O ESPANTALHO IRANIANO

Ódio a mentira. Mentir é um arte, e as mentiras do Governo são tão vulgares como a pintura contemporânea. Os professores de arte podem ensinar a pintar, mas soem ser pintores mediocres eles próprios; a competência em mentir dos políticos impede que as suas mentiras sejam boas ou acreditáveis. Mentir é um arte dificil.


O conto da “promesa” de Ahmadineyad de borrar Israel do mapa é uma vergonha. Não porque seja mentira. As mentiras políticas não me imutam desde há décadas. A história ensina que o rei estava espido; o rei, aquí, são os analistas occidentais sobre Iran. Não seria vergonhoso se só tivessem esquecido que Ahmadineyad citou uma frase célebre do Ayatolá Jomeini; a ignorância é algo amplamente aceitado pela maioria da gente. O que resulta vergonhoso é a falha absoluta de intuição sobre a a mentalidade iraniana. É extremadamente ánti-natural para um iraniano prometer borrar um país do mapa. Essa tosca franqueza é arte e parte da cultura occidental, especificamente da cultura racionalista de comida rápida. Qualquer analista que conheça minimamente Iran teria que soltar um alarido só de pensar que um iraniano pudesse pronunciar essas palavras. “Borrar do mapa” é uma expressão 100 % americana, antes que persa. Jomeini, há muitos anos, prometeu que o Estado sionista desapareceria do livro dos tempos. Essa afirmação, em todo caso, não implicava um papel violento de Iran. No discurso occidental, equivaleria a dizer que “a justiça prevalecerá”.

Iran é o único país muçulmão com uma grande, próspera e satisfeita comunidade judea. Os judeus nunca temos padecido problemas institucionais ou doutra índole em Iran. É lamentável contemplar a Israel imitando aos que ódiam aos judeus incitando contra o país mais tolerante com os judeus.

Os dirigentes muçulmãos de Iran naturalmente que têm um problema com o regime sionista. Os bons judeus também. Essa actitude não é exclussiva dos ayatolás. O Shah de Iran, um ditador criminal e amigo dos EEUU, também não simpatizava com Israel. Em termos de relações internacionais, Iran tem todo o direito a subverter um regime do que não gosta: o regime israeli. Aos EEUU gosta-lhes ter pelo mundo adiante “monstros lonjanos” aos que poder destruir. A CIA tem subvertido vários regimes acá e acolá. Israel também: por exemplo, cooperando com os kurdos para subverter aos ayatolás. Iran luta contra o regime post-sionista que rige a terra dos judeus: isso, provavelmente, converte a Iran num inimigo, mas não no diabólico Estado que freqüentemente se nos apresenta.

Iran apoia os movimentos de independência palestiniano e libanês. Está no sei direito, e é uma postura lógica para um regime islâmico honesto. Em vez das guerrilhas árabes, Israel deveria estar ocupando o sul do Líbano rechaçando o direito a um Estado para os árabes palestinianos. As enquisas têm demonstrado que o apoio israeli ao Estado palestiniano é correlativo com as campanhas terroristas palestinianas. Os árabes que se imolam carregados de bombas têm logrado que Israel aceite as aspirações nacionais palestinianas. Não se trata de dizer que Israel deveria abandoar o sul do Líbano –que é a zona norte da nossa Terra Prometida- ou estar dacordo com o Estado palestiniano. A questão é: Iran é um digno adversário que não se merece o ódio histérico que se verte contra ele.

Iran demonstra limitação no seu apoio a Hezbolá e Hamas. Depois de que a Força Aérea Israeli destruira um transporte de mísseis Zelzal no Líbano, Iran não fez o ademão de abastecer a Hezbolá com mísseis de rango meio capazes de alcanças Tel Aviv. A quantidade de ajuda iraniana destinada a Hezbolá e Hamas roza a caridade, e as suas capazidades militares são basicamente sustentadas por Síria e pequenas donações estrangeiras.

Os dirigentes israelis têm convertido a Iran num homem de palha e num espantalho. Os principais traidores israelis, de Beilin a Lieberman, unidos contra a ameaça iraniana. Outros problemas são deixados a parte, os problemas realmente urgentes: as IDF têm-se convertido numa espécie de Exército dos EEUU -mas burocratizado- um monstro custosíssimo incapaz de reagir (se não é espoleado pelos mass media), os exércitos inimigos d Israel têm-se desenvolvido velozmente fazendo que as guerras convencionais contra eles sejam proibitivamente perigosa para Israel, os mísseis de meio alcnço e ánti-aéreos dos países árabes reduzem enormemente a capazidade de ataque das IDF. A ameaça nuclear iraniana está hinchada artificialmente para ocultar os problemas reais, existenciais, que Israel não é capaz de aturar: as armas nucleares descontroladas em Pakistan, a proliferação nuclear em Corea do Norte, algumas cabezas nucleares pakistani que se sabe que estám armazenadas em Arábia Saudi, assim como os programas nuclears de Egipto, Algéria, Marrocos e Líbia.

Iran nunca atacaria a Israel com armas nucleares. Um historiador veria-se num apreto para lembrar a última ocasião em que se dou uma grande agressão por parte de Iran; a minúscula invasão das ilhas Tunbs semelhava uma aberração até que os arquivos britênicos recentemente desclassificados confirmaram que o Emirato Sharja solicitara a invasão como uma forma de lavar o rosto. Certo, Iran blandirá as suas armas nucleares, e provavelmente provea dum escudo nuclear defensivo a Síria –mas milheiros de mísseis sírios de meio alcanço –muitos de eles com cabeças químicas e bacteriológicas- supõem também, a fim de contas, um potente escudo defensivo.

Inclusso aínda não está ao 100 % claro que Iran tenha um programa nuclear militar. Pode que insistam no enriquecimento do urânio só como forma de satisfazer o seu orgulho nacional. Como membro do Tratado de Não Proliferação, Iran tem direito a enriquecer urânio, e deter agora o programa suporia ceder à pressão dos EEUU.

A chiíta e persa Iran é o aliado naturl de Israel contra os inimigos árabes sunitas. Iran poderia ser um árbitro do conflito árabe-israeli muito mais desejável e honesto que Egipto, quem desempenha de facto dito papel na actualidade. Uma Iran nuclearizada criaria grande descontento em Azerbaijan e outros arredores de Rússia, arruinaria aos inimigos árabes de Israel na carreira armamentística, e compartiria o estátus do seu inimigo colectivo junto com Israel.

Israel tem boas razões para querer atacar a Iran, destruíndo as suas instalações nucleares. A reinstauração do poder disuasório israeli, não é a menor de elas. Evitar a tentação dos regimes árabes a desenvolver os seus próprios programas nucleares é outra. Ser capaz de manter o psicologicamente fundamental monopólio regional das armas nucleares é também um casus belli.

Neste mundo de cristãos, islamistas, negros e asiáticos, Israel não tem amigos. Às vezes não temos mais remédio que atacar aos que teriam sido os nossos aliados para aterrorizar, assim, aos inimigos.


