OLMERT: “ESQUECEDE A GRANDE ISRAEL”



“A noção da Grande Israel tem deixado de existir, e qualquer que ainda acredite nela enganha-se a sim próprio” dixo Ehud Olmert, no que semelha ter sido a sua última reunião de governo como Primeiro Ministro.

“Quarenta anos depois do final da Guerra dos Seis Dias, seguimos achando excusas para não agir. Isto não faz nenhum bem a Israel”, dixo Olmert aos membros do seu gabinete.

Olmert advertiu que a menos que Israel entregue mais território, haverá que suportar mais pressão exterior para que se conceda a todos os árabes da Autoridade Palestiniã a cidadania num só Estado com duas nacionalidades. “A comunidade internacional está começando a ver a Israel como um futuro Estado único binacional. Podemos provar que temos sido mais imaginativos que a outra parte ao longo dos anos, e que eles têm sido mais obstinados, mas como soe acntecer, a melhor forma de ganhar o debate é não perder de vista o que é verdadeiramente importante”.

O Primeiro Ministro advertiu que “o tempo não está da nossa banda, não porque a nossa causa não seja justa, senão porque o tempo tem as suas próprias repercussões”. Olmert não especificou quais eram essas repercussões, nem explicou porque considera que Israel não é capaz e aturar com elas.

Olmert foi conhecido no seu dia como um político de linha dura reticente a entregar terras. “Admito que esta não tem sidosempre a minha posição. No passado manifesteique o que se asinou em Camp David fora um erro”. Olmert confissou que ele acreditara numa Grande Israel. Referiu-se a Samaria e Judea, o coração da Israel bíblica, como “umas colinas aqui e acolá”.

“Eu acreditava que tudo entre a beira do rio Jorám e o mar Mediterrâneo era nosso. A fim de contas, excava em qualquer sítio e acharás história juea. Mas, eventualmente, tras grandes conflitos internos, tenho-me decatado de que devemos compartir esta terra com o povo que vive aqui –se é que não queremos convertir-nos num Estado binacional” dixo.

O Primeiro Ministro chamou a atenção na fortaleça de Israel, e refutou a ideia de que uma Israel mais pequena, formada a partir da entrega do território judeu libertado em 1967, pudesse incrementar a ameaça para a seguridade israeli.

“Nenhuma outra nação é tão forte e nenhuma nação no Meio Leste pode rivalizar com nós. As ameaças estratégicas que enfrontamos não têm nada a ver com onde estabeleçamos as nossas fronteiras. Podemos discutir sobre detalhes pontuais, mas quando alcanzemos finalmente um acordo acharemos que já não temos à comunidade internacional respaldando-nos ou um sócio nesse assunto. Estaremos abandoados com nada mais que o sentimento de que uma vez mais, como nos últimos 40 anos, estavamos no certo”.

Olmert acrescentou que seria melhor assumir as ameaças –que admitiu que existirão- ao longo da “valha de seguridade” que “fortalecer a ideia de um Estado binacional na comunidade internacional” solicitando o seu apoio para a retirada total ao oeste da valha, assim como a sua crença de que a comunidade internacional tem poder para decidir o futuro de Israel.

“Temos que nos perguntar se renunciar a uma colina aqui e acolá é pior que perder a oportunidade de lograr algo. Este é o motivo pelo que digo que é o momento de discutir a evacuação/compensação. Temos que seguir estudando-o e, eventualmente, discuti-lo no gabinete de governo”, sinalou, referindo-se à proposta de Chaim Ramon, antigo Ministro de Justiça e actual Vice-Primeiro Ministro.

Os comentários e Olmert aos membros do gabinete produziram-se depois duma acalorada discussão da proposta de Ramon, pela qual o Governo deverá oferecer às famílias residentes em Judea e Samaria 1’1 milhões de shekels por abandoar as suas casas e viver noutro sítio de Israel. Ramon, actual Ministro sem Carteira com responsbailidade para a política do Estado, renunciou três meses depois de ser nomeado por Olmert como Ministro de Justiça em 2006, a consequência da acusação com cárregos de abusos sexuais.

O Primeiro Ministro amosou-seconfiado em que, mais cedo que tarde, todos os isrealis compartirão esta visão.

“Chegará um dia, provavelmente mais cedo do que alguns quereriam admitir, em que todos abraçaremos as mesmas soluções que alguns rechaçam agora”.


ZE’EV BEN-YECHIEL

(Fonte: Israel National News, 14 Elul 5768 / 14 Setembro 2008)

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