Amos Oz, ao igual que outros prominentes escritores como David Grossman, A.B. Yehoshua, e Meir Shalev, utilizam o seu especial estátus a fim de adoutrinar às gentes de Israel sobre a conduta apropriada respeito o conflito árabe-israeli.
Durante muitos anos têm estado aliçoando-nos sobre a necessidade da paz, o desejo árabe de paz, a viabilidade dos tratados de paz com os palestinianos, as injustiças da ocupação, e a inutilidade de assegurar uma vitória militar.
Inclusso um somero exame destas questões à luz da terrível realidade em que se têm convertido as nossas vidas, demonstra que estes grandes escritores imaginam a realidade em vez de encará-la como realmente é.
Nos 15 anos transcorridos desde os Acordos de Oslo, os cidadãos de Israel têm sido os coelhinhos de índias destes profetas da paz, e no seu laboratório os coelhinhos que têm ido caíndo –quer dizer, os cidadãos assassinados e feridos- provam a mentira que subjaz na base das suaa ilusóris afirmações sobre a paz.
A capazidade destes escritores para ignorar a realidade manifestou-se no artigo de Yoram Kaniuk, onde proclmava que nenhum Estado poderá derrotar ao islamismo radical. Dixo-o, por suposto, cerrando os olhos à vitória dos EEUU em Irak tras anos de dificultosa guerra, assim como à vitória absoluta de Israel sobre o terrorismo em Judea e Samaria durante a Operação Escudo Defensivo.
Tendemos a pensar que as sentências dos escritores e poetas, como pessoas morais e conscientes, têm mais significância moral e peso que as declarações de um homem de leis. Esta tendência vai em aumento. Estes autores têm sido galardoados, sem dúvida, com