O Almirante dos EEUU Bull Halsey, um homem racional e responsável, dizia: “Golpeade forte, golpeade rápido, golpeade com freqüência”. A racionalidade e a responsabiliade são qualidades absolutamente extranas àqueles que desenvolvem a política de Israel respeito o su inimigo, a Autoridade Palestiniana. A sua política é “Golpeade suavemente, golpeade amodo, golpeade excepcionalmente”.
No hebreu, esta política denomina-se “havlaga” –auto-contenção-. Esta política vem motivada pelo temor ante a opinião mundial, e quiçá também pelo desejo de demonstrar a superioridade moral de Israel diante da crueldade dos seus inimigos árabes. É uma política completamente inane e imoral.
A havlaga prolonga a guerra. Inclusso acrescenta o número de baixas entre os judeus e os árabes. Mas deixade que me centre no carácter de um Governo que aplica esta política de havlaga -tão nojentamente no seu fracasso na represália contra o bombardeio constante de Sderot pelos árabes de Gaza.
Esta cobarde acção política revela a carência governamental de interesse sincero pela vida dos judeus. Paradoxalmente, como poderia semelhar, a política governamental de havlaga o que faz é debilitar o sagrado da vida humana. Anima ao inimigo e incrementa o despreço árabe –e inclusso o mundial- por Israel. A havlaga é uma política vil, e os seus adalides devem ser considerados seres humanos despreçáveis.
Esta tem sido a política dos Primeiros Ministros israelis e os seus sequazes desde a sinatura dos Acordos de Setembro de 1993 entre Israel e a Autoridade Palestiniana. Que desmoralizante! Que repugnante!
E agora, nem um só partido na Knesset protesta contra esta cobarde e autodestrutiva política. Inclusso os partidos religiosos, que proclamam o princípio de “pikuach nefesh” –proteger a vida- não dizem nada sobre o perigo da havlaga para a vida dos judeus. Os partidos religiosos são os mais culpáveis.
Os rabinos de antanho ensinaram-nos que “Qualquer que seja piadoso com o cruel, será finalmente cruel com o piadoso”. Daí deveríamos agardar que os partidos religiosos denunciassem a política de havlaga –alta e reiteradamente-. Deveriam expôr a irracionalidade de conceitos tais como “dano colateral” e “proporcionalidade” quando se está combatendo contra um inimigo genocida –um inimigo satânico, como testemunha a maneira em que os muçulmãos torturaram antes de assassinar aos judeus em Mumbai.
Os rabinos deveriam dizer, “Golpeade gorte, golpeade rápido, golpeade com freqüência”. Mas isso semelharia demassiado “pouco judeu” e “imoral”. Inclusso o Rabbi Judá Halevi dizia “Deves matar, com o que tenhas a mão”.
O Rei Salomão dixo: “Existe um momento para cada coisa…um momento para a guerra e um momento para a paz”. Cada tempo tem as suas próprias leis. Existem leis para a guerra, e existem leis para a paz. A havlaga não é uma lei para tempos de guerra.
Considerade o versículo “Quando vaias lutar contra os teus inimigos” (Deuteronômio 20:1). Os Sábios dizem: “Que significa “contra os teus inimigos”?”. E contestam: “Dixo Deus: “Combatede-os como inimigos. De igual maneira que eles não amosam piedade convosco, também não vós devedes amosar nenhuma piedade com eles”” (Tanchuma, Shoftim 15).
O mais grande dos monarcas de Israel, o Rei David, dixo: “Tenho perseguido e superado aos meus inimigos. Nunca me teria rendido até tê-los destruído. Tenho-os destroçado, de maneira que não serão capazes de voltar a erguer-se; estám tendidos ante os meus pes. Para Ti, que me tens dotado de força na batalha. Ti, que tens submetido ante mim àqueles que se alçaram contra mim. Ti, que tens feito que os meus inimigos me volvessem a espalda, e que decapitasse àqueles que me odiavam. Depois reduxe-os a pó no vento e barrim-nos como lama nas ruas” (Salmos).
Estas palavras podem semelhar crueis aos pusilânimes, ou demassiado “civilizados” judeus. Eles mais bem são as vítimas que os vencedores das guerras –os mesmos que não se preocupam demassiado pelo ánti-semitismo, e que acreditam estupidamente que assim é como debe ser. Quantos judeus têm sido assassinados, quantas crianças judeas têm sido convertidas em orfas, quantos judeus, homens, mulheres e crianças têm sido lisiados de por vida, quantas famílias judeas têm sofrido horrivelmente devido a esta insensata, cobarde e futil política de auto-contenção?
E quantos judeus (assim como árabes) seguiriam vivos na actualidade se o Governo israeli tivesse sustentado um cruel, mas rápido e decissivo, combate contra a Autoridade Palestiniana antes de que a devandita Autoridade pudesse acumular tamanhe quantidade de armas e adoutrinar a toda uma geração de rapazes árabes no ódio e no assassinato de judeus?
O povo judeu é conhecido (inclusso pelos seus inimigos) pela sua amabilidade e piedade –motivo pelo qual os árabes armazenam armas nos hospitais e escolas e se escondem tras as mulheres e crianças. Em tempos de guerra, sem embargo, “não amoses nenhuma piedade pelo teu inimigo” (Deuteronômio 7:17), verso sobre o que Maimónides sinala: “Com a piedade dos tolos perde-se toda justiça”.
Justiça, justiça, é o que Israel procura: a justiça tem sido sempre a causa sagrada do povo judeu. Hoje, porém, na medida em que nem os Governos israelis acreditam no justo da causa de Israel, pode causar assombro algum que os judeófobos do Mundo questionem o direito a existir de Israel e, inclusso, chamem ao seu extermínio?
PAUL EIDELBERG
7 Kislev 5769 / 4 Dezembro 2008
Etiquetas: Eidelberg
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