Bem, com tudo o que se está passando, deixemos a política por um minuto e falemos de coisas mais grandes e melhores.
Arredor desta época, mentres nos aproximamos ao final de um ano e o começo de outro, um novo ano, muitos pensamentos cruzam as vossas cabeças. Com tantos assuntos diante nossa, é fázil esquecer todo o bom, todo o positivo e, falando de Hebron, as maravilhosas miragres que formam parte de tamanhe maneira da nossa vida cotidiana que, amiúde, damo-las por descontadas.
Foi precisamente nesta época, oito anos atrás, quando começou a Guerra de Oslo (chamada por outros, a Segunda Intifada). Não sou capaz de contar o número de buracos de bala nas casas e carros da gente, que “falharam por uma pulgada”. E essas ainda caberia a possibilidade de contá-las. Mas, que me dizedes da gente caminhando pela rua que foi tiroteada –às vezes nem sequer imaginando quan perto passaram esses projectis para rematar com eles.
Assim tem sucedido, ao longo destes anos. Nunca um momento de trégua, mas também não nunca um momento sem uma miragre.
Isso mesmo se passou hoje.
Aqui, em Beit Hadassah, onde eu vivo, temos um grande pátio exterior. Parte do lugar alberga um grande parque de jogos para as crianças. Na outra zona há um par de colúmpios e bancadas. Quando os dias são agradáveis, ao atardecer, mentres os rapazes estám jogando numa parte, as mães e os mais meninos estám sentados na outra, conversando e disfrutando da queda da tarde.
Hoje não era uma excepção. Um numeroso grupo de mulheres e crianças relaxavam-se lá abaixo, quando de súpeto vários blocos de pedra começaram a chover sobre eles. A edificação de Beit Hadassah está comunicada com a rua por uma longa ponte de pedra que se extende sobre o pátio. Por alguma razão desconhecida, grandes blocos de pedra do lateral da ponte soltaram-se e começaram a cair, justamente onde estavam as mães e os meninos. Uma mulher, miragrosamente, vinha de sacar ao seu pequeno de seis meses do carrinho quando, boom, um bloco de pedra caiu sobre o leito onde segundos antes estava descansando. Outro raparigo de poucos meses estava gateando pelo chão. Um bloco aterriçou e rebotou junto a ele deixando-o intacto. Falade de miragres. Wow!
Outras pedras cairam sobre a entrada dum apartamento familiar. Afortunadamente, ninguém passava por ali nesse instante.
Este é um pequeno exemplo daquilo pelo que temos que estar agradecidos, conforme nos aproximamos ao novo ano. Às vezes observamos miragres e às vezes não somos capazes, mas sempre estám entre nós, e temos muito pelo que estarmos agradecidos.
Quiçá em Hebron este tipo de miragres sã mais tangíveis que noutros sítios. Eu sei que existe um Deus lá arriba que nos protege onde queira que estejamos. E, apesar de todos os roblemas, jamais devemos esquecer-nos de amosar gratidão por todas as coisas boas que Ele faz por nós, e sentir com alegria o privilégio que significa estarmos aqui, fazendo o que fazemos, na cidade sagrada de Hebron.
DAVID WILDER
(21 Elul 5768 / 21 Setembro 2008)
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