GLÓRIA, PIM PAM PUM

Ontem manifestaram-se em Santiago de Compostela os 12.000 que se manifestam cada 25 de Julho em apoio da organização nacional-populista Bloque Nacionalista Galego. Os mesmos que se manifestaram em Janeiro na manifestação de apoio a Hamas.

Tras a pancarta da organização satélite do BNG, Mesa pola Normalización Lingüística –que nome tão sinistro e desafortunado- ía a dos autênticos patrocinadores do acto portada pelos seus figurões o Colonel Guillelme Vázquez, o membro do Opus Dei Carlos Aymerich, o clon de Paco Rodríguez no Congresso espanhol, Paco Jorquera, e outros altos mandos da UPG (Alfredo Suárez Canal, Ana Pontón, etc.).

O resto das pancartas, amosava a pluralidade do apoio com que contou a marcha: Galiza Nova (organização da mocidade do BNG), Sindicato Labrego Galego (sindicato agrário do BNG), Comitês Abertos de Facultade (secção universitária do BNG), sindicato CIG-Ensino (sindicato do ensino do BNG), Nunca Máis (plataforma de titiriteiros do BNG), e assim.

No transcurso do acto corearam-se consignas incitando à rapazada mais intrépida do movimento nacional socialista galego ao assassinato de Glória Lago, Presidenta de Galicia Bilíngüe. Os mesmos que nas vésperas do 25 de Julho põem bombas nas sucursais bancárias, ou que reventam manifestações e actos com procedimentos tirados do catálogo dos camisas pardas mussolinianos.

‘Galicia Bilingüe’ é uma associação privada sem ânimo de lucro que organizou uma marcha pacífica o dia 8 de Fevereiro de este ano na mesma Santiago de Compostela, e que no momento de arrancar a comitiva foi atacada violentamente por uma quadrilha de fascistas “incontrolados” que lhe arrojaram botes de pintura, pedras e outros objectos enxebres, demonstrando quanto acreditam na democracia.

Os názis alentaram durante anos o ódio aos judeus, e já sabemos como rematou tudo. Joseph Goebbels adoptou uma série de princípios de propaganda. Um de eles era o ‘Princípio de simplificação e do inimigo único’. Quer dizer, ‘adoptar uma única ideia, um único símbolo. Individualizar ao adversário num único inimigo.

Eles agitam a árvore.

O resto do trabalho já se encarregarão de levá-lo adiante os émulos mais ébrios do que foi o EGPGC*.

P.S.: Onde dianhos estavam Luis Tosar e Uxia Senlles?


SOPHIA L. FREIRE


* EGPGC: Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive. Organização de finais dos anos 80 e começos dos 90, formada a partir de elementos radicalizados do BNG, que se adicou a imitar o accionar armado da ETA. Os seus fitos mais destacados foram matar dum tiro na nuca a um garda civil emboscado em Irixoa e colocar uma bomba na discoteca Clangor de Santiago, a resultas da qual resultaram feridos 50 rapazes, morrendo a jovem Mercedes Domínguez, assim como imolados dois terroristas.


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