimento acaecido em 1929.



Naquele ano os árabes, com a complacência britânica, permitiram-se uma orgia de violações e assassinatos que destruiu a antiga comunidade de Hebron. O Governo do Mandato Britânico convidou a prominentes judeus à Sede do Governo, pretendidamente para exprimir as suas condolências por um pogromo que incluíra as mais selvagens mutilações de homens, mulheres e crianças.



Quando o Secretário britânico do Governo do Mandato extendeu a sua mão para amosar as condolências ao Rabino Chefe Abraham Yitzhak Kook, o líder religioso da etapa pré-estatal, aquele grande rabino rechazou a mão dizendo que era uma mão “manchada de sangue judeu”.



Promovendo um Estado árabe-islâmico em Yehuda e Shomron, o Papa Benedicto XVI está fazendo mais que 1.000 milhões de católicos no apoio dos inimigos do Estado judeu aos que ele chama “irmãos”.



Com uma ameaça de genocídio golpeando no rosto de Israel, não é momento de cortesias.




PAUL EIDELBERG




O próximo luns Bibi reunirá-se com Obama.

Para a ocasião tenho “reconstruído” uma vinheta clássica que, mais de 30 anos atrás, em 1977, proporcionou a Jimmy Carter uma adequada lição de história sobre o que são Territórios Ocupados.

Se a informação procedente de Washington é correcta, o novo Presidente semelha obcecado com a falsa ideia de que a retirada territorial aplacará àqueles que anelam a nossa destrucção, e aos que os EEUU ajudarão negociando no sítio dos Estados árabes que se negam a negociar directamente com o Estado judeu de Israel.

O Professor na vinheta de 1977 era Menachem Begin, daquela batalhador Primeiro Ministro. O Professor nesta ocasião é Binyamin (Bibi) Netanyahu, o actual Primeiro Ministro.



RETIRADA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS

Mapa 1: Os EEUU tal como são actualmente (incluíndo os Territórios Ocupados).

Mapa 2: Dsconexão dos EEUU dos territórios acrescentados em 1848 a costa de México.

Mapa 3: Entrega do NorthWest Bank, colonizado observando o “Destino Manifesto” doz zelotes cristãos.

Mapa 4: Retirada dos territórios anexionados de Texas.

Mapa 5: Devolução dos territórios da Florida.

Mapa 6: Desconexião de Louisiana (que Thomas Jefferson assegurava que constituia territñorio suficiente como para garantir a expansão da população dos EEUU “durante centos ou, quiçás, milheiros de gerações”).

Mapa 7: Evacuação dos assentamentos ilegais posteriores às linhas de partição de 1763.

Nota 1: Tras a sua retirada final e confinamento num Estado de tamanho menor que o seu próprio nome, os EEUU estarão legitimados para negociar a questão do seu direito a existir.

Nota 2: Todos os estadounidenses cujas famílias chegaram antes de 1776 poderão seguir vivendo ali.


YAAKOV KIRSCHEN

A SOLUÇÃO FINAL

Abbas Zaki, embaixador palestiniano no Líbano e membro de Fatah –que, contrariamente a Hamas, é o partido “moderado” que negociará a “solução dos dois Estados” e a Paz com Israel:

“Portanto, já é hora de que achemos uma solução final global. Com a solução dos dois Estados, na minha opinião, Israel colapsará, porque se ficam sem Jerusalém, que se passará com o seu discurso sobre a Terra Prometida e o Povo Eligido? Que será dos sacrifícios que figeram se se lhes obriga a marchar?Eles consideram que Jerusalém tem um estátus especial. Os judeus consideram Yehuda e Shomron parte do seu sonho histórico. Se os judeus abandoam esses lugares, a ideia sionista começará a colapsar. E esse será o momento de que dêmos um passo à fronte.

O só uso das armas não reportará resultados, e o uso da política sem o respaldo das armas também não. Movemo-nos em base à nossa exaustiva experiência. Devemos analisar a nossa situação cuidadosamente. Sabemos que o clima criado conduze à nossa vitória. Falamos em termos políticos, mas os nossos princípios estám claros. Foi o nosso líder visionário, Yasser Arafat, o que perseverou nesta revolução, quando os imérios colapsam. A nossa luta armada tem-se desenvolvido durante 43 anos, e a luta política, a todos os níveis, durante 50. Temos colheitado resoluções da ONU, e temos logrado que o mundo sinta vergonha até o ponto de que já não a tenham tomada contra nós, um mundo que tem mandado o seu cerebro de vacações –como a Administração norteamericana e os neocons.

A OLP é a única representante legítima do Povo Palestiniano, e não tem variado a sua plataforma política nem numa coma. À vista da debilidade da nação árabe e a carência de valores, e à luz do controlo dos EEUU no mundo inteiro, a OLP procede através de fases, sem cambiar a nossa estratégia. Deixe-me dizer uma coisa: quando a ideologia de Israel colapse, e nos apoderemos, ao menos, de Jerusalém, a ideologia israeli colapsará na sua totalidade, e poderemos despregar a nossa própria ideologia, se Alá assim o quer, e botá-los fóra de toda Palestina”.

Isto é o que os Governos dos EEUU, o Reino Unido e a União Europeia estám intentando que aceite Israel. Como afirma esse sujeito, não é uma solução de dois Estados. É a Solução Final.


MELANIE PHILLIPS

IRAN, LA FE DE OBAMA

El presidente americano ha basado su apertura hacia Irán en la esperanza de que Ahmadineyad, ultrarradical y enemigo exacerbado de Israel, saldría perdedor de las próximas presidenciales en junio. Siendo amables y dando muestras de buena voluntad, se pensaba en la Casa Blanca, los ayatolás comprenderían que mejor un moderado al frente del país y no un fundamentalista con el que no poder llegar a acuerdos. Obama apostaba por el pragmatismo de los líderes en Teherán.


