Milheiros de pessoas acudiram a Hebron para a leitura anual da porção (parshah) da Torá Chayei Sarah [Vida de Sara]. O texto comemora a consecução de Abraham de Maarat Machpelah como lugar de enterro para Sara. O astuto Abraham não aceitou o lugar como regalo, senão que insistiu em pagar por ele. A Torá relata que os judeus herdaram todas as propriedades de Abraham. Sem embargo, o Governo Israeli entregou a Cova dos Patriarcas aos muçulmãos, que agora ostentam o controlo sobre o lugar.
Os pelegrins durmiram em Kiryat Arba e o Bairro Judeu de Hebron em tendas. Os horrorosos jóvenes colonos, muitos deles seica arrancados dos berços pelos seus pais, charlaram amigavelmente com os soldados. Não pensedes que é uma exageração: os soldados judeus, de apariência tão futurista com os seus novos fussis Tavor, jogaram com os rapazes e as crianças. Embora os mass media de esquerdas vos repetiram a sua mentira oficial das “relações tirantes”, a realidade foi diferente: houvo grande camaraderia entre pelegrins e soldados. Os soldados foram agasalhados com cafê e comida; sorrisos e abraços intercambiaram-se em ambas direcções. Alguns soldados proclamaram em voz alta consignas politicamente incorrectas, e a multidão exclamou “Amén”. Tanto os soldados observantes como os ateus uniram-se ao ambiente festivo.
De quando em vez, algum esquerdista, ou dois, intentava incitar aos soldados, que cansinamente os sacudiam de encima. Contrariamente aos pacifistinhas, os soldados sabem o que é tratar com os autênticos árabes, e preferem-nos mortos. Os pacifistas têm mais éxito entre os árabes; de facto, de não ser pela sua incitação, os poderosos judeus e o respeito à força que têm os árabes produciriam mais avanços.
Houvo uma presença massiva do Exército em Hebron –arredor de meio cento de soldados na primeira noite. No segundo dia, a polícia acrescentou umas quantas dúzias de oficiais, apesar da absoluta calma. Ainda assim não satisfeitos, a polícia arrestou vários rapazes sem motivos aparentes. Curiosas crianças árabes davam a bemvinda à multidão de judeus.
Muitos judeus visitantes, sós ou em grupo, descenderam a Hebron. Os adolescentes transitaram pelas ruas até bem entrada a noite. Ninguém aparentava medo ante o perigo árabe: no meio da noite, os judeus passearam felizes por ruas desertas que ainda exibem signos em árabe.
Os esforços propagandísticos fracassaram misseravelmente. Alguns rapazes dos EEUU, traídos em grupos a gastos pagados, ficaram maravilhados com as pegadas arqueológicas e o espírito resistente dos colonos. Mas nengum guia arriscou o seu posto de trabalho explicando-lhes a realidade da ameaça de Paz Agora, do incurável terrorismo árabe, e a necessidade prática e religiosa de anexionarmos esta terra sem os seus nativos.
OBADIAH SHOHER
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