SHABAT SHALOM


GÉNESE, 23

Foi a vida de Sara cento vintesete anos; tantos foram os anos da vida de Sara. E morreu Sara em Kiryat Arba, que é Hebrão, na terra de Canaan; e veu Abraham a fazer dó por Sara e a chorá-la.

E ergueu-se Abraham diante da sua morta, e falou aos filhos de Het, dizendo: estrangeiro e forasteiro sou entre vós; dade-me propriedade para sepultura entre vós, e sepultarei a minha morta diante de mim. E responderam os filhos de Het a Abraham, e dixeram-lhe: escuita-nos, nosso senhor; es um príncipe de Yahveh entre nós; no melhor dos nossos sepulcros sepulta à tua morta; nenhum de nós negar-te-á o seu sepulcro nem te impedirá que enterres a tua morta.

E Abraham se levantou, e inclinou-se ao povo daquela terra, aos filhos de Het, e falou com eles, dizendo: se tendes vontade de que eu sepulte à minha morta diante minha, escuitademe, e intercedei por mim com Efron, filho de Zohar, para que me dê a cova de Machpelah, que tem ao extremo da sua herdade, que pelo seu justo preço me seja dada, para ter direito de sepultura em meio de vós.

Este Efron estava entre os filhos de Het; e respondeu Efron a Abraham, na presença dos filhos de Het, de todos os que entravam pela porta da cidade, dizendo: Não, meu senhor, oe-me: dou-che a herdade, e dou-che também a cova que está nela; em presença dos filhos do meu povo, dou-cha; sepulta à tua morta.

Então Abraham inclinou-se diante do povo da terra, e respondeu a Efron em presença do povo da terra dizendo: Antes, se te praze, rogo-che que me escuites. Eu darei o preço da herdade; toma-o de mim, e sepultarei nela à minha morta.

Respondeu Efron a Abraham dizendo: meu senhor, escuita-me: a terra vale quatrocentos siclos de prata; que é isto entre ti e mim? Enterra, pois, à tua morta. Então Abraham conveniu-se com Efron, e pesou Abraham a Efron o dinheiro que dixo, na presença dos filhos de Het, quatrocentos siclos de prata, de boa lei entre mercaderes.

E ficou a herdade de Efron, que estava em Machpelah, ao leste de Mamre, a herdade com a cova que estava nela, e todas as árvores que havia na herdade, e em todos os seus arredores, como propriedade de Abraham, na presença dos filhos de Het e de todos os que entravam pela porta da cidade.

Depois disto sepultou Abraham a Sara, a sua mulher, na cova da herdade de Machpelah ao leste de Mamre, que é Hebrão, na terra de Canaan. E ficou a herdade e a cova que nela havia, de Abraham, como uma possessão para sepultura, recebida dos filhos de Het.






“Então a lua se confundirá, e o sol se envergonhará, pois o Senhor dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém” (Isaias, 24:23)

Muitas pessoas malinterpretam o mandamento de que as crianças não são responsáveis pelas culpas dos seus pais, e vice-versa. Tomado literalmente, o mandamento entra em conflito com outro superior de aniquilar a Amalek* pelas fechorias dos seus antepassados remotos. Também chocaria com uma medida de sentido comum como é demoler as casas das famílias dos terroristas suicidas.

Como a maioria dos demais mandamentos, a não transferência de culpabilidade aplica-se só aos judeus. É um mandamento intra-comunitário: toda comunidade faria muito bem em practicá-lo em pressumpção da boa vontade. Numa comunidade de ideias afins, as transgressões individuais são exactamente isso, individuais. Aberrações.

Todo o contrário rige para as nações. Cada nação tem afinidade de ideias até um certo grau, e assim a culpabilidade de alguns é pressumivelmente compartida por muitos, e o pecado original é uma tradição inculcada aos filhos. As enquisas amosam que os alemãos de hoje em dia são igual de ánti-semitas que os seus avós. O show alemão de expiação de culpas é sumamente cínico: todas as reparações feitas a Israel e os judeus ascendem a uma ínfima fracção do valor real dos bens inmobles e outros confiscados por Alemanha tras exterminar aos seus donos judeus. Assim, no balanço final, o Holocausto foi economicamente muito beneficioso para os alemãos e uma bendição social, pois simultaneamente os judeus evaporaram-se.

O logo de Kahane, a Estrela e o Punho, basea-se num graffiti achado no ghetto de Varsóvia, cujo autor foi um judeu desconhecido que lá morreu. O graffiti assinou-se de maneira diferente pelo movimento Kach quando o convertiu no seu logo: “Judeus, vingança!”. Quem somos nós para condear àquele judeu desconhecido e já morto, como uma pessoa imoral, pouco disposta a perdoar aos seus assassinos?

É só agora que os judeus podemos pôr ao sol as vergonhas. Em palavras do Mahabharata, podemos encender milheiros de soles. Com tão só premer o botão vermelho.



OBADIAH SHOHER

(21 Tammuz 5768 / 24 Julho 2008)

• Notas de Simon Bar Kochba: Amalek repressenta na tradição toraica a antítese de Israel, foi a tribo que atacou ao povo de Israel desde a saída mesma de Egipto.
• Meir Kahane foi o fundador da Liga de Defesa Judea e do movimento sionista Kach, que tras obter representação na Knesset foi ilegalizado. Meir Kahane foi assassinado por um terrorista árabe, ao igual que, anos depois, o seu filho Binyamin Zeev Kahane (Mais informação nas ligações da JDL na secção de Territórios Amigos desta página).



Quatro décadas atrás “Proibe-se a entrada aos cães e os árabes” era um letreiro comum na Alemanha. A xenofóbia sublimara-se dos judeus aos árabes. Cada nação tem direito a viver como queira, incluíndo o deireito a viver sem extranhos. Se os alemãos tivessem expulsado em 1939 aos judeus à Suíça ou, inclusso, a Palestina, aquilo não teria constituído um crime comparável ao Holocausto. Inclusso as inúteis ressoluções da ONU diferenciam entre genocídio e limpeça étnica., sendo esta última uma variante menor do crime de ré-assentamento forçoso. A xenofóbia é uma potente medida evolutiva que estabiliza as sociedades. O razismo está frequentemente enraízado em considerações de muito peso: os judeus têm uma boa razão para resistir aos árabes em Israel, essa gente cujas intenções malintencionadas têm sido demonstradas em miríadas de ocasiões.

