DEMOCRATAS E APACIGUAMENTO

[Pelo seu interesse actual, reproduzimos esta coluna de Ann Coulter do ano 2006]



Soubem que os sucessos no Meio Leste [refere-se à 2ª Guerra do Líbano] eram importantes quando o The New York Times adicou-lhes quase tanto espaço como ao veredito dum tribunal de New York há um par de semanas no que rechazava o matrimônio homosexual.

Alguns têm argumentado que a resposta de Isral é desproporcionada, o que, na realidade, é correcto: não foi o suficientemente forte nem de longe. Sei-no porque aínda ficam zonas no sul do Líbano que não têm sido arrasadas.

A maior parte dos norteamericanos têm estado pegados às pantalhas dos seus televissores, assombrados ante a demonstração de poder de Israel perguntando-s: “Vaia, e nós por qu não podemos fazer isso?”.

O presidente do Comitê Nacional Demócrata, Howard Dean, afirma que “o que se está a passar no Meio Leste não estaria sucedendo se os democratas estivessem no poder”. Certo. Se os democratas estivessem no cárrego, as nossas cidades estariam caminho de estar em ruínas e o Estado de Israel de ser borrado do mapa.

Mas, segundo Dean, os democratas “teriam a autoridade moral que teve Bill Clinton” –não, em sério, sigam lendo- “quando reunia a israelis e palestinianos”. Clinton, certamente, obteve a Paz do Nosso Tempo com esse acordo –sendo “o Nosso Tempo” uma referência à emissão televissiva de cinco minutos na que o anunciou. Yasser Arafat retractou-se imediatamente de todas as suas promesas e iniciou a 2ª Intifada.

O facto de que Israel seja quem de lanzar um ataque contra Hezbolá sem provocar imediatamente uma conflagração internacional no Meio Leste é prova do que tem logrado Bush. Tem começado a conformar um bloco moderado de líderes árabes que, aparentemente, não estám dispostosa converter-se no próximo Saddam Hussein. Não se tem produzido uma quebra da Bolsa, amosando que os mercados têm confiança em que Israel tratará apropriadamente o problema e que não se expandirá até converter-se na Terceira Guerra Mundial.

Mas os progressistas nunca podem abandoar a ideia de que devemos aplacar às bestas selvagens apaciguando-as, já estejamos tratando com assassinos como Willie Horton [nota: famoso assassino em série de finais dos anos 80, que protagonizara uma matanza tras acolher-se a um programa de permisos] ou com terroristas islâmicos. Depois a besta come-te. E é que só há duas opções com os selvagens: lutar ou saír fogindo. Os democratas sempre querem saír fogindo, mas disfarçando-o com lemas ocos como “diplomácia”, “implicação”, “implicação multilateral”, “contenção” ou “acudamos à ONU”. Suponho que pensam: “Eh, o apaciguamento funcionou muito bem com…uh…agarde, esta sei-na,…ummm…tenho-o na ponta da língua”.

Aos democratas gosta-lhes falar, mas nunca os acharás lutando. Sempre existe uma escura objecção a plantejar em cada circunstância particular. Mas, nalguma guerra futura vam ser intrépidos! Simplesmente uma é incapaz de imaginar qual vai ser essa guerra. Os democratas nunca têm encontrado uma guerra da que não poidam fogir.

No programa “Encontro com a imprensa” do mes passado, ao senador [actual vicepresdente] Joe Biden perguntaram-lhe se apoiaria uma acção militar contra Iran se os iranianos chegassem a “apretar o acelerador com o desenvolvimento do seu programa nuclear”. Não, por suposto que não. Não há, dizia Biden, “ameaça iminente ensse ponto”.

Segundo os democratas, não podemos atacar a Iran até que tenham asinado uma declaração jurada afirmando que têm armamento nuclear; mas também não podemos atacar a Corea do Norte –porque pode que já disponha de armas nucleares. O patrão a seguir é: “Não ataques a ninguém por motivo nenhum, nunca. Nunca”.

Os democratas estám irritados porque Corea do Norte tem mísseis nucleares, com Howard Dean dizendo que os democratas são mais firmes que os republicanos em matéria de defesa porque, desde que Bush é Presidente, Corea do Norte “tem quadriplicado o seu arsenal de armamento nuclear”. Não era muito dificil. Clinton concedeu aos norcoreanos 4.000 milhões de $ para construir reactores nucleares a câmbio de vagas promesas de não utilizar esses reactores para construir bombas. Mas, extranamente, paraa lémd esse trunfo da “diplomacia”, os selvagens não responderam portando-se bem. No seu lugar, pugeram-se a trabalhar imediata e febrilmente na construcção de armas nucleares!

Mas essa é outra ameaza que os democratas não consideram que esteja madura para a acção índa. “Em “Encontro com a imprensa”, o passado domingo, o senador Biden despreçava à ligeira aos norcoreanos dizendo que “o seu Governo é como um escolar de oitavo grau que quere chamar a atenção com um petardo” e que “nem sequer os chicos de Inteligência diezem que seja seguro que possuam armas nucleares”.

Essa é a prova? Necessitamos ter a absoluta certeza de que os norcoreanos têm uma bomba nuclear capaz de golpear California –com Kim Jong Il jurando solenemente bombardear os EEUU (e dando realmente a sua palabra esta vez) antes de que nós…que? Se têm uma bomba nuclear, que fazemos então? É a guerra mundial termonuclear essa na que os democratas por fim vam estar dispostos a lutar?

Os democratas não reconhecerão a existência duma “ameaza iminente” em parte alguma do mundo até que haja um missil nuclear a 12 minutos de New York.

E então não nos poderemos dar a satisfacção de dizer-lhes: “Avisamos-vos”, porque estaremos todos mortos.


ANN COULTER

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