OBADIAH SHOHER

A GANGA DE HAMAS


Hamas acha-se no culmem da sua aceitação internacional. Pode que tarde uma semana, um mes, ou um ano, mas hoje em dia Hamas acha-se onde a OLP e Fatah estavam a finais dos anos 80. A este grupo, que pratica o terrorismo yihadista, só lhe resta ser convidado a visitar o Salão Oval da Casa Branca. Dois sucessos acaecidos esta semana corroboram o dito.

Primeiro, o passado sábado, “The Boston Globe” informava que Paul Volcker -conselheiro para a recuperação económica dentro da Administração Obama- e vários antigos cárregos da administração estadounidense vinham de remitir uma carta a Obama pedindo que os EEUU reconheçam a Hamas. Tal e como um dos asinantes, Brent Scowcroft, que fora conselheiro nacional de seguridade do Presidente George H. W. Bush, explicava: “Não acho razão alguma para que Hamas não seja um interlocutor válido”.

Scowcroft acrescentava: “O essencial é avançar decididamente no processo de paz palestiniano. Não o despraze ao final da sua agenda, dizendo que tem muitas outras coisas que fazer. Os EEUU precisam ter uma postura clara, não se sentar a agardar”.

Fontes do Congresso afirmam que Obama tem seleccionado a Scowcroft para re-empraçar a Chas Freeman como vozeiro no Conselho Nacional de Inteligência.

A segunda razão que faz evidente que a Administração Obama está decidida a reconhecer a Hamas, é que o joves o alto cárrego da inteligência egípcia, Omar Suleiman, entablou conversas no Departamento de Estado com a Secretária de Estado Hillary Clinton, e pediu encarecidamente que apoie o reestabelecimento dum Governo de unidade nacional Hamas/Fatah que reunifique e controle a Autoridade Palestiniana em Gaza e o West Bank.

Isto resulta significativo, dado que os altos cárregos da Administração só se reúnem com pessoas que lhes dizem o que eles querem ouvir.

Caso aparte é a viagem do Chefe do Mando Geral das IDF, o Tenente General Gabi Ashkenazi, esta semana a Washington. Ashkenazi acudiu a Washington a intercambiar informação sobre os progressos iranianos de cara a obter a sua bomba nuclear. O Secretário de Defesa, Robert Gates, e o homólogo de Ashkenazi, o Almirante Michael Mullen, arranjaram-se para “encontrar-se fóra da cidade”. Fontes do Ministério de Defesa sinalaram que Ashkenazi só se reuniu finalmente com o Conselheiro Nacional de Seguridade, James Jones, quem estava empenhado em querer falar tão só “sobre os palestinianos”, e com o assessor de Clinton para Iran, Dennis Ross, cujo papel na política dos EEUU face Iran não remata de estar claro.

Hamas, pela sua banda, prefere o reconhecimento incondicional recomendado por Scowcroft, Volcker e os seus colegas (que incluim aos conselheiros não oficiais de Obama, Zbigniew Brzezinski e Lee Hamilton), antes que a opção de formar um Governo com Fatah. Depois de tudo, por que haveria Hamas de aceitar compartir Governo com Fatah, a fim de ganhar aceitação internacional, se os poderes fácticos de Washington mais próximos à Administração, estám dispostos a brindar o seu reconhecimento incondicional ao grupo terrorista?

A afirmação de Scowcroft de que o reconhecimento de Hamas é necessário porque “[Obama] deve avançar decididamente no processo de paz palestiniano” é indicativo de como se situa o entorno do Presidente ante o processo de paz. Para eles, avançar decididamente no processo de paz é mais importante que determinar ou, tão sequer, preocupar-se por se os palestinianos implicados nesse processo são grupos terroristas genocidas ou não, e determinar, ou apenas preocupar-se, de se o chamado processo de paz tem a mais mínima possibilidade real de conduzir realmente à paz.

O ponto de vista de Obama não é especialmente novo. Tras a vitória de Hamas nas eleições palestinianas de 2006, e para fazilitar o processo de paz, os EEUU e a União Europeia, apresentaram certas condições a Hamas que deviam ser cumpridas antes de que Occidente accedesse a brindar-lhes o seu “reconhecimento”.

Os EEUU e Europa disseram que reconheceriam a Hamas se esta anunciava a sua renúncia ao terrorismo, aceitava o direito de Israel a existir, e se comprometia a continuar com os acordos previamente asinados entre a OLP e Israel. Os estadounidenses e os europeus calculavam, sem dúvida, que estas condições eram um listão muito baixo. A fim de contas, a OLP fora quem de superá-lo.

As condições de Occidente eram como dizer que “a bom entendedor poucas palavras bastam”, Todos entenderam que o único que se perseguia era que Hamas pronunciasse as palavras mágicas. Não tinham, nem sequer, porque ser inceras. Se Khaled Mashaal e Ismail Haniyeh simplesmente tivessem dito o que os EEUU eEuropa queriam ouvir, tudo teria sido perdoado. Hamas –como a OLP antes que eles- seria eliminada da lista de organizações terroristas. Milheiros de milhões de dólares iriam parar às contas bancárias dos dirigentes de Hamas em Gaza e Damasco. A CIA, inclusso, daria o visto bom a entrenar às milícias terroristas.

Resulta óbvio que tudo o que Occidente exigia era que Hamas mentisse publicamente –o mesmo que se lhe exigiu no seu dia à OLP. Depois de que Yasser Arafat pronunciasse as palavras mágicas, os EEUU e Europa estavam demassiado felizes como para preocupar-se pelo facto de que estiver mentindo.

Quando imediatamente depois de asinar o acordo inicial de paz com Israel na Casa Branca -13 de Setembro de 1993- Arafat foi a Sudáfrica e dou um discurso incitando à Yihad contra Israel, a ninguém lhe preocupou.

Quando Arafat desmantelou a prensa livre em Judea, Samaria e Gaza e transformou os mass media palestinianos em órgaos de propaganda incitando à erradicação de Israel e o povo judeu, o mundo bostezou.

Quando lançou a sua guerra terrorista contra Israel e os seus comandos entrenados pelos EEUU começaram a conspirar e pôr bombas contra os civis israelis, os EEUU reiteraram que o seu objectivo primordial era estabelecer um Estado palestiniano no Meio Leste.

E quando o sucessor de Arafat, Mahmoud Abbas, anunciou que Fatah não aceita o direito de Israel a existir, e considerou legítimo o terrorismo contra Israel, foi declarado como o único, indispensável e legítimo dirigente dos palestinianos. Aínda mais, quando as forças palestinianas entrenadas pelos EEUU se rendiram a Hamas em Gaza sem oferecer combate, os EEUU aprovaram uma ajuda adicional de 80 milhões de $ às milícias de Fatah.

O passado joves, o homem forte de Fatah –e favorito de Occidente- Muhammad Dahlan intentou dar lições a Hamas.