O razismo é insultante; a ninguém lhe gosta ser despreçado. O objecto do razismo é questionar se o núcleo das populações têm mais direitos dos que realmente têm. Mas as nossas vidas estám repletas de agrávios momentâneos e injustiças. Alguns nascem ricos e alguns pobres; alguns inteligentes, outros parvos; alguns atractivos, e outros feos. O mundo não oferece uma justiça absoluta, senão estatística: uma pessoa deficiente nalguns aspectos às vezes sobresai noutros; algo assim se passa com a brincadeira das loiras e a correlação beleza/cerebro. O mesmo enfoque estatístico cumpre aplicar ao razismo. Se todo o mundo se enfrontasse aos árabes, como sucede com os judeus, seria absolutamente injusto e merecedor de ser rechaçado. Mas aquí estamos a falar de um país que, ocupando o 0’01% dos territórios árabes, é acusado de razismo ánti-árabe. Que sucederia se um de cada dez mil clubes alemãos excluísse aos árabes? Provavelmente não for uma ofensa significativa. Há clubes exclussivos para mulheres nos que não se permite a entrada aos homens; outros para maiores de trinta anos, nos que não admitem adolescentes. Esse tipo de estabelecimentos tecnicamente são de um exclussivismo ilegal (sexista, por exemplo), mas só os crimes substanciais são puníveis. Em termos práticos, os clubes para mulheres não violam os direitos dos homens, porque estes podem disfrutar de outros clubes. Uma lógica similar é aplicável aos árabes israelis. O Islám proscreve aos judeus em todo o território da Arábia Saudi e, na prática, acham-se excluídos da maioria dos países árabes. A quase totalidade do Oriente Meio é um clube exclussivo para árabes.

Os judeus têm o direito a ter o seu clube exclussivo também.


OBADIAH SHOHER

JUDEOFOBIA COM GRELOS


Os meios de comunicação na Galiza dam noxo. Assim deram os yihadistas de VIEIROS (http://vieiros.com) a nova do ataque terrorista do passado dia 2 em Jerusalém.
Olho às fontes que citam.

UN PALESTINO E DOUS ISRAELIS MORTOS LOGO DUN ATAQUE CUNHA EXCAVADORA EN XERUSALÉN

Segundo os medios israelís e as axencias internacionais, un home que conducía a máquina arremeteu deliberadamente contra un bus.
Redacción - 12:20 02/07/2008
Pouco despois das 12.00 horas en Xerusalén (as 11.00 horas en Galiza), un home que conducía unha máquina escavadora polo centro da cidade arremeteu contra un bus, provocándolle a morte a dúas persoas así como feridas a outra ducia.

Segundo os medios israelís e as axencias internacionais, o condutor -que foi abatido a tiros pola Policía- realizou a manobra deliberadamente, era palestino e tiña antecedentes penais.
Máis información: Haaretz, Associated Press, Palestinian News Network.

QUÉ FAZER COM GAZA?


Israel emprega a estrategia clássica em Gaza. A denominada terceira opção de Beaufre*, foi praticada exitosamente pela URSS: pressão militar, económica e diplomática combinadas com o uso da força. Por que não funciona aquí? Muito singelo, porque Israel actualmente não utiliza nenhuma dessas formas de pressão.

Os esforços de isolar a Hamas diplomaticamente fracassaram. O grupo terrorista disfruta de relações com Rússia, Síria, Irão, Egipto e Arábia Saudi. Até os EEUU tacitamente reconhecem-os e negociam a nível de assessores. A própria Israel está em permanente contacto com Hamas.

A pressão económica sobre Gaza é semelhante às sanções sobre um arrabaldo dependente de subsídios mais do que da actividade económica. Seja qual for o escasso fluxo de ingressos que Israel provocar através do feche de fronteiras, a UNRWA* e Irão compensam a Gaza mediante subsídios. A vida de Gaza aproxima-se ao paraíso naquilo do que carece: não têm impostos, não têm necessidade de trabalhar, não têm responsabilidades.

Israel suprimiu a sua pressão militar. Limitando os ataques aos terroristas, como podemos esperar exercer pressão sobre a população em geral? Israel logrou temporalmente enfrontar aos libaneses contra Hizbollah pela considerável destrucção que causaram aos civis durante a guerra de 2006; mas Hizbollah recuperou o seu prestígio pagando os destroços com dinheiro procedente de Irão.

A ameaça com o uso da força por parte de Israel é inexistente. Tem-se tornado não-crível pela sua deixadez durante os sete anos de bombardeos com cohetes desde Gaza e o processo de desconexão; não semelha muito perigosa a primeira vista. Todo habitante de Gaza com um aparelho de TV conhece o cenário das invasões israelis: greves de protesta, submetimento das heróicas vítimas do terrorismo, e veloz retirada ante a pressão das condeas internacionais.

Israel intentou uma guerra limitada em Gaza, mas esqueceu que a guerra limitada só pode ser exitosa se está respaldada por uma ameaça crível de guerra total, como as operações dos chineses contra Índia perto do Tibet. Uma vez que os de Gaza se decatam de que não são susceptíveis de serem bombardeados numa campanha tipo Dresde, não têm razão alguma para render-se de imediato às demandas de Israel.

Em termos tácticos, Gaza é um grande obstáculo. Não há focos da menor resistência a serem invadidos e explorados, nem enfrontamentos entre exércitos rivais, nem um fronte particular que ser aterrorizado, nem pontos industriais vulneráveis para ser destruídos. Gaza é uma área urbana densamente povoada e abarrotada de terroristas. Nenhum comandante sensato conduziria às suas tropas ali, a não ser que previamente a polícia tenha feito no lugar o seu trabalho de rutina. Mas isso significaria voltar a ocupar Gaza. As incursões de castigo teriam sido uma boa opção, mas a pequena Israel não poderia aturar as hostilidades no interim dessas incursões: inclusso os tiroteos esporádicos desde Gaza perturbariam a indústria e negócios no Negev, Ashkelon e Ashdod.

Faluya não serve como modelo para Gaza. A cidade iraqui tem muitas razões para cooperar com os americãos e nenhuma para opôr-se a eles. Os americãos não pretendem invadir o território iraqui. Troujeram dinheiro e certo grau de liberdade. Tratam de extender a seguridade. Não assim em Gaza, onde os seus habitantes lembram perfeitamente que os judeus conquistaram a sua terra. O processo de paz, visto em perspectiva, não devolverá aos residentes em Gaza os seus fogares de Haifa, Yaffo, e outros pontos sob jurisdicção de Israel. Hamas, antes que Israel ou os colaboracionistas de Fatah, tem dotado de um semblante de lei e orde a Gaza. A gente sinte uma lealdade natural a Hamas, que trabalha honestamente e combate ao seu serviço.

A moderação é difízil que coalhe em Gaza. A burguesia palestiniana poderia constituir um partido e inclusso ter um apoio significativo, mas de onde sacariam os militantes?: da Yihad Islámica?, dos 80.000 membros da polícia de Fatah? A sociedade palestiniana não tem desenvolvido o nível de obediência às leis requerido para a moderação. O exemplo de Arafat demonstra que, inclusso um homem forte como ele, não puido permitir-se politicamente o luxo da moderação

Hamas desenvolve uma imensa campanha de propaganda que os israelis confundem com uma guerra de tipo terrorista. Seguindo a máxima de Mao, Hamas “não luita por luitar, senão com a finalidade de inocular propaganda entre as massas”. Quanto mais combata Israel a Hamas, maior apoio conseguirá esta.