Pues bien, sus esperanzas parecen desvanecerse. No sólo Irán no ha respondido a las ofertas lanzadas desde Washington, sino que el líder supremo de la revolución, el ayatolá Ali Jamenei, acaba de hacer público su apoyo a Ahmadineyad, justo el candidato que Obama quería ver desaparecer. En el Irán islámico las elecciones son una completa farsa. Pero ahora que Jamenei, la principal fuente de poder en aquel país, se ha decantado por el más radical de los radicales, menos aún cabe esperar de las urnas.


El anuncio de Jamenei llega a menos de una semana de la primera visita oficial del nuevo primer ministro israelí, Benjamín Netanyahu, a la Casa Blanca. Obama no debería seguir condicionando las acciones diplomáticas para acabar con el programa nuclear iraní a los avances en el proceso de paz entre Israel y palestinos. Son problemas distintos, con implicaciones distintas y con soluciones que nada tienen que ver entre sí.


Para mejorar la imagen de América, Obama ha querido mostrar una suerte de equidistancia entre amigos y enemigos. Maltrató en su día a Gordon Brown; indignó a los europeos con su apoyo a la adhesión de Turquía a la UE; le negó a Lula la discusión sobre el libre comercio... Si el próximo lunes logra enfadar a Netanyahu se va a quedar sin amigos y sólo tendrá enemigos. Y éstos, de momento, no parece que le sigan su ingenuo juego.



RAFAEL L. BARDAJÍ


Fonte: ABC


O PERIGO OBAMA


Trinta anos atrás, a finais de 1978 e começos de 1979, a ofuscação do Presidente dos EEUU Jimmy Carter e a sua obsessiva fixação com os “direitos humanos” em todo o mundo –particularmente no Iran governado pelo Sha- propiciou o auge de Jomeini e a chegada do jomeinismo ao poder. Carter impediu que o Sha reprimisse as protestas contra ele –quer dizer, que as dispersasse a tiros. O resultado foi a toma de Iran pelos ayatolas e o assassinato de milheiros de simpatizantes do Sha.


Tudo o que o mundo tem sofrido, sofre e sofrirá a causa do regime de Iran é resultado directo da curtedade de miras dum Presidente dos EEUU que não entendia nada do que se passava no Meio Leste.


O problema crônico dos políticos estadounidenses é que contemplam o mundo com os seus anteolhos culturais e acreditam que “se dialogamos com os demais” lograremos “que sejam como nós”, “como todos” e “tudo será perfeito”; se apenas lhes proporcionamos postos de trabalho e os comprazemos com as suas “justas” exigências (o direito de retorno, uma capital que jamais teve relevância para os palestinianos, a negativa a reconhecer o Estado de Israel, etc.) irão a trabalhar pela manhã e voltarão pela tarde a casa a jogar com os seus filhos e a pescar.


Obama está incorrendo nos mesmos erros que no seu dia cometeu Carter. Ingenuamente acredita que mediante o diálogo com os ayatolas logrará o que os europeus têm fracassado em lograr durante muitos anos. Obama nega-se a lêr o que muitos investigadores, políticos e homens de Estado de todo o mundo têm escrito, e nega-se a escuitar àqueles que estám preocupados por Iran –árabes, israelis e europeus-, àqueles que não albergam dúvidas de que os ayatolas se pretendem fazer com o controlo do Meio Leste, e mais tarde, provavelmente, com o controlo do mundo inteiro se têm a oportunidade.


Só uma pessoa cega não veria o modo em que Iran, antes inclusso de lograr armamento nuclear, tem mudado o rosto do Meio Leste. Os longos brazos de Iran estám já incrustados firmemente no Líbano, Irak e Gaza, e estám-se dirigindo poderosa e directamente contra outros Estados como Egipto, Marrocos, Jordânia, Oman, Bahrein e Arábia Saudi.


Só uma pessoa surda não escuitaria os gritos de angústia que emergem do mundo árabe (para além de Israel e os seus interesses) em tanto os seus dirigentes vem como os persas –seus historicamente odiados rivais- dirigem as suas ameaças contra os beduínos do deserto –bárbaros incultos, segundo eles- por arruinar no século XVII a nação persa, que era avançada, progressista e moderna naquela altura.


Só um cego não veria os preparativos dos dirigentes chiítas de Iran para tomar vingança contra os sunitas por 1350 anos de opressão, perseguição e assassinatos cometidos pelos sunitas contra a oposição chiíta cad vez e em cada sítio que puideram.


Obama acredita que se Israel puidesse ser reduzida a um tamanho “adequado” –quer dizer, ao tamanho das fronteiras de 1949 (as “fronteiras de Auschwitz”)- o mundo árabe e muçulmão estariam dispostos a sentar-se arredor duma lareira com os EEUU e pôr-se a cantar juntos. Alguns membros da sua equipa acreditam que Israel é a causa dos problemas no mundo árabe e islâmico, e que se consegue a paz entre Israel e os “palestinianos”, os problemas de Irak, Afeganistão, Sudám, Líbano, os chiítas, os sunitas, Al Qaeda, e a Irmandade Islâmica resolverão-se por arte de mágia.


Pois bem, Obama e a sua gente deveriam ter em conta o seguinte: inclusso de Israel decidisse evaporar-se, desaparecer, e autoborrar-se do mapa, todos os outros problemas continuariam.


Um Presidente dos EEUU decidido a fraguar um mundo árabe e islâmico a image e semelhança do modelo norteamericano está chamado a fracassar e, de passo, arrastar a outros na trampa dos erros históricos nos que Carter e Bush caíram, cada um no seu momento e com o seu estilo. Como resultado dos seus erros, milheiros de pessoas na região foram massacradas, assassinadas e mutiladas.


