SHABAT SHALOM




Segundo Livro de Samuel 2:1


E sucedeu depois disto que David consultou ao Señor dizendo: Subirei a alguma das cidades de Judea? E disse-lhe o Señor: Sobe. E falou David: Para onde subirei? E disse: Para Hebrão,
E subiu David para lá, e também as suas duas mulheres, Ainoa, a israelita, e Abigail, a mulher de Nabal, o carmelita.
Fez também David subir os homens que estavam com ele, cada um com a sua familia; e habitaram nas cidades de Hebrão.
Então vieram os homens de Judea, e ungiram ali a David rei sobre a casa de Judea.



Recentemente un professor israeli matou um estudante. Concretamente, Rabí Bar-On disparou a um estudante palestinião da Universidade de Bir-Zeit que empunhava um coitelo contra ele. O que me molesta, na realidade, é a massiva resposta planhideira dos mass média israelis. O rabino matou um homicida, bom, não é motivo de alegria; mas existem questões que fervem tremendamente tras este incidente.

O jovem árabe não era um terrorista profissional, apesar de que uma ponla de Fatah-Al Aqsa o reivindicou como membro. O rapaz acometia essencialmente uma missão suicida: não tratou de acoitelar judeus no centro de Tel Aviv –onde teria sido simplesmente arrestado-, senão num cruze perto de Shilo, nos temidos “territórios”, onde muitos judeus vam armados e, sen dúvida, alguém respostaria a agressão matando-o. Para além disso, só portava dois punhais, arma com a que evidentemente não estava familiarizado. Estava assustado e tremia. O estudante árabe estava disposto a sacrificar a sua vida a câmbio de um dano insignificante aos judeus.

Não era um terrorista arquetípico. Achamo-nos aquí com um exemplo de guerra popular. A sociedade palestiniã ódia a raça dos “sionistas ocupantes”, e as Universidades palestiniãs fornecem um amplo terreno para esse tipo de propaganda nacionalista. Não se trata de incitação, senão realista e veraz educação nacionalista.

Aí jaz o pesadelo do racionalismo primitivo: ambos, judeus e árabes, estám no certo. Ambos defendem os seus direitos religiosos, nacionais e patrióticos à sua terra. Entrar em argumentações é futil: os palestiniãos acreditam que são uma nação, e os judeus não serão capazes de convenzê-los do contrário. É impossível um acordo; a gente não pacta sobre os seus direitos religiosos e nacionais básicos, não o fazem se querem ser uma comunidade religiosa ou uma nação respeitada. Aqueles judeus que procuram um pacto fazem-no porque, na realidade, não acreditam que eles próprios tenham direito algum: os ateus assimilados, que diablos têm a ver com a Terra Prometida?

Os árabes palestiniãos, pelo contrário, acreditam nos seus direitos. Se os judeus lhes regalaram Hebrão e Schem, antigas cidades judeas, quanto mais não lhes deveriam regalar Haifa e Jaffa, cidades com maioria originária árabe? Os judeus agem como os clássicos Povos do Mar, merodeadores estrangeiros que se assentaram nas costas de Canaa sem atrever-se a colonizar o resto do país. Se Judea não é dos judeus, daquela que direito podem ter os judeus sobre qualquer outro lugar de Palestina?

Na vida real, as situações nas que ambas partes têm razão são frequentes. Quando as questões em discusão são críticas para os contendentes, nenhuma solução de circunstâncias é admissível. Olmert-Barak-Peres-Netanyahu podem regalar Judea e Samária aos árabes, mas antes ou depois surgirá um líder judeu decente que bote fóra aos árabes.

Fatah-Hamas-Jihad Islâmica podem chegar a reconhecer a Israel, mas surgirá um líder militante palestinião que retomará o terrorismo contra os judeus. E os milhões de árabes que vivem em Israel o apoiarão.


