Ehud Olmert, que afronta uma perseguição criminal por corrupção, está utilizando os seus últimos dias no cárrego para subverter a seguridade israeli e impôr a suas próprias noções políticas ao país –noções rechaçadas pela esmagante maioria dos cidadãos israelis
Olmert tem aceitado libertar a dúzias de oficiais de Hamas, incluíndo membros do “Parlamento” palestiniano e “ministros do gabinete”, como prémio pela negativa de Hamas a libertar ao soldado israeli seqüestrado Gilad Shalit. Quando Shalit foi seqüestrado, Israel capturou alguns líderes de Hamas e meteu-nos no cárcere, prometendo que estariam pressos até que Shalit fosse posto em liberdade.
Shalit não tem sido libertado, mas dado que os terroristas de Hamas foram encadeados baixo uma providência que caduca em 2009, a gente de Olmert quere deixá-los na rua imediatamente, como gesto de boa vontade.
Agora, para além do que supugesse a sentência inicial para estes elementos, sempre poderiam ser retidos e submetidos a uma sentência adicional, e isto poderia ser repetido uma e outra vez até que Shalit fosse libertado. Uma vez libertados, estes terroristas voltarão a pôr bombas e lançar foguetes contra os civis israelis. Mantê-los no cárcere supõe, também, um meio de pressionar a Hamas para que deixem de lançar foguetes sobre Sderot. Mas Olmert não quere ser molestado com argumentos dessa índole. Ele quere que os livros de História o lembrem como algo mais que um deleznável semvergonha.
Mentres, com o entreacto das atrozidades de Mumbai, a camarilha de Olmert segue propugnando a retirada de ainda mais territórios –incluíndo a devolução dos Altos do Golan a Síria. A legislação israeli advirte que isso seria ilegal; mas se a Olmert (esse homem de leis) lhe importasse obedecer a lei, não estaria agora afrontando uma perseguição criminal por corrupção.
Inclusso o Presidente Bush reganhou a Olmert pelos seus propósitos respeito o Golan. Velaqui o insólito espectáculo dum Presidente dos EEUU reprendendo a um Primeiro Ministro israeli pelo seu muito relax respeito a seguridade de Israel.
É divertido imaginar que estaria passando pela cabeça dos dirigentes israelis mentres contemplavam a cobertura informativa da barbárie acaecida em Mumbai. Estariam pensando no antiquados que são esses dirigentes políticos e militares hindus?
Depois de tudo, Índia limitou-se a tratar com os terroristas baleando-os como cães. Aos terroristas ninguém lhes leu os seus direitos antes de serem arrestados, asignar-se-lhes defesa pública, e garantir-se-lhes juízos exemplarizantes. Aos familiares dos terroristas ninguém lhes garantiu benefício algum do sistema de seguridade social hindu, do tipo dos que se lhes oferecem em Israel aos familiares dos assassinos.
Os meios de comunicação hindus não se adicaram a aleccionar ao país sobre como o terrorismo era o seu pago por ser insensíveis e egoñistas. Os políticos hindus não se adicaram a pontificar sobre como “o único que se pode fazer com os inimigos é a paz” e que “não existe solução militar para o problema do terrorismo”. Eles não lançaram chamadas a iniciar conversas com os terroristas nem a garantir-lhes ajuda económica e armamento para que podam contrarrestar aos “autenticamente extremistas”.
Os professores hindus não encabeçaram marchas de solidariedade com os terroristas. Os poetas e escritores hindus não assinaram manifestos nos jornais apoiando as petições dos terroristas. Não se celebraram conferências nos cámpus universitários hindus exigindo que se lhe garanta aos muçulmãos do Punjab o “direito de retorno” aos fogares que uma vez tiveram em solo hindu.
Os acadêmicos hindus não insistiram em que se lhes garanta aos muçulmãos da Índia o direito a exercer a sua própria soberania num Estado muçulmão no território da Índia, nem em que todos os hindus sejam expulsados das áreas de maioria muçulmã. Na terra de Gandhi, ninguém exigiu que a Índia responda às atrozidades pondo a outra meijela porque a repressália poderia agudizar o ciclo de violência.
Em ressumo, que os políticos israelis não tiveram nenhuma dúvida de por que os dirigentes da Índia não quigeram emular a estratégia israeli de Oslo de procurar a paz com o islamofascismo mediante apaciguamentos e concessões de boa vontade.
Doutra banda, Olmert tem tido muito que dizer recentemente sobre lei e orde no plano puramente doméstico. Mas só quando os que protestam são os colonos judeus.
Um dos passatempos mais divertidos dos últimos dias em Israel é ver a súpeta indignação do Governo ante a vulneração das leis. A esuqerda em Israel jamais tem acreditado que a obriga de obedecer a lei fosse com eles. Durante décadas tem promovido motins e insurrecções entre os soldados, animando-os a não servir no exército em tanto Israel não adoptar políticas impulsadas pelo Partido Comunista israeli. Os esquerdistas nunca têm sido perseguidos por isto. A imprensa israeli ensalçava aos amotinados como grandes modelos éticos e gente concienciada.
De forma semelhante, muitos são os que na imprensa israeli aplaudem aos “heróicos” matões e hooligans que atacam à polícia israeli e aos soldados cada semana nos arrededores da valha de seguridade. Esses esquerdistas tratam de vandalizar a valha de seguridade de maneira que seja mais singelo para os terroristas suicidas atravessá-la para assassinar judeus. Por isso também não são perseguidos.
Daquela, por que o establishment político israeli está de súpeto tão interessado em denunciar a violação da lei? Pois simplesmente porque essa violação da lei em questão afecta a alguns colonos do West Bank.
Todo o alboroto está relacionado com os esforços das gentes de Olmert por expulsar judeus de uma casa em Hebron –que compraram e que lhes pertencia legalmente. O axioma operativo fundamental de Oslo tem sido sempre que a paz com os palestinianos só pode estar baseada em acondicionar um território judenrein para os palestinianos, áreas que não estejam emporcadas pela presença de judeus. Alguns jóvenes -aos que não foi dificil quentar os cascos- têm respondido em Judea com certa dose de violência. Em parte, estavam respondendo à fazilidade com a que a própria polícia tem feito uso da força contra os colonos. Alguns incontrolados lançaram pedras contra os soldados que tratavam de desalojar aos judeus, outros brazearam lançando punhetaços. Fique claro que não foi algo para sentir-se orgulhosos, e que desacredita à direita.
Mas se alguém sugerisse que uma família de negros estadounidenses não tem direito a viver num bairro de brancos, os esquerdistas e intelectuais israelis lançariam-se às barricadas em sinal de escândalo e indignação.
Mas quando os judeus tomam a rua para defender o direito dos judeus a viver em Hebron, o escândalo e a indignação tornam-se contra os agredidos. Não se decatam de que estám violando o império da lei?
STEVEN PLAUT
13 Kislev 5769 / 10 Dezembro 2008
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