O Presidente dos EEUU conduz-se nos seus vis-à-vis com o mundo árabe e islâmico como um novato tratando de guiar uma divisão acorazada. Obama tem-se lanzado a uma fogida face adiante a lombos dum cavalo imaginário, e o único que à gente da região lhes cabe agardar é que os seus terríveis erros não suponham um custe adicional de demassiados milheiros de vidas.


O mais terrível do caso é que alguns israelis têm jogado um papel importante em dar forma aos erros de Obama, e o sangue dos seus irmãos, de outros israelis, será o preço que haveremos de pagar pela insensata actitude daqueles que apoiaram as fantasias de Obama, junto com as suas descabeladas ideias que estám a pôr em perigo a nossa seguridade e a confiança em nós próprios.



MORDECHAI KEDAR


* O Dr. Mordechai Kedar é professor do departamento de árabe na Universidade Bar-Ilan.


Fonte: Yediot Ahronot


OBAMA, O MACARRA DE ISRAEL

Hussein Obama, esse homem que rege os destinos dos EEUU e que anda à procura de “talibães moderados” para dialogar, que rende pleitesia aos ditadores islâmicos, e que se comporta como o mozo de recados de Ahmadineyad, vem de humilhar e ameaçar publicamente ao Primeiro Ministro do Estado Judeu exigindo-lhe que não o surprenda com um ataque contra Iran.


Com amigos assim, quem quere inimigos?

A sandez na que se baseia o mundo muçulmão não conhece limites. Na secção do frenopático islâmico desta semana, um dos seus Ulemas -fazendo gala dum nihilismo intelectual que para sim quigesse o mais denostado dos esquerdistas aos que gosta de aguilhoar o nosso admirado Obadiah Shoher- argumenta uma das mais enraizadas tradições do folklor galaico: o São Martinho, mas dando-lhe um giro um tanto “peculiar”.

Doze séculos de enclaustramento intelectual são uma lousa muito pesada, inclusso para uma sociedade como a que produze este tipo de engendros, tão amante ela da convivência em paz.

Todos os porcos descem dos judeus, que foram convertidos em porcos por Alá, segundo um destacado dirigente religioso egípcio. Dado que todos os porcos descem dos judeus, é obrigatório matá-los, afirma Sheikh Ahmed Ali Othman.

Supostamente se os porcos fossem meramente animais, não estariam condeados a morrer. É a sua ascendência judea o que os aboca à morte.

O jornal jordano “Al-Hakika al-Dawliya” acrescenta que esta não é só a sua opinião. Cita a Sheikh Ali Abu Al-Hassan, dirigente do Fatwa Committee de Al-Azhar [Universidade sunita islâmica], que matiza que todos os judeus que foram convertidos em porcos por Alá morreram sem se reproduzir, e que portanto não existe uma relação directa entre os porcos de hoje em dia e os judeus.

A seguinte é a transcripção, procedente da cadeia de notícias árabe Al-Moheet:

“Cairo-- Sheikh Ahmed Ali Othman, supervisor de Adoctrinamento Islâmico dos Lugares Sagrados Islâmicos, tem publicado uma Fatwa na que afirma que os porcos dos nossos dias têm a sua orige nos judeus que desgostavam a Alá, até o ponto de que Ele os converteu em monas, porcos e adouradores de Satám, sendo obriga para todo bom muçulmão matá-los e sacrificá-los.

Othman basea a sua orde neste verso corânico: ‘Dizede-lhe à Gente do Livro [judeus e cristãos]: Vinde e eu fazerei-vos saber quem vai receber a pior retribuição de todas de Alá: aqueles a quem Alá tem acusado e sobre os que arroja a sua ira, os que tem convertido em monas e porcos por servir às abominações. O seu lugar é o pior de todos, por ser a sua desviação a maior de todas…” (Corám, sura 5, verso 60).

Sheikh Othman explicou que este verso se refere à nação descendente do profeta Moisês, e que os livros de comentários confirmam o ali sinalado. Existem duas opiniões entre os Ulemas [estudosos do Islám] ao respeito. A primeira é que os judeus, aos que Alá converteu em porcos, permaneceram sob esse estado até que morreram, sem deixar descendência. A segunda opinião é que os judeus convertidos em porcos multiplicaram-se tendo descendência, e que a sua linagem continua até hoje. Sheikh Othman também cita a tradição atribuída a Mahoma como fonte de apoio.

O jornal jordano Al-Hakika al-Dawliya cita a Othman: “Eu, pessoalmente, sou da opinião de que os porcos que existem actualmente procedem dos judeus, e portanto o seu consumo está proibido segundo as palavras de Alá: “A pele, o sangue e a carne de proco está-vos proibida”. Aínda mais, o nosso mestre Jesus, a paz seja com ele, quando desça novamente à Terra um dos labores que está chamado a realizar é matar aos porcos, o qual demonstra que a sua procedência é judea.

Sheikh Othman dixo que quem coma porco é como se comesse carne duma pessoa impura, e afirmou que este Mandato Religioso está respaldado pelos Sábios Islâmicos de Al Azhar, mas que estes temem dizê-lo publicamente por temor a serem tildados de ánti-semitas”.

BULA PAPAL

Mentres o discurso do Papa em Yad Vashem deixou muito que desejar, não gardou tanta compostura na sua homilia no campo de refugiados “palestinianos”. Falando diante dos dirigentes israelis, os representantes do Governo e os superviventes do Holocausto no Memorial Yad Vashem de Jerusalém, o Papa gardou-se muito de pronunciar as palavras “názis”, “assassinato” ou “seis milhões”, e nem squer pediu desculpas pelo silêncio do Vaticano durante a guerra e a sua apatia ante a massacre judea. O portavoz do Conselho de Yad Vashem, o Rabino Yisrael Meir Lau –ele próprio um supervivente do Holocausto- exprimiu o seu desgosto com o discurso do Papa, dizendo que “certamente não tem havido nenhuma apresentação de desculpas. Faltou algo. Não houvo menção dos alemães ou dos názis que participaram na carneçaria, nem uma palabra de arrependimento. Se não uma petição de desculpas, pelo menos uma expressão de remordimento”.

