O Governo israeli quer entregar Samária e Judea porque os árabes são maioria ali, e integrá-los na população israeli é inviável. Curiosamente, inclusso os esquerdistas repitem sem cesar esse mantra razista. Segundo essa lógica, Israel deveria entregar Galilea, onde os árabes são também maioria em muitos lugares. Câmbios políticos em função de câmbios demográficos. Intercambiar territórios por judeidade não é uma boa opção; Israel não deveria tratar de acadar uma maioria judea a costa de abandoar os territórios povoados pelos árabes. Um não pode ir amputando-se as extremidades para manter-se a salvo do cancro. Gaza, Judea, Galilea –Israel a pouco tardar carecerá de extremidades.
Preservar o carácter judeu de Israel com uma maioria árabe é impossível. Seja qual for a salvagarda constitucional da judeidade, uma maioria árabe rematará revocando-a. Inclusso antes de chegar a constituir-se como maioria, lançarão uma campanha ánti-apartheid. A Lei de Retorno aplica-se hoje aos judeus; introduzindo câmbios para aplicá-la aos refugiados palestiniãos, Israel inundará-se de contado com milhões de novos cidadãos árabes.
Não existe uma solução demográfica. Os judeus não vão começar a ter um grande número de crianças. Inclusso se o figessem, criaria-se uma situação cultural que levaria aos árabes israelis –seguindo a moda das famílias numerosas- a multiplicar-se em não menor medida que os judeus. A diáspora já está exausta, e não é previsível já nenhuma grande aliyah. Inclusso se uma vaga de ánti-semitismo brota-se nos EEUU de maneira significativa, os judeus americãos não se trasladariam a Israel: sem o apoio dos EEUU perceberiam-no como um lugar perigoso.
As respostas pacíficas são poucas. Que os árabes abrazem os princípios básicos do judaísmo semelha impossível. Em muitos aspectos importantes, e em infinidade de questões menores, o Islão vai pelo caminho contrário do judaísmo. Israel poderia reconhecer conversões de tipo reformista, apoiá-las, e atrair um grande número de judeus-a-meio-fazer. De maneira mais realista, Israel poderia optar por um modelo de democracia cosmopolita no Oriente Meio, o que nos enfronta de cheio com a grande pergunta: quem necessita uma Israel desse tipo? Já existe uma democracia cosmopolita que tolera aos judeus, os EEUU. Para que passar o trabalho de estabelecer algo mediocremente semelhante no Oriente Meio? A solução está clara. Quando Grécia procurou defender a sua cristandade, e Turquia o seu carácter muçulmão, procederam a intercambiar populações. Sem ter em conta a vontade dos implicados. Depois da Segunda Guerra Mundial, os alemãos foram ré-colocados pela força desde Checoslováquia e Polônia na Alemanha. O resultado é óbvio: inconvintes a curto praço, mas paz a longo termo, vivendo confortavelmente entre gente de comum sustrato cultural.
A deportação dos árabes não teria porque ser excessivamente violenta. A hostilidade popular e o rechaço judeu usados como pau, e as ajudas ao ré-assentamento e as compensações pelas propriedades, como zenoura, fazeriam-no singelo. Durante a frustrada campanha dirigida ao ré-assentamento o partido KACH recebera cartas desde povoações árabes que manifestavam o seu acordo a marchar condicionado a que Israel lhes garantisse terras noutro sítio qualquer. O Sohnut levou a cabo a sua tarefa de retornar os judeus da diáspora a Israel, e agora anda com absurdas propostas para justificar a sua existência, como trair imigrantes gentis para compensar o crecente número de árabes. O Sohnut poderia encarregar-se dos árabes israelis deportados.
Perseveremos num Israel judeu. Ressolvamos o fastidioso e inevitável problema de uma maioria árabe.
Que se vaiam.
OBADIAH SHOHER
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