Israel destruiu a OLP no Líbano, mas Peres troujo ao impotente Arafat desde Túnez. Em quanto a OLP deixou de bailar ao ritmo que marcava Israel, alimentámos a Hamas como alternativa de Fatah. Hamas é uma organização honesta, decente desde o ponto de vista de eles, que persegue o melhor para os palestiniãos mais do que a destrucção de Israel. Casualmente, ambas coisas são o mesmo.

Cada Primeiro Ministro de Israel desde Rabin tem posto o seu grao de areia para o desenvolvimento de Hamas. A desconexão de Gaza ratificou a vitória da banda, e Sharon, o único governador militar exitoso em Gaza, sabia-o melhor que ninguém.

Os judeus têm criado um monstro. Ninguém mais que eles pode matá-lo.



OBADIAH SHOHER

(19 Tammuz 5768 / 22 Julho 2008)


• Nota de Simon Bar Kochba: André Beaufre foi um grande e inovador militar francês do século passado que sintetizou magistralmente a evolução do pensamento estratégico desde Von Clausewitz até a era nuclear. Foi correspondente do The New York Times durante a Guerra de 1956. O seu livro mais nomeado é “Dissuasão e estratégia” , escrito em 1964.
• UNRWA: Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestiniãos.

EXCAVADORAS ASSASSINAS



Por segunda vez nas últimas três semanas um árabe aos mandos de um bulldozer vem de protagonizar um ataque terrorista em Jerusalém, segundo informa Arutz Sheva na sua edição de há uns minutos. A ver como intitula a notícia desta vez "A Nosa Terra"...




ANOTHER BULLDOZER ATTACK IN JERUSALEM: 23 WOUNDED

by Hillel Fendel

(IsraelNN.com) For the second time in three weeks, an Arab commandeered a bulldozer to commit a terrorist attack in Jerusalem. He wounded several people before being shot and killed.

The terrorist began his attempt to murder Jews on King David St. near the Yemin Moshe neighborhood. He took a tractor from a construction site, and began plowing into vehicles along the street, hitting at least three cars - one of which he completely overturned - and a bus. One driver was able to escape from his car even though the tractor plowed it into a bus stop. When the terrorist reached the intersection of Keren HaYesod St., a citizen and Border Guard policeman shot and killed him. The entire incident was over very quickly, eyewitnesses said.

Less than three weeks ago, an Arab from eastern Jerusalem killed three people in a similar attack before he was himself killed by a heroic yeshiva student/soldier. The tractor used in today's attack was smaller than the one used in the previous one.

Of the 23 injured, one is reported in moderate condition - apparently with an amputated leg - and the others have light injuries or are suffering from trauma. Among them are a woman and her nine-month-old baby son.

Gag-Order on Terrorist's Name
The dead tractor terrorist was an Israeli citizen, living in Um Tuba, a south-eastern Jerusalem Arab neighborhood not far from Sur Baher. His name was publicized over the radio, and minutes later, a gag order prohibiting it from being disseminated was publicized - apparently because of his family connections with a an orange-bearded Hamas legislator who has been jailed for involvement in terrorism.

Moshe Feiglin, leader of the Likud's Manhigut Yehudit faction, was an eyewitness to the attack. He told Voice of Israel Radio that his first impression of the attack was the tractor-shovel attempting to drop down upon a passerby. "At first I thought it was some kind of accident, but very quickly we realized that it was an attack. Thank G-d, it ended very quickly, because of the alertness of passersby who shot him - I saw a man I know from the southern Judea community of Susia, but he was the first one to shoot the terrorist, and then the Border Guard policeman came and finished the story."

The man who first shot the terrorist was later announced to be Yaki Asael, 56, father of eight, from Susia.

"We have long called for a policy of not hiring Arabs in construction," said Shifra Hoffman of Victims of Arab Terror. "We hold the government guilty of this attack for not implementing this policy."


Que Israel volte à judeidade é já impossível: os árabes, os esquerdistas pata negra e os
eslavos constituim a maioria dos votantes. Os aparelhos de seguridade estám infestados de progres nos escalafões intermeios e superiores, de forma que uma insurrecção contra o status quo teria sombrias perspectivas: num país pequeño como Israel, com uma polícia omnipresente e tribunais de justiça totalitários, qualquer conspiração seria descoberta e desmantelada imediatamente.

A única opção para os bons judeus é escapar da jurisdicção israeli. Eles podem acadar uma autonomia muito limitada nos municípios israelis, mas inclusso nesse âmbito a jurisdicção israeli os acosará através de programas escolares esquerdistas e a exigência de permitir que os árabes podam comprar vivendas nos florecentes bairros judeus. Os assentamentos tras a Linha Verde não durarão muito; a maioria serão incorporados dentro dos acordos de Israel com os palestiniãos, como exemplifica o caso de Gush Katif, onde se viu que o Governo carece de capazidade para reubicar a milheiros de colonos judeus.A sua única opção nas negociações com os árabes será ceder-lhes os blocos de assentamentos. Alguns assentamentos não podem ser incorporados nem abandoados, Kfar Tapuach, como exemplo. Acha-se muito longe da Linha Verde, consideravelmente isolada, e portanto não pode ser reclamada pelo Governo israeli. Ao mesmo tempo, os palestiniãos não permitiriam colonos militantes sob a sua jurisdicção. Outra possibilidade é que o Governo israeli deixasse aos habitantes de Kfar Tapuach residir tras a Linha Verde depois da desconexão se eles o desejam, autorizando que sejam os palestiniãos os que os expulsem fóra do assentamento.

O único sítio distinto é Hebron. Os seus judeus não marcharão, a pesar das pressões do Governo israeli. Eles têm conquerido vivendas legalmente, e inclusso a ilegal Israel carece de leis para expulsá-los. Netanyahu tem renunciado já a Hebron, definitivamente a cidade mais judea, a favor dos árabes, portanto é só uma questão de tempo que o exército israeli abandone esse lugar. O problema dos judeus de Hebron é irresolúvel, deverão ser autorizados a permanecer lá sob jurisdicção palestiniana. O melhor será que goçarão de autonomia administrativa. Poderão ré-agrupar mais judeus através dos planos de reunificação familiar, formar bons judeus, seguir sendo o eixo permanente das tensões com os palestiniãos, acumular armas ligeiras, e eventualmente edificar um enclave judeu plenamente autónomo.

A partir desse relativamente seguro núcleo, teoricamente, dar pé a um pequeno Estado de Judea. Os partidos ultraortodoxos de Israel serão muito sensíveis à agenda de Judea. E dado que a proporção de população ultra-ortodoxa continua aumentando entre os judeus, o Estado de Judea em conjunção com os israelis ultra-ortodoxos poderá subvertir o regime esquerdista israeli em algo que seja melhor.


