OBAMA CONTRA A JUDEIDADE


O apoio judeu a Hussein Obama é da mesma espécie que a complacência sionista com o Holocausto; não há equiparação possível entre Obama e os alemães.

O liderádego sionista dominante beneficiou-se do Holocausto em vários aspectos. A catastrofe demonstrou a sua sabiduria: desde Herzl, os sionistas falaram da ameaça para os judeus europeus e instaram-os a marchar a Palestina vanamente. Os judeus alemães e polacos negaram-se a emigrar quando ainda podiam, e a história demonstrou que os sionistas tinham razão. A eleição de Obama é uma ajuda semelhante para os judeus estadounidenses de esquerda: durante décadas estiveram dizendo que os judeus não podem seguir confrontados ao mundo gentil e que se deviam assimilar. Advertiram a Israel que não confiara na boa vontade dos Presidentes dos EEUU, e velaqui que se avizinha o que tem pior vontade de todos.

Existe um certo sadismo que os sionistas de esquerda nos primeiros anos 40 e os judeus progres actuais sentem face os seus compatriotas judeus. Ambos, progressistas e sionistas, detestam a massa judea tradicional, cuja só existência lembra-lhes vergonhosamente as suas próprias raízes. Os sionistas procuravam uma nova nação israeli ou palestiniã mais que a juderia da velha Europa. Os progressistas, um feixe de assimilados, interpretam a existência dos religiosos não assimilados ou dos patriotas judeus como uma afrenta pessoal. É tão sadicamente prazenteiro pisotear a vida dos outros, especialmente quando um não se sente responsável! Hussein Obama é, nesse sentido, uma boa aposta contra os israelis.

O outro aspecto do seu sadismo é o masoquismo. Os jornais judeus de 1939-45 amosam o retorzido espírito dos sionistas: escreviam do Holocausto (já em 1939) em termos apocalípticos, invocando frequentemente estremecedoras profecias bíblicas, mas não moviam um só dedo para deter a matança ou aliviar os sofrimentos. Os documentos sionistas do período deixam a inequívoca impressão do prazer masoquista, especialmente o experimentado a costa doutros judeus. Os mesmos pulos masoquistas estám detrás do apoio progressista a Hussein Obama: atormentam-se por ser judeus, por alinhar-se com Israel, por oprimir aos pobres terroristas árabes. Como pode, um judeu que se preze, colocar-se voluntariamente sob a bota de um Hussein?

A vergonha e as incomodidades de não ser como os demais, leva a estes judeus face o cosmopolitismo. Não se trata realmente de cosmopolitismo –a total liberdade de indivíduos que se prezem- senão da fogida do judaísmo às comodidades mundanas. O auto-ódio judeu não necessita ser explícito, muitos pseudojudeus visitam os templos reformistas uma ou duas vezes ao ano e fazem uma doação simbólica para obras benéficas. Percebem a destrucção do judaísmo e do nacionalismo judeu que emana desses templos, mas num último rescoldo de judeidade os seus atormentados espíritos inclinam-se a certa judeidade nominal, em forma de obras benéficas para a comunidade judea.

O cosmopolitismo conduz a um alinhamento masoca com as forças ánti-judeas. Os sionistas evitaram arruinar as suas relações com os Governos britânico e estadounidense que rechaçaram rescatar a um milhão de judeus das garras alemãs. Os Governos Aliados contestaram altivamente que eles não se rendiam à extorsão alemã; resultava-lhes mais fázil conservar os seus “princípios morais” a costa dos judeus. Os líderes sionistas jamais protestaram publicamente, nem intentaram recaudar dinheiro entre os magnates judeus para acudir ao rescate –e humilhar de passo aos Aliados traindo a um milhão de judeus à fronteira, de maneira que as potenças aliadas fossem incapazes de rechaçá-los. Os dirigentes sionistas não queriam ofender aos ocupantes britânicos combatendo-os com um incremento migratório em Palestina desde o polvorim europeu. Nesse contexto, a actitude dos judeus do Partido Democrata americão é fazilmente reconhecível: alinham-se com as forças ánti-judeas para demonstrar que eles não são intolerantes que temam votar por um Hussein.

