MURADO


“Palestina es parte de la sociedad occidental, una especie de Italia de los años 70, en ocasiones irritantemente tradicional y otra encantadoramente tradicional, pero perfectamente reconocible. Israel es un país extraño, el experimento socio-político más extremo del nacionalismo étnico de los años 20; gira únicamente en torno a sí misma, siempre excluyendo al resto del mundo. Una de las cosas más inquietantes de Israel es la inmensa xenofobia que existe contra el extranjero (ya no digo el árabe), una xenofobia que se alimenta constantemente en los medios y en la educación”.

“Lo que hay que cambiar no es a los palestinos, sino a los israelíes, convertir sus leyes en leyes verdaderamente democráticas”.

“A vida em Cisjordânia e Gaza é como viver num cárcere gigantesco”.

“Israel, ao igual que a Sudáfrica do apartheid, é uma democracia só formal”.

Trata-se de umas declarações do assassino árabe em série Kuntar? São parágrafos extraídos de uma conferência do ánti-sionista Sternhell? Do próprio Abbu Mazen talvez? Não! Qualquer de eles minte menos em dez linhas.

Entresacadas de entrevistas realizadas em A Nosa Terra, Vieiros e outros médios pró-israelis, estas joias pertencem ao intelectual espanhol assalariado (“ademáis é de Lugo”) do grupo PRISA, Miguel Asno Murado, que depõe na edição de hoje de “La Coz de Galicia” a seguinte excrecência: "Oh, Hebron"

O nosso cretino favorito destes últimos meses refere-se aos resistentes de Beit HaShalom como um cônclave de fundamentalistas violentos e barbudos armados “hasta los dientes” –mas as mulheres judeas que resistiram na casa de Hebron (e que constituiram a maioria dos ali fechados), para além de ser-vos bem guapas não portavam arma alguma.

Longe de conformar-se com mentir e insultar, como bom judeófobo, chegando a mofar-se dos lugares sagrados do judaísmo, este pimpolho exalumno dos Jesuítas reproduze a patranha, cuja falsidade está mais que demonstrada, do suposto operativo no que o Dr. Baruch Goldstein, HY’D, morreu linchado pela multidão árabe que se preparava para iniciar um novo pogromo em Hebron no ano 1994, tras abatir a tiros a 29 árabes e ferir a mais de um cento. Nem Steve Rambo é equiparável ao desafortunado Dr. Goldstein.

A este tarugo –o rosto, certamente, às vezes é um espelho da alma- que esteve vários anos de vacações pagas num 5 estrelas de Jerusalém a soldo da UNRWA, esse ente fagotizado por HAMAS, e que de maior quere ser como Arturito Pérez-Reverte, com o seu chalequinho de “intrépido periodista” e tudo, alguém deveria aconselhar-lhe (por exemplo os seus papás ou os seus amiguetes da AELG) que se adique a outra coisa, dado que a objectividade que se presupõe ao ofício de periodista e historiador está claro que é um dom do que ele careze. São ofícios que lhe vêm algo grandes de talha. Quedava bem melhor quando emborronava guiões para “Mareas vivas” e “Pratos combinados”.

Eu proponho que Touriño e Quintana lhe deam algo na trapalhada faraônica essa da Cidade da Cultura ou por aí, que total com a milhonada de cartos que já levam ali dilapidados pouco se há notar.

E parecia tão parvo e modosito este Murado quando saiu de Lugo a converter-se em todo um homem…


SOPHIA L. FREIRE

10 Kislev 5769 / 7 Dezembro 2008

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