OBADIAH SHOHER


Os progres estám embarcados numa cruçada para exterminar o discurso do ódio. Inicialmente, a idea era razoável: para deter a propaganda hostil, a dos neo-názis e os islamistas radicais. Em aras do politicamente correcto e da igualdade, a premisa foi generalizada e todo discurso do ódio posto fóra da lei. Combater os inimigos (názis e islamistas) deu pé a combater as ideias extremas em geral, e inclusso estilisticamente.

Os pontos de vista extremos são indispensáveis para as sociedades. O ateísmo, o secularismo, a democracia, e o bem estar dos trabalhadores foram originariamente ideias extremistas.
A violência não pode ser combatida per se. O nazismo foi derrotado pela violência, e outro tanto o comunismo –pela ameaça da violência. América do Norde utilizou a violência contra os do Sul. A violência derrocou monarquias e regimes totalitários. A violência fundou todos os Estados modernos e conformou as suas fronteiras. O uso da violência policial mantém os criminais a raia.

O rechaço do extremismo e da violência serve para conservar o status quo, mas as circunstâncias câmbiam, e o status quo faz-se insustentável. Ante a ausência prolongada de discussão de outros pontos de vista –incluíndo os extremistas-, pontos de vista accidentais chegarão ao poder. Fracassarão, e agente procurará outros distintos.. As sociedades que suprimem a discussão e a evolução das ideias sucumbem às convulsões.

A ameaça da violência promove ajustes e acordos. Quando a discussão pública dos meios violentos está prohibida, a gente crê-se segura e não está em guarda ante os inimigos. O descontento aumenta. Uma contenção permanente entre vários grupos dá lugar à acumulação de ódios que eventualmente estoiram em tremendos derramamentos de sangue.

Não é casual que os países comunistas suprimiram a liberdade de expressão. A esquerda propugnou uma política muito errada de engenharia social. Eles fixaram-se brilhantes metas, presumiram que a sociedade era matematicamente racional e susceptível de ser planificada, e dirigiram a sua política a alcançar as devanditas metas. A liberdade de expressão confronta-se com a esquerda em três aspectos: introduze novas ideias que não entravam nos cálculos iniciais, questiona as metas e as políticas para alcançá-las, e demonstra que as políticas matematicamente racionais são um erro. Nos países livres a esquerda não pode suprimir o fluxo de discursos livres, mas em quanto tem oportunidade suprime as ideias mais hostis à sua política. Os pontos de vista mais críticos às políticas vigentes são, por definição, os extremistas. Despraçar-se a uma política distinta não é simples, e require muitos câmbios, disparidades, e quiçá violência. A confrontação de princípios com a esquerda leva necessariamente ao extremismo e a violência.
A única alternativa é a engenharia social.


OBADIAH SHOHER


Conhecedes esta gilipolhez: http://medinatweimar.org ¿?

Vam de “rompedores” como os ingeniosos jichos de CQC ou são rematadamente parvos?

Os promotores propõem edificar um Estado judeu em Turingia (Alemanha). Entre outros dos “princípios” que enunciam sinalam coisas como estas:

• A capital será Weimar.
• Medinat Weimar é a solução [final?] para o trauma judeu e o sentimento de culpabiliadde alemão.
• Os judeus de orige europeia, os de orige extra-europeia, e os árabes palestiniãos estám chamados a compartir uma unidade de destino.
• Estabelecer um Estado judeu em Turíngia seria beneficioso para a deprimida economia deste land da antiga Alemanha do Leste.


A semana passada fazia-se eco na sua coluna de Arutz Sheva, David Wilder. Traduço a seguir:


MEDINAT WEIMAR

Uma nova ideia tem sido posta em circulação por um tal Ronen Eidelman: Medinat Weimar, traduzido, o Estado de Weimar.

A ideia, desenvolvida na web medinatweimar.org sugire estabelecer um Estado jueu em Turíngia –Alemanha- com a cidade de Weimar como capital.

Interessante, não sim? Eu enviei-lhes um comentário (que foi rechaçado porque “os comentários têm-se fechado”), dizendo-lhes que concordava ao 100% com a criação de um novo Estado na Alemanha, mas não para os judeus, senão para os árabes. Supõe-se que é um território muito belo, com quantidade de recursos naturais. Deixemos que todos os árabes de Israel marchem para lá e procurem petróleo. Nós ficaremos aquí e resignaremo-nos a viver sem petróleo.

Para além disso, árabes e alemãos têm uma longa história de cooperação. Amin-Al-Husseini reuniu-se com Hitler em Berlin, e planificaram a “solução final” que incluia aniquilar aos judeus que habitavam a terra de Israel.

Se a coisa vai bem, pode que o Museu de Cera alemão, que já conta com uma estátua de Hitler, acrescente outra do Mufti também.

No caso de que a minha proposta seja rechaçada, permito-me sugerir um período de prova, no que Peres (que seria o Presidente do novo Estado), Olmert (Primeiro Ministro) e um par de milheiros mais inspeccionassem a zona. Penso que cem anos seriam uma quantidade de tempo razoável para determinar se o Estado judeu de Weimar tem futuro.




A debilidade dos judeus e o medo são os motivos principais do ánti-semitismo. O medo provoca ambos já que supõe uma ausência de repressália e porque irrita: uma pessoa asustada é considerada má, violenta – e vive baixo essas expectativas. Israel amosou debilidade no seu combate indecisso no Líbano e Gaza, e o informe Winograd plasma em informes esse massoquismo. Israel amosa medo ao implorar a paz.

A Israel preocupa-lhe entrar em guerra com Síria. Qual é o problema? Contrariamente ao que acontecia na antigüidade, a Síria moderna tem-se amosado imensamente inferior a Israel no combate militar. Síria tem medo inclusso de invadir Líbano, pelo qual alternativamente financia a Hezbollah e a grupos extremistas como Fatah Al Islam. Síria lembra bem os dias em que os tanques das IDF achegaram-se a 40 milhas de Damasco. Assad comprende que esta vez Israel –com o apoio dos EEUU- derrocaria o seu regime. Síria é muito diferente a Hezbollah: Síria não pode camuflar-se entre os civis como faz qualquer grupo terrorista. Asad é muito diferente de Meshaal. Asad foi formalmente nomeado e poderia ser destituído do seu despacho. Síria poderia intentar provocações a pequena escala como conseguir uma infiltração nos Altos do Golão mas nunca lanzará massivamente missis SCUD contra objectivos israelis por medo às repressálias. Síria possue demassiados poucos missis ánti-aéreos russos, que, em qualquer caso, ofereceriam-lhe bem pouca protecção. Síria carece do tipo de superioridade em defesa aérea que tinha Egipto em 1973 como os missis SAM-5. Os missis ánti-tanque russos estám bem, e Síria possue os suficientes como para repeler os primeiros contraataques, mas Israel poderia desatar uma treboada de missis sobre Damasco sem necessidade de invadir o terreno.