Numa entrevista na televisão da Autoridade Palestiniana, Dahlan converteu-se no primeiro oficial de alto rango de Fatah em admitir abertamente que a sua organização nunca aceitara o direito de Israel a existir. Dahlan negou os informes que indicam que, nas negociações para fechar um Governo de unidade Fatah/Hamas, os representantes de Fatah estariam pressionando a Hamas para reconhecer a Israel. Nas suas próprias palavras, “Quero dizer no meu nome e no dos meus companheiros de Fatah, que não estamos exigindo que Hamas reconheça o direito a existir de Israel. Mais bem, estamos pedindo a Hamas que não o faga nunca, porque Fatah também não reconheceu jamais o direito a existir de Israel”.

Dahlan continuou com a sua lição. Arafat era a cabeça visível da OLP, mas também de Fatah. Mentres que como portavoz da OLP reconhecia a Israel e chamava a rematar com o terrorismo e viver em paz com o Estado judeu, como cabeza de Fatah continuava a sua guerra contra Israel. Dahlan, inclusso, alardeou de que Fatah tem assassinado dez vezes mais palestinianos suspeitosos de colaborar com Israel que a própria Fatah.

Dahlan explicou que tudo o que Hamas tem que fazer é seguir o caminho de Fatah. O que vem significar que o governo da Autoridade Palestiniana aceita as condições de Occidente, mentres que essas condições seriam inaplicáveis a Hamas como “grupo resistente”. Nesse sentido, Dahlan afirmou, Hamas poderia receber milheiros de milhões procedentes de Occidente em conceito de ajuda económica.

Concretamente dixo, “Imaginades-vos que a reconstrucção de Gaza seria possível baixo a sombra da suspeita de discrepânciass entre a comunidade internacional e nós? A reconstrucção de Gaza só é possível contando com um Governo aceitável a olhos da comunidade internacional, de forma que podamos obter benefícios dessa comunidade”.

De forma nada surprendente, o manifestado por Dahlan apenas foi difundido. Só “The Jerusalem Post”, um par de publicações judeas, e uns quantos blogues ánti-yihadistas figeram-se eco do dito. Os mass media dos EEUU, Europa e aínda os hebreus partidários do “processo de paz” ignoraram-no. Nenhum portavoz governamental, de qualquer país do mundo, fixo comentário algum.

Sem embargo, desgraçadamente para Dahlan e os seus admiradores occidentais, Hamas não está interessada em unir-se à ficção de Fatah. Hamas nega-se a pronunciar as palavras mágicas. Assim que Occidente está procurando a forma de baixar aínda um pouco mais o seu listão.

O silêncio de Occidente antes as manifestações de Dahlan, assim como o seu crescente entusiasmo por negociar com Hamas –a pesar da indiferença de Hamas e a sua negativa a mentir respeito às suas intenções- revela-nos algo muito importante respeito ao que Occidente está fazendo, quando afirma que o seu principal interesse é avançar no chamado processo de paz: revela-nos o mesmo que o noviazgo apassionado de Occidente com Damasco e Teheran, quando fala de “avançar no processo de paz”.

O Presidente sírio Bashar Assad dixo esta semana no diário italiano “La Repubblica” que ele e o Primeiro Ministro saínte, Ehud Olmert, estiveram a um tiro de pedra de alcançar um acordo de paz durante o passado ano. A semana passada, Assad participou no que se presupõe que foi uma Conferência ánti-iraniana em Arábia Saudi.

Os gestos de Assad íam encaminhados a que os EEUU se sentissem a gosto mentres renovam as suas relações diplomáticas com Síria, e que assim pressionem sobre o tribunal da ONU que investiga o assassinato sírio do antigo Primeiro Ministro libanês Rafik Hariri, sobre Israel para que entregue os Altos do Golan, e que reconheçam a Hamas.

Igual que Arafat comprendeu que, tras pronunciar as palavras mágicas, Occidente fazeria ouvidos surdos à sua má conduta, assim Assad sabia que Washington e Paris não dariam importância quando, ao seu regresso de Riyad, anunciasse que as suas relações com Iran seguiam sendo boas. Sabia que nunca o questionariam pela sua falsa explicação das suas negociações indirectas com Israel. Ele e Olmert não puderam estar a tiro de pedra dum acordo de paz, pela singela razão de que Assad rechaçou ter qualquer tipo de contacto directo com Israel.

Se Damasco é o Estado que equivale à OLP, Teheran é o Estado que equivale a Hamas. Hoje, mentres os mulás se aproximam à linha de meta na carreira nuclear, a Administração Obama empenha-se em que a República Islâmica carece dum arsenal nuclear. Ao igual que com Hamas, com Teheran os norteamericanos têm renunciado inclusso a exigir um câmbio nas suas posições retóricas, como condição prévia para reconhecê-los no plano diplomático. Os EEUU perseguem a sua reconciliação diplomática com Iran, sabedores de que isso conduzirá à emergência de Iran como potença nuclear.

Portanto, a questão é: se os intentos de paz dos EEUU e Europa com Fatah, Hamas, Síria e Iran não têm logrado que estes modifiquem nem uma coma na sua conduta agressiva, de que estám falando os poderes occidentais quando afirmam que é “imperativo avançar no processo de paz” ou atrair a Síria e Iran? A fim de contas, os dirigentes de Occidente sabem que esses processos são umas farsas absolutas.

Tristemente, a explicação está clara. Os dirigentes occidentais não é a paz o que perseguem nestes processos. O que perseguem é o apaciguamento. Eles denominam a estes processo de apaciguamento “processo de paz” por duas razões. Primeiro, porque sabem que aos seus concidadãos não lhes gosta como soa a palavra “apaciguamento”. E, segundo, para presumir de serem os campiões no noble objectivo da paz nos nossos tempos, evitando poder ser acusados por ninguém, com o seu estúpido agir, de serem cúmplizes no belicismo do lobby sionista.



CAROLINE B. GLICK


23 Adar 5769 / 19 Março 2009-03-21


[Fonte: The Jerusalem Post]


Com ocasião da festividade do ano novo (Nowruz), Obama dirigiu-se aos iranianos manifestando um grande respeito pelos seus dirigentes e uma série de parvadas semelhantes.

O muito paiaso fez um chamamento à dirigência iraniana para que deixem de constituir uma ameaça. De facto, Iran nunca tem ameaçado a ninguém. Ahmadineyad limitou-se a citar a famosa frase do Ayatola Jomeini, na que advertia que o Estado sionista seria borrado do livro dos tempos -que posteriormente passou a ser traduzido como “borrado do mapa”- e os mandatários iranianos ameaçam com repressálias militares no caso de serem atacados.

Obama exigiu aos iranianos que denunciem o terrorismo. Mas, desde o seu ponto de vista, Hezbolá e Hamas são combatentes pela liberdade, como os Muyaidin que os EEUU apoiaram em Afeganistão.

Previamente, os dirigentes iranianos já enumeraram as suas pré-condições para estabelecer conversas: uma petição pública de desculpas por todo o dano que os EEUU têm causado ao povo muçulmão, suspender o apoio a Israel, e aceitação do programa nuclear iraniano.

SHABAT SHALOM


DEUTERONÔMIO 25:17



Lembra-te do que te fez Amalek no caminho, quando saías do Egipto;


Como te saiu ao encontro no caminho, e feriu na tua retaguarda todos os fracos que iam atrás de ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a D’us.


