"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Salmos 1:1)
As elites dirigentes israelis sifrem uma patologia claramente manifestada nas páginas do Éxodo ao descrever a conduta do Faraão egípcio.
Apesar de sofrer uma praga devastadora tras outra, o déspota egípcio rechaçou obstinadamente que os judeus pudessem marchar. Tras a sétima praga, Deus endureceu o seu obstinado coração para que fosse quem de suportar os seguintes ataques. Dado que era responsável de tanto mal, foi provado da liberdade de arrepentir-se e desistir da sua,obviamente, ruinosa política. Com toda claridade, o Faraão estava guiado pela egolatria, mas esta egolatria for reforçada por Deus. A este tipo de egolatria denomino-a o Síndrome Faraônico.
O Síndrome Faraônico aqueixa pas elites políticas israelis. Durante os passados 15 anos, seis sucessivos primeiros ministros —Yitzhak Rabin, Shimon Peres, Binyamin Netanyahu, Ehud Barak, Ariel Sharon, Ehud Olmert— cegos à enormidade do seu mal, trataram de assinar a paz com a OLP, uma organizaãó cujos antecedentes terroristas e criminais remontam-se ao próprio momento da sua formação em 1964. Estes políticos foram tão moralmente obtusos que consideravam que o objectivo genocida da OLP, proclamado na sua Carta fundacional, era negociável.
Lénine teria-os chamado “idiotas úteis”, por consentir que a OLP acumulasse amplos arsenais de armas e que adestrasse aqui mesmo, em Israel, um exército terrorista que, coordinado com Hizbullah, ameaça a exostência deste país. Se Tzipi Livni consegue formar Governo, teremos outra Primeira Ministro aqueixada do Síndrome Faraônico.
A manifestação mais çobvia deste síndrome é a obstinação do Governo em aderir a desastrosa política de “paz por territórios”, uma política santificada por Oslo ou os Acordos do 13 de Setembro de 1993.
Desde a sinatura desses acordos, que permitiram a Arafat estabelecer uma rede terroristaem Israel, uns 1.799 judeus têm sido assassinados. Muitos milheiros mais têm sido feridos, mutilados, traumatizados. Ainda, no dézimo quinto aniversário dos Acordos de Oslo, Uri Savir, que era Director Geral do Ministério de AA.EE. e negociador chefe nas conversas, teve o rosto e a desvergonha de dizer a The Jerusalem Post, “trata-se de continuar Oslo ou nada”.
O Post dignificou o inane comentário de Sacir publicando-o na primeira plana da sua edição do 14 de Setembro. Ao dia seguinte, o Post publicou nessa mesma primeira a advertência do membro da Knesset, Yuval Steinitz, de que “uma solução de dois Estados [ao conflito entre Israel e os árabes palestinianos] suporia a desaparição de Israel”.
Steinitz tem sido chamado o protegido de Netanyahu. Representam as suas advertências os pontos de vista do seu mentor político? Netanyahu jamais se tem referido a Oslo como um garrafal erro diplomático. De facto, ele votou contra uma ressolução da Knesset para derrogar o Acordo de Oslo, inclusso apesar de que a sua própria oficina, quando ele era Primeiro Ministro, emitia quase a diário informes de como a OLP estava violando os Acordos. Semelha que Netanyahu não pode vencer o Síndrome Faraônico sem se incriminar a sim próprio e a muitos outros como cúmplices no derramamento de sangue judeu.
Que continua com a política letal de “paz por territórios” faz-se evidente dada a sua insistência na “reciprocidade” em negociar com a Autoridade Palestiniana. Ainda mais, dado que persiste em afirmar que “necessitamos um sócio com quem negociar”, seria razoável deducir que não é contrário ao estabelecimento dum Estado Palestiniano –apesar das advertências de Steinitz. Forte Síndrome Faraônico.
Outra manifestação deste síndrome é a taimada e deshonesta afirmação dos políticos israelis, juízes, acadêmicos e jornalistas de que Israel é uma democracia . Existe algum tipo de conexão entre esta afirmação de Síndrome Faraônico e a descavelada adesão a Oslo? Sim, embora só seja porque a reputação de Israel como democracia leva aos seus Primeiros Ministros a iniciar negociações com os inimigos implacáveis de Israel. Essa actitude é a que se agarda dos democratas, como testemunha a vontade dos EEUU de negociar com Irão, epicentro da yohad islâmica –como se um pudesse falar com os déspotas ialâmicos à marge das suas diabólicas crenças, o seu ódio aos infideis, e os seus objectivos globais.
Detenhamo-nos aqui. Sempre,a partir de 1975, quando a ONU declarou o sionismo uma forma de razismo, as elites dirigentes de Israel têm-se avergonhado de afirmar o seu sionismo –a ideia que dirigiu e justificou o renascimento de Israel. O que agora dota de legitimidade ao Governo de Israel e às suas elites dirigentes de respeitabilidade não é o sionismo senão a “democracia”. O ethos da democracia requere liquidar as disputas por meio da negociação e o compromisso. Daí, que para preservar a reputação de Israel como uma democracia, os governos israelis devam negociar com a OLP, o que não faz mais que acrescentar a cor da legitimidade dum Estado palestiniano.