Apesar disto, o Papa não recuou na sua exigência de instituir um Estado terrorista árabe no coração da terra de Israel e o regresso do povo judeu ao exílio. Falando ante o megaterrorista de Fatah, Mahmoud Abbas, o Papa manifestou o seu apoio a “um fogar nacional palestiniano na terra dos seus antepassados”. Utilizou a ocasião para criticar a Israel por erigir uma barreira de seguridade que defenda dos terroristas suicidas às mulheres, homens e crianças judeus nas cafetarias, restaurantes e discotecas, uma barreira de seguridade que só se faz necessária devido ao implacável terrorismo islâmico. Abbas –que é apresentado permanentemente como um “moderado” em Occidente- aproveitou a oportunidade para lamentar a “Nakba de 61 anos atrás” e a fundação do Estado de Israel. O Papa não teve problema algum para deixar-se utilizar como arma de propaganda daqueles que procuram a deslegitimação e demonização do Estado Judeu. Os portavozes da Autoridade Palestiniana utilizaram a visita papal para reiterar o “direito de retorno” –quer dizer, a inundação de Israel com estrangeiros árabes com a intenção de destruir demograficamente o Estado.

A peregrinagem do Papa é um exercício calculado de hipocresia, falsidade e mentiras. O Papa poderia ter derramado bágoas de cocodrilo em Yad Vashem, mas está muito longe de sentir remordimento pelo Holocausto. A sua Igreja tem sido concienzuda no labor de lavar a sua image dos anos da guerra, restituíndo a bispos negadores do Holocausto, promovendo obscenas e absurdas comparações entre os názis e as IDF, assim como apoiando a Conferência de Durban II, onde um dirigente negador da Shoá e promotor do genocídio ánti-judeu foi a estrela destacada. O Papa vem de lançar uma campanha para exonerar ao Papa Pio XII, o Papa que fechou os olhos mentres os judeus de Roma e congregavam baixo a sua janela. O Papa provocou um tremendo escândalo quando anulou a excomunhão contra um bispo que afirma que não há provas de que as câmaras de gas tenham existido, e só dou marcha atrás ante a protesta internacional. O Cardenal Renato Martino, cabeça visível do Conselho Vaticano de Justiça e Paz e antigo enviado observador na ONU, também provocou uma treboada quando dou pábulo ao libelo revisionista de que Gaza hoje é como um campo de concentração názi. Para além deste lamentável cúmulo de negações do Holocausto, ofuscação e negativa a afrontar o passado, manteve um encontro com o dirigente de Fatah, Mahmoud Abbas, cuja disertação doutoral consistiu em questionar a veracidade da Shoá e insinuar que os dirigentes sionistas colaboraram com os názis no extermínio da judearia europeia. Abbas escreve na sua Tese: “Semelha que o interesse do movimento sionista, sem embargo, é inflar o número [dos mortos no Holocausto] a fim de que o seu ganho seja maior. Isto leva-os a enfatizar o número [6 milhões] a fim de granjear-se a solidariedade da opinião pública internacional para o sionismo. Muitos estudosos têm debatido a cifra dos seis milhões e chegado a conclusões surprendentes –fixando o número em só uns centos de milheiros”. Este moderado negador do Holocausto esteve implicado também no assassinato em 1972 dos tletas israelis nos Jogos Olímpicos de Munich, assim como em incontáveis atentados terroristas.

O Vaticano tem promovido constantemente a internacionalização da cidade de Jerusalém, fazendo-se eco duma exigência palestiniana. Só a partir de 1993 o Vaticano reconhece a Israel. A razão da sua hostilidade é que o Estado de Israel e a soberania nacional sobre Jerusalém supõe um tremendo problema teológico para o Catolicismo. A doutrina da Igreja ensinou durante milênios que os judeus eram culpáveis, condeados a vagar sem um fogar como prova do seu rechaço face Jesus, e que nunca regressariam a Israel. Em 1948 –e depois novamente em 1967- um tema espinhoso apresentou-se-lhes aos seus teólogos. Exprimindo o apoio a um Estado “palestiniano” na terra “dos seus ancestros”, o Papa não faz senão continuar com essa mortífera impostura teológica. Poderia-se pensar que o sumo pontífice da Igreja Católica tem um mínimo conhecimento do que dizem as Escrituras, que afirmam claramente que a Terra de Israel pertence ao povo judeu. Também deveria saber que jamais tem existido ao longo da história um Estado “palestiniano”, nem sequer um povo, cultura ou entidade “palestiniana”. De facto, o “povo palestiniano” foi inventado em 1967 quando os árabes concluíram que era hora de adoptar uma nova estratégia para botar aos judeus ao mar. O povo mais antigo do mundo, com ligações anteriores inclusso aos tempos da Bíblia, de há uns 3500 anos, não é previsível que vaia a prescindir da sua Terra para fazer sítio ao povo mais recente da história, uma entidade artificial criada há 42 anos. O povo ao que hoje se referem como “palestiniano” são okupase invasores, procedentes no século XX de Jordânia, Egipto, o Magreb e Síria, atraídos pelo crecente nível de vida provocado com o reassentamento judeu em Israel.