Será, pois, que, quando o Senhor teu D’us te tiver dado repouso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor teu D’us te dá por herança, para possuí-la, então apagarás a memória de Amalek de debaixo do céu.


Não te esqueças.



A ECONOMIA DO TERROR


Inclusso entre os judeus de direita, muitos detestam os chamamentos do Rabbi Kahane aos instintos mais primários das massas judeas, às que incitava contra os árabes. Não é preciso dizer que estám equivocados.

O Rabbi Kahane foi uma figura política. A religião era para ele a base do seu agir político. E considerava que isso era o que lhe cumpria fazer. A maioria dos rabinos separam D’us e política –o qual não tem justificação no judaísmo. Lembremos ao Rabbi Akiva, cujos discípulos apoiaram a revolta de Bar Kochba, ou os numerosos exemplos de rabinos europeus, dos de antes, que faziam chamamentos aos judeus para combater contra os opressores. Os rabinos devem estar à fronte de qualquer movimento social que seja beneficioso para os judeus.

Assim, Rabbi Kahane necessitava acólitos, e dirigia-se a cada grupo de potenciais seguidores na sua linguagem habitual ou, dito de outro modo, expunha-lhes a sua doutrina de maneira que a puideram entender. Seria muito singelo dizer que Kahane não os incitava a corear “Matemos aos árabes!”; esse era a forma em que eles o interpretavam. Mas tomemos em consideração o seguinte: teria sido correcto para ele chamar à morte dos árabes?

Essa interrogante leva-nos ao ponto cruzial, o do fim e os meios: para os alemães, polacos, ucranianos, croatas, lituanos, etc., assassinar judeus era uma finalidade em sim própria. Para os judeus de Dir Yassin ou Kfar Qassem, matar árabes era um meio. Ao igual que os estadounidenses que bombardearam Tokyo procuravam ganhar a guerra mais que sumar o máximo número de mortos per se. No caso de Kahane, matar árabes era um meio para construir um Estado judeu. Não me cabe dúvida de que ele não propugnava um extermínio global dos árabe-israelis, ao estilo da massacre dos judeus de Hebron ou dos campos de extermínio. Mas, como sucede em todas as guerras, temos que matar alguns inimigos para aterrorizar ao resto e obrigá-los a acceder às nossas exigências. Os árabes nunca amosarão boa vontade face nós e pararão de súpeto de aterrorizar aos judeus, marchando-se desta terra. Presumivelmente, só o fazerão através do pânico. O pânico é produto de factos horríveis ou de ameaças convincentes –e a credibilidade sempre deriva da capazidade de cometer actos horríveis. Portanto, o chamamento a matar árabes não é errôneo per se -na medida em que constitui um meio e não um fim- e que supõe um passo razoável para economizar mortes no inimigo. Um exemplo dessa “economia do terror” é Dir Yassin, onde teve lugar um número relativamente pequeno de baixas árabes em circunstâncias escuras, a pesar de que depois se extendeu a lenda de que houvo muitas e que dou pé à fogida de centos de milheiros de árabes.

Na sociedade politicamente correcta de Israel, onde é inimaginável falar publicamente de deportação, onde inclusso o termo “terrorismo árabe” é qualificado de razista, o Rabbi Kahane necessitava espolear à gente honesta. Teria sido incapaz de contrarrestar a abrumadora maquinária de propaganda esquerdista com bonitas palavras, com argumentos academicamente rabínicos. Não se podia dar um debate civilizado, onde as partes contendentes são respeitosas com os pontos de vista do contrário. Os esquerdistas sempre o recebiam com assobios, música estridente e berridos. A situação era extrema, e não propícia para discursos teóricos. Nesse contexto, o Rabbi Kahane tina que combater o fogo com mais fogo.

Seria muito fazil para mim dizer que a retórica do ódio era normal nos debates, dada a grande tensão do momento, mas o Rabbi Kahane era muito cuidadoso escolhendo as suas palavras. Não se tratava dum debate acadêmico –e inclusso os debates acadêmicos freqüentemente se tornam ágrios quando implicam aspectos sociais.

Aínda mais importante: que é o Judeu? Uns dias atrás celebrámos Purim -a comemoração duma matança de homens, mulheres e crianças. A Midrash diz que os judeus arrastaram aos amakelitas através de alcantarilhas nas que se ocultavam –e que depois os mataram. Se acreditamos em D’us, pensade em que pouco “progressistas” são os seus métodos: matança dos primogênitos egípcios, o mandamento de matar a Amalek, a benção eterna a Finéias por matar a um judeu que casou com uma shiksa [nota: mulher não-judea], as descripções do rito sacrifical de animais. D’us não é alguém agradável. Que é a moralidade?: o que a Torá define como moral. Por favor, não mesclemos a moralidade judea com a imbecilidade progre que pretendem fazer passar por “judaísmo” nos templos. Temos um mandamento específico de expulsar a todos os habitantes da Terra –por quaisquer que sejam os meios. Se não o cumprimos, eles se alçarão contra nós –como, sem dúvida, estamos vendo na actualidade.

Isso não só é Judaísmo: é sentido comum. Quem eram os que os Aliados matavam durante a 2ª Guerra Mundial em Alemanha e Japão? Não eram soldados, só mulheres, rapazes e ancianos. As guerras não são agradáveis.

Não existe necessidade de demonizar aos árabes; basta com observá-los. Ódiam aos judeus, e seguirão odiando-nos por sempre. Por que? Por que os cristãos nos ódiam? No caso dos árabes, têm um motivo racional para odiar-nos: querem que lhes devolvamos a “sua” terra. Tendes a mais mínima dúvida de que os árabes estám dispostos a matar judeus no momento em que poidam fazê-lo? Não existem árabes bons e árabes máus. Todos os árabes são bons e patriotas.

Tudo isto leva-nos, de novo, ao quid da questão: devem ser tratados os árabes como nativos (que lutam pelo que acreditam honestamente que é seu, e serem só expulsados) ou como Amalek (que atacou aos judeus quando éramos débeis, e serem aniquilados)?

Esta não é uma desputa arredor duma mesa com chocolate e biscoitos num “Starbuck” de San Francisco. É uma guerra de supervivência. Não existe uma solução agradável e mágica.

É preferível sobreviver que ser agradáveis. E nós não podemos fazer ambas coisas.



OBADIAH SHOHER

24 Adar 5769 / 20 Março 2009


Tirando partido do sentimento de culpabilidade de Occidente, Hamas acusou a Israel de “carecer de coragem” e “fracassar na consecução do acordo”. O pecado judeu é enorme, sem dúvida: Olmert rechaçou libertar a oito assassinos em série, 150 destacados terroristas e um milheiro de colaboradores a câmbio do cabo esquerdista Shalit.

Shimon Peres pressionou para a posta em liberdade do seu amigo, o líder do Tanzim, Marwan Barghouti, e Barak pressionou para que os soltassem a todos. Curiosamente, o Chefe do Estado Maior, Gabi Ashkenazi, tomou o relevo de Barak, fazendo um cego brinde ao sol ao ritmo do habitual soniquete de que as IDF não escatimariam esforços para trair ao nosso prisoneiro de guerra de volta. O adequado teria sido bombardear a Hamas, em vez de entrar em escuras operações de intercâmbio.