OBADIAH SHOHER

(07 Av 5768 / 07 Agosto2008)





I know, all my critics from the "fall-off-the-right-end-of-the-political-spectrum" will think that Medad has really flipped out now. Supporting the "right of return"?
How could I do that? Have I turned my back on a basic ideological and legal position of all Israel's governments, both right and left? Have I lost my head?
Well, I declare: I am a humanitarian and, as such, I support the Arab demand for the “right of return” of Pal. refugees to their homes.
Yes, for sure. I’m all for the right of return of these Arabs and these Arabs, too to go back to Gaza, all 188 of them.
We should facilitate their return to Gaza immediately (and charge them for medical fees and their hospital treatment also).
Of course, we could fool around a bit and claim that they arrived on the newest Nefesh B'Nefesh aliyah program but methinks that would be pulling your collective leg too hard.
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UPDATE
Gee, maybe someone in power really does read this blog:
The Israel Defense Forces has begun returning the dozens of Fatah members who escaped from Gaza on Saturday back to the Strip, despite an earlier agreement between Israel and the Palestinian Authority that the men would be transferred to the West Bank. Security sources told Ynet on Sunday that 32 of the residents were returned to Gaza by the early morning hours. The rest will be sent back later in the day or on Monday.
That was quick.
SECOND UPDATE
And here come the radical left, progressive, humanistics:
The Association for Civil Rights in Israel on Sunday petitioned the High Court of Justice to order the defense ministry to halt the deportation of Fatah members who fled the Gaza Strip over the weekend. Deputy Supreme Court President Eliezer Rivlin has ordered Defense Minister Ehud Barak to respond to the petition by Monday afternoon. "The matter of the petition, by its nature, cannot be deferred," wrote ACRI attorney Oded Feller in the petition. "Continuing [the process of] returning the asylum-seekers to Gaza is liable to endanger their lives, well-being and freedom."
If it's so dangerous in Gaza for these Fatah terrorists, why can't a nationalist group petition the Court to invade the area, eliminate terror that kills us and doesn't contribute to the health of the Fatah either and for once and all, get rid of Hamas? Wouldn't that be nice for an Israeli court to do? Really help out Jews, Arabs and all of mankind?


YISRAEL MEDAD

(2 Av 5768, 3/8/2008)

TUDO O CONTRÁRIO


Deus dá aos judeus oportunidades, várias oportunidades. De forma absolutamente irracional, os árabes abandoaram Israel em 1948 em vez de permanecer e democraticamente rematar com a existência do Estado judeu. Em questão de semanas, os árabes passaram de ser o 45 ao 25% da população israeli. Naquele momento, o Governo de Ben Gurion confiou-se, e permitiu que os árabes restantes se quedassem e multiplicassem. Ben Gurion, de maneira semelhante, também não botou aos jordanos de Jerusalém.

A segunda oportunidade chegou em 1967. Os árabes abandoaram Judea e Samária –novamente sem razão aparente. Moshe Dayan detivo-os na sua marcha, e entregou aos árabes cada um dos santuários judeus, desde a Cova dos Patriarcas até o Monte do Templo.

Agora é a terceira oportunidade. Hamas leva a cabo o trabalho que corresponderia aos israelis de fazer insuportáveis as condições dos palestiniãos. Porque ajudar a Fatah num complicado processo de paz? Ajudemos a Hamas. Deixemos que Hamas se enfronte a Fatah e vença. Deixemos a Hamas que desenvolva primitivos obradoiros para construir primitivos cohetes. Deixemo-los em Israel. Deixemos-lhes converter Gaza num Estado fundamentalista muçulmão cheio de campos de entrenamento. Amosemos ao mundo que os palestiniãos –como todos os árabes- são incapazes de governar-se com uma mínima decência. E depois, expulsemos a todos os árabes palestiniãos a Jordânia. Limpemos Judea, Samária e Gaza. Não deixemos nem rasto árabe por ali: nem uma casa, nem uma mesquita, nem uma oliveira.

Ajudemos a Hamas.
Rematemos com a presença árabe em Eretz Israel.



OBADIAH SHOHER

COISAS DE GHETTOS


O ghetto não tem nada a ver com a pobreça ou o isolamento; os judeus não procuram fortaleça física ou mesclar-se com outros. O ghetto tem a ver com o medo: o medo a permanecer e o medo a marchar. Assim o demonstra a vida em Israel.

Os assentamentos oferecem uma qualidade de vida mais elevada que as abarrotadas e caras cidades israelis. A maioria dos judeus, porém, têm medo de viver neles. Os seus pretextos são irracionais. A incertidume? O Governo israeli ré-embulsará, sem dúvida, o preço das vivendas se evacua os assentamentos. A inseguridade? Os ataques suicidas são mais frequentes em Israel que nos assentamentos. As condições das estradas? Os apedreamentos são menos habituais que os accidentes automovilísticos em Israel. A maioria dos israelis nunca têm estado num assentamento, e só sabem deles pelas inquedantes notícias dos meios de comunicação e pela rumorologia.

