SHABAT SHALOM


AMÓS 9:13


Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão.

E trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto.

E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus.

ASSENTAMENTOS


Queridos eleitores:


Tendes sido requeridos por Binyamin Netanyahu a não votar por “pequnos partidos”.


Que típico deste mediocre político, que sempre pensa em termos quantitativos!


Mas tende em conta que não é a quantidade senão a qualidade dos membros que um partido coloque na Knesset o que resultará decisivo na importantíssima questão do Estado palestiniano ao que Netanyahu se tem comprometido, a pesar de que o trate de minimizar dizendo que se opõe à divisão de Jerusalém.


O que os eleitores devem considerar não é meramente o tamanho dum partido, senão as qualidades dos seus dirigentes –especialmente a sua valentia política e a fidelidade à Terra de Israel. O contrário de líderes como Netanyahu, que votou a favor da retirada de Gaza quando era ministro no gabinete de Sharon, e o General Moshe Ya’alon, que materializou essa decisão inclusso tras ter advertido previamente à Knesset em sentido contrário.


Podem ser de fiar esse tipo de pessoas para manter-se firmes e resistir a pressão dos EEUU e a internacional de que nos retiremos de Judea e Samaria, expulsando 100.000 judeus dos seus fogares, a costa de desmoralizar e desacreditar ao país, animando a muitos a emigrar e, por suposto, desanimando aos que pretendam fazer aliya? Os seus factos –não as palavras que pronunciam em campanha- deveriam ser as que vos guiassem.


Sentade na Knesset a uns quantos judeus com coragem para opôr-se à expulsão, que o Professor Benzion Netanyahu qualificara de “crime” quando o Governo Sharon traicionou aos judeus de Gush Katif. Ponde um punhado de valerosos judeus como Yonni Netanyahu, que se mantenham firmes e guiem à gente através do país para erguer-se contra a traição, e não haverão expulsões nem Estado palestiniano –que seria prelúdio da extinção do nosso fogar judeu.


Esse tipo de judeus existe. E estám na União Nacional (Ichud Leumí), que podedes apoiar votando no próximo 10 de Fevereiro.


Não vos deixedes desanimar pela propaganda de Netanyahu. Em 1977, um pequeno partido chamado Shinui comocionou ao país obtendo 15 assentos na Knesset. Ninguém fora capaz de predizer coisa semelhante. A situação geo-estratégica de Israel naquela época embora não era demassiado boa, não tinha nada a ver com a ameaça existencial que afrontamos agora. Desilusionados com o Partido Laborista, centos de milheiros de votos foram parar ao Shinui.


Hoje existem centos de milheiros de votos de pessoas que lembram como foram traicionadas pelo Likud quando o seu líder, Ariel Sharon, adoptou a política laborista da “desconexão unilateral” de Gaza. Essa política fora rechaçada pelo 75 % dos judeus que votaram nas eleições de Janeiro do 2003. Esses judeus, que acreditam na Terra de Israel, votarão nas eleições do 10 de Fevereiro. Poucos serão os que confiem de novo em Binyamin Netanyahu, mas acreditam que as alternativas ainda são piores –a dirigente de Kadima, Tzipi Livni, e o dirigente laborista Ehud Barak.


Se uns centos de milheiros de eleitores, opostos à criação do Estado palestiniano, votam pela União Nacional, a qualidade derrotará à quantidade. Teremos mais homens e mulheres valentes na Knesset, para opôr-se à traição deste país.


Sim, ponde um homem ou uma mulher honestos na Knesset, e ele ou ela fazerão muito mais que 10 politicastros. Esta é uma ensinança judea, a inequívoca doutrina que nos tem permitido aos judeus resistir no mundo.



PAUL EIDELBERG


5 Shevat 5769 / 30 Janeiro 2009


O Primeiro Ministro turco conseguiu uns quantos titulares de prensa tras a sua espantada durante o discurso de Shimon Peres em Davos. A saída de Erdogan estava miniciosamente calculada pelos muçulmãos que, de maneira imediata, despregaram uma campanha de propaganda em Turquia, onde foi recebido por milheiros de admiradores no aeroporto.

Tras ser publicamente humilhado, Peres puxo a outra bochecha e telefoneou a Erdogan –não para exigir-lhe excusas ou retá-lo a bater-se com pistola à posta do sol , senão para apresentar-lhe desculpas (¡!) e escuitar a perorata de que Turquia está implicada na cooperação com Israel. Erdogan, por certo, não comentou no seu discurso o facto da cooperação israeli com o exército turco, uma instituição em grande medida independente do Primeiro Ministro.

Os EEUU e a União Europeia pressionaram a Turquia para aceitar os resultados que levaram a este islamista ao posto de Primeiro Ministro, a pesar da intenção do exército de impedir que accedesse ao poder.

SONDAGEM 29-01-2009


ENQUISA DE HA’ARETZ (29 de Janeiro)





ÁRABES: 9

MERETZ: 5

LABOR: 14

KADIMA: 25

-------------------------------

GIL (PENSIONISTAS): 2


ISRAEL BEITEINU: 15

SHAS: 10

UTJ: 5

LIKUD: 28


JEWISH HOME: 3

ICHUD LEUMI: 4


Moshe, em resposta à tua chamada a votar pelo Likud, isto já tem ido demassiado longe.

Es um bom tipo, um judeu observante e um patriótico activista. O teu plano para dar um golpe de timão no Likud, a fim de dotar ao Estado de Israel duma dirigência genuinamente judea, foi uma boa ideia. Mas, bem está o bom e não o demassiado. Contempla a realidade: o Likud é um conglomerado controlado pela máfia duns desalmados famentos de poder, que carecem de lealdade face os valores que tu promoves.

Plantejaste uma audaz iniciativa, mas não puido ser. Abandoando o Likud agora, não perderias o respeito ao que te tens feito acreedor. Tudo o contrário. Já é hora de admitir que o teu plano não funcionou. É o momento do Plano B.

União Nacional é uma candidatura magnífica; lástima que não aderisses a ela antes da confeição das listas para as próximas eleições. Mas ainda não é demassiado tarde.

Por favor, basta já com a estupidez de pedir aos judeus íntegros que votem por Netanyahu. Não se merece o teu apoio, e nada bom se derivará a partir daí.


DAVID HA’IVRI*


Kfar Tapuach, 4 Shevat 5769 / 29 Janeiro 2009


* David Ha’Ivri é presidente de Revava, editor de Darka Shel Torah e a velha Ideas in Action. Colunista habitual de Arutz Sheva, apoia para as próximas eleições a candidatura do Ichud Leumí.