Ambos, os sionistas de esquerda e os progressistas judeus, exoneram a sua inacção pelo procedimento de botar a culpa à vítima. Os sionistas culparam aos judeus de Europa que não se alçaram para morrer com dignidade. Muitos dos siareiros judeus de Obama culpam a Israel por extender a sua mão aos lobbys dos EEUU e culpam aos religiosos judeus das políticas conservadoras dos EEUU cifrando o seu contragolpe em Obama.

Os sionistas israelis despreçaram aos supostamente degradados judeus europeus, e os judeus progressistas dos EEUU despreçam aos judeus israelis: não recebem visados americãos, vivem na pobreça entre os árabes, luitam em vez de adicar-se a discussões acadêmicas, e, sobretudo, debuxam um perfil psicológico dos judeus estadounidenses como záfios perdedores.

Ambos, os sionistas de esquerda e os progressistas judeus, tratam de fogir da sua judeidade. A tal fim, intentam desesperadamente ocultar a judeidade tras a sua fachada. Um rasgo destacado do discurso sionista sobre o Holocausto foi a sua preteridade: durante a guerra, os líderes sionistas e os jornais descrebiam a catastrofe como algo que já se passara mais que como um processo em curso que podia ser, quando menos, mitigado através da ajuda.

Fundaram o museu Yad Vashem do Holocausto não depois da guerra, senão mentres a catastrofe estava no seu culmen. De forma semelhante, a eleição de Obama pom fim à esperança de frear a Irão. Em certo sentido, um Irão nuclear afasta o problema da identidade dos judeus progressistas de Israel: com tamanhe adversário, Israel não pode permitir-se o luxo de definir a sua identidade, senão que tem que ser sumissa.

O Presidente dos EEUU que mais tem humilhado a Israel, arrastando a sua dignidade pela lama, foi o idealista Jimmy Carter, ostensivelmente débil e curto de mente; ele forçou a Israel a aceitar os seus próprios ideais e abandoar o Sinai a um inimigo que perdera cinco guerras contra nós. Obama tem uma personalidade similar. Depois do seu recente livro sobre Israel, Carter tem uma consideração universal de ánti-semita; a reputação de Obama não é tão rotunda ainda, embora o seu círculo de achegados é profundamente ánti-semita.

Exite e uma esperança com Obama: a sua capazidade de traição. É uma cópia a carbão dos judeus estadounidenses: um perplexo e desarraigado muçulmão, ansioso de alinhar-se com algum líder forte mais que com um pastor ánti-semita, ansioso também de renunciar a este por alguém mais forte –assim falou ante a conferência da AIPAC. Muçulmão de nascimento, desejaria dirigir um exército de infideis contra os seus correligionários do Afeganistão e Iraq. Como os judeus, deveria rechaçar a sua herdança religiosa e apoiar um Israel forte mais que nenhum outro Presidente. De igual forma que os políticos judeus da Diáspora conformam parte dos piores ánti-semitas, Obama poderia alinhar-se com os judeus contra os muçulmãos. Tal ressultado é imprevisível, mas é possível.

Obama é um apóstata muçulmão de igual maneira que os progressistas são judeus apóstatas. Os muçulmãos de todo o mundo querem a Obama, de igual modo que aos judeus lhes gostava o apóstata Kissinger -que lhe importava um bledo Israel.

A popularidade de Obama é do tipo da de Michael Jackson: é uma estrela êtnica. Os fans entram em éxtase por vê-lo, e a câmbio ninguém agarda que profira nada sensato.

Obama ganhou as primárias porque, de algum modo, os votantes não se tomaram a coisa suficientemente em sério. Numas eleições nacionais as suas possibilidades são exíguas; Clinton tinha bastantes mais possibilidades de congregar aos oponhentes de McCain. Agora os votantes estám muito polarisados: um político conservador curtido, de excelente carácter, contra um “irmão” negro inexperto de filiação religiosa radical. A orige forânea de Obama não teria porque arrastar necessariamente os votos de dúzias de milhões de recêm imigrados: a maioria de eles vinheram na procura de convertir-se em estadounidenses e afastar-se do seu passado forâneo –que lhes é lembrado pelo exemplo de Obama. O facto de que Obama careça de um programa político é o de menos. Os EEUU são uma sociedade madura, e não são susceptíveis de acolher ideias descaveladas. De maneira quase absoluta, a política consiste em pequenos movimentos imperceptíveis –o qual está claro que não é o caso de Hussein.



OBADIAH SHOHER

(14 Elul 5768 / 14 Setembro 2008)

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