NETANYAHU E OBAMA: ACTO FINAL

O encontro de Netanyahu com Obama deveria ser incluído nos manuais de psiquiatria.


Obama fixo gala do síndrome do esquerdista: quando uma teoria tropeza com os factos, ao diablo com os factos! –e de passo com o mensageiro. Ante o rechazo de Rússia, Síria e Iran, tras os monumentais erros em Irak, Afeganistão, Pakistão e Líbano, Obama não semelha disposto a reevaluar a sua política. Mais bem, pelo contrário, semelha disposto a seguir desprezando a inoportuna realidade. Ante uma orde mundial que se desmoroa, ele acredita estar a salvo tras o escudo dos seus preconceitos.


Incapaz de derrotar aos seus inimigos, Obama procura a vitória noutra fronte –a que o situa em contra dos seus amigos. Abandoou o leste europeu e Ásia Central às mãos de Rússia, apostou pela “democracia” e Hezbolá em vez de respaldar o Governo de Fouad Siniora no Lïbano, substituiu a Egipto como eixo de apoio na política americana no Meio Leste pelos ayatolas iranianos, e asume que cumpre sacrificar a Israel. Obama seria incapaz de promover melhor os interesses do islamismo nem se estivesse na sua nómina.


Pressionado por Netanyahu, Obama endureceu a sua posição pro-iraniana: em vez de adiar, pelo menos, a primeira ronda de negociações para o mes de Outubro, agora pretende aprazá-la para Dezembro. Os psiquiatras identificariam este patrão de conduta imediatamente: o esquizofrênico bota as culpas dos seus problemas ao próprio doutor e culpabiliza-o. Dissociado entre a teoria e a realidade, Obama conduze-se seguindo o prototípico modelo da esquizofrênia.


A solução é bem conhecida: o interlocutor não deve empatizar com o esquizofrênico. Netanyahu deve opôr-se firmemente a Obama em vez de seguir-lhe a corrente. Ser inimigo de Obama é muito mais seguro e proveitoso que ser o seu amigo –como podem testemunhar os ayatolas.


Por que, daquela, Israel tem que submeter-se aos desejos de Obama? Os EEUU pode que controlem o mundo, mas com 45 judeus no Congresso quem pensades que controla os EEUU realmente? Que pode fazer Obama depois de oir um “Que te fo…!” procedente do Primeiro Ministro israeli?


O Primeiro Ministro deveria convocar uma rolda de prensa nos EEUU e dirigir-se ao povo americano directamente. A maioria de eles são gente sensata –muitos a pesar de Obama- e muitos dos seus forofos de última hora já começam a estar desencantados com ele. Dacordo, bombardear Iran não é assunto dos EEUU do mesmo modo que os ayatolas não podem ameaçar ao Grande Demo. Mas, pelo menos, o povo norteamericano comprenderia que o seu Presidente não é quem de atar as nossas mãos para impedir que nos defendamos.


O Primeiro Ministro deve dar um giro às tornas e isolar a Obama apresentando-o como o que realmente é: um idiota. Numa conferência de prensa de 29 minutos, as falácias de Obama fazeriam-se evidentes para qualquer Jor o Fontaneiro. Para além disso, a credibilidade de Netanyahu em matérias de seguridade é avondo mais contrastada que a de Obama. Não cumpre andar-se com meias tintas: os judeus devem fazer fincapé no absurdo de acreditar um só minuto mais no combate de Obama contra a expansão islâmica. A luta do judeu-cristanismo contra o expansionismo islâmico é uma noção perfeitamente comprensível, inclusso para os mais acérrimos ateus.


Obama não pode ameazar com que as coisas vaiam ir pior para Israel. Com os seus 900 milhões de dólares de respaldo ao Governo de Fatah –que se nega a reconhecer a Israel como Estado judeu-, o intento de apaciguamento dos ayatolas, a inacção ante a toma de controlo talibám dos reactores nucleares de Pakistão, e a total aquiescência com o programa nuclear de Corea do Norte: que mais poderia fazer Obama, na realidade, para empiorar a situação de Israel? Também não poderia suspender o apoio militar dos EEUU a Israel, como se rumorea no Congresso. Obama não seria politicamente capaz de rematar com a ajuda a Israel mentres mantenha a que proporciona a Egipto e Palestina.


Obama pode revocar os permissos de exportação mediante uma orde executiva e deter o abastecimento de Israel. Algo que fazerá, de todos modos, se entramos em guerra com os árabes. Hussein Obama não é Nixon, que deixou a um lado o seu intento de contenção dos judeus quando entendeu que estávamos lutando pela nossa supervivência. Em vez de fechar os olhos ante o que é óbvio, os altos mandos das IDF devem reorientar o seu modus operandi, e adicar-se a armazenar componhentes críticas, a fim de que não dependamos de Obama em tempos de guerra.


Como todas as crises, esta apresenta uma boa oportunidade. Rússia observa atentamente como as relações de Israel com os EEUU estám caíndo em barrena. Afastar a Israel dos EEUU é algo pelo que os russos estariam dispostos a morrer –e, sem dúvida, a matar. O armamento russo é infinitamente mais barato que o norteamericano; a sua qualidade, suficiente como para derrotar aos árabes. E o apoio russo não se baseia em pre-conceitos de índole moral.


Netanyahu deveria atacar Iran se as relações entre Israel e Obama se deterioram até um ponto de não retorno.



OBADIAH SHOHER



26 Iyar 5769 / 20 Maio 2009

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