O deterioro do amor próprio de Israel é descorazoador. Ao pouco de constituir-se o Estado, Israel viu-se obrigada a bregar com a sua primeira situação MIA [Nota: Missing In Action]. Daquela Sharon seqüestrou a vários oficiais jordanos, fazendo um troco a câmbio dos MIA’s –ou reféns- israelis. A debacle do caso Shalit prolonga-se já em demassia, a pesar inclusso de que os Dughmushes, alguns ministros de Hamas, e membros da Yihad Islâmica levam tempo agardando serem tomados como reféns aos que trocar por Shalit. Os habitantes de a pé de Gaza alabam a Hamas em vez de chorar porque Israel destrua uma dúzia de casas por hora para forçar a sua rendição.

Quando os terroristas seqüestraram um avião com passageiros israelis e aterrizaram em Entebbe, exigiram um troco de prisoneiros, que nos semelha irrisório segundo o estándar actual, a câmbio dum punhado de camaradas. Israel optou por atacar no Estado soberano de Uganda, sacrificando alguns reféns e um comando, mas rechaçando talhantemente negociar com seqüestradores. Tanto Rabin como o dirigente da oposição Menachem Begin estiveram dacordo: na medida em que haja uma só possibilidade –por pequena que for- de libertar aos reféns pela força, nunca entraremos em mercadeos.

Posteriormente, Israel embarcou-se numa série de operações que nem o próprio Kafka seria quem de explicar: soltar trescentos terroristas a câmbio dum traficante de drogas judeu, ou ao assassino em série Kuntar a câmbio duns corpos descompostos que pertenceram a dois judeus. Agora, o Governo vai pôr em liberdade a todos os terroristas que não apretaram o gatilho, embora fossem cúmplizes de assassinatos em massa contra os judeus. Os cárceres israelis estám abarrotados com 11.000 terroristas da variante “lançadores-de-pedras”, que serão devoltos a Gaza.

Israel cazara como coelhos aos terroristas que assassinaram aos atletas judeus durante as olimpiadas de Munich. Desde os anos oitenta, Israel só caza judeus de direita, matando a gente como Kahane e a activistas dos assentamentos. Rendindo homenagem às audazes operações que levava a cabo o nascente Estado, o Mossad e o Shabak seguem praticando de vez em quando o assassinato de líderes terroristas, mas o efecto é justamente o contrário ao desejado. Mentres que os antigos assassinatos punham aos terroristas dos nervos e os incitavam a cometer erros e serem capturados, o assassinato de dirigentes faz-lhes percebir que a coisa não vai com eles, e cobram vingança atroz contra qualquer objectivo judeu de segunda orde no estrangeiro.

Quando a FPLP seqüestrara um avião da El Al, as IDF figeram estalar treze aviões civis no aeroporto de Beirut. Quando a OLP bombardeara o norte do país desde o Líbano, Israel respondera com raids aéreos de represália massiva que provocaram que quantiosas hordas de chiítas fogiram do sul do Líbano, despraçando-se a combater no avispeiro da guerra civil de Beirut. Quem ía pensar, 40 anos atrás, que Israel recorreria a pôr em cena uns quantos raids sobre Gaza como resposta ao continuado lançamento de mísseis sobre as suas cidades?

O quid da questão é que os antigos dirigentes de Israel acreditavam na sua própria retórica. Esquerdistas como Ben Gurion falavam de paz e tolerância, mas tratavam aos árabes com punho de ferro. A seguinte geração fazia as declarações com o coração. A geração actual de dirigentes israelis, que carecem já duma experiência vivida em primeira pessoa da guerra de supervivência anterior à fundação do Estado contra os árabes, que acreditam que as IDF sempre vencerão e que confiam na intervenção dos EEUU, que têm mais interesse no que digam os mass media estrangeiros que na opinião dos seus próprios cidadãos, conduzem ao país à sua destrucção.

A menos, por suposto, que actuemos com reciprocidade respeito a eles.


OBADIAH SHOHER

4 Shevat 5769 / 29 Janeiro 2009

RATA SIONISTA

Reproduzimos a continuação o debate que teve lugar ontem, 28 de Janeiro, no programa da TV argentina “Mediodía con Mauro” entre o escritor Gustavo Daniel Perednik e um dirigente da esquerda argentina, o trotskista Juan Carlos Beica. Num descanso do programa, o líder socialista qualificou, demonstrando que é uma pessoa de progresso, ao nosso amigo Gustavo Perednik de “rata”.

Que nivelazo tem a esquerda argentina!

Vedeo-o a seguir:






Javier Solana, o Alto Comissionado para a Política Exterior e de Seguridade da União Europeia, qualificou a iniciativa de paz saudi como “um parámetro básico” para as negociações entre Israel e os palestinianos. O que Solana não comprende é que o Plano de Paz de Arábia Saudi é um engano desde a sua primeira linha.

Iran rechaça a paz com Israel baixo quaisquer condições, dado que considera que corresponde aos palestinianos estabelecer os termos da paz. Esse é o motivo de que a iniciativa saudi se denomine “árabe”, mais que plano “muçulmão” –dado que Iran não é um país árabe.

Síria nem sequer se conforma com a retirada israeli às fronteiras fixadas pela ONU, senão que pretende recuperar os territórios israelis ocupados à beira do Lago Kineret durante a guerra de 1948.

O Líbano controlado por Hezbolá passa olimpicamente dos saudis.

Hamas rechaçou inclusso uma trégua a longo praço com Israel, e sustenta que os judeus não podem ter um Estado no que eles vem como território muçulmão.

O plano de paz saudi só oferece paz a Israel com os países não inimigos, e ao custe de entregar Jerusalém e expulsar 600.000 judeus dos fogares onde vivem desde há três gerações.

A MINHA ANÁLISE ELEITORAL





O espectro político israeli ficou definitivamente configurado face a cita eleitoral do 10 de Fevereiro. Tras um dilatado processo, o Partido Laborista já é um cadavre, o que certamente é uma boa nova. Essa entidade política vinha arrastando-se desde tempo atrás. A sua política económica socialista –embora retomada no Occidente- está absolutamente desacreditada no Leste, o que inclui ao Meio Leste. A plataforma original do laborismo –colonizar o território, expulsar aos árabes, lutar contra os inimigos- tem-se convertido desde há muito tempo no bandeirim de enganche da direita nacional. Num intento por diferenciar-se da direita e, ao mesmo tempo, satisfazer aos seus assimilacionistas patrocinadores, o Laborismo tem derivado numa coisa dificil de distinguir do ultraesquerdista Meretz. Este, que inicialmente era uma franquícia comunista, tem ido abraçando com uma leve retórica o sistema de mercado; inclusso o seu carismático cacique, Beilin, tem-se retirado recentemente para adicar-se ao mundo dos negócios. Doutra banda, o Meretz alinhou-se com a extrema esquerda de Paz Agora, uma organização cada vez mais marginal dentro da esquerda israeli.

