Tenho por costume não criticar a nenhum político que se posicione à direita do “centro”. A maior parte das vezes até evito fazer bulra de Lieberman [líder de Yisrael Beitenu] –agás quando se empenha em russificar o Estado judeu.
Existem muitos pontos nos que discrepo de Moshe Feiglin –mas tem uma incrível ventagem: intenta fazer coisas. Isto é muito pouco freqüente na aceira da direita, ensimismada sempre com ambiciosas nimiedades e autoalabanças. Feiglin não é um elevado teórico nem um político ingenioso –mas é o melhor candidato que tem a direita nestes momentos: mais influínte que Baruch Marzel, mais que um líder como Ariel Eldad, e infinitamente mais honesto que Netanyahu.
Poderia Feiglin sair exitoso num intento de tomar o controlo do Likud com os seus seguidores? As reservas ao respeito estám mais que justificadas. Considerando a baixa afluência de só o 40% nas anteriores primárias do Likud, o projecto de Feiglin poderia frutificar. Netanyahu não é uma opção viável para os conservadores: tras a execução de Rabin, fixo campanha na plataforma de rechaço aos Acordos de Oslo, mas depois aderiu a eles. Feiglin poderia trunfar ou não, mas os judeus honestos deveriam botar-lhe uma mão: apontade-vos ao Likud e votade por Feiglin. A aposta custa menos de 100 shekels em taxas de militância no partido, e não obriga a ninguém a ter que votar finalmente pelo Likud se remata indo encabeçado por Netanyahu.
OBADIAH SHOHER
* Este artigo está datado no passado mes de Maio, antes das primárias do Likud. Lembramos que o próximo 8 de Dezembro este partido celebra as primárias para confeiçoar as listas eleitorais que apresentarão à próxima Knesset.
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