O Vaticano é avondo insolente. Os primeiros imigrantes judeus do Leste europeu chegaram a Israel porque o ódio promovido pela Igreja Católica tinha convertido a sua vida em algo insuportavelmente misserável para o povo judeu. Durante toda a nossa estância nos territórios católicos, jamais tivemos um momento de descanso, sendo perseguidos e oprimidos. A Igreja ensinava que os judeus eram perversos, filhos de Satám, e obrigavam-nos a luzir distintivos na roupa e a viver em ghettos. Milheiros de judeus morreram sob as espadas dos Cruzados ou nos aparelhos de tortura da Inquisição Católica. Comunidades inteiras de França e Alemanha foram exterminadas durante as Cruzadas, e multidões queimadas vivas nos seus fogares mentres se lhes exigia: “Beija a Cruz ou beija a Espada!”. O Holocausto, o mais horroroso crime jamais cometido pela humanidade, só foi possível graças ao ánti-semitismo sementado durante dois milheiros de anos pelos Cristãos. Tras contemplar uma representação de A Passião de Cristo em 1934, Hitler dixo: “Vou render ao Cristanismo o melhor dos servizos!”. O Papa agora vem à nossa terra a exigir-nos que a entreguemos. Os judeus marcharam dos pagos da Cristandade, e a Cristandade persegue-nos para dizer-nos que regressemos ao exílio, à subjugação e a misséria.

Gostaria-me lêr ao Pontífice o Livro de Joel. Seguro que lhe interessaria o que diz o seu quarto capítulo sobre o destino dos que dividam a Terra de D’us: “Removerei o cativeiro de Judea e de Jerusalém. Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herdança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra… O Egipto se fará uma desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judea, em cuja terra derramaram sangue inocente. Mas Judea será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. E purificarei o sangue dos que eu não tinha purificado; porque o Senhor habitará em Sião”. 61 anos depois de recuperar a independência, e 62 depois da libertação de Jerusalém, Yehuda e Shomron, a comunidade internacional aínda nega os nossos direitos nacionais. Não devemos temer nem sequer que Edom (a Igreja e Occidente) se convertam num “ermo deserto”, “Judea vivirá por sempre!”.

O Papa pode vir e marchar. Mas o povo judeu está firmemente decidido a defender o seu fogar.


BAR KOCHBA (FOR ZION’S SAKE)

20 Iyar 5769 / 14 Maio 2009)

NIHILISMO DA ESQUERDA

Nos nossos dias a esquerda já não é nem esquerda. Tradicionalmente, a direita consistia em conservadores que procuravam preservar a orde estabelecida das coisas, e a esquerda tratavam de cambiá-la por algo que considerava que era melhor. Dese Platão, a mais destacada qualidade da esquerda era a sua crença em que as complexas sociedades humanas podiam ser interpretadas na sua integridade –e, portanto, re-desenhadas e reformadas.


No século XIX dou-se uma tendência face o nihilismo: os pretendidos esquerdistas não intentavam criar nada novo (embora fosse equivocado), senão tão só destruir a orde existente. Como tudo o que brilha baixo o sol –desde a Explosão Câmbrica de há 580 milhões de anos-, essa tendência não era novedosa: o nihilismo tem aflorado à superfície intermitentemente ao longo da história, geralmente em sociedades estabelecidas e acaudaladas. Por que? Porque algumas classes emergentes não achavam acomodo na ierarquia afianzada ou na burocracia estabelecida. A sua única via face o poder consistia em destruir a velha orde. O nihilismo é muito simples: qualquer pessoa pode chegar a ser um prominente nihilista. Desde os sofistas da antiga Grécia, passando pelos franciscanos radicais de finais da Idade Média, até os actuais pacifistas “ressolve-nada”, os nihilistas apresentam-se como esquerdistas –mas são, na realidade, uns ignorantes impenitentes. Contrariamente aos esquerdistas, os nihilistas carecem duma agenda positiva; só pretendem incordiar nas distintas modalidades de sociedade.


E aquí é onde se faz diâfana a futilidade de debater com os nihilistas no seu terreno. Como os seus predecessores, os sofistas, exigem aos seus oponentes que demonstrem todas e cada uma das premisas –algo que resulta impossível. Nas ciências naturais, incluíndo o discurso sociológico e político, o processo de prova é distinto que nas matemáticas. Nenhuma hipótese pode ser formalmente demonstrada, mas em tanto que seja simples (a Navalha de Occam) e não refutada pelas evidências disponíveis, é tomada como verdade. Por exemplo, como sabemos que a Terra gira arredor do Sol? Quizá todas as evidência tenham sido falsificadas numa imensa conspiração, mas na ausência duma refutação evidente, admitimos que a teoria heliocêntrica é certa.


Os nihilistas admitem que através da história não tem existido boa vontade entre as nações, e que os conflito só têm rematado pela força do poder. Perguntam, sem embargo, como sabemos que um enfoque diferente –por exemplo, o “amor universal”- não teria trunfado? Podemos demonstrar formalmente que a guerra é a única via para a paz? Por suposto, não podemos; repetimos: nenhuma hipótese no campo das ciências naturais tem sido provada formalmente. Mas também não podem demonstrar o seu ponto de vista os próprios nihilistas. Inclusso, é mais fazilmente refutável tomando a casuística do mundo real: o povo de Laos, paradigma da paz, foi bombardeado pelos EEUU e invadido pelos vietnamitas. Os judeus da Diáspora, paradigma da humildade, foram constantemente aniquilados. Quando debatimos com os nihilistas, não devemos cair na sua “trampa lógica” de ter que demonstrar formalmente as nossas posições. Demonstrade-lhes que as vossas afirmações são consistentes à luz dos factos históricos, e replicade-lhes que sejam eles os que demonstrem as suas supercharias.