Esqueçamos os assentamentos, já temos espanto avondo na própria Israel. Os judeus do norde agardam que Hezbollah reanude os ataques. Os do sul, que Hamas ponha a prova os missis Kassam no accesível branco de Ashkelon. Os judeus de qualquer sítio de Israel vivem baixo a ameaça dos missis sírios. Um homem, Assad, pode em qualquer momento ordear ao exército sírio que ataque Israel simplesmente porque tem passado uma má noite. Esta vez, nem sequer será questão duns tanques sírios atacando uma franja de 40 milhas israelis. Síria, agora, pode lançar centos de SCUD simultaneamente, fazendo inservíveis as defesas ánti-aéreas israelis. Os missis ánti-tanque e ánti-aéreos russos limitarão drasticamente a capazidade de resposta israeli. Daqui a um par de anos, Síria contará com a protecção nuclear iraniã.

A vida nos ghettos modificou notavelmente a mentalidade judea. Os israelis são suicidas de modo muito similar. Os factos são bem sabidos: Líbao, Palestina e Zíria acumulam missis; Irão desenvolve programas nucleares; Netanyahu abandoou Hebrão; Síria não reconheceu a Israel, e Netanyahu não renunciou ao memoránduma de Wye River Plantation.

Os ghettos judeus ignoraram os factos quando o Holocausto. Os judeus israelis ignoram os factos agora.



OBADIAH SHOHER


O meu esposo, Rabbi Meir Kahane, fundou a JDL há 40 anos na cidade de New York. Fixo-o em resposta à onda de violentos assassinatos cometidos pelos afroamericãos, que sem dúvida estavam motivados pelas suas difícis condições sócio-económicas.

Sem embargo, delitos como os atracos e os roubos com violência eram algo cotidião. Os roubos incrementaram-se num 70% entre 1967 e 1968, e os assaltos num 25%. Como muitos neoyokinos eu nunca saia só pela noite, e quando ia mercar gardava o dinheiro num peto oculto interior. New York era uma típica cidade americana; de facto em 1967 e 1968 os negros rebelaram-se em mais de 150 cidades dos EEUU.

Os crimes dos negros –e dos portorriquenhos- frequentemente tinham claros transfundos ánti-semitas. Na cidade de New York , os professores judeus eram atacados nas escolas públicas, os cimetérios eram profanados e as sinagogas sofriam pintadas e recebiam cócteis-molotov. Os bairros judeus eram os mais atacados, pois judeus e grupos minoritários amiúde viviam em zonas colindantes, e os judeus tinham fama de não responder as agressões.

A JDL pretendeu modificar a image dos judeus de chivo expiatório a combatentes. Meir soia dizer: “Oferecer a outra meixela não figura na nossa Bíblia”. Assim, a JDL começou organizar classes de judo, karate e tiro ao branco, e os seus membros patrulhavam as zonas mais conflictivas. Os meios de comunicação estavam intrigados por aqueles judeus que desafiavam o estereotipo judeu. Jornais, rádio e TV ofereciam informes sobre os campos de entrenamento da JDL e dos seus temerários enfrontamentos para proteger aos professores judeus e os tendeiros. Secções da JDL foram fundadas por todo o país.

A JDL também se opuxo aos sistema de quotas preferentes para a admissão nas universidades e nos empregos. Mantinhamos que as quotas discriminavam aos judeus, cujos meritórios avanços baseavam-se na meritagem.

Meir cambiou as quotas nos tribunais, e para publicitar as injustiças, a JDL montou piquetes nas oficinas do equipo de béisbol New York Mets, levando pancartas que exijiam que os Mets contratassem judeus por riba do 26’2% da plantilha –a percentagem de judeus na cidade por aquelas datas.

Mentres as classes meias e humildes apreciavam os esforços da JDL para combater o crime e a discriminação, as altas esferas judeas da classe dirigente só estavam preocupados por manter a sua respeitável image. Chamavam a Meir agitador de massas e à JDL elemento parapolicial.

Doia-me escuitar como insultavam ao meu esposo, mas sabia que estavam errados. A protecção policial oficial era ineficaz, e as cidades americanas semelhavam junglas. Ninguém podia negar a legitimidade dos grupos de auto-defesa. Os líderes judeus da classe dirigente nunca tinham que caminhar sós pela noite através do extrarádio; diziam que a violência da JDL era imprópria dos judeus.