Os israelis aínda negam-se a admitir o facto de que Olmert é o menos nefasto dos Primeiros Ministros que temos padecido nos últimos 20 anos –e nos próximos cinco.

Olmert saturou à opinião pública de modo magistral com rumores dum intercâmbio iminente. Quando o acordo semelhava estar cozinhado, e o público já o tinha digerido, reconsiderou a conveniência de recuperar a Shalit, e começou a manifestar a sua oposição a libertar os terroristas. Muitos votantes respiraram com alívio quando as conversas fracassaram definitivamente.

Ninguém é perfeito. E nenhum Primeiro Ministro é bom: Olmert esteve a ponto de libertar uma piara de “assassinos de segundo rango”, incluíndo a Walid Ajnes e Fadi Juabeh, que expiam 26 cadeias perpétuas cada um. Dúzias de milheiros de soldados israelis arriscaram a sua vida para arrestar aos 1.500 terroristas que o Governo semelhava não ter problema algum em soltar.

Netanyahu terá muitos problemas com as planhideiras de esquerda pro-Shalit (inimigas das vítimas do terrorismo). Os seus oponhentes de esquerda utilizaram a Shalit para debilitar o Governo Netanyahu. A quem benefícia tudo isto? Quem tem injectado milhões de dólares na campanha mediática a favor de Shalit? Os que querem que Israel perda a guerra contra o terrorismo: a União Europeia e os ultraesquerdistas.

O maior problema é que todos eles serão libertados, antes ou depois. Nós consideramo-los assassinos, mas os árabes consideram-nos insurgentes. Qualquer acordo com os palestinianos requere que Israel liberte a esses “soldados” que lutaram por Annapolis e os objectivos da Folha de Ruta. Israel respeitava aos seus terroristas do ETZEL e do LEHI. E os árabes respeitam aos seus.

A única alternativa, à eventual posta em liberdade, é a sua execução.

GULAG POR UM DIA


Muitos temos suspeitado desde há tempo que a Universidade de Tel Aviv (TAU) tem feito amiúde as funções dum gulag de re-educação comunista, controlada pelos post-sionistas e ultraesquerdistas em cujas aulas nenhuma opinião sionista ou não esquerdista pode ser exprimida em voz alta. Mas o vindeiro 25 de Março, convertirá-se num autêntico Gulag! Ao menos por um dia. O partido comunista, defensor do terrorismo árabe, MAKI celebrará o seu congresso esse dia na Escola de Leis da Universidade de Tel Aviv.

Isto será assim graças a que os dirigentes do cámpus têm accedido a ceder as instalações para celebrar o 90º Congresso do Partido Comunista Israeli, um partido que até a data aínda não tem abjurado de Stáline e o estalinismo. Não se trata de uma brincadeira post-Purim, é certo.

A decisão de autorizar a celebração do congresso no cámpus da TAU não foi alheia ao facto de que muitos dos seus professores são militantes do devandito partido. Entre os que intervirão na convocatória acham-se o Profissor Yoav Peled, do Depto. De Ciência Políticas, e o Profissor Gadi Algazi, do Depto. De História., junto com o Profissor Daiel Bar-Tal, do Depto. De Psicologia, muito famoso pelas suas “investigações” pseudo-acadêmicas que “demonstram” que os judeus são geneticamente razistas e opostos à paz, baseando-se num estudo feito a partir de debuxos de escolares judeus.

Outros camaradas dos que organizarão o dia 25 a chegada da ditadura do proletariado no Gulag da Universidade de Tel Aviv serão o sociólogo da Universidade Ben Gurion, Uri Ram, que opina que a mera existência do Estado de Israel já constitui um crime contra a Humanidade.

O Congresso será financiado em parte pela Fundação Rosa Luxembourg e vários departamentos da TAU.

Agardemos que a fiscalia israeli tome boa nota de cómo investem os fundos públicos a equipa directiva da TAU, e como transformam as instalações universitárias num campo de educação estalinista.

Mentres, proponho que todas as cafetarias do cámpus fechem esse dia para comemorar com os assistentes ao Congresso as devastadoras hambrunas produzidas pelo comunismo.

Post Scriptum: Pergunto-me se aderirão à Ressolução do Partido Comunista Palestiniano, no 7º Congresso de 1932, quando dizia que “A revolta das masas árabes em Palestina contra os imperialistas deve ser e será acompanhada no futuro pela guerra de aniquilação da minoria judea” (Zachary Lockman, “The Left in Israel”, 1976).


STEVEN PLAUT


A activista Nadia Matar dixo -num alarde de sentido comum- dirigindo-se a uma multidão fervorosamente pro-israeli numa sinagoga neoyorkina o passado mércores: “Devemos acabar com todos os dirigentes terroristas, começando por Mahmoud Abbas”. O discurso foi gravado e difundido pelo blogger e activista ánti-judeu Philip Weiss, na sua página Mondoweiss.


“Devemos destruir a todas as organizações terroristas. Devemos acabar com todos os líderes terroristas, começando por Mahmoud Abbas, e seguindo pelos demais”, dixo num discurso pronunciado na Sinagoga Edmond J. Safra, no Upper East Side neoyorkino.


Nadia Matar, portavoz da organização Women in Green, comparou de forma absolutamente razoável as ameaças de Abbas à existência de Israel com a ameaça názi contra Grande Bretanha antes da 2ª Guerra Mundial. Matar dixo que Winston Churchill, Primeiro Ministro britânico naquele momento, entendeu que o regime názi tinha que ser destruído para poder alcançar a paz.


“Ninguém teve reparos morais para destruir o regime názi”, dixo ante uma audiência entregada. “Temos que abolir os Acordos de Oslo; não há diferença entre a Autoridade Palestiniana, a Yihad Islâmica, Hamas, ou como queira que se denominem. Todos são terroristas e não poderemos viver em paz com eles”.


Abbas, cujo nome de guerra é “Abu Mazen”, planificou a assassinato de onze atletas israelis nos Jogos Olímpicos de 1972 em Munich. Também é autor de uma tese que sustenta a negação do Holocausto, e tem afirmado freqüentemente que a violência é uma via legítima quando não ressulta exitosa a pressão diplomática nem a estrategia de imigração massiva de árabes a Israel.


Weiss, um ánti-semita cujo blogue apresenta aos patriotas judeus como “perigosos extremistas”, sinala também que Nadia Matar pediu donativos fiscalmente deduzíveis “para uma organização de apoio às milícias judeas” –referindo-se a Women in Green.


Nadia Matar agradeceu ao rabino da Sinagoga. Elie Abadie, por brindar apoio à sua visita que forma parte duma gira pelos EEUU recabando apoio para os colonos judeus do West Bank.


Mazal Tov, Nadia.



