A ausência do império da lei espelha-se no chamativamente desigual trato de árabes e judeus
Os judeus estám chamados a ocupar um estátus minoritário
Israel precisa anexionar-se de forma imediata arredor do 60% de Judea e Samaria, povoadas apenas por um 1% de árabes palestinianos. Os árabes israelis deverão reagrupar-se com os seus irmãos jordanos, permitindo assim que Israel exista como Estado judeu. Todo o mundo está dacordo em que os refugiados de 1948 não podem regressar a Israel, o que implicitamente é um reconhecimento do direito de Israel a construir um Estado judeu. Se Israel puido expulsar legitimamente a 600.000 árabes em 1948, por que não expulsar a um número ligeiramente superior agora? Qual é a diferença moral entre expulsar aos árabes em 1948 e em 2009? Os EEUU permitiram a expulsão dos alemães de Alsácia-Lorena e um éxodo forzoso aínda muito maior propiciado por França na Indochina. Os EEUU têm promovido uma recolocação de populações tão grande em Viet-Nam e Afeganistão que questionar o direito de Israel a recolocar aos árabes 30 milhas para além é vergonhosamente hipócrita. Os EEUU anexaram-se uma terceira parte de México, apenas há um século, repressaliando aos que se resistiam duma maneira que faz palidecer o bombardeo árabe de Sderot. Entre os principais aliados dos EEUU, Japão garante a cidadania só aos que são etnicamente japoneses, Alemanha só favorece o retorno dos etnicamente alemães, e os Emiratos Árabes Unidos só garantem a cidadania aos árabes –a pesar de que os índios e os iranianos levam vivendo ali desde incalculáveis gerações. Todos e cada um dos Estados árabes pressionaram aos seus judeus para emigrar, e agora proíbem aos judeus adquirir terras ali. Vender propriedades aos judeus constitui uma ofensa capital no mandato da Autoridade Palestiniana. Israel tem, pois, todo o direito a agir com reciprocidade e recolocar aos seus árabes. Causaria sofrimentos a alguém o proceder desse modo? Seguramente, mas na mesma medida que a criação de qualquer Estado. Os EEUU causaram mais de um milhão de mortos em Afeganistão, apoiando a insurrecção ánti-soviética por motivos meramente ideológicos. Os judeus sofreram mais de 50.000 baixas durante o estabelecimento do nosso Estado. Todo o mundo está povoado, ea criação de um Estado sempre causará algum tipo de sofrimento. Recolocar aos árabes de Israel para criar um Estado judeu ajusta-se historicamente ao sofrimento mínimo, e Israel poderia inclusso compensar aos árabes. Pensade-o nestes termos: se Palestina é um Estado palestiniano sem judeus, Israel deveria ser um Estado judeu sem palestinianos. Os judeus foram despraçados de todos os países árabes; agora é o momento de que os árabes marchem de Israel.
A lealdade dos árabe-israelis é pura ficção. Os árabes mais pragmáticos toleram a Israel na medida em que os judeus lhes dêm grandes quantidades de dinheiro através de projectos de infraestruturas e subsídios directos, os eximam de qualquer tipo de obriga como pagar impostos ou servir no exército, e não interferam nos assuntos da comunidade árabe. De facto, a polícia israeli não accede aos bairros árabes. Lod, uma comunidade parcialmente árabe próxima ao aeroporto Ben Gurion, está delcarada oficialmente “zona hostil” fechada a qualquer tipo de actuação legal; a polícia accede raramente, em veículos blindados. Os árabe-israelis de Galilea ovacionaram desde os telhados das suas chozas quando os mísseis de Hezbolá bombardearam Haifa. Os árabe-israelis alinham-se maioritariamente com a OLP e votam dacordo com as instrucções da OLP –como quando apoiaram a Rabin. Os árabe-israelis adicam-se a promover o ódio, incluíndo as violações de judeas, e exibem uma hostilidade criminal no seu agir cotidiano. Um taxista árabe ou um padeiro oferecem-vos o seu sorriso, mas se comportarão de modo distinto quando não haja pelo meio uma remuneração econômica. Os membros árabes da Knesset visitam de modo rutinário Estados inimigos como Síria, e intercâmbiam informação com os seus dirigentes. A OLP segue as tácticas de Ho Chi Min de construir uma sociedade paralela no Viet-Nam do Sul. Fatah construi uma sociedade árabe dentro de Israel paralela ao Estado: com o seu próprio benestar, instituições de saúde, departamentos legais, administração e ideologia.
Alguns dos nossos amigos mais capazitados aconselham a Israel seguir o modelo de Sul África, baseado no domínio informal. Lá, a população branca concedeu todos os direitos democráticos aos negros mas controla o país de modo informal, maioritariamente através das funções superiores da economia. Um cenário tal não funcionaria
A esquerda israeli originariamente aceitara os direitos democráticos para os árabes devido a que eram muito poucos como para ter influência na política israeli. Para além da hipocresia de premiar com direitos a gentes incapazes de disfrutá-los, esta situação tem variado. Os árabes influim decisivamente nos processos eleitorais israelis: por exemplo, Rabin chegou a Primeiro Ministro graças ao voto árabe, e do mesmo modo Barak logrou impôr-se nas recentes primárias de Avodah. Em vinte anos, os árabes que actualmente são crianças estarão em idade de votar e constituirão mais da terça parte do eleitorado –de longe o grupo mais representativo à hora de votar. Durante quanto tempo poderão os judeus evitar as medidas críticas para o Estado propostas pelos políticos árabes num Gabinete de Seguridade, onde se tomam as decisões militares e de seguridade? Aínda mais, que evitará que os árabe-israelis –como qualquer outros cidadãos num Estado democrático- podam reclamar o Ministério de Defesa? Que impedirá que formem uma coaligação maioritária com os judeus de ultra-esquerda e federem Israel com Jordânia? Arafat, e mais recentemente Ahmadineyad, têm feito ênfase na estratégia de tomar o controlo do Estado de Israel pacificamente, democraticamente, através de eleições. As mães árabe-israelis são um arma mais fiável que os palestinianos suicidas.
O Dia da Independência israeli é Al Naqba, o dia da catástrofe, para os árabe-israelis; eles perderam a sua independência quando os judeus alcançaram a sua. Israel exibe um símbolo judeu na sua bandeira, a estrela de David. O símbolo religioso judeu, a menorá, adorna todos os documentos oficiais do Governo. O hino nacional israeli faz menção do espírito judeu, não do muçulmão. Não há lugar para os símbolos muçulmãos no Estado judeu. A Lei de Retorno israeli dá a benvinda aos refugiados judeus procedentes do ano 135 da Era Comum, mentres que Israel não admite aos refugiados árabes de
Israel é um Estado unireligioso, ao modo do Vaticano, não uma democracia aséptica que deva ser religiosamente cega.
OBADIAH SHOHER
22 Nisan 5769 / 16 Abril 2009
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