Chegados a este ponto, os nihilistas começarão a dizer que não existem evidências que corroborem as suas hipóteses porque ninguém tem AÍNDA intentado levá-las à prática; a resolução pacífica dos conflitos seria um exemplo. Nesta altura da discusão teredes duas opções. Se sodes bons conhecedores da história, podedes demonstrar fazilmente que inclusso esse tipo de medidas já foram intentadas várias vezes ao longo dos tempos –e que fracassaram. Do contrário, podedes aduzir o inapropriado de experimentar com as sociedades. Pensade nisto: os nihilistas protestam contra a experimentação com animais, exibindo de passo uma feroz aversão ao progresso obtido por meios eticamente questionáveis. Ao mesmo tempo, propõem experimentos com humanos –inclusso com populações inteiras.


Quando uma secta religiosa ou filofófica quere assentar os seus princípios sobre a terra, primeiro estabelece uma comunidade –geralmente, uma comunidade própria. Promocionando o seu próprio éxito, como prova do éxito fenomênico das suas propostas, intentam depois convencer aos demais.


Traído ao nosso caso, os nihilista deveriam intentar estabelecer uma comunidade pacífica, digamos que no Líbano ou em Gaza, e se são capazes de viver em paz e harmonia com os árabes durante umas quantas décadas (ou tão sequer, durante uns meses), isso constituiria uma sólida evidência em favor das suas hipóteses, que poderiam usar legitimamente como propaganda.


Em vez disso, os nihilistas subvertem o processo democrático obrigando aos políticos israelis a agir em contra das suas promesas eleitorais. Incapazes de penetrar na opinião pública, os nihilistas infiltram-se cinicamente nas elites. As massas adoptam a actitude dessas elites, crendo que assim são mais aceitáveis e fashions. E os nihilistas rematam obtendo o apoio popular mediante enganos.


Nas ciência naturais, toda teoria pode ser contrarrestada mediante a pregunta: “E se…?” Os nihilistas aproveitam-se desse tipo de argumento. E se os judeus tivessem sido mais amáveis no período prévio à independência? E se tivessemos aceitado as exigências de Arafat em 1988? E se unilateralmente nos retirássemos do West Bank? Mas não há necessidade de debater cada um de esses “E se…?” A cárrega da prova corre de conta dos nihilistas. São eles os que têm que demonstrar, para além de toda dúvida, que se abandoamos o sentido comum, a conduta conforme à história, os ressultados seriam distintos. Nós só seguimos a senda transitada por incontáveis gerações de humanos; se os nihilistas querem uma volta atrás, que demonstrem que a sua proposta é menos dôrosa e sanguenta que a nossa. Na ausência de demonstrações empíricas do seu método (que nunca tem sido levado à prática em nenhum momento), será difícil que exibam as suas provas.


Observade as deliberações nos tribunais de justiça. Na vida real –não no que se passa nos filmes- os juízes raramente dam crédito ao argumento dum criminal. Inclusso a mais nímia excusa é questionada, e até as provas de ADN são submetidas a várias interpretações. Os juízes acumulam argumentos persuasivos em distintos graus sabedores de que, na suma total, os seus argumentos darão lugar a uma explicação aceitável.


Seja qual seja o argumento que exponhades, os nihilistas rebaterão-no fazilmente. O direito religioso à Terra de Israel: “como sabemos que D’us existe?”. O direito histórico: “Se D’us não existe, os relatos da Bíblia são falsos”. O direito nacional: “por que vai ter uma nação que possuir um Estado? A maioria dos grupos étnicos e religiosos carecem de um”. O direito de conquista: os nihilistas declaram-no expirado. Assim que não vos molestedes em procurar um bom argumento, porque os perversos nihilistas acharão imediatamente uma réplica. Em vez disso, acumulade os vossos argumentos como evidências circunstanciais: cada parte pode que seja refutável, mas a totalidade resultará plausível. Pelo contrário, atacade os argumentos nihilistas. Têm tão poucos argumentos –e os que têm são tão enrevesadamente teoréticos- que serão incapazes de apresentar um córpus de evidências circunstanciais sólidas como para apoiar a sua agenda.


Se vos sentides com humor para debater com os sofistas, tomade um argumento irrefutável. Será uma falácia segundo a lógica aristotélica, porque por definição tal argumento nunca poderá ser refutado, mas resultará efectivo contra os sofistas. Por exemplo este: Esta Terra pertence-nos porque D’us no-la entregou, e a Torá é certa até a sua mais insignificante palavra. Esta é uma afirmação de fê, fechada a toda cháchara nihilista.


O nihilismo nada tem que fazer contra a fê verdadeira.



OBADIAH SHOHER


20 Iyar 5769 / 14 Maio 2009

Considerando o seu tamanho, pode Israel entregar mais território para apaciguar aos seus implacáveis inimigos?

Nas suas fronteiras anteriores a 1967, antes de ganhar na guerra defensiva dos seis dias, Israel –uma das mais diminutas nações da Terra- tinha arredor de 8.000 milhas quadradas, escasamente mais que New Jersey, o quinto Estado mais pequeno dos EEUU.

Dito doutro modo, Israel equivale a 1/19 do tamanho de California, 2’5 vezes o tamanho de Rhode Island, e só algo mais que as Ilhas Canárias.

Israel está arrodeada por 22 ditaduras hostis de signo árabe/islâmico, que abarcam 640 vezes o seu tamanho, 60 vezes a sua população –e todo o petróleo.

Israel poderia ser ubicado praticamente dentro de qualquer dos Estados dos EEUU. De facto, caberia dentro do território dos EEUU 768 vezes –e dentro de Florida 7 vezes.

Israel só tem 260 milhas de longo, e uma linha costeira de 112 milhas, 60 milhas na zona mais ancha, e entre 3 e 9 milhas na mais estreita. Uma boa escopeta poderia disparar uma bala que cruzasse o país de lado a lado. Isto é especialmente inquedante se consideramos que o 65 % da população israeli vive no sector que conta com 9 milhas de ancho (a zona de Tel Aviv).