Kadima é um produto oportunista nascido do Likud. Sharon constituiu-no com o só propósito de impulsar a expulsão de Gush Katif desde a Knesset. Kadima carece de uma ideologia própria, e seguindo a deriva de Sharon face a esquerda, segue por inércia na mesma direcção. Os objectivos políticos de Paz Agora, Meretz, o Laborismo e Kadima são semelhantes: um troço de papel assinado pelos árabes com a palabra “PAZ” a câmbio do Lago Kineret, os Altos do Golan, Judea, Samaria e Jerusalém. Teoricamente, Paz Agora exige a supressão de toda presença judea nesses territórios, mentres que Kadima pretende que algo fique de modo testemunhal. Na prática, a diferença não é essencial: como revelou [o negociador palestiniano Ahmed] Qurei, o Governo de Kadima já tem aceitado o plano de retirada, que implicaria desmantelar a metade dos assentamentos (250.000 judeus e 40.000 árabes vivem no 56% de Judea e Samaria. A solução mais óbvia seria transferir aos árabes e anexionar-nos o 56%. Mas o Governo israeli prefire expulsar aos judeus e abandoar o território).

Os palestinianos pressionam para alcançar um acordo ainda mais amplo de retirada, que o Governo de Kadima vai aceitando passo a passo. Falando em termos nacionalistas ou religiosos, não existe diferença entre desalojar a 150.000 (Kadima) e 250.000 (Meretz) judeus, nem entre abandoar o 93 ou o 100% de Judea e Samaria.

O processo democrático estimula paulatinamente a convergência da Esquerda. Os seus partidos procuram a sua preponderância política para o seu próprio benefício mais que alcançar objectivos factíveis. Os seus sponsors querem ver benefícios procedentes do Governo, os seus activistas locais querem postos oficiais, e os líderes suspiram pelo reconhecimento na areia internacional. Os objectivos –no caso de que tivessem algum- sacrificam-se em aras da rapinha eleitoral. A fim de obter mais votos, os partidos desvirtuam os seus programas para fazê-los digeríveis a uma audiência o mais ampla possível. As propostas de Kadima combinam a proposta ultraesquerdista de Olmert advertindo que Israel deverá retirar-se de todos os sítios –incluíndo Jerusalém Leste- mentres que a facção “direitista” de Livni sustenta que os árabe-israelis terám que marchar ao Estado Palestiniano, como condição para que este chegue a se constituir.

O Likud procede duma maneira semelhante. Este suposto partido de direitas tem sido desde sempre refúgio de demagogos. Agás Oslo, todas as capitulações têm sido obra da direita: Sinai, Madrid, Hebron e Gaza. Inclusso Oslo foi perpetrada por Rabin, um direitista infiltrado na Esquerda. A explicação deste curioso fenômeno pertence ao âmbito da clínica psiquiátrica; provavelmente tenha a ver com o complexo de perseguição e inseguridade da direita, procedente da permanente oposição ao establishment e ao ánti-semitismo internacional, assim como com um peculiar sentido da rectitude que implica ser generoso com os inimigos. Seja como for, a agenda de Netanyahu é perfeitamente esquerdista: apoia o processo de paz, a pesar das concessões aos palestinianos, a pesar de que suponha a expulsão dos judeus e o abandono do Monte do Templo, dado que os árabes não estám dispostos a pasar por menos –sempre e quando Israel não esteja disposta a borrá-los da categoria de interlocutores. Em certo sentido, Netanyahu é mais pro-árabe que Paz Agora; contrariamente aos esquerdistas, ele insiste numa ajuda económica massiva aos palestinianos. Dacordo com a sua lógica, os acaudalados palestinianos esqueceriam-se do terrorismo. Isso é uma imbecilidade como mínimo em dous aspectos: nenhuma ajuda, por desorbitada que for, poderia fazer sombra à do mundo árabe. Nem Arábia Saudi, Kuwait, os Emiratos, nem Qatar necessitam ajuda de ninguém –embora a sua própria população tenha o nível de vida dum dromedário. Para além disso, os árabes de boa posição são ferozmente hostis a Israel. Kuwait, um multibilhonário cliente dos EEUU, foi o principal patrocinador da OLP; Qatar é o berço de muitas organizações islamistas radicais; Arábia Saudi é o sponsor nº 1 do terrorismo islâmico. Se Netanyahu pretende que o 90% dos palestinianos sejam ricos, o 10% restante -200.000 árabes- é mais que suficiente para manter o facho do terrorismo, e o seu descontento económico não fazerá senão alimentar as suas aspirações políticas e terroristas.

O único elemento que faz que o Likud seja ligeiramente preferível ao Meretz é a insistência de Netanyahu em compensar as concessões com medidas de seguridade dos palestinianos. Netanyahu, porém, não é que o pugera demassiado em prática: entregou Hebron e grande parte de Samaria e Judea sem que remitisse o agir terrorista. Um político capaz de abandoar Hebron dificilmente pode presumir de ser melhor que Arik. A percepção que tem Netanyahu é a dum principiante: Israel debe aceitar as concessões devido ao terrorismo palestiniano, e na medida em que o apoio da gente à retirada aumenta conforme mais numerosos são os ataques terroristas. O derrotismo judeu, contudo, não é exclussivo: a Grande Bretanha abandoou este mesmo território (e também a Índia, Irlanda, etc.) baixo a chantagem do terror. Os palestinianos não são o suficientemente estúpidos como para rematar com o terrorismo antes de acceder ao seu próprio Estado.

O rifi-rafe do Likud com Moshe Feiglin não faz também senão indicar até que ponto este partido tem derivado à esquerda. Netanyahu e os seus aduladores têm razões pessoais para resistir-se ao desembarco de Feiglin, que os privaria dos seus postos privilegiados; mas que dizer da multidão de activistas de a pé do Likud que também estám em contra de eles? As enquisas amosaram que a promoção de Feiglin a um posto com possibilidades reais de sair eligido acrescentava a popularidade do partido, mas muitos militantes preferiram deixar-se convencer de que Feiglin “é máu para o Likud”. O razoamento implícito foi: Feiglin trocará a apariência do Likud de modo significativo, e eles prefirem o “seu” Likud que não o de Feiglin, inclusso a pesar de que este é muito mais genuinamente representativo da direita nacional.

Existe uma grande diferença entre um Likud com Feiglin no posto nº 20 e outro com Feiglin no nº 1. Argumenta-se que ter um reputado membro na Knesset é um prestígio para o Partido, mas um direitista ánti-establishment poderia espantar a muitos dos potenciais votantes do Likud. Provavelmente, com Feiglin nos postos altos da lista daria-se um fenómeno de atracção destinado a muitos votantes de direita diseminados entre os politicamente amorfos partidos religiosos. Em todo caso, Feiglin ficou descolgado desses postos e tem muito dificil sair eligido nestas eleições, e provavelmente nas que haja no futuro. E a sua intenção de poder mover o timão do Likud “desde dentro” é muito questionável na prática.

