O sítio de notícias israeli na Internet, Ynet (http://ynet.co.il) publicou uma entrada com este encabeçamento: “Abbas quere as suas tropas em Hebron”.
Segundo o autor do artigo, Roni Sofer, “Israel está examinando a possibilidade de ampliar a jurisdicção das forças de seguridade da Autoridade Palestiniana de maneira que inclua Hebron, seguindo uma petição feita pela Autoridade Palestiniana. Isto iria acompanhado de uma reducção progressiva da actividade das IDF na zona”.
O razoamento no que se basea a petição é “evitar que Hebron caia sob controlo de Hamas”.
A reacção israeli, segundo Ynet: “...fontes diplomáticas não rechaçaram categoricamente a proposta, apontando que partes de esta eram essencialmente positivas. As fontes exprimiram o seu apoio à intenção de Fayyad de intensificar a pressão sobre Hamas”.
Há quase 12 anos que Israel entregou mais do 80% de Hebron à “autoridade palestiniana”. Como resultado, a comunidade judea de Hebron ficou submetida aos tiroteios inimigos durante quase dois anos. O Rabino Shlomo Ra’anan foi acoitelado até morrer, Shalhevet Pass foi tiroteado e assassinado. Outros ressultaram feridos. As casas da gentes e os automóveis foram tiroteados no seu interior. Tudo isto, mentres Hebron esteve sob controlo da Autoridade Palestiniana.
Vários assassinatos recentes, incluíndo os de Achikam Amichai e David Rubin vizinhos de Kiryat Arba, e Ido Zoldan de Shomron, foram perpetrados por terroristas de Tanzim: quer dizer, terroristas de base de Fatah.
No momento presente, a cena política israeli está agitada. Olmert cesará em breves horas como Primeiro Ministro. Não está claro que o seu imediato sucessor seja capaz de formar uma nova coaligação ou, se no praço duns meses, os israelis terão de ir novamente a votar. Evidentemente, este não é o momento de começar a fazer experimentos de novo com a vida da gente.
Hebron tem aprendido, demassiadas vezes, o preço de deixar a seguridade das vidas judeas nas mãos do nosso inimigo. Em 1929 perdemos 67 judeus e os sobreviventes foram expulsados da cidade. A continuação da sinatura e posta em marcha dos Acordos de Hebron, em Janeiro de 1997, foi vítima de um ataque imediato. Naquele momento as primeiras armas usadas foram foguetes e bombas incendiárias. Desde Outubro do 2000 até Pesaj do 2002, Hebron converteu-se numa zona de guerra, com ataques praticamente sem trégua efectuados com armas de fogo, dentro e arredor da cidade. Só quando as forças israelis regressaram cesaram os ataques.
Não faz falha dizer que a comunidade judea de Hebron opõe-se vehementemente à proposta esboçada no informe de Ynet, e tomará todas e cada uma das acções necessárias para assegurar que não seja levada a cabo.
DAVID WILDER
(17 Elul 5768 / 17 Setembro 2008)
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