Em 1967, como dixemos acima, Israel librou uma desesperada guerra de auto-defesa, e contra todos os pronósticos, ganhou. Como resultado, o Estado Judeu não só sobreviveu, senão que se fixo com a possessão de territórios adicionais, incluíndo áreas de vital importância par a sua seguridade.

O denominado West Bank (Yehuda e Shomron) –que comprenderiam apenas a metade do tamanho do condado de San Bernardino, em California- são territórios em desputa cujo estátus só pode ser determinado através de negociações. O povo de Israel tem antigas ligações com Yeuda e Shomron, assim como uma velha presença de séculos ali. Estas áreas foram o berço da civilização judea. Israel ostenta direitos sobre Yehuda e Shomron –direitos que os palestinianos, os seus patrocinadores islâmicos e os seus simpatizantes occidentais ignoram deliberadamente.

Os judeus têm vivido em Yehuda e Shomron de modo continuado durante 4000 anos, desde os tempos bíblicos, e através de séculos desde então. A soberania dos judeus abarcou 1.000 anos. Muitos dos mais antigos e sagrados lugares judeus, incluíndo a Cova dos Patriarcas (lugar de enterro de Abraham, Isaac e Jacob), estám situados nessas áreas. Lugares como Hebron, onde os judeus viveram até que foram massacrados em 1929, e que estivera povoada pelos judeus durante 400 anos de império otomano e aína antes. Comuniades judeas adicionais floreceram durante a administraçõ do Mandato Britânico que reempraçou ao império otomano em 1918.

Os palestinanos amiúde argumentam que os judeus são colonizadores estrangeiros num território com o que, na realidade, eles nunca tiveram uma conexão prévia. Inclusso, boa parte do mundo árabe/muçulmão considera que toda Israel –e não só o territórios em desputa- são uma entidade estrangeira na região. Essas afirmações óbviam as ligações permanentes do povo judeu com o seu antigo fogar nacional e o profundo vínculo do povo de Israel com a sua terra, tanto no período bíblico como nos posteriores.

Estas posturas servem também para perpetuat o mito de que existiu um Estado palestiniano na zona antes do estabelecimento do Estado de Israel. De facto, nenhum Estado independente árabe ou palestiniano existiu jamais na zona e menos conhecido como Palestina.

A presença judea no denominado West Bank rematou só com a Guerra de Independência de 1948. Conquistando estes territórios numa guerra de agressão que aspirava a destruir o nascente Estado de Israel, os jordanos eliminaram totalmente a presença judea no West Bank, proibindo aos judeus viver ali e declarando a venda de terras aos judeus nessa áreas uma ofensa capital.

O mandato jordano produciu-se como resultado da invasão ilegal de 1948, em aberto despreço e rechaço da Resolução 181 da Assembleia Geral a ONU, que dividira o território do Mandato Britânico num Estado árabe e outro judeu. Daí que a confiscação de Jordânia dos territórios e a de Egipto na Faixa de Gaza, nunca fossem reconhecidas pela comunidae internacional.

O estátus dos territórios desputados no West Bank só pode ser decidio por um acordo entre as partes. Durante os anos 90, Israel e os palestinianos acordaram que o estátus final do West Bank aínda não estava resolvido e que deveria ser estabelecido mediante negociações de paz.

Mas o conflito entre Israel e os árabes não é sobre fronteiras nem sobre os palestinianos. O conflito não é sobre o tamanho de Israel. É sobrea própria existência de Israel. Israel, seja do tamanho que seja e com as fronteiras que queiramos, é inaceitável para a islamista Iran e os seus sócios, Hamas e Hezbolá, e Síria.

A continuada existência dum próspero e democrático Estado judeu no meio dum mar de barbárie é também inaceitável para os ánti-semitas americanos e europeus. Mas, essa é outra história.



Fonte: China Confidential

A FALÁCIA DA LEALDADE

Nas recentes eleições israelis, o partido de Avigdor Lieberman, Yisrael Beiteinu, logrou 15 assentos na Knesset. O lema do partido de “Sem lealdade não há cidadania” fixo-se ouvir entre os israelis tras contemplar aos cidadãos árabe-israelis animando a Hamas durante o último conflito em Gaza.


Lieberman capitalizou os discursos e acções constitutivos de alta traição dos membros árabe-“israelis” da Knesset, no que foi uma clara percepção de que a população árabe em Israel constitui uma quinta coluna.

Falando sobre os membros árabes da Knesset, entre eles um que viajou a Síria tratando de fogir das acusações de traição, os simpatizantes e amigos de Fatah e Hamas, e outros que se têm reunido repetidamente com os inimigos de Israel –mentres percebiam o seu salário do nosso Estado- dixo: “Ao rematar a 2ª Guerra Mundial, não só foram executados os criminais nos juízos de Nuremberg, senão também aqueles que colaboraram com eles. Espero que esse seja o destino dos colaboracionistas que se sentam na Knesset”.


Todos os anos, quando os judeus israelis tomam as ruas para celebrar o seu Dia da Independência, os árabes de Israel comemoram o Dia da Nakba (Desastre). Nessa jornada, choram, condeiam e juram eliminar o Estado no que vivem e que lhes outorga plenos direitos democrático. Os judeus israelis sentem-se molestos quando observam a estas gentes, que possuem mais direitos e privilégios que qualquer árabe dos demais países árabes, manifestando-se contra o seu Estado. Igual que não existe razão alguma para consentir as comemorações da Nakba durante o Dia da Independência israeli, resulta totalmente hipócrita que os judeus israelis esperem que os árabes bailem e celebrem o Yom HaAtzmaut. Recentemente informavam os meios de comunicação que um Ministro árabe-israeli se negara a cantar o hino israeli, “HaTikva”. Comprensivelmente, os judeus enfurezeram-se de que um Ministro do seu Governo rechaçasse cantar o hino nacional, embora é irracional agardar que um árabe cante a continuação dos 2000 anos de velha esperança, golpeando “a alma judea”, “de ser uma nação livre nesta terra, a terra de Sion e Jerusalém”.