HA'ARETZ, QUINTA COLUNA


O mais ánti-sionista dos diários israelis, Ha’aretz, lançou hoje uma “exclussiva” sobre as acções das IDF durante a operação “Liderádego Sólido” em Gaza:”IDF em Gaza: matando civis, vandalismo, e escasso compromisso com a legalidade”.


Haaretz "informa":

Durante a Operação Liderádego Sólido, as forças israelis assassinaram civis palestinianos fazendo a vista gorda à legalidade e destruíndo intencionadamente as suas propriedades, segundo soldados que participaram na ofensiva. Os soldados são graduados do Curso preparatório pre-militar “Yitzhak Rabin” do Oranim Academic College em Tivon. Algumas das suas declarações apareceram o joves e o venres em “Ha’aretz”.


O reporteiro toca o seu particular tam-tam de guerra numa editorial de análise (sic) intitulada “Pode Israel despreçar o relato das suas próprias tropas em Gaza?”



Segundo informavam esta mesma tarde em Channel 2 TV, um dos soldados que prestou declarações a Ha’aretz afirmou que a sua testemunha baseava-se em rumores que escuitara (já que ele nem sequer estivera em Gaza!).

A verdade ou a falsidade não é algo importante para os pro-árabes de Ha’aretz, na medida em que sirva para arrojar bassura sobre Israel, as IDF, os colonos, os judeus religiosos, ou qualquer que não coincida com os seus postulados de progres assimilados.


Como ressultado imediato do seu libelo ánti-israeli, todos os mass média do planeta –e será por falha de ganhas…- têm aberto os seus “informativos” e primeiras plana com esta mentira que tem corrido como a pólvora.


A modo de exemplo:


Gaza-Krieg: Israels Soldaten berichten über wahlloses Töten FACTS - Ausland 12:08

Soldaten schockieren mit Aussagen über Gaza-Krieg N24.de - Politik 11:58

IDF killed civilians in Gaza under lax rules of engagement Guerrilla News Network - Headlines 11:53

Wahlloses Töten in Gaza ntv.de 11:52

Gaza-Krieg – Soldaten gestehen wahlloses Töten Die Welt Online 11:44

Israeli army orders investigation into unethical actions in Gaza Xinhua Online - Middle East 11:39

Soldados israelíes mataron a palestinos indefensos en Gaza, según militares Yahoo!
Espana - Mundo 11:28

Los soldados israelíes mataron civiles en Gaza con órdenes "laxas" de combate Yahoo! Espana - Mundo 11:28

Soldados israelenses mataram palestinos indefensos em Gaza 19/03/2009 08:24 CorreioWeb - Mundo 11:25

- Exterior » Soldados israelenses mataram civis em Gaza sem representar ameaça, diz jornal Clica Brasilia - Ultimas Noticias 11:22

Israeli troops in Gaza fought under 'permissive rules of engagement' The Earth Times 11:09

Israel matou civis indiscriminadamente em Gaza, diz jornal Estado.com.br - Ultimas Noticias 11:00

UPDATE: Israelis Describe Wanton Killings Of Gaza Civilians Nasdaq - Global Markets 11:00

MK Tibi demands State commission of inquiry on Gaza offensive YnetNews 10:59

Soldados israelenses mataram civis indefesos em Gaza JB Online - Internacional
10:58

Israel: Soldaten bezeugen Kriegsverbrechen in Gaza ORF.at 10:54

Israeli soldiers kill Palestinian civilians in Gaza Xinhua Online - Home 10:43

IDF orders probe into allegations over Gaza war Ha'aretz 10:36

Journal describes Gaza killings The National - Middle East 10:33

Israelis describe wanton killings of Gaza civilians Middle East Online 10:32




Com meios como Ha’aretz, para que necessitam os árabes Al Jazeera?



DIREITA MINIMALISTA


A esquerda israeli é conseqüente no seu nihilismo: democracia atea em vez de Judaísmo, desarme ideológico nos aspectos mais sensíveis para converter-se num referente dalguns direitistas indecisos, e derrotismo no terreno da seguridade para que Israel tenha que delegar nas potenças estrangeiras gentis e bailar ao seu som. Portanto os esquerdistas, basicamente, não necessitam fazer nada: alcançam os seus objectivos simplesmente deixando às coisas seguir a corrente. Normalmente, deveria ser ao revês: a direita é conservadora e tende à inacção, mentres que a esquerda procura câmbios. A direita israeli tem que modificar o profundamente afiançado sistema progressista. A única forma de lográ-lo é abandoar o seu errôneo conservadurismo e adoptar posições mais radicais, a apariência daqueles que querem cambiar o seu Estado. Tomemos, por exemplo, aos Macabeus. Fundamentalistas religiosos e conservadores extremos, optaram pelo radicalismo absoluto e iniciaram uma brutal guerra civil que alguns judeus ignorantes celebram actualmente em Hanuká.


Mas observade essa falsa direita que ganhou as eleições israelis. Não é preciso demonstrar que as aspirações do Likud são tão esquerdistas como as do Meretz. Netanyahu subscreve o processo de paz com matizes insignificantes. Em certo sentido, é mais pro-palestiniano que o Meretz: mentres os ultra-esquerdistas só pretendem a desconexão dos territórios, Netanyahu pretende ajudá-los também no seu desenvolvimento económico.


Mirade a Lieberman. O seu lema “Sem lealdade, não há cidadania” foi inventado por um consultor publicitário; o lema inicial de Lieberman era muito mais moderado, “Sem serviço nacional, não há seguridade nacional”. Em todo caso, nenhuma das duas formulações tem possibilidade de prosperar na Knesset, devido a que as circunscripções dos ánti-sionistas partidos ultraortodoxos não acudem ao serviço militar e negariam-se ao juramento de lealdade. Sem os partidos ultraortodoxos, a direita não poderia reunir os suficientes votos para fazer prosperar a lei. As possibilidades de que Kadima fosse a pôr em perigo o apoio que recebe entre os árabes votando uma lei assim são escassas.


No que se refere ao intercâmbio de populações, o programa de Lieberman é insustentável no marco legal internacional: Israel e Palestina não podem asinar um acordo que prive aos palestinianos israelis da sua cidadania; a cidadania não pode ser confiscada sumariamente. Eu sou a pessoa que mais passa da legalidade internacional quando entra em contradicção com os objectivos judeus, mas se Lieberman está presto a provocar uma grande protesta internacional retirando aos árabes israelis a sua cidadania, por que não deixa que a protesta seja um pouco mais estridente e expulsa aos árabes trinta milhas mais aló, até Jordânia?


Lieberman jura que manterá o Monte do Templo e os Altos do Golan baixo jurisdicção israeli. Muito bem. Mas, que tem isso a ver com ser de direita? Se Síria não ataca Israel não é poque careça duma cabeça de praia no Golan, senão pelo pânico à repressália israeli. Os Altos do Golan não são críticos para Israel em termos religiosos ou militares. Simplesmente resulta bom e justo para Israel tê-los anexionado tras três guerras contra Síria; mas o objectivo da anexão não tem nada a ver com ser ou não de direita. De facto, os esquerdistas da Knesset apoiaram no seu dia a lei de anexão.