Síria é consciente da sua debilidade e aferra-se a Irão como fixera antes com Egipto. Egipto abandonou a Síria e asinou um tratado de paz com Israel. O Irão chiíta abandoará mais cedo que tarde a Síria. Inclusso um Irão nuclear não se arriscaria a um enfrontamento nuclear por proteger a Síria.

A fim de alcançar um acordo de paz com Síria, Israel terá que abandoar os Altos do Golão. Desmilitarizados, eles não constituirão uma ameaça demassiado elevada para Israel. As estações de alerta rápida deveriam ser desmanteladas, mas Israel possue satélites e aviões AWACS. Honestamente, queremos conservar os Altos do Golão tão só porque os amamos. O lugar é precioso e agradável, comparado com a paisagem lunar de Israel em qualquer outro lado - e a diferência doutros lugares de Galilea, que está tão densamente povoados de árabes que faz o lugar apenas útil para os judeus.

O judaísmo opõe-se aos símbolos e pretende que os judeus comprendam as verdades transcendentes. O Governo israeli o que quere são símbolos. Um tratado de paz é um símbolo. Um tratado de paz não é apenas uma paz verdadeira, mais do que um icono é um Deus. Pelo preço dos adoráveis Altos do Golão, Israel pode obter um tratado de paz com Síria. Possivelmente Síria diminuiria o seu apoio a Hamas –embora não a Hezbollah, que favorece os interesses sírios no Líbano. Mas inclusso Egipto, sob um muito razoável Mubarak, está potenciando uma carreira armamentística com Israel e apoiando tacitamente aos terroristas palestiniãos permitindo uma cooperação sem obstáculos com os Irmãos Musulmãos egípcios. Suceda o que suceda no tema do tratado de paz com Síria, Israel não pode reduzir o seu exército; depois do acordo de paz com Egipto, as IDF seguiram aumentando. Síria é irrelevante para Israel economicamente. Os sírios são quem nos aborrecem desde mais antigo, e não se abraçarão nunca aos seus vizinhos israelis.

Não é possível a paz com Síria.


OBADIAH SHOHER

A RELIGIÃO É RACIONAL





Muitos judeus de direita, que são na actualidade profundamente religiosos, começaram sendo ateus. Nem sequer estou a falar daqueles judeus russos que sintem um pulo tipicamente eslavo face uma ideia elevada. Entusiastas comunistas antes, agora são igualmente ferventes crentes.

Os patriotas judeus procuravam uma base firme para a sua ideologia, e deste modo Abraham Stern abraçou o judaísmo. Aqueles que não o figeram deixaram raízes pouco profundas: os filhos de Herzl, de Ben Gurion, de Jabotinsky têm sido assimilados.

Os humanos temos uma tendência natural a acreditar em algo; as crenças formam sociedades. Os comunistas paganos encomendaram a vida às suas deidades, nomeadamente Stáline. Os antigos paganos de Roma combatiam pelo dinheiro. Não é singelo convencer aos judeus de que combatam pelo bem da gloriosa tradição ou pelo patrimônio cultural. Depois da guerra de supervivência de 1973, fixo-se extremadamente difizil chegar a um consenso para as subsequentes operações militares a afrontar. Os judeus necessitam uma razão poderosa para permanecer em Israel, um Brooklyn de fala hebrea, melhor que emigrar a América. Nada, agás a religião, fornece-os de uma resposta sólida.

Alguns patriotas chegam à religião porque o judaísmo é o melhor, provavelmente o único, modo de confirmar as suas crenças e intenções. Os nacionalistas exigem reter Jerusalém e Judea, mas, por que? Judea é só importante para nós desde um ponto de vista religioso. Os argumentos da necessidade militar são artificiosos: na medida em que o alcanço balístico dos missis aumenta, um punhado de milhas deixa de ter importância. O judaísmo é a maneira mais singela de responder aos detractores: em vez de escrever muito duvidosas apologias como “O caso de Israel”, basta-nos com afirmar que Yahveh nos deu esta terra e nos obrigou a conquistá-la tras o regresso do exílio (Deuteronómio, 30).

Antigamente, houvo um bandoleiro chamado Yiphtah. Filho de pai judeu e uma concubina, fogiu do seu fogar e encabeçou uma famosa cuadrilha. Num momento dado, os Amonitas figeram público um ultimátum à sua tribo paterna de Gilead: devolvede-nos as nossas terras, que os judeus têm ocupado, e viviremos em paz – se não, viviremos em guerra. Exactamente igual que a actual disjunctiva israeli. Yiptah ofereceu várias justificações políticas de por que ocupavam essas terras, especialmente referindo-se à expiração de um estatuto de limites, embora admitindo a fraqueça dos seus argumentos; finalmente, recorreu a um argumento incontestável: qualquer terra que Yahveh nos tenha entregado seguirá sendo nossa. Não porque a tenhamos conquistado, senão porque Yahveh no-la entregou. Em termos lógicos, Yiphtah argumentou desde a autoridade, a autoridade última neste caso. Foi à guerra e venceu. O mesmo acontece hoje: tanto se oWest Bank permaneze ocupado ou se entrega, os direitos dos judeus acham-se submetidos a um debate legal. Se Yahveh entregou Judea aos judeus no 1967, a discussão está rematada.

A religião consolida a identidade judea como nenhuma outra coisa. Os filhos dos mais prominentes patriotas sionistas estám assimilados, mas os netos dos religiosos judeus seguem sendo judeus.
Quiçá alguma gente convenceu-se devido aos miragres que Yahveh tem levado a cabo por Israel: a salvação do Holocausto, a fogida do holocausto russo em 1953, o voto da ONU a favor da criação do Estado de Israel, as conseguintes vitórias militares, o rechaço de Arafat de aceitar a oferta de Barak por Jerusalém, etc.

Eu, estava mais que convencido no teísmo para além dos miragres, da mágia e da bruxeria que analisei durante anos de interesse nas ciências ocultas. As mentes racionais podem chegar à religião estudando adequadamente a língua hebrea. É artificial, desenhada conscientemente mais do que produto de uma evolução natural, como podemos observar na sua gramática matematicamente precisa, as suas raízes, e outros aspectos técnicos. Dificilmente um lingüísta genial saiu da sua gruta numa soleada manhá de há quatro milheiros de anos e desenhou esta maravilhosa linguagem. O hebreu que se ensina nas escolas israelis é um argot abominável.

A Torá planteja assombrosamente uma coerente teoria política e moral (lede o meu livro, “A ética da sociedade livre”). Tenho estudado filosofia política e outras religiões, e nenhuma se aproxima à Torá em coerência e sutileça. Conheço a muitos editores, e a Torá não é um produto de editores, a sua meticulosa sabedoria, onde afirmações dispares se reforçam umas às outras sem contradizer-se nunca, está para além do humano.

E por riba de tudo, a aposta de Pascal semelha razoável: vive como se Deus existisse, pois se não existe nada tes que perder.


OBADIAH SHOHER
(17 Tammuz 5768 / 20 Julho 2008)


A noção de “resposta proprocional” procede de um malentendido. Os castigos são só estatisticamente proporcionais.