Meir refutou essas afirmações: “…Desde os dias em que o nosso pai Abraham foi à batalha contra os quatro reis para salvar ao seu sobrinho Lot, até o momento em que Moisés golpeou a um egípcio melhor que criar um comitê para estudar as causas do ánti-semitismo egípcio; desde os Macabeos até os estudantes de Rabbi Akiva que foram enviados a combater no exército de Bar Kochba, os líderes judeus sempre têm tomado parte activa e violenta na luita pela liberdade”.

Os ideais que Meir inculcou aos membros da JDL baseavam-se na Torah; um princípio fundamental era o “Ahavat Yisrael” – amar aos companheiros judeus e ajudá-los. A Ahavat Yisrael motivou as patrulhas e enfrontamentos da JDL, e aplicava-se a qualquer judeu em problemas, inclusso aqueles que estavam na URSS.

Durante a Guerra Fria não existia contacto com os judeus soviéticos. Só a partir de 1964 começou a chegar informação sobre a sua opressão. A circuncisão fora proibida, e era ilegal ensinar a um rapaz judeu nada a ver com a sua religião, ou cozinhar matzot durante o Pesaj. Nenhum cidadão soviético tinha permiso para emigrar, e portanto um judeu não podia praticar a sua religião em nengures. Os jornais oficiais como o Pravda promoviam o ánti-semitismo culpando aos judeus dos severos problemas económicos da URSS. Foi para ressolver esses problemas económicos -e para poder comprar trigo americão a baixo preço- que os soviéticos procuraram então suavizar as relações com América. Meir viu a grande oportunidade. Escreveu: “…Sacudidos pelos agudos problemas económicos os soviéticos necessitam desesperadamente boas relações com os EEUU. Se nós conseguimos evitá-lo pode que os soviéticos considerem a possibilidade de deixar de perseguir aos seus judeus”.

“Devemos aparecer nos titulares, e estes só se fixam em sucessos audazes e dramáticos. Se for preciso, esses sucessos não se devem cingir à amável respectabilidade e à legalidade…Não é um assunto agradável. Este não é um compromisso para quem tenha medo de lixar as mãos”.

Em 1964, quando Meir escreveu isso, poucos tinham vontade de “lixar as suas mãos”. Arredor de 1970, porém, os membros da JDL já estavam acostumados a ignorar a “respectabilidade”. Estavam preparados para trair a situação dos judeus soviéticos à atenção do público americão.

Interrompiam espectáculos dos ballets russos com berros de “Liberdade para os judeus” e “Deixade marchar à nossa gente”. Num espectáculo em Chicago, alguém lançou uma bomba lacrimógena obrigando a mais e 3.500 pessoas a sair para fóra. Em Philadelphia, soltaram ratos no auditório.

Tras uma manifestação que bloqueou uma intersecção vital de Manhattan durante mais de 20 minutos, Meir foi arrestado. Este não era o seu primeiro arresto, e eu já me acostumara a não me preocupar, pois soia sair baixo fiança pela manhá. O importante foi que o arresto atraiu o interesse dos mass media. Aquela manhá ele falou numa emissão para todo o país da NBC TV e dixo: “Perdimos 6 milhões de judeus há 25 anos. Não temos intenção de perder 3 milhões e meio mais noutro genocídio nacional. Não cabe a mais mñinima dúvida de que tras 53 anos, o assunto dos judeus soviéticos estará de agora em adiante em primeira página”.

Numerosas manifestações da JDL pugeram a partir de então o assunto na primeira página, sem dúvida, movilizando à sociedade americana a apoiar as liberdades básicas para os judeus soviéticos, o que levou à URSS a libertar aos seus judeus. A partir de 1971 um contingente de 22.000 judeus obtiveram permiso para emigrar cada ano.

Naqueles anos as manifestações amiúde violentas da JDL eram condeadas pela classe dirigente. Hoje a maioria da gente reconhece o papel fundamental desenvolvido pela JDL. Tal e como Glenn Richter, director de Acção Estudantil pro Jedeus Soviéticos reconheceu: “Rabbi Kahane propagou o tema da juderia soviética até levá-lo a titulares duma maneira que nós, com as nossas protestas pacíficas, nunca fumos capazes”.