Lieberman não é tão nefasto como semelha. Demagogo aupado por senvergonhas do mundo financeiro, pelo menos tem um historial avondo decente de opor-se às medidas esquerdistas. Nisso, quando menos, é mais presentável que Netanyahu, cúmplize de apoiar o Governo de Sharon quase até o mesmo dia da expulsão de Gush Katif. Também pode anotar no seu haver a resistência às insinuações dos russos para atrai-lo aos interesses do Kremlin.

O Shas e UTJ (Judaísmo Unido da Torah) têm eleitorados fideis que os votarão passe o que se passe. De momento opõem-se a renunciar a Jerusalém Leste, mas provavelmente cambiarão de opinião se se lhes oferecem suficientes subsídios para as suas circunscripções, como sucedeu quando Gush Katif. Os hipócritas que miram para outro lado ante a ocupação “de facto” pelos palestinianos do Monte do Templo acharão a maneira de consolar as suas conciências ante a ocupação palestiniana “de iure” sobre Jerusalém. E não esqueçamos que tanto Shas como UTJ estám dacordo em entregar Judea e Samaria.

Daqui desprende-se que, saia o Governo que saia, a agenda entreguista seguirá adiante. O melhor que poderíamos fazer nas presentes eleições seria converter a Knesset num amplificador para os pontos de vista genuínamente nacionalistas. Dado que o equivalente pela direita de Paz Agora foi expulsado da Knesset e ilegalizado [o Kach], quando menos logremos que alguns autênticos nacionalistas accedam à Knesset. Isto daria maior visibilidade às posições nacionalistas e reafirmaria a sua reputação; as posições com presença na Knesset, por alguma razão, goçam de maior autoridade. No melhor dos cenários, os autênticos nacionalistas exercerão a função das moscas colhoeiras e ralentizarão a capitulação.

Entre os partidos que se apresentam não está totalmente representada a genuína direita. Não a que necessitamos. Na pequena sociedade israeli, os novos partidos fazem-se um espaço rapidamente e, em muitas ocasiões, colheitam uma representação muito digna na Knesset. Qual é a única alternativa que se aproxima ao que necessitamos?: ERETZ ISRAEL SHELANU, Israel é a Nossa Terra (olho, que não a “sua” Terra), o partido de Dov Wolpe e Baruch Marzel, dos últimos homens íntegros que ficam em pé. Neste país onde não existem políticos de direita, votar por estes excepcionais homens é, sem dúvida, a melhor opção. Pelo menos são pessoas decentes –algo muito dificil de achar na nossa Knesset. Marzel, que fora durante muitos anos assistente pessoal do Rabbi Meir Kahane, é o eixo da comunidade judea de Hebron, o homem promotor de milheiros de projectos e iniciativas, de impecável reputação e autoridade, e que pode justificar cada voto que colheite. O Rabbi Dov Wolpe, um inconformista chabadnik que recebeu a benção do Rebbe por viver em pobreza e ajudar ao Povo de Israel, faz-se merecedor da sua reputação. O homem que chamou aos chabadniks a levar à prática as instrucções dadas pelo Rebbe –“Um Estado palestiniano é um perigo para os judeus”-, o agitador que exortou aos soldados das IDF a rechaçar as ordes criminais de expulsar às famílias judeas. Wolpe representa o mais elevado prototipo de chabadnik sionista.

Marzel e Wolpe não cambiarão grande coisa na política israeli. Ninguém será capaz. Mas são a melhor opção à hora de acudir a votar.

Mas, votar a Marzel/Wolpe não é dividir o voto do campo nacional, provocando que se perdam uns votos preciosos? Um fenômeno desse tipo produce-se, sem dúvida, mas também o provocam de facto as demais forças do campo nacional. Os sionistas religiosos andam em liortas pelos seus 4 ou 6 escanos, e o Moledet cindiu-se do bloco que pretendia formar Fogar Judeu (PNR). Os partidos ultraortodoxos fracassaram no seu intento de unir-se, a pesar da insubstancial natureza das suas diferenças. A direita secular, Likud e Israel Beiteinu, compitem ferozmente, e provocam que alguns desencantados votantes rematem votando a Kadima.

Se Kadima mantém a sua imperceptível tendência à alça, poderá formar Governo com a extrema esquerda, apoiando-se nos partidos árabes da Knesset. Uma invasão de Gaza ou um hipotético ataque contra Iran dias antes das eleições reforçaria os ressultados de Kadima [Nota: este artigo foi redactado antes da Operação Liderádego Sólido]. Os mass media difamam permanentemente ao penoso líder do campo nacional, Netanyahu, que não pode permitir que decaia o apoio do seu eleitorado. As enquisas falsas predizendo um trunfo da esquerda são outra poderosa ferramenta de dissuasão para os votantes do campo nacional. As enquisas tradicionalmente falham no reconto dos apoios do campo nacional; apoiam a Netanyahu nas enquisas mas não se soe corresponder com as furnas. Se as enquisas mintem, os partidos de direita ganharão com uma sólida maioria e, nesse caso, “malgastar” um 2% dos votos nacionalistas para apoiar ao tándem Marzel/Wolpe é uma aposta razoável.

A direita poderia ganhar as eleições, mas perder o Governo. Num cenário onde os partidos religiosos e de direita tivessem uma maioria na Knesset, mas Kadima fosse o partido que obtiver mais votantes, Livni formaria um Governo. Teoricamente, Shas rechaçaria a sua convidação, e então o Likud seria o encarregado de formar o Gabinete. Na prática, Shas é consciente do seu imenso poder e apoiaria a Livni a câmbio de subsídios massivos para os jaredim. Pressumivelmente, Livni pretende oferecer-lhes mais medidas de benestar que as que o conservador Netanyahu estaria disposto a conceder. No meio da crise económica, quando os donativos aos improdutivos jaredim pode que comezem a escasear, Shas pode bater todos os récords da traição a câmbio de dinheiro.

Em certo sentido, preferiríamos que o Likud levasse um batacazo. Um Governo do Likud continuaria o processo de paz como faz Kadima –e como testemunham os Acordos de Wye River e de Hebron. Mas um Likud na oposição poderia aguilhoar sistematicamente a Kadima por cada concessão aos árabes e lograr constituir uma plataforma de facto na Knesset contra a retirada.

