“As pessoas sensíveis não sabiam como classificá-lo. Alguns consideravam-no uma simples e humilde pessoa, mentres outros diziam que era um louco” (Políbio, “Histórias” 26:1). Fala de Antíoco Epifanes, não de Ahmadineyad.
Existem uma grande quantidade de pros e contras no bombardeo das instalações nucleares iranianas. Numa situação semelhante em 1981, Menachem Begin teve a sorte de ir perdendo na carreira eleitoral e, temeroso da indecisão militar da esquerda se chegavam ao poder, finalmente decidiu atacar o reactor iraqui. Hoje em dia, os israelis nem sequer têm tempo para destronar a Olmert e conduzir, digamos, a Netanyahu ao poder –assumindo que Netanyahu ou Lieberman bombardeariam Iran.
Rezelosos de cumprir com o dever cívico de controlar o Governo, os israelis cifram as suas esperanças para a solução iraniana nos EEUU. Não dará resultado. Em 1981, os EEUU, junto com todos os demais, condearam o ataque de Israel contra Osirak. Bush não é mais falcão que Reagan –embora sim mais imprudente. Em 1981, Iraq era o aliado dos EEUU contra Iran. Actualmente, James Baker corteja a Iran na procura de ajuda para reducir a violência sectária em Iraq. Atacar Iran é uma aposta politicamente nefasta para os EEUU.
A bomba nuclear iraniana supõe um perigo muito moderado para os EEUU. Inclusso os ayatolas são o suficientemente sensatos como para evitar bombardear os EEUU. Em todo caso, Iran proporcionaria um escudo nuclear para que Síria, Hezbolah e Hamas agissem contra Israel sem temor duma insuportável repressália com um cenário estilo Líbano-2006. Para alecionar a outros muçulmãos, Iran deveria bombardear uma cidade sunita em Iraq, mas isso seria basicamente fazilitar as coisas aos EEUU, que veriam como a guerra civil que patrocinam em Iraq se converteria na continuação do latente conflito Iran-Iraq.
O respaldo ou o apoio explícito dos EEUU não semelha iminente. Iran é o mais destacado assunto na agenda de Israel. E não deveríamos agardar que outros façam o trabalho por nós.
OBADIAH SHOHER
Etiquetas: Breves de Obadiah
J. disse...
Non se pode decir máis claro.
09/12/08, 22:55