Meir estava no certo respeito à auto-defesa e os judeus soviéticos. Levará outros 40 anos reconhecer que também estava no certo em muitíssimas outras coisas?



LIBBY KAHANE

* Este artigo apareceu o passado mes de Junho no Jerusalem Post. Libby Kahane é a viúva de Meir Kahane e a nai do também assassinado Binyamin Kahane. Vem de editar um volume de mais de 700 páginas intitulado “Rabbi Meir Kahane: vida e pensamento Vol.1 (1932-1975)”.


Os cautelosos israelis comportam-se como as avestruzes: Olmert tranquiliza a sua conciência prometendo relegar a questão de Jerusalém à última fase das conversas de paz com os palestiniãos. Nem sequer é importante que Olmert minta e, tal e como os palestiniãos não perdem ocasião de propalar, esteja a negociar Jerusalém agora.

Relegar os assuntos centrais para a etapa final das negociações é um proceder fundamentalmente nécio. Discutirias o praço de envio de um moble se não estás dacordo com o vendedor no preço? No nosso caso, o vendedor nem sequer quere vender.

Relegar os assuntos centrais para mais adiante só assegura a pré-disposição de Israel a ceder sobre eles, quando toda a pressão actualmente dispersa nos mais variados aspectos deveria concentrar-se no tema de Jerusalém. O conto é-che assim: “Dacordo, temos chegado a um acordo com os palestiniãos em todo o demais, a paz está perto. Deveríamos renunciar à paz a causa das áreas de população árabe de Jerusalém, nas que não podemos viver de todas formas?” Uma vez que todos os demais aspectos estejam encarrilados, a partição de Jerusalém colarão-na automaticamente. Os neuróticos judeus podem rebelar-se e rechaçar tamanhe “paz”, sublimando no tema de Jerusalém toda a desconfiança que sintem face o seu Governo, mas contando com isso, daquela para que dianhos serve o processo de paz?

A política israeli de concessões sistemáticas é devastadora. Os judeus renunciam às suas baças negociadoras uma por uma, perdem poder de negociação, e têm a pressão internacional incrementada que lhes restam na mão. Em 1972, Israel rechaçou a oferta de Sadat (fosse realista ou não) de paz global com os árabes a câmbio da entrega do Sinai; os palestiniãos foram nemguneados. Quatro décadas depois, Israel vai-se encontrar sem o Sinai, nem os altos do Golão nem o West Bank –e nem sequer em paz com os árabes. Quase a totalidade dos líderes muçulmãos têm já declarado que inclusso cedendo o West Bank e Jerusalém aos palestiniãos não nos encaminharemos a uma paz imediata com os países árabes. E ainda onde Israel goze de paz, não haverá normalização: os jordanos e os egípcios de a pé ódiam a Israel agora tanto como antes de assinar os tratados de paz. Iraq e Kuwait, dois países sob a bota dos EEUU, rechaçam rotundamente a paz com nós. Irão não podemos agardar que assine a paz com a entidades sionista, inclusso no caso de que os palestiniãos obtivessem um Estado próprio. Arábia Saudi é o último país com o que Israel quereria estar em paz, dado que o fluxo do dinehiro procedente do petróleo saudi em Israel –já considerável- dispararia-se até que os saudis comprassem a totalidade da Terra Santa. Ao Líbano em mãos de Hezbullah os palestiniãos importam-lhe um rábano, e não se abraçariam com os sionistas nem permitindo enterrar a Arafat no Monte do Templo, como sucederá se os palestiniãos conseguem Jerusalém. A paz com Síria suporia um fiasco militar para Israel, pois Síria renovaria os seus arsenais sob a protecção do acordo de paz como está fazendo Egipto –para golpear mais adiante com sanha vingativa.

As negociações sobre Jerusalém com Fatah são inexplicáveis. Os britânicos deram caça aos grupos terroristas judeus, Etzel e Lehi, em vez de negociar com eles. Os membros de Fatah continuam atacando aos judeus, Fatah subvenciona às Brigadas dos Mártires de Al Aqsa com o dinheiro duvidosamente transferido pela própria Israel, e em circunstâncias especialmente extranhas o escolta de Ahmed Qurei, um alto negociador palestinião, foi abatido num enfrontamento com as IDF.