Se a esquerda ou a falsa direita ganham, necessitaremos dos mais honestos, francos e ruidosos militantes da direita na Knesset. Contra a capitulação dos falsos nacionalistas de toda pelagem que subscrevem a rendição israeli, Marzel e Wolpe, a lista de ICHUD LEUMI, supõem uma saudável alternativa

Fogar Judeu também não é uma má escolha, e se vos inclinades por opções mais de moda, Lieberman é melhor que outros.



OBADIAH SHOHER


3 Shevat 5769 / 28 Janeiro 2009


O Grande Rabinato de Israel vem de romper relações com o Vaticano, abandoando uma Conferência que tinham programada. O facto não tem a ver com diferenças teológicas: o Rabinato não tem problema em cooperar com aqueles dos que os seus membros fazem bulra nas orações diárias como idólatras; não é divertido que os rabinos se sentem numa conferência com os católicos, depois se retirem a rezar o Aleinu para vilipendiá-los, e logo regressem à conferência?

A ruptura com o Vaticano também não está relacionada com questões lacerantes como a propriedade dos manuscritos judeus imensamente valiosos confiscados pelo Vaticano tras os progromos. Nem lhes importa aos rabinos a onda de incitação ánti-semita desde os púlpitos católicos, desde Polônia a Venezuela.

O distanciamento tem a ver com uma decisão técnica do Papa: a negativa a dar excomunhão a um grupo fundamentalista marginal, um de cujos membros nega o Holocausto. Suspenderia o Grande Rabinato as suas relações com o Estado de Israel pelo facto de que haja aquí demassiados neonázis?

OBADIAH SHOHER


Tras sesenta anos de indiferença, o Governo finalmente vai deixar constância das reivindicações sobre as propriedades judeas nos países árabes dos 600.000 judeus sefarditas que partiram ao Exílio. As propriedades abandoadas estimam-se em milheiros de milhões de dólares. Os judeus possuem títulos de propriedade nos seus antigos países de procedência, títulos que incluim pelo menos 25 milhões de acres de território.

Mentres as organizações árabes e de “direitos humanos” acossam permanentemente a Israel com a léria das exíguas propriedades dos 400.000 expulsados de Israel em 1948, Israel tradicionalmente abstivera-se de reclamar o que lhe pertence. Vários organismos da ONU têm emitido centos de resoluções sobre os refugiados árabes procedentes de Israel, mas nem uma só sobre os refugiados judeus procedentes dos países árabes.

O Ministério para Assuntos dos Pensionistas promoveu um departamento no que agrupar as reclamações dos sefarditas. Lamentavelmente, suspeitamos que a iniciativa de Rafi Eitan é um alarde de propaganda eleitoral. A sua mensagem aos votantes sefarditas é inequívoca: se não me votades -e o Partido dos Pensionistas fracassa nas eleições-, o próximo Governo desmantelará o Ministérios para Assuntos dos Pensionistas e clausurará o programa de reclamações.

Saramago es una de las figuras relevantes del ámbito literario que se han sumado al bando del revisionismo afirmando que la Shoá nunca sucedió. Lo hizo hace unos cuantos años, cuando comparó Ramala, territorio dominado por la Autoridad Palestina, todavía en la era Arafat, con el campo de exterminio de Auschwitz. Ahora Vargas Llosa se suma con un argumento negacionista semejante:
Son esos pobres infelices, niños y viejos y jóvenes, privados ya de todo lo que hace humana la vida, condenados a una agonía tan injusta y tan larval como la de los judíos en los guetos de la Europa nazi, los que estaban siendo masacrados por los cazas y los tanques de Israel, sin que ello sirviera para acercar un milímetro la ansiada paz,
ha escrito en el artículo "Morir en Gaza", publicado por el diario argentino La Nación el pasado día 24, refiriéndose a los habitantes palestinos de Gaza.

Lo que Saramago nos dijo entonces, y Vargas Llosa repite ahora, es que la Shoá fue lo siguiente: los judíos no estaban de acuerdo con la existencia de Alemania, por lo tanto atacaron el territorio alemán, desde los países vecinos y con objetivos específicamente civiles, matando una y otra vez civiles alemanes. Frente a esto, Alemania se alzó contra los terroristas judíos y, en el combate, también mató civiles judíos, aunque sus blancos eran exclusivamente militares y siempre fue mayor la proporción de militares enemigos muertos que la de civiles. También avanza Vargas Llosa, con esta comparación, que Alemania intentó varias veces hacer la paz con los judíos, pero estos, conducidos por un liderazgo irredento, se negaron a aceptarla, proponiendo en cambio, una y otra vez, la destrucción de Alemania. Curiosamente, siguiendo la lógica de Vargas Llosa, que compara a los palestinos de Gaza con los judíos de los guetos de la Europa nazi, en la Alemania que nos pinta Vargas Llosa vivían un millón y medio de judíos con plenos derechos, que jamás fueron siquiera molestados por la población no judía de Alemania. (Como viven más de un millón y medio de árabes palestinos, con plenos derechos, en el Israel contemporáneo).

Siempre según Vargas Llosa, los judíos de los guetos de Europa tenían acceso a toda la prensa de las democracias occidentales, y de los países del Eje también, como hoy los palestinos de Gaza gozan del apoyo de la mayoría de los medios de comunicación y de los intelectuales del mundo libre, y también de los países dictatoriales como Irán y Siria, y su causa era profusamente difundida y defendida de una punta a otra de la Tierra.

Para concluir, según Vargas Llosa, los nazis no fueron los peores enemigos de los judíos en el período 1939-1945, sino que fueron otros países los principales asesinos de judíos, ya que si comparamos a los israelíes con los nazis tendríamos que buscar en la ficción alguna tabla comparativa para los jordanos y los sirios, que mataron muchos más palestinos que los israelíes en mucha menor cantidad de tiempo.

En fin, volvamos a la realidad, pues Vargas Llosa, tal vez obnubilado por la necesidad del Nobel, pierde de vista algunos datos que sin duda conoce, aunque más no sea en su condición de telespectador:

Los judíos del Gueto de Varsovia dispararon contra los nazis sólo porque no querían morir indefensos; mientras que si los palestinos no disparan contra los israelíes, simplemente los israelíes no disparan. Los judíos del Gueto de Varsovia no tenían la más mínima ilusión de vivir, sólo aspiraban a morir en paz consigo mismos; mientras que los palestinos, desde 1948 y hasta nuestros días, tienen la posibilidad de elegir vivir en su propio Estado, en paz con Israel.

En su acceso a los alimentos, a la información y a la salud hay la menor relación entre los palestinos de Gaza y los judíos exterminados en Europa. Bastaría con simples estudios científicos, con una sencilla cuenta matemática.