Manter sob jurisdicção judea o Monte do Templo é um juramento laudável, mas supõe ser de direita? Para que serve preservar esse lugar como humilhação permanente para os judeus que rezam abaixo, no Muro, mentres os Muçulmãos campam por todo o Monte? Um autêntico direitista –e sem dúvida qualquer judeu normal- deveria derrubar o santuário que corrompe o sítio do Terceiro Templo.


Estes falsos direitistas fazem um chamamento a preservar a judeidade de Israel? A que de Israel?! Que é o que faz ao nosso Estado ser judeu? Quando os árabes constituam a metade da população que leis vam promulgar para manter a judeidade do Estado? Um santuário muçulmão ocupa o Monte do Templo, os árabes rebosam por Judea, Samaria e o Pequeno Israel, a língua árabe é oficial, os não-judeus constituim um terço da população, o judaísmo está radicalmente exorcizado de qualquer assunto estatal, os judeus são assassinados em maior número que em qualquer outra parte do mundo e o Governo aínda lhes dá um trato mais violento e severo que aos árabes.


Só tras o vazio político que deixou a ilegalização do Kach, é pensável que partidos como Likud e Yisrael Beiteinu sejam considerados como de direita. Na realidade, representam uma tímida posição centrista disposta a preservar algumas trazas de judeidade, mentres abjuram do substancial. Se surgisse um autêntico dirigente de direita, os votantes decatariam-se de que Netanyahu e Lieberman são simplesmente a versão um chisco mais agressiva de Barak e Livni.


A autêntica agenda da direita é singela:


1. O Estado israeli basea-se no Judaísmo. Portanto, nada de trabalho retribuído em Shabat, levadura em Pesaj, e homosexuais em qualquer época do ano. O Estado não tem porque ser ultraortodoxo, mas tudo o que a Torá mande explicitamente debe ser feito.


2. Para além dos judeus, só os conversos [gerim] poderão viver em Israel. Aos paganos (os thailandeses, por exemplo) nem sequer se lhes permitirá permanecer aquí como trabalhadores ou turistas.


3. As fronteiras israelis abarcam desde Suez a Litani [sul do Líbano], e desde o Mediterrâneo ao Éufrates. Não reclamamos essas fronteiras, mas tudo o que nos vejamos obrigados a conquistar será nosso para sempre.


E reconstruamos o Templo.



OBADIAH SHOHER


23 Adar 5769 / 19 Março 2009



O pai de Gilad Shalit dirigiu-se hoje aos mass média. Dixo que era chegada a hora de regressar a casa. Falou com tristeza, como cabe agardar, já que não tem nenhum indício de se o seu filho volverá ao fogar algum dia.


Os “jornalistas” televisivos de Channel 1 figeram gala de quam repugnantes podem chegar a ser, mentres interrogavam aos representantes do Governo, especialmente a reporteira Geula Evan. Conduziram-se como repulssivos polícias televisivos acosando a um criminal pederasta.


Noam Shalit semelhava exausto.


Enfronte da tenda dos Shalit estava a tenda dos pais das vítimas do terrorismo. Terroristas árabes que assassinaram às suas crianças figuravam na listagem de terroristas que deviam ser libertados.


Se Israel executasse aos terroristas com crimes de sangue, as coisas seriam mais singelas. Remataria por sempre o pesadelo da ameaça de que um dia esses assassinos terroristas pudessem ser postos em liberdade para matar outra volta. Os terroristas não podem ser reabilitados. Por que os temos que alimentar, procurar-lhes um sítio para viver e oferecer-lhes asistência sanitária?


Durante as negociações para a libertação de Gilad Shalit, Israel começou accedendo a soltar um reduzido número de terroristas, mas depois foi afrouxando a corda e finalmente esteve a ponto de ceivar a 1.400. Cada vez que chegavam a um acordo, os árabes exigiam mais e mais, até que finalmente, Olmert puxo ponto final ao acordo.


Sinto-o pela família Shalit e os seus amigos. Os mass média edificaram um circo à sua conta, vozeando a destro e sinistro que Shalit ía ser libertado, até o ponto de que todos rematamos acreditando que ía ser assim.


Por suposto, ignoramos o que fazerá Bibi Netanyahu no futuro. Semelha que tem obtido um grande éxito sobornando a Ehud Barak. A questão é saber quantos companheiros de Barak no Partido Laborista o vam seguir. Também semelha mais que provável que Kadima remate rompendo para integrar-se na coaligação ou, inclusso, reintegrar-se no Likud. Como já advertim tempo atrás, o Governo de Bibi vai estar distante da direita. Será um Governo de centro-esquerda, não muito diferente do que foi o de Olmert ou do que teria sido o de Livni, de ter podido.


Só me resta agardar que Bibi chegue a um acordo por Gilad Shalit que não ponha em perigo a vida de israelis inocentes, e que não suponha uma recompensa para os terroristas. Rezo para que Gilad Shalit não remate como outros presos de longa duração como Ron Arad e os soldados das IDF capturados em Sultan Yakub.



BATYA MEDAD


23 Adar 5769 / 19 Março 2009



BARAK QUERE RECUNCAR


Apesar da promesa feita duas semanas atrás de permanecer na oposição, Barak aceitou a carteira de Defesa no Governo de Bibi. Agarda-se que o Partido Laborista dê a sua aprovação.


Barak e Bibi juntos ressultam pior que por separado. A sua experiência no Sayeret Matkal [Nota: corpo de elite das IDF] tem-nos predisposto à estreitez de miras. Barak é um grande táctico, mas um fracassado estratega; e Netanyahu nenhuma de ambas coisas.


Barak foi a voz mais discrepante no Governo Olmert à hora de atacar a Iran, Síria e Gaza –embora planificou e executou as duas últimas operações com um éxito incrível. Bibi terá muito mais dificil que Olmert quebrar a oposição de Barak em matérias militares.


Netanyahu necessita desesperadamente ao esquerdista Barak, a fim de que o seu Governo de centro-direita seja aceitável aos olhos dos titiriteiros europeus e estadounidenses. Devido à intensa polêmica que as suas declarações têm levantado no laborismo, Barak poderia incorporar-se ao Governo uma vez que já esteja constituído, re-empraçando a um ministro de Defesa interino.



OS TRESCENTOS


Um alto mando de defesa russo vem de confirmar que o seu país asinou um contrato de venda de mísseis ánti-aéreos S-300 com Iran dois anos atrás.


A adquisição destes mísseis trastoca dramaticamente o balanço no cenário bélico do Meio Leste, já que o S-300 dificultariam muito significativamente um ataque aéreo tripulado contra Iran.


O sistema de mísseis terra-ar S-300 é capaz de interceptar vários ataques aéreos simultâneos. O sistema de lançadeira vertical utiliza um motor propulsor de projectis dotado de ojivas de 100 kgs, e o sistema incorporado de rádar está dotado para seguir o rasto simultaneamente de seis objectivos distintos, asignando dois mísseis por objectivo para assegurar a sua grande capazidade de intercepção. Se este rádar tem que ser usado em zonas boscosas ou rocosas, conta com uma torreta extensível de 25 metros para garantir a cobertura de detecção do rádar.