Porém, a consequência prática de legitimar um Estado palestiniano é a deslegitimação do Estado judeu perjudicando –por etapas- a integridade territorial israeli. Este é o motivo de que o Código Penal israeli estipule que qualquer acto que vaia contra a integridade territorial de Israel é uma traição. Uma petição a tal efecto foi remitida, e rechaçada, pela ultrasecular Corte Suprema israeli, cujos dirigentes subordinam os valores judeus aos valores democráticos inclusso apesar de que a própria Corte é uma oligarquia que se auto-perpetua!
A destructividade do Síndrome Faraônico é absolutamente evidente nos dirigentes da Corte Suprema, que no nome da democracia, têm truncado e mutilado a comunidade judea. Basta mencionar a tendenciosa sentência desta Corte de que Gaza, assim como Judea e Samaria, consituem “territórios ocupados beligerantemente”. Nenhuma outra sucursal do Governo ilustra mais claramente o destrutivo Mito da democracia israeli.
O mito impregna a mentalidade do povo de Israel. A retirada do Governo de Sharon de Gaza, assim como a expulsão dos seus 8.000 residentes judeus em 2005 foi justificado em termos de “democracia”, apesar de que uma abrumadora maioria dos votantes rechaçara essa política nas eleições de Janeiro de 2003.
Doutra banda, consideremos as eleições primárias de Kadima, ganhadas pela Ministra de AA.EE. Tzipi Livni. Esta mesquinha eleição de partido –resultado do desastroso Governo de Kadima- pospõe umas eleições nacionais nas que o povo de Israel pudessem decidir quem haveria de ser o Primeiro Ministro. Um brilhante jornalista sinala a oximorônica, assim como faraônica, conclussão de que “o povo está privado actualmente de fazer qualquer coisa ante o atropelho de Livni e o Kadima do nosso sistema democrático”
As eleições nacionais de 2003 foram um rotundo fracasso da democracia quando o líder do Likud, Ariel Sharon, fixo campanha em contra, mas a posterióri, adoptou a política laborista de desconexão unilateral.
O Síndrome Faraônico, que deforma a mente dos “melhores e mais brilhantes” está arruinando Israel. Pergunto.-me se algo distinto a um tratamento de choque pode derrotar a este síndrome. Não acredito nas eleições democráticas em Israel, apenas só seja porque as instituições de governo actuais estám muito longe de ser democráticas, como tenho demonstrado com frequência.
Israel está sob a ameaça da destrucção. Irão, Síria, Hizbollah, Hamas, e inclusso Egipto querem borrar Israel do mapa. Hizbollah que tinha arredor de 12.000 missis antes da 2ª Guerra do Líbano, tem agora uns 30.000. Hamas está acumulando missis mortíferos que podem alcançar mais cidades israelis. A construcção militar egípcia e o aluvião áti-semita dos seus mass média é aterrador.
Mentres, muitos europeus, pelo que semelha, não lamentariam a desparição de Israel. O ódio face Israel incrementou-se notoriamente durante o mandato de Ariel Sharon, apesar de que ele seguiu uma política de auto-controlo e retirada territorial. O Governo israeli fazeria bem seguindo o conselho de Maquiavelo: melhor ser temido que querido. Por isso, o Governo deve alterar drasticamente a forma em que os demais percebem a Israel. Israel deve deixar de ser percebida como uma democracia, cujo governo está desejoso de entregar troços do fogar judeu –actitude que só pode acarrear despreço, sobretudo entre os árabes. E, por suposto, Israel deve cesar na sua cobarde “política de paz”, que é induvidavelmente ánti-democrática.
Israel está em guerra, confrontada a múltiples inimigos. Precisamos urgentemente um Governo que mobilize o país e afronte uma guerra selectiva contra estes inimigos. Namedida em que eluda esse Governo, Israel seguirá o caminho da República Romana e se encontrará com um ditador para a ocasião –uma ocasião de guerra.
Não há paz sem vitória. Negociar com déspotas –homens diabólicos- dignifica-os a eles e degrada-nos a nós. As eleições democráticas e os seus insignificantes políticos não fazerão mais que nos distrair e dividir na medida em que Israel permaneça atrapada neste ineficaz sistema de gabinetes governamentais multipartidários. Devemos pôr fim a um sistema que magnifica o auto-engrandecimento político. Devemos pôr fim às mentiras da “paz por territórios” –sim, e a todas as mentiras sobre a democracia israeli.
Devemos fazer pedaços o Síndrome Faraônico e apostar por um novo começo.
PAUL EIDELBERG
(22 Elul 5768 / 22 Setembro 2008)
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