No hace falta negar la Shoá para defender a los palestinos. No hace falta negar la Shoá para atacar a Israel. No sólo si Israel se comportara como los nazis este conflicto nunca hubiera existido, sino que bastaría que Israel se comportara como Jordania o Siria para que este conflicto no existiera. Si existe un conflicto palestino-israelí es precisamente por el comportamiento humanitario de Israel, desde el 48 hasta nuestros días, en contrastante diferencia con las potencias occidentales y árabes en las respectivas fundaciones de sus Estados. De haber perdido Israel una sola de sus guerras, comenzando por la del 48, en la que murió el 1 por ciento de la población judía de entonces, huelga aclarar que no habría conflicto palestino-israelí, porque sencillamente Israel no existiría. Por supuesto, continuarían los conflictos entre los déspotas del Medio Oriente, ya que las matanzas en la zona –por dar sólo un caso: el millón de muertos en la guerra que libraron Irán e Irak en los 80– son mucho más frecuentes y sangrientas que cualquier conflicto árabe-israelí.

Nunca, en toda su historia, el ejército del Estado de Israel mató voluntariamente a un niño palestino. Eso no admite discusión. Pero sí podríamos discutir el comportamiento israelí respecto a los derechos humanos de los terroristas.

En 1984 dos terroristas palestinos secuestraron un autobús israelí, colmado de pasajeros, que viajaba de Tel Aviv a Ashkelón, con la intención de llevarlo a Gaza. En un control del ejército, luego de un tiroteo, los terroristas fueron neutralizados y el autobús recuperado. El ejército de Israel anunció que los terroristas habían muerto en combate. Los fotógrafos de los periódicos israelíes, sin embargo, advertidos del incidente, alcanzaron a fotografiar a los terroristas vivos, en manos de las autoridades militares israelíes. Las fotografías y la información que contradecía la brindada por el ejército se publicaron al día siguiente en los principales periódicos de Israel.

El suceso causó un escándalo nacional. En inglés, un uproar. La opinión pública israelí y los distintos escalafones militares y políticos permanecieron en estado de conmoción hasta que los sospechosos fueron debidamente juzgados y varias carreras, militares y políticas, resultaron arruinadas por aquel evento. La propia prensa libre de Israel obligó a su ejército y a su gobierno a mantenerse en el camino de la legalidad. Los militares y políticos israelíes no intentaron matar a los periodistas que revelaron la verdad: lo que intentaron fue recuperar inmediatamente el camino de la legalidad, incluso contra sus peores enemigos. Y esto no fue antes del 1967, en ese Israel al que Vargas Llosa recuerda –en cada uno de sus artículos– haber defendido; fue en 1984, cuando ya no lo defendía más. Israel sigue siendo el mismo, un país democrático y legal que no sólo no masacra a los palestinos como lo hicieron los nazis con los judíos, sino que intenta, desde 1993, incentivarlos a fundar su propio Estado, separado de Israel y en armónica convivencia no sólo con Israel, sino con su vecinos Egipto y Jordania, quienes los dominaron entre 1948 y 1967 y están mucho menos dispuestos a colaborar con ellos en ningún orden: ni en el de la libre circulación, ni en el económico ni en el político.

¿De qué estamos hablando, entonces, cuando comparamos a los palestinos con los judíos y a los israelíes con los nazis? No se está acusando a Israel de nazi, como lo hace Vargas Llosa, por lo que los israelíes hacen; se le acusa de nazi porque el grueso de sus habitantes son judíos. Antes, hasta el 67, cuando Vargas Llosa defendía a Israel, ser nazi era matar judíos; ahora, lo nazi es lo que haga Israel. Si Hamás publicita su propósito de asesinar a todos los judíos del mundo, eso es liberación nacional y social. Pero si Israel mata a un terrorista de Hamás, eso es nazi. No se acusa a los judíos de ser nazis por su comportamiento, sino por ser judíos: para deslegitimar su historia y su presente. Y para negar el pasado en general.

La comparación de Vargas Llosa tiene un propósito siniestro: todo el mundo puede ver que Israel no sólo no practica ningún genocidio contra los palestinos, sino que en Cisjordania, donde la Autoridad Palestina ha decidido no disparar más contra civiles israelíes ni poner bombas en Israel, la situación política, social y económica es una de las mejores desde el 2001. Pero los niños y los adolescentes no necesariamente están familiarizados con la Shoá: de modo que creerán, como lo enseña Vargas Llosa, que la Shoá fue una guerra de los judíos contra los alemanes en la cual murieron mil judíos, entre combatientes y civiles, aunque más combatientes que civiles. Lo que hace Israel no es nazi, pero difundir esa falacia lo es.

" (…) y una crítica a esos intelectuales progresistas, como Amos Oz y David Grossman, que, antes, solían protestar con energía contra hechos como el bombardeo de Gaza y ahora, tímidamente, reflejando la involución generalizada de la vida política israelí, sólo se animan a reclamar la paz", escribe Vargas Llosa.

¿Cuándo han hecho otra cosa Grossman y Oz que no sea reclamar la paz? Oz, en particular, defendió a Israel, como soldado, en el 67, y fue un avanzado en reclamar la división en dos Estados para dos pueblos. Siempre ha mantenido las mismas posiciones, contra viento y marea: defender el derecho de Israel a la existencia y a la seguridad y reclamar la creación de un Estado palestino. ¿Qué deben reclamar Oz y Grossman, según Vargas Llosa, que no sea la paz? ¿Deben reclamar que Israel no se defienda? ¿Qué debería pedir Grossman, que perdió un hijo en la lucha contra los terroristas de Hezbolá, según Vargas Llosa? ¿Por qué está mal que reclamen por la paz?

En mi novela Tres mosqueteros un personaje dice, más o menos, que el marxismo es un virus que corroe la inteligencia. Alguna vez Vargas Llosa lo padeció, y luego logró desembarazarse de él. Pero el antisemitismo es un virus mucho más persistente, sobre todo si sirve para fungir de progresista. Vargas Llosa declama: "Nadie me lo ha contado, no soy víctima de ningún prejuicio contra Israel, un país que siempre defendí, y sobre todo cuando era víctima de una campaña internacional orquestada por Moscú, que apoyaba toda la izquierda latinoamericana". La verdad, los judíos que apoyamos la existencia del único Estado judío del mundo, y que sabemos que de él depende nuestra libertad, nuestra seguridad y nuestras vidas, no necesitamos el apoyo de Vargas Llosa, ni en el 67 ni ahora. Sólo necesitamos que no difunda mentiras infamantes. Sólo necesitamos que no niegue la Shoá.



MARCELO BIRMAJER


2 Shevat 5769 / 27 Janeiro 2009

[Texto publicado em Libertad Digital]

THE FIGHTING SIDE OF ME

Shannon Orand, uma amiga pro-israeli de Houston (Texas), teve a amabilidade de compartir connosco esta montagem videográfica da sua autoria. Genuíno sionismo com ritmo tex-mex.
Thanks you, folk!


