[A seguinte carta foi enviada por Menachem Begin a Ronald Reagan em Setembro de 1982]:
O que alguns denominam o “West Bank”, Sr. Presidente, é Judea e Samaria, e esta singela verdade histórica nunca cambiará. H´cínicos que desprezam a história. Que sigam com o seu desprezo como gostem, mas eu prefiro seguir do lado da verdade. E a verdade é que milênios atrás houvo um Reino Judeu de Judea e Samaria onde os nossos reis arrodilharam-se ante D’us, onde os nossos Profetas pugeram em marcha a visão da paz eterna, onde desenvolvimos uma civilização avondo próspera e que levamos conosco nos nossos corações e mentes, no nosso prolongado vagar durante 18 séculos, e, movidos por isso, rematamos regressando ao nosso fogar. Mediante uma guerra agressiva, mediante a invasão, o Rei Abdula conquistou parte de Judea e Samaria em 948; e na mais legítima guerra de autodefesa que jamais tenha existido, em 1967, tras sermos atacados pelos Rei Hussein, libertámos, com a ajuda de D’us, aquela parte do nosso fogar nacional.
A geografia e a história têm querido que Judea e Samaria sejam um país montanhoso e que duas terças partes da nossa população vivam na faixa costeira dominada desde o alto dessas montanhas. Desde ali pode-se golpear sobre todas e cada uma das cidades, cada vila, cada povo e, por último, mas não menos importante, sobre o nosso principal aeroporto.
Sr. Presidente, você e eu próprio eligimos expressamente dois anos atrás selar entre os nossos países um compromiso firme de amigos e aliados. Chegado o caso, um amigo nunca debilita as posições doutro amigo, um aliado não põe em apuros ao seu aliado. E essa seria a conseqüência inevitável das “posições” [Begin refere-se ao Plano de Reagan que chamava a Israel a retirar-se das linhas de 1967] que me têm sido transmitidas o 31 de Agosto de 1982, no caso de fazerem-se realidade. Acredito que não o serão.
Por amor a Sion não calarei, e por amor a Jerusalém não descansarei (Isaias, 62).
MENACHEM BEGIN
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