Nenhum Estado tem a obriga de apoiar e permitir uma quinta coluna dentro das suas próprias fronteiras, e não serei eu quem sinta simpatia pelos cidadãos árabes de Israel que tomam as ruas de Israel para proclamar a sua admiração por Hama. Tras uns quantos ataques terroristas em Jerusalém, como a massacre de estudantes da Yeshiva e várias sabotagens com bulldozers e outros veículos, perpetradas por residentes árabes de Jerusalém Leste –e que foram recebidos com júbilo e alegria pelos cidadãos árabes de Israel- poucos poderão sustentar que os árabes são cidadãos leais. Em palavras dos manifestantes árabe-israelis da Universidade Hebrea: “Todos somos palestinianos”. É inqüestionável, pois, a identidade dos árabes israelis. Não obstante, acredito que o lema de Lieberman é errôneo. Uma ameaça aínda maior, em muitos sentidos, para a continuidade de Israel como Estado judeu, que os árabes são os centos de milheiros de goyim russos procedentes da antiga URSS. Muitos deles são orgulhosos cidadãos, servem no exército, pagam os seus impostos e apoiam o Estado. Mas, apesar de tudo isso, não são judeus. Muitos dos parlamentários de Lieberman são imigrantes russos que não são judeus dacordo com a Lei judea. Para apaciguá-los, algumas das suas políticas vam encaminhadas a um processo de conversão express, matrimônios civis, permiso de transporte público em Shabat e permitir a venda de porco, coisas todas elas que socavam o carácter judeu do Estado. A lealdade destes cidadãos goyim não pode ser qüestionada (excluíndo aos neo-názis, suponho) mas contudo não podem ser considerados plenamente cidadãos, na medida em que não são judeus. A proposta de Lieberman implica que os goyim russos, os árabes, os beduínos ou os drusos, se asinam uma declaração de lealdade ao Estado, não serão diferentes de qualquer outro israeli. Isto supõe, de facto, uma receita para a plena assimilação.


Israel foi fundada para ser um Estado judeu, para proporcionar um fogar ao povo judeu. Na medida em que Israel é um país democrático, para ser qualificado como Estado judeu, debe reunir uma série de características judeas. Isto inclui a celebração pública das festividades judeas, o feche de estabelecimentos e transportes em Shabat, restricções à venda de porco, e o controlo do Rabinato sobre o ciclo vital da judearia, como as vodas, nacimentos, funerais e enterros. Em todo o mundo, as comunidades judeas estám-se atrofiando e morrendo, com a excepção dos judeus religiosamente motivados, devido a uma escalofriante alta taxa de matrimônios mixtos. Israel é (com a excepção de Canadá e Alemanha) a única comunidade judea que cresce graças a uma taxa de nascimentos saudável e normal. As propostas de Lieberman de que ser israelita simplesmente depende dum pacto com o Estado são muito, muito perigosas para a natureza judea de Isral. Não fazerá senão importar a catastrofe assimiladora da Diáspora à nossa Terra Sagrada.


Um árabe não pode sentir lealdade a um Estado que oficialmente se denomina “o Estado Judeu”, cuja bandeira tem uma estrela judea no centro, cujo hino fala do “espírito judeu anelante”. Um árabe não pode celebrar o dia em que foi derrotado, no que sinte (erroneamente) que a sua terra lhe foi arrebatada. Exigir-lhe que pisotee o seu orgulho nacional e aspirações e que asine uma declaração de lealdade é simplesmente absurdo. O projecto e intentos de converter Israel num país occidental helenizado e divorciado da sua herdança judea deve ser rechaçado talhantemente. Não importa quam leais poidam ser um gói russo ou um druso, não são judeus e não podem casar com judeus. Se o requisito para a “israelidade” é a mera lealdade, virão abaixo todas as fronteiras entre o que é um judeu e o que não o é, as barreiras que impedem o matrimônio mixto e garantem a supervivência judea. Não argumento com a evidência de que os árabes devem marchar, que Israel não pode permitir uma crecente e hostil minoria que ataque aos judeus, ajude aos terroristas islâmicos e planifique a nossa destrucção. O essencial é regressar às nossas raízes judeas, advertir que fogindo do judaísmo, afastamo-nos do sionismo. Só há uma justificação para construir um Estado judeu no coração do mundo árabe, no meio de 1.000 milhões de muçulmãos. Por que sofrer e combater por este pequeno pedaço de terra se todo o que queremos é levar uma boa vida tranquilos, ir à praia, de compras, aos clubes e desfrutar? Existem quase um milhão de israelis vivendo em New York, Los Angeles, Miami e outros lugares apacíveis. A única razão para este Estado é o judaísmo: construir uma pátria judea no seu antigo fogar. Israel é judea e democrática, mas ambas coisas não têm a mesma importância. O mundo conta com muitas democracias progressistas, multiculturais e seculares. Criar uma mais não é razão suficiente para estar em permanente antagonismo com a comunidade internacional. A base de Israel está firmemente assentada no juadísmo. O judaísmo exige viver “separados das nações”, impedir a assimilação e a desaparição. O projecto de Lieberman derruba qualquer conceito contido na Torá e as mitzvot para ser judeus, ou israelis. É, de facto, um suicídio para Israel.


Melhor lema seria: “A Nação de Israel, na Terra de Israel, segundo a Torá de Israel”.



BAR KOCHBA (FOR ZION’S SAKE)