SUBMISSION

FITNA

Para comemorar o Dia da Memória do Holocausto, e como gesto de solidariedade com o parlamentário holandês Geert Wilders, penduramos a continuação o seu filme FITNA, subtitulado ao castelhano, e num post posterior SUBMISSION, de Theo van Gogh, subtitulado também.

Embora sendo filmes já conhecidos por quase todos, queremos nesta significativa data na que comemoramos o Holocausto, unir a nossa voz na denúncia do expansionismo destes selvagens que pretendem conduzir-nos a todos à escuridade e o terror.

Todos somos Geert Wilders!



SUBMISSÃO EM HOLANDA



Segundo publicava ontem a prensa holandesa, “o Partido da Liberdade (PVV) está impactado pela decisão do Tribunal de Apelação de Amsterdam encaminhada a perseguir a Geert Wilders pelas suas manifestações e opiniões. Wilders considera esta decisão um assalto à liberdade de expressão”.

A atroz decisão de encausar a Wilders, dirigente do Partido da Liberdade e membro de reconhecimento internacional do Parlamento holandês, por “incitação ao ódio e discriminação” contra o Islam é sem dúvida um assalto à liberdade de expressão. Mas ninguém que tenha seguido o acontecer dos acontecimentos em Holanda durante a última década pode estar surprendido por isto. Longe de ser algo excepcional, é o passo previssível dum longo e vergonhoso processo de submissão ao Islam –e os seus crescentes intentos de silenciar qualquer crítica- por parte do establishment holandês.

Que distinto derroteiro teria seguido Holanda se Pim Fortuyn seguisse vivo! Na primavera do 2002, o sociólogo metido a político –que não aforrava palavras para advertir da ameaça para a democracia que representava no seu país a veloz expansão da “sharia”- aparecia num alto posto das enquisas, perfilando-se como o próximo Primeiro Ministro. Para os que o apoiavam, Fortuyn representava uma voz solitária de valentia e a encarnação da esperança na preservação da liberdade na terra dos diques e os muñinhos de vento. Mas para a classe política holandesa e os seus aliados nos mass media e nos meios acadêmicos –cegados pelo multiculturalismo, temerosos de serem tachados de “razistas”, ou simplesmente aterrorizados de ofdende aos muçulmãos- Fortuyn supunha uma ameaça. Apresentavam-no como um perigoso razista, um novo Mussolini disposto a tiranizar às minorias indefensas. O resultado: o 6 de Maio de 2002, nove dias antes das eleições, Fortuyn foi tiroteado por um activista de extrema esquerda embriagado de propaganda. O establishment holandês permaneceu no poder. Para muitos holandeses a esperança morreu nessa data.

A causa de Fortuyn foi continuada pelo jornalista e director de cinema Theo van Gogh, que estava trabalhando num filme sobre Fortuyn quando foi assassinado numa concorrida rua de Amsterdam o 2 de Novembro de 2004. O assassino, um jovem islamista holandês enfurecido pelo filme de Van Gogh, “Submission”, sobre a opressão islâmica às mulheres. Exemplo da reacção das elites políticas holandesas foi o rechaço da Raínha Beatriz a acudir ao funeral de Van Gogh. Em vez disso, rendiu uma fraternal visita ao Centro da Comunidade Marroqui.

O foco dirigiu-se, depois, a Ayaan Hirsi Ali, a brilhante somali membro do Parlamento holandês e co-autora do guião de “Submissão” quem, rechaçando o seu islamismo natal, convertira-se numa eloqüente advogada das liberdades, espeicalmente dos direitos das mulheres muçulmãs, que padecem uma opressão em Holanda não menor que a que sofrem nos seus países de orige. Hirsi Ali foi afortunada: não foi assassinada, só acossada, até que abandoou o Parlamento e o país, por um establishment político que via nela –como em Fortuyn e Van Gogh- uma presença perturbadora.

Isto último foi em 2006. Nesse mesmo ano, como demonstração do abismo existente entre os pontos de vista da gente e das suas elites, uma enquisa reflexava que o 63% dos holandeses consideravam o Islam “incompatível com o estilo de vida europeu”. Porém, Piet Hein Donner, Ministro holandês de Justiça, manifestava que “se 2/3 dos holandeses quigessem aprovar a sharia amanhã não poderíamos dizer que não está permitido”.

Expulsada Hirsi Ali, a antorcha passou a Geert Wilders. Em certo sentido, semelha que ele é a última figura prominente em Holanda disposta a falar dos perigos do fundamentalismo islâmico. Os mesmos que demonizaram a Fortuyn são os que pretendem reprimir a Wilders. Em Abril do 2007, oficiais dos serviços de inteligência e seguridade deram-lhe um toque de atenção exigindo que moderasse o seu discurso sobre o Islam. O passado mes de Fevereiro, o Ministro de Justiça submeteu-no ao que qualificou como umas “horas de intimidação”. O anúncio de que estava preparando um filme sobre o Islam fixo que os seus inimigos volvessem a prender o lume. Antes inclusso de que “Fitna” estivesse rematada, Doekle Terpstra, um dirigente destacado do establishment holandês, convocou manifestações de protesta contra o filme. Terpstra promoveu uma plataforma de dirigentes políticos, acadêmicos, de negócios, e religiosos, com o único propósito de isolar a Wilders do debate público. As cidades holandesas estám ateigadas de células terroristas e fundamentalistas islâmicos que celebraram o 11-S e que adoram a Osama Bin Laden, mas para Tepstra e os seus aliados políticos o autêntico problema era o único membro do Parlamento que não estava disposto a calar. “Geert Wilders é um diablo”, dixo Terpstra, “e o diablo tem que ser eliminado”. Fortuyn, Van Gogh, e Hirsi Ali foram eliminados, agora era o turno de Wilders.

Mas Wilders –que durante anos tem vivido com escolta as 24 horas do dia- não é fázil de amordazar. Daí a decisão de levá-lo aos tribunais. Nas escolas muçulmãs holandesas e nas mesquitas, a retórica incendiária sobre Holanda, os EEUU, os judeus, os gays, a democracia, e a igualdade sexual é pura rutina; toda uma geração de muçulmão holandeses estám sendo conduzidos a actitudes criminais face a sociedade na que vivem. E ningum de eles é perseguido em base a isso. Sem embargo, os tribunais holandeses –uma nação que no seu dia foi célebre por constituir um oásis para a liberdade de expressão- têm decidido perseguir a um membro do poder legislativo por falar em conciência. Fazendo isto, demostra-se exactamente o que Wilders vem dizendo desde há tempo: que o medo e a “sensibilidade” face uma religião de submissão está a destruir as liberdades em Holanda.