Contudo –e dacordo com os últimos informes do CSIS, um destacado think-tank de Washington- os mísseis balísticos poderiam ser a arma escolhida por Israel contra as instalações nucleares iranianas se efectuasse um ataque preventivo, evitando assim o alto risco que poderia entranharia um bombardeo aéreo tripulado.


Israel conta com mísseis Jericó, capazes de fazer branco em qualquer ponto de Iran com um marge de erro inferior aos 12 metros. Tendo em conta que os mísseis Jericó de última geração podem levar ojivas convencionais de até 750 kgs., Abdullah Toukan, do Centro de Estudos Estratégicos Internacional, estima que 42 destes mísseis seriam suficientes para “causar danos irreversíveis ou destruir” as principais instalações nucleares de Iran, situadas em Natanz, Esfahan e Arak.




QUE VEM BARAK!


Segundo informa Israel National News, e tal como já presagiáramos em Últimos dias de Bar Kochba no seu momento, Netanyahu vem de invitar ao Partido Laborista a unir-se à coaligação, e alguns membros do Partido estám considerando seriamente a oferta, segundo manifestou o portvoz Ehud Barak há escasas horas.


“A maioria dos cidadãos israelis, e a maioria dos votantes de Avodah, querem que o Partido desempenhe um papel dirigente na nação”, dixo Barak.


Vários analistas coincidem em que Barak poderia unir-se à coaligação, ainda em contra do critério do seu partido. Um movimento de esse tipo fracturaria, de facto, o laborismo em duas facções.


Netanyahu justifica a sua decisão dizendo que o laborismo tem políticos muito expertos, que podem contribuir com a sua experiência em muitas áreas. A oferta incluiria cinco carteiras ministeriais.


O anúncio de Barak de que está disposto a estudar em profundidade a proposta, tem irritado a destacadas figuras da esquerda, incluíndo vários membros do seu partido. “O continuado esforço de Barak por unir-se ao Governo Bibi-Lieberman seria a acta de defunção do laborismo”, dixo a actual Ministra de Educação, a laborista Yuli Tamir.


O inevitável Yariv Oppenheimer, dirigente de Paz Agora e membro do Partido Laborista, descreveu a Barak como “uma balea que se dispõe a morrer na praia arrastando consigo a todo o laborismo”.


CARTA ABERTA À DIREITA REAL


Tras as recentes eleições e as intermináveis análises do sucedido, assim como as numerosas predicções do que se vai a passar, um facto ressulta completamente claro. A constante incapazidade de qualquer partido para colheitar o apoio da incontestável maioria real deste país –uma maioria que se identifica claramente, embora de diferentes maneiras e a distintos níveis, com os três princípios básicos do judaísmo: a Terra de Israel, o Povo Judeu, e a Torá. Por esta razão, e a fim de poder aglutinar a esta maioria potencial, gostaria-me fazer uma proposta a Manhigut Yehudit (MY) e a Ichud Leumi (IL).


Simplesmente: juntade-vos e sumade esforços.


A minha intenção não é que formedes outro partido religioso de direita marginal, senão um partido cujo objectivo diâfano seja agrupar à maioria natural acima sinalada para que exerça a dirigência deste país. Qualquer outra coisa não paga o esforço. Certo que isto é o que Moshe Feiglin e MY pretendem fazer desde o Likud; sem embargo, para além das suas boas intenções, estám distanciando a muita gente válida incapaz de votar pelo Likud numa eleições. Mentres muitos de nós votamos nas primárias do Likud a fim de situar em bons postos aos candidatos de MY, à hora de acudir a uma convocatória nacional câmbia-che o conto. A dirigência do Likud, tanto agora como a meio praço, faz que essa seja uma opção inviável. Portanto, embora votar nas primárias do Likud fortaleceu a MY, muitos de nós estamos convencidos de que votar pelo Likud nas eleições nacionais só serve para apontalar o desejo do actual liderádego de entregar mais e mais terras judeas aos inimigos árabes.


Ainda mais, inclusso se hipoteticamente um dia Moshe Feiglin alcanzasse a dirigência do Likud, é seguro que gente como Netanyahu, Silvan Shalom, etc., simplesmente abandoariam o partido para formar o Likud bis ou Kadima bis, deixando a Feiglin com um partido muito mermado. Um partido pequeno que estaria integrado por gente muito válida, sim, mas depois de muitos anos de trabalho e perseverância isso não constituiria um consolo. Quiçá a minha análise seja errônea, mas não é maior o risco que se corre?


Alguém pode argumentar que nada fazeria a Feiglin mais feliz que lograr que todos os Bibis, Shaloms e Livnats marchassem do partido e deixassem a Feiglin à fronte dum pequeno Likud susceptível de ser reconstruído desde os seus critérios. Mas para que ter que passar por esse longo processo, que derivaria na conformação dum pequeno partido, quando um partido pequeno pode constituir-se em qualquer momento? Em segundo lugar, embora sendo certo que Bibi também trabalhou para reconstruir um pequeno e destroçado partido tras a marcha de Sharon para formar Kadima, existe uma grandíssima diferença: mentres Bibi é uma figura muito enraízada no establishment dirigente, com quase todo o aparelho do poder à sua disposição, Feiglin não. Esta é uma diferença cruzial que não deveria ser infravalorada.


A questão não é ridiculizar a Moshe Feiglin ou MY. Pessoalmente, acredito que Feiglin é um homem mais honesto que a maioria das figuras públicas de Israel. Igualmente importante, é o facto de que ele sabe que o único caminho para fazer-se com a dirigência do país é agrupando à ampla maioria mencionada mais arriba, e não se dirigindo a um seitor muito limitado da população.


Esse é, precisamente, o problema de Ichud Leumi. As pessoas que se têm comprometido com Ichud Leumi têm demonstrado que eles, e muitos dos que os apoiam, são encasilhados como “alguém limitado por uma mentalidade sectorial”. Os lemas de campanha focados no “Campo Laranja” e os “valores da comunidade da kipá”, assim como os anúncios eleitorais nos autobuses amosando a uma criança que chora mentres é evacuada do seu fogar em Gush Katif, foram muito sectoriais. Um ponto de vista limitado de tal maneira é incapaz de conectar com a grande maioria sinalada acima.


Portanto, a fim de cambiar o mapa político deste país e sintonizar com a maioria natural, é clave que MY e IL aúnem esforços. Duma banda, Moshe Feiglin e MY devem comprender que correm um grande risco com a sua permanente vinculação com o Likud, mentres, doutra banda, IL necessita admitir que a sua limitada visão não os conduzirá muito longe. Só unindo forças, junto com alguns outros que se poderiam aderir (antigos desencantados do Likud, antigos membros do Partido Nacional Religioso, etc.), com o objectivo claramente definido de conectar com a maioria real, poderá estabelecer-se um autêntico liderádego judeu neste país. O momento de fazê-lo é agora, a fim de estar preparados para as seguintes eleições dentro de dois ou três anos.



YOEL MELTZER



22 Adar 5769 / 18 Março 2009