Sofrer anos de prissão é claramente desproporcional ao dano causado por um evassor de impostos à sociedade.Disparar a um carteirista que trata de evitar o cárcere não garda proporção com o seu delito. Porém, a ideia de que ninguém deveria ser sinalado por ter sido perseguido é errônea. Na prática, as sociedades sempre usam o castigo para que sirva de exemplo aos criminais. Não todos os infractores são arrestados, e não todas as infracções chegam a ser investigadas. As sociedades castigam para disuadir a repetição estatística. O crime debe chegar a ser estatisticamente não rendável. Uma delito em particular pela qual o infractor é sentenciado debe ser exemplar para um conjunto de delinquentes. Quando são capturados, como no caso dos evassores de impostos, um pequeño número de infractores, um duro castigo exemplar disuade a outros potenciais infractores.

O conceito de castigo estatístico aparece claramente na Bíblia: os ladrões haverão de restituir de duas a cinco vezes o dano causado. Não são capturados cada vez que roubam, e portanto um castigo absolutamente proporcional convertiria o seu delito em proveitoso.

Quando só alguns infractores de um delito podem ser feacentemente perseguidos, as sentências devem ser claramente desproporcionais para disuadir àqueles ainda não capturados.

O outro factor é a justiça estatística.. As sociedades não podem alcançar a justiça absoluta. Ajustar-se ao princípio das evidências permite que muitos criminais sejam absoltos por meros tecnicismos. Quedando livres para fazer dano a pessoas inocentes.

Não é acertado soltar a dez criminais para evitar perjudicar a um só de eles que puder ser inocente. Dez criminais fazerão dano a dúzias de inocentes.

A proporção aceitácel de sentenças equivocadas depende da severidade do crime. A maior dano que um criminal poda causar, menor debe ser a possibilidade de que a sociedade o ponha na rua por um tecnicismo. Absolver por erro a um evassor de impostos pode levar a que o pense duas vezes e não o volva fazer, mas absolver por erro a um assassino levará a que volva a assassinar, e um terrorista indultado matará a muitos mais. Os crimes atrozes exigem esquecer as regras das evidências. Sentenciar algum inocente é inevitável se a sociedade quer proteger à maioria.

O castigo individual funciona só dentro do grupo, e assim a Bíblia diz que reprender às crianças não é pecado para os seus pais. Entre nações, o juízo individual é impossível, e assim a Bíblia considera as nações como corpos individuais. Israel não pode levar a juízo a cada libanês para estabelecer a sua conexão com o terrorismo. Os estándares de culpabilidade são distintos nos períodos de guerra e nos de paz. Conviver com criminais não constitui um crime. Conviver e apoiar a gente cujo objectivo é assassinar israelis é uma ofensa capital.

As repressálias desproporcionadas são éticas e razonáveis. Ben Gurion formulou explicitamente a doutrina israeli da resposta desproporcionada, e isso foi útil para Israel durante décadas. Isso aterrorizava aos nossos inimigos e demonstrou ser eficaz e preventivo. As repressálias desproporcionadas não podem evitar grandes guerras, ao igual que o castigo não evita que haja crimes atrozes. Mas as repressálias severas disuadem aos potenciais voluntários a unir-se ao terrorismo e à população a que lhes dê apoio.

Deixemo-nos de inventar respostas proporcionais. Sejamos eficazes.


OBADIAH SHOHER

PODEMOS CHEGAR A UM ACORDO



O bombardeo de Sderot põe de relevo um interessante problema que os Estados-nação intentam esquecer: a ausência de seguridade a grande escala. Historicamente, as áreas fronteiriças são zonas problemáticas. Os tratados de paz foram pouco comuns; as nações maioritariamente co-existiram sobre bases ad hoc, com inquietude. As escaramuças fronteiriças são habituais. Pelo lado positivo, as fronieras em constante fluxo reflexaram o balanço em tempo real do poder. Os Estados vizinhos desenvolveram conflitos a pequena escala, maiormente nas áreas de fronteira. Os acordos de paz trocaram essa situação. As partes assinantes da promesa de paz reprimiam explotar as suas eventuais ventagens militares. O descontento e a disparidade de poderes aumentava. Quando a guerra finalmente estalava, tendia a ser total. Os tratados de paz, como outras barreiras ao curso natural dos acontecimentos, suprimiram muitos pequenos problemas até que chegaram a convertir-se em grandes problemas. A guerra total reempraçou às contínuas escaramuças.

Os Estados-nação ódiam admitir que os tratados de paz não traim a paz. Os Estados edificam-se na promesa de seguridade para os seus cidadãos. Cidades-Estado amalgamadas em Estados-nação para estar mais seguras –mas abocadas a guerras de amplo espectro que surgem para além dos muros dos tratados de paz. Os Estados modernos precipitaram o final de uma era na que todas as tribos se sustentavam por si próprias e as gentes caminhavam pelas ruas levando pendurada um arma. Os Estados prometeram seguridade a câmbio de impostos. Sderot demonstra que aquela promesa caiu em saco roto.

Europa lambe as feridas depois de duas guerras mundiais e os Estados Unidos resulta mais atractivo para os trabalhadores mexicãos que a opção da guerrilha, mas a maioria das fronteiras mundiais não são seguras. A fronteira entre o Iraque e Turquia, Iraque e Irão, Egipto e Sudão, Síria e Líbano, Abu Dhabi e Oman, Israel e Gaza são permeáveis para as pessoas e as armas. Não é de extranhar que a froneira israeli seja permeável aos ataques com morteiros.

As áreas fronteiriças estiveram sempre fóra de controlo. Roma estabeleceu a Pax Romana ao longo do mundo civilizado, mas Cicerão observava que poucas pessoas se aventuravam pelos subúrbios de Roma devido ao temor de ser assassinado ou atracado. Os países que Occidente denomina arrogantemente “Estados falhidos” são, na realidade, a norma ao longo da história. Tem sido muito excepcional que um poder central lograsse estabelecer-se em zonas fronteiriças. A poderosa União Soviética não foi capaz de impôr o seu controlo nas suas zonas fronteiriças de Ásia e o lonjano Leste, e América não pode garanti-lo nas suas fronteiras com México e Canadá. A maioria dos Estados não são capazes de manter a raia aos seus grupos extremistas e guerrilhas; aqueles que o logram constituim aberrações totalitárias e não perduram muito tempo, já que invariavelmente destuim a oposição política junto com os insurgentes. Para além de que Israel alcanze um acordo de paz com os palestiniãos ou não, muitos de eles seguirão praticando o terrorismo. O Governo israeli apresenta o tratado de paz como uma panacea, esquecendo que Israel tem suportado, ainda bem recentemente, ataques inclusso desde Egipto, um país em paz com Israel e com um aparelho de seguridade avondo potente.