O processo de paz é uma estafa. Israel não está em guerra com os palestiniãos –e, se o estamos, daquela borremo-los do mapa a golpe de missil em vez de proporcionar-lhes água e electricidade. A ameaça que supõe Palestina para Israel provoca hilaridade: simplesmente proibamos o acceso dos seus trabalhadores imigrantes, e o terrorismo suicida, como já sucedeu há um ano, desaparecerá quase por completo. Em todo caso, o terrorismo sega bastantes vezes menos a vida dos judeus que os accidentes de tráfico. Também não cumpre ser um gênio para rematar o bombardeio de cohetes Kassam e Katyushas –não com o sistema demencialmente custoso Iron Dome, senão com a singela medida política de invadir Gaza uma vez ao ano mais ou menos, matando a um par de milheiros de terroristas palestiniãos, reduzindo as suas infraestruturas aos níveis da Idade do Bronze, e disfrutando de paz durante outros quantos meses. Proibir terminantemente a UNRWA e outras fontes de ajuda a Gaza e o West Bank seria um serviço muito maior à paz que ceder aos árabes Jerusalém, Tel Aviv e Haifa juntos: os palestiniãos preocupariam-se por conseguir trabalho em vez de viver do subsídio alheio e utilizar o seu amplo tempo de lecer em actividades radicais.
Os indigentes à procura dalgo que comer não têm tempo para o terrorismo.


OBADIAH SHOHER


Com 47 anos, Baruch Marzel está feito um rapaz. De facto só me leva três; mas pela vitalidade que desprende e as contínuas iniciativas que promove, semelha que tivesse trinta menos.
Marzel tende a ser associado com algaradas contra agitadores ánti-sionistas em Hebron. Se fazedes uma procura em qualquer pesquisador da internet –por suposto, no judeófobo Google- o 99% das entradas serão para debuxar o perfil de um bravucão ultra, ou para descontextualizar alguma das suas razoáveis opiniões.
A Baruch Marzel gosta-lhe viver em Hebron. E por que não haveria de gostar? De facto, Hebron tem sido uma cidade judea durante mais de 3.500 anos antes de Netanyahu, Peres ou Olmert. Em Hebron quedou viver Abraham e em Hebron enterrou à sua dona, Sarah. É a vila dos Patriarcas e as Matriarcas, não en vão aquí jazem os restos de Abraham e Sarah, também os de Isaac e Rebeca, de Jacob e Leah. A um neto de Jacob pugeram-lhe de nome Hebron, e neste lugar –que não sei por que, mas a mim gostaria-me dalguma maneira irmanar com o nosso Herbão- David estabeleceu a primeira capital do seu Reino. E desde Hebron governou durante 33 anos Israel e Judea. Tras a expulsão dos judeus sefardis em 1492, vinheram a instalar-se em grande número neste lugar.
Se alguém é culpável directo de que ultimamente milheiros de judeus visitem este sítio cada ano, não duvidedes que são Baruch Marzel e os seus amigos. Não o Ministério de Turismo ou os impresentáveis de Shalom Ajshav –que fletam autobuses de agitadores para incitar à população árabe ao pogromo.

Mas Baruch Marzel tem um historial bem instructivo de percorrer. Vejamo-lo abreviadamente.
O que durante 25 anos foi considerado mão direita do Rav. Meir Kahane –que o asistiu na sua Bar Mitzva, sendo ainda uma criança- aos 14 anos foi por vez primeira para o caldeiro por fazer um tumultuoso corte de tráfico, junto com Meir Kahane e outros patriotas, numa visita de Henry Kissinger a Israel (durante a sinatura dos acordos de rendição do Sinai a Egipto).
Nos começos dos 70 colabora na criação dos primeiros assentamentos de Gush Emunim em Yesha, participando depois de cheio nas lutas contra as evacuações de colonos no Sinai. Foi um dos promotores da oposição à “desconexão” encerrando-se em búnkers e subindo aos telhados das casas. A sua mítica determinação e coragem conforma um ejemplo reconhecido por milheiros de colonos.
Aos 20 anos, tras completar os estudos na Hesder Yeshiva de Yamit, não foi chamado a servir na 1ª guerra do Líbano (1982) pelos seus antecedentes. E que mais dá? Ele entrou ao país vizinho pela sua conta e risco e fixo-se com um tanque, sendo uns dos primeiros em alcanzar a autovia Beirut-Damasco. Durante a batalla identificou e destruiu sete comandos sírios, e foi ferido por uma granada ánti-tanques, que lhe incrustou 16 troços de metralla por todo o corpo. Tras fazerem-lhe as curas, chimpou-se de novo ao tanque e participou na conquista do Museo Nacional de Beirut.

