O juíz Moshe Drori declarou ilegal a destrucção da casa de Noam Federman, perto de Hebron, levada a cabo pela polícia israeli.
A pesar de que o juíz poderia ter tomado a decisão baseando-se mais bem em vários erros de tipo técnico presentes no documento de desalojo, optou por emitir uma opinião amplamente razoada. O juíz Drori sinalou que a polícia expulsou à família Federman no meio da noite porque supostamente construiram a sua casa numa zona militar fechada. Esse é o razoamento habitualmente utilizado para desmantelar os assentamentos: no momento em que tomam possessão de terras abandoadas e sem dono, não há razões legais para expulsá-los, e o exército judeu, arbitrariamente, declara o terreno como “zona militar fechada”.
Mas, aponta o juíz Drori, a única razão legal para declarar um terreno vazio, onde não há base militar alguma, como “zona militar fechada”, é evitar as infiltrações terroristas nas vilas judeas existentes. Baixo nenhuma circunstância os colonos –e a família Federman, em particular- podem ser considerados como uma ameaça para os outros habitantes judeus. Os colonos dos assentamentos, portanto, não devem ser expulsados de zonas militares fechadas. Federman, a sua dona, e nove pequenas crianças foram expulsados num operativo policial surpresa à 1’30 da madrugada, algo que destacados rabinos já vêm de comparar com a forma de agir nos progromos názis.
O razoamento do juíz Drori é saudavelmente lógico, e por este motivo, a esquerdista Corte Suprema poderia revocá-lo. O Ministro de Defesa do Estado judeu, um traidor chamado Barak, comprometeu-se já a apelar contra a decisão do juíz Drori.
Pelo visto, apesar de que o cese o fogo de Barak fracassou em Gaza, que Hezbolá abasteça aos terroristas com 42.000 foguetes, que Síria acrescentasse um milheiro de missis de meio alcanço, e Iran esteja a ponto de rematar a sua bomba nuclear, para essa escória de Ministro de Defesa não existe problema mais grave que esse diminuto pedaço de terra onde uma família de judeus quere viver.
OBADIAH SHOHER
Etiquetas: Breves de Obadiah
J. disse...
Ao marxe de que o desaloxo estivera ou non xustificado, a comparación á que alude Shoher cos pogromos nazis paréceme que está fora de lugar.
Non é razonable que denunciemos a banalización da Shoah que se fai dende seitores podres da sociedade, que mesmo intentan unha equiparación imposible coa situación de Gaza ou Cisxordania, e logo ir caer na mesma impostura. E que conste que as opinións de Shoher, aínda que non as comparta, si que me merecen respeto, por iso esta aclaración.
28/11/08, 11:57
SIMON BAR KOCHBA disse...
Eu também sou da tua opinião. Comprendo -e comparto- o fartazgo dos patriotas judeus que sofrem o acoso cotidiano do terrorismo árabe em primeira linha de fogo, e suponho que para eles será duplamente frustrante a posição do Governo que não apenas transije, senão que se emprega através das forças policiais às vezes com maior dureça contra os colonos que contra a ameaça do inimigo (como sinala muito acertadamente Shoher no parágrafo final). Ora bem, compartindo grande parte das opiniões de Obadiah Shoher -por algo as traduço e posteo- discrepo, ao igual que tu, de que em aras duma "plasticidade" efectista à hora de descrever um atropelo tão grave bote mão da repressão názi dos anos 30-40.
Saúdos.
28/11/08, 12:25