Alfombrar de bombas Palestina ressolveria o problema do terrorismo só temporalmente. A guerra de 1948 infligiu nos árabes um sofrimento não menor que um bombardeo em toda regra, mas os palestiniãos volveram à prática terrorista rapidamente.

Os Estados inteligentes colonizaram as áreas fronteiriças com militares retirados ou pioneiros militantes; a inconsciente Israel fixo-o com beneficiários do estado-de-bem-estar. Em vez de desmantelar os assentamentos, Israel deveria impermeavilizar as suas fronteiras com colônias e outorgar lá aos judeus carta branca para manter a raia aos terroristas árabes –com incursões de castigo, se for necessário.

Israel tão só debe armar aos colonos e fazer a vista gorda com o seu agir.


OBADIAH SHOHER

A MORAL É VIÁVEL



O capitalismo italiano fomentou o fascismo e o capitalismo alemão os názis, para enfrontá-los ao comunismo. Fomentar diablos para enfrontá-los a bestas é uma má estratégia. Pode ser uma boa táctica, sem embargo. Israel faria bem em incitar a OLP a lutar com Hamas. Israel seria estúpida se apoia-se a OLP como alternativa a Hamas. O “inimigo do teu inimigo” é uma ferramenta táctica para destruir o teu inimigo, mas frequentemente não é uma alternativa aceitada pelo inimigo. América pensou que o poder de Saddam se baseava nos sunitas, e incitou à maioria chiíta à toma do poder; os envalentonados extremistas chiítas agora combatem contra os americanos.

Os Estados Unidos repitem um erro similar respeito os kurdos: na procura de um benefício táctico de ter um aliado ánti-arabe forte, convertem o Estado kurdo numa bomba de relojaria. O Kurdistão iraquião apoiará a insurrecção entre os kurdos turcos, promovendo um conflito civil em Turquia, e dando pé a uma onda de nacionalismo turco que poderia fazer sucumbir o secularismo turco sob o islamismo. Os kurdos de Turquia não lhe fazerão o jogo aos americanos. Não acreditam num Iraque democrático onde os árabes os votem. Os kurdos iraquiãos querem apropriar-se dos ingressos procedentes do petróleo e arredar-se dos árabes. Os kurdos estão botando um pulso com o Governo iraquião respeito a autonomia administrativa, a co-soberania e os ingressos pelo petróleo. Os kurdos estão assentados sobre grande parte das bolsas petrolíferas do Iraque –que os árabes consideram seu em exclussiva. Os kurdos lembram a limpeça étnica que acometera Saddam na região petrolífera de Kirkuk; os árabes, pela sua banda, lembram que os kurdos sobrecarregaram demograficamente essa região, originariamente povoada pelos árabes. Em quanto os EEUU cessem a injecção económica massiva nas finanças iraquiãs, o assunto do petróleo de Kirkuk se convertirá no suficientemente crítico para o Governo iraquião como para emprender uma guerra com os kurdos. Pelo benefício imaginário de contar com os kurdos como viável aliado ánti-árabe no Iraque, América põe em risco a estabilidade do único país musulmão secularizado, Turquia.

A CIA e o Departamento de Estado têm-se empecinado em Irão na sua habitual pesquisa e apoio a “os nossos filhos de cadela –OSB, our sons of bitch- proclamando a uma facção como “moderada”. Portanto, os americanos apoiam ao ex-presidente iranião Jatami na crença de que sucederá a Ahmadinejad. Jatami teria –sendo imaginativos abondo- que expulsar ao ayatolah Jamenei e o Conselho de Guardiães primeiro, firmes apoios de Ahmadinejad. América semelha ignorar que Jatami é um islamista que propugna extender a influência chiíta iraniã por toda África até Oriente Meio e Ásia. Jatami, inequivocamente, apoia o “pacífico” programa nuclear iraniano.

A moralidade não é um conceito acadêmico, senão uma estratégia posta a prova pelo passo do tempo de supervivência comum. Os enfoques decididamente imorais, como fomentar indesejáveis cujo objectivo específico é oprimir à população, rara vez rende fruto a quem os patrocina. Se os colaboracionistas locais são indispensáveis, deveriam ser pagados para realizar o trabalho estritamente indispensável, e não para promovê-los como alternativas de governo. Israel pode assumir o custe de apoiar o combate da OLP contra Hamas –se a OLP estivesse disposta. América correctamente apoiou aos chiítas para derrocar a Saddam e perseguir aos baashistas. A Jatami podem-se-lhe oferecer tribunas mediáticas e alguns fundos para minar a base de Ahmadinejad e deteriorar o consenso iraniano nas armas nucleares. Pequenos esforços como estes frequentemente acarream efectos desproporcionados; extender os esforços a operações a grande escala, como a ocupação do Iraque, é geralmente pouco rendável em termos de custe-benefício. Bombardear as instalações nucleares iraniãs é muito mais barato, simples, e fiável que conduzir a Jatami ao poder pensando que clausurará o programa nuclear. Bombardear é mais moral.

OBADIAH SHOHER


No 2004, Israel aniquilou ao líder de Hamas Ahmed Yasin. Todos os membros do Conselho de Seguridade da ONU, agás EEUU, aprovaram uma ressolução condeando aquela agressão. No 2005, a polícia de Arábia Saudi, um dos grandes aliados e compradores de armas dos EEUU, arrestaram quarenta cristãos num domicílio de Riyadh por praticar um culto não islámico. A actuação dos saudis não provocou nenhuma condeia oficial, devido a que se a comunidade de nações recriminasse a Israel dizendo “sodes uns ladrões, tedes arrebatado pela força as terras das sete tribos (de Canaan)”, eles replicariam “a terra toda pertence a Yahveh, bendito seja; ele a criou e ele a entregou a quemquer que Ele considerou adequado. Cuando Ele o desejou, Ele a entregou a eles, e quando o desejou, arrebatou-lha e entregou-no-la a nós” (Gênese, 1:1).

É simplista dizer que Olmert tem presa por dotar a Palestina com a categoria de Estado. Olmert é um mestre das intrigas políticas e em incumprir promesas. Repetidamente tem prometido eliminar os postos de controlo, mas a maioria continuam no seu sítio. Também prometeu desmantelar os assentamentos, mas quere preservá-los dois anos mais agora. Enfronta-se a um poderoso grupo de pressão pacifista de judeus movidos pelo auto-ódio que se empenham em destruir o Estado judeu. Estes estám obcecados em entregar o Monte do Templo aos musulmãos e renunciar ao controlo sobrea Cidade Velha de Jerusalém. Desfazer-se do Monte do Templo nada tem a ver com ajudar aos palestiniãos, mas com esmagar o nacionalismo judeu. A inecessária destrucção de Gush Katif foi o primeiro passo. Essa atitude derrotista destruiu uma imensa comunidade de judeus zelotes; até o de agora, a maioria ainda não se têm recuperado do trauma emocional e carecem de um sítio onde viver. Entregar o Monte do Templo, a Cidade Velha, Hebrão, e Judea rematariam com a esperança dos judeus de retornar à Terra Prometida. As praias turísticas de Tel Aviv carecem de significância bíblica. Os judeus conquistaram a terra dos judeus e agora querem regalá-la. Nenhuma nação se pode recuperar de tamanhe vergonha durante muitas generações. Os progressistas precisam regalar o Monte do Templo para assegurar o seu domínio continuado sobre os desmoralizados e ideologicamente dessarmados judeus.