Em 1984 vai-se viver a Hebron -porque é um bom judeu e dá-lhe a ganha- e funda o bairro de Tel Rumeida; instala-se numa caravana, onde ainda vive junto com a sua mulher, e alguns dos seus nove filhos.

Como activista político, durante dez anos foi portavoz do Kach, e levou infatigavelmente a sua mensagem a través de cidades, vilas, assentamentos e rincões de toda Eretz Israel. Tras o assassinato, em 1990, de Meir Kahane foi eligido cabeça do secretariado do Kach e promovido à Knesset por este partido. Porém, a candidatura foi prohibida pela Corte Suprema, aduzindo que Marzel era continuador da linha nacionalista do seu antecesor (não havia ser!). Tras o affaire que rematou com o assassinato de Baruch Goldstein em 1994, o Kach, como sabemos, foi ilegalizado.
Baruch Marzel tem sido emprissonado mais de cem vezes por defender a causa do povo Judeu. Uma dúzia delas –das cem que vos digo-, foi-no por romper a proibição de visitar o antigo cimetério askenazi de Rebbetzen Menucha Rochel Slonin, situado fóra da zona pela que os judeus têm permitido deambular na cidade judea de Hebrpn. A sua insistência, ao cabo, tem logrado que actualmente os judeus podam visitar livremente o devandito cimetério. Não digades que não é uma história avondo bonita de ser contada.
Merece sinalar-se o seu agir como activista pelos direitos dos judeus presos na URSS, destacando a campanha para a libertação de Nathan Sharansky, Yaakov Levine e outros dissidentes.Foi um dos animadores do Comité “Free Jonathan Pollard”.
Também fundou a primeira Talmud Torah Zilberman desde 1929 na cidade para que os pequenos podam aprender Torah. Tem impulsado a Guest House de Kiryat Arba, a Fundação da Caridade –a mayor organização em Yesha de ajuda a famílias necesitadas- ou Yad L’Achayot (por citar outra mais entre as suas inumeráveis iniciativas), organização que recolhe e cuida a rapazas judeas incapazes, doutra maneira, de libertar-se por si próprias de relações mantidas à força com árabes, tendo contribuído a rescatar mais de 300 mulheres.

Baruch Marzel ainda sacou tempo, há poucos anos, para fundar e impulsar o Hazit (Fronte Nacional Judea). Ele considera que conquistar Eretz Israel é moral, que expulsar ao inimigo de Eretz Israel é moral. Normalidade judaica. Nada há mais moral que a libertação da Terra de Israel pelo Povo de Israel. Ou que dizedes?

Eu só vos digo o que diz Baruch Marzel: “Temos que trocar o sistema completamente em Israel. O sistema está corrupto e tem fracassado na defesa dos direitos dos cidadãos israelis. Queremos revocar esta Corte Suprema que aprovou a expulsão de judeus da sua terra. Se não são ré-empraçados destruirão qualquer vestigio Judeu em Israel”. E tem bem de razão.

É frequente, como já dissemos, vê-lo pôndo a raia aos matões de Breaking the Silence e outros gangsters financiados pelo establishment progre israeli, ante a passividade da polícia. Mas também organizando a operação Chachnoses Orchim (Benvinda aos Convidados) em Hebron. Abraham dou-nos a mitzvah de ser acolhedores com os hóspedes, e Marzel segue o preceito ao pé da letra: recebe-os, fai-lhes de comer uma tarteira de cholent ou umas tortilhas, e encarga-se de arranjar-lhes o despraçamento até o aeroporto, levando-os ele próprio se for preciso.

A heróica e desinteresada actitude de gente como Baruch Marzel e a sua mulher Sarah, Anet Cohen, a familia de Netanel Ozeri e os demais zelotes que em Hebron sustentam o facho da dignidade e o orgulho de ser Judeu, é um exemplo muito elevado para nós. Do seu lado estaremos sempre; para sustentá-los e defendê-los.
Para isso é, entre outras cousas, que fazemos este insignificante blogue desde a Galiza.

SIMON BAR KOCHBA