BRUCE BAWER*

22 Janeiro 2009

* Bruce Bawer é autor de “Mentres Europa durme”, editado em castelhano pela FAES.
22 janeiro 2009



Qual é o problema israeli com Hamas? As exigências deste grupo são absolutamente razoáveis: se Israel se retirou de Gaza, daquela que abram os passos fronteirizos. Israel nega-se por três razões: Uma, irracional, é que ao establishment judeu não lhe gosta este grupo ferventemente religioso, e muitos políticos esquerdistas estám profundamente identificados com Fatah. Duas, à companhia British Gas (BG) apresenta-se-lhe um problema no desenvolvimento dos seus gaseodutos numa Gaza controlada por Hamas; Barak apoia os interesses da BG. Três, inspeccionar todas as mercadorias que entram em Gaza é praticamente impossível, e Hamas poderia intentar passar armas de contrabando.

O último argumento ramifica-se em outros três problemas, à sua vez: Um, Israel já utiliza um scanner gigante e poderia instalar outros semelhantes nos passos fronteirizos para facilitar as inspecções. Dois, os residentes de Gaza poderiam ter que pagar pelas inspecções, prática habitual noutros âmbitos. Três, o contrabando de armas não é um problema per se.

Hamas produziu mísseis Qassam a partir de restos de tuberias e fertilizantes, e Israel proibiu inclusso o fertilizante feito a partir de amônio. O contrabando desde Egipto é mais aconselhável que o feito através das fronteiras com Israel. E, finalmente, Hamas poderia seguir acumulando armas. O problema não é tanto a quantidade, senão a intenção inegável de Hamas de utilizá-las. Israel pode disuadir fazilmente aos palestinianos de lançar projectis mediante acções de repressália. Certo, Hamas seguiu disparando sobre Israel inclusso em pleno opeativo militar de Gaza –que era a maior repressália possível- mas o grupo não tinha alternativa: resistência ou derrota. Com uma fronteira israeli em paz, Hamas não poderia explicar aos seus votantes por que segue disparando contra Israel e causando-lhes sofrimento devido às repressálias.

Contrariamente aos gangsters de Fatah, que Israel tem eligido como interlocutores de paz, Hamas é honesta, valente e predizível. Exterminou a vários grupos de militantes em Gaza a fim de deter os bombardeos sobre Israel no que constituia uma ruptura do alto o fogo. Fatah não pode impôr orde no West Bank nem com a ajuda das IDF, mas Hamas estabeleceu imediatamente uma espécie de “lei e orde” sui generis em Gaza. Fatah baixa a cabeça ante Israel, mas os membros de Hamas lutaram ferozmente contra as IDF numa batalha na que não tinham nehuma possibilidade. Os dirigentes de Fatah apresentam a Israel e Occidente magníficos cenários para a paz, mentres falam de guerra e ódio contra os judeus à multidão palestiniana. Os líderes de Hamas são mais honestos: negam-se a prometer a Israel paz eterna, tanto porque é impossível como porque é contrário às ensinanças do Islam. Mas oferecem algo melhor, uma trégua a longo prazo.

À altura da invasão israeli de Gaza, quando Egipto incitava a Hamas a aceitar uma trégua por quinze anos, Hamas só aceitou uma de um ano de duração. Isto diz muito da capazidade de Hamas de manter a sua palabra dada: na mais dificil das situações, a banda negou-se a mentir para procurar a sua própria salvação.

O establishment israeli pregoa o facto de que Hamas rechaça um Estado judeu. Por suposto; todos os muçulmãos fazem o mesmo. A diferença é que Hamas proclama-o abertamente.

Negociar com Hamas directamente é a única via de Israel para lograr um acordo vinculante que recolha as responsabilidades de cada uma das partes. A ausência desse acordo dou pé às diferentes expectativas no alto o fogo de 2008, que finalmente entraram em colisão entre acusações mútuas.

Arrodeados por trescentos milhões de muçulmãos, enfrontados com uma comunidade internacional hostil, Israel nunca poderá viver em paz. Mas postos a procurar uma trégua, escolhamos melhor um interlocutor no que se poida confiar: Hamas.



OBADIAH SHOHER


2 Shevat 5769 / 27 Janeiro 2009

ALÁ É SIONISTA


Aparentemente as palavras do Shema Yisrael (“Escuita, oh Israel, o Senhor é o nosso D’us, o Senhor é Um”), têm mais poder que os muçulmãos recitando que “Os judeus são porcos e monos” ou “Matade os judeus!”.

Mentres os árabes vomitam o seu discurso de ódio enchendo as suas pregárias, os soldados judeus têm nos seus lábios o “Shema Yisrael”. Que é mais poderoso? Que tem acompanhado ao povo judeu ao longo dos séculos? Que palavras estiveram nos lábios do Rei David e os seus companheiros quando acudiram à batalha? Que oração estava na boca dos judeus que derrotaram aos árabes nos inumeráveis intentos por aniquilar-nos?

O Shema Yisrael é considerada a mais importante oração no judaísmo. Está nos nossos lábios cada manhá tras acordar e cada noite quando vamos durmir, Tem-nos conduzido a miragrosas vitórias e confortado em inimagináveis horrores. Mas temos sobrevivido aos enormes esforços das nações por exterminar-nos. A nossa fê em D’us e as Suas promesas têm-nos levado ao que semelhava impossível, um Estado Judeu, tras 2.000 anos de percorrer o mundo exilados.

O facto de que poidamos existir no meio de tão hostil vizindário, o facto de que estes regimes muçulmãos sejam mais numerosos e juntos muitíssimo mais poderosos que nós, demonstra que o seu deus escuita as nossas pregárias. Alá tem que ser sionista.

Olhade a diferença entre os nossos soldados* e os seus. Olhade a diferença entre os seus heróis e os nossos.

Quando Balaam, o profeta não judeu, veu maldizer ao Povo Judeu de parte do Rei Balak de Moab, não foi quem de verquer maldições sobre os judeus. Em vez disso, dos seus lábios sairam estas palavras: “Que admiráveis são as tuas tendas, oh Jacob, os teus solitários lugares, oh Israel” (Números 24:5). A região de Moab, hoje em dia, habitada por árabes muçulmãos, segue intentando destruir-nos, mas não pode embora o intentem uma e outra vez. Porque Alá é sionista.


TAMAR YONAH



* O Maior David Shapira, que é entrevistado por Tamar Yonah nesta entrevista radiofônica, foi o herói que abateu ao terrorista que assassinou brutalmente às vítimas inocentes da Yeshiva de Mercaz Harav dez meses atrás e que teve também um heróico comportamento durante o recente operativo militar em Gaza.