Qual é a alternativa? Os palestiniãos não assinaram um tratado de paz agás a entrega do Monte do Templo. Magnífico, esquezamo-nos dos palestiniãos; por que necessitamos nenhuma paz com essa horda primitiva? Uma alternativa à paz é a pacificação, e Israel tem os suficientes tanques para pacificar essa turba hostil. Os palestiniãos luitam pelo Monte do Templo; os judeus podem fazê-lo também. Com métodos similares.Mais eficazmente. Os membros da Knesset que pensam votar a favor da renúncia a Jerusalém, devem comprender o perigo mortal para eles próprios e as suas famílias que isso supõe. A polícia não os vai proteger por sempre, e não pode proteger a milheiros dos seus parentes e amigos. Votar a favor da entrega de Jerusalém aos árabes seria um suicídio, literalmente.

Mas não poderemos controlar a milhões de palestiniãos indefinidamente. Nem temos por que fazê-lo. O número de palestiniãos é já enormemente desproporcionado, tanto por motivos políticos como económicos (subsídios). O número real aproxima-se aos dois milhões. As enquisas indicam que, quando menos, um terço de eles querem emigrar, incluíndo o 70% dos jóvenes. Os progres israelis impedem a sua marcha em vez de estimulá-la veementemente. Sendo ajudados mediante visados e bonos de ré-assentamento, os jóvenes palestiniãos convertiriam o West Bank e Gaza em sociedades envelhecidas, agonizantes, em menos de uma generação. Os bloqueios e toques de queda, o subministro restringido de água e o feche dos mercados israelis forçariam aos palestiniãos em idade laboral a emigrar.
Inclusso agora, o um por cento dos palestiniãos vive no 58% da terra de Judea e Samária. O território está deshabitado, listo para a anexão israeli sem despraçamentos significativos da população palestiniana.

Mas a comunidade internacional, que diria de Israel? Seguiriam dizendo as mesmas coisas dos judeus que vêm dizendo desde há dois milênios.


OBADIAH SHOHER

ISRAEL, UM ESTADO ÁRABE


“A investigação armamentística não forma parte do programa iranião. Inclusso respeito do regime sionista, a nossa via face uma solução é o PROCESSO ELEITORAL” (Ahmadinejad, 26-08-2006)

Os árabes estám alcançando a maioria no ostensivelmente judeu estado de Israel. Como? Oficialmente constituim só o 19%. As estadísticas são sesgadas. A chegada de judeus da terceira idade desde a URSS tem aumentado artificialmente a presença judea em Israel. O incremento, porém, não é sustentável: muitas imigrantes há tempo que superaram a idade fértil, e muitos outros não desejam ter crianças. As populações árabe e judea em Israel são drasticamente diferentes: a população árabe é muito mais jovem e prolífica. A fim de evitar distorsões estatísticas, devemos comparar grupos equiparáveis.

A aliyah rematou arredor de 1994, há quatorze anos. Devemos comparar as populações judea e árabe de idades entre 0 e 9 anos (os menores de dez anos), uma mostra estadística estándar para a que temos datos ao nosso dispôr. O grupo de 0-9 anos é o único que poderá exercer direito de voto durante 60 anos a partir de agora. O trinta por cento, ou aproximadamente 400.000 árabes estám dentro desse parámetro, fronte 850.000 judeus. No grupo de idade mais relevante os árabes são, pois, quase a metade que os judeus. A proporção é ainda maior no grupo de 0-4 anos.

Os jôvenes judeus é muito mais provável que emigrem que os árabes. Carecemos de dados oficiais. Calculando pelo baixo, 500.000 judeus têm emigrado desde 1948, e o fluxo não faz senão aumentar. Dez mil judeus marcham de Israel cada ano. A maioria deles é menor de quarenta, e entra no razoável pensar que o grupo de 0-9 anos constituirá a quarta parte dos emigrantes israelis. A emigração erosiona o grupo numa prporção de 2.500 pessoas/ano. Quando o grupo 0-9 tenha quarenta e tantos anos, uns 100.000 de eles –provavelmente mais- terám já emigrado. Os árabes, sobretudo os de Jordânia, imigram a Israel continuamente dentro de esquemas de reunificação familiar. Isso arroja quando menos 400.000 árabes (e 60.000 de outras procedências) fronte não mais de 750.000 judeus na mostra de idade de 10 anos.Os judeus constituiriam como muito o 62% do grupo, de maneira que nem sequer poderiam constituir uma maioria qualificada dentro da Knesset.

Contrariamente aos judeus, os árabes são muito coerentes politicamente. Com uma participação do 33% controlarám a Knesset. Em muitos municípios, serão maioritários. Alcaldes judeus governarão aos judeus israelis. Para que creamos Israel?

Com a medicina israeli, exonerados de impostos, seguridade absoluta, e amplos benefícios derivados do Estado de bem estar procedentes do Estado judeu, a taxa de natalidade entre os árabes israelis é uma das mais altas do mundo. A percentagem judea na população israeli seguirá a declinar.

As implicações desta simples evidência são dramáticas. Inclusso se os árabes reduzissem imediatamente o seu ritmo de reproducção até igualá-lo ao dos judeus, constituiriam a facção maioritária na Knesset arredor do ano 2.070. No mais provável cenário de um decrecimento desse ritmo lentamente durante uma generação, os árabes superarão em número aos judeus em Israel antes avondo de 2.050. Não se trata de uma especulação. A morte é a protagonista. Os árabes serão maioria em muitas cidades israelis e o grupo de mais peso na Knesset.

O 72% dos árabes vivia ao sul de Israel em 1948, mas só o 13% agora; despraçaram-se às cidades israelis. O 2% dos árabes viviam em Jerusalém em 1967, mas 0 18% na actualidade. O 10% dos judeus habitam no fértil Israel do norde, em comparação com o 46% de árabes. Já são o 70% na parte baixa de Haifa e o 95% em Akko. Essas cidades foram judeas no seu dia. Os judeus israelis estám ficando isolados, se não em ghettos sim em enclaves. Os judeus estám sendo paulatinamente recluídos no desértico sul. Como sucedeu nas cidades do interior, os judeus marcham quando os árabes chegam, e cada dia mais cidades israelis caim em mãos árabes.

Os líderes árabes têm comprendido as implicações do câmbio demográfico. Em muitos discursos Arafat anunciava que os palestiniãos conquistariam Israel pacificamente reproduzindo-se.
É o momento de que os israelis reconheçam as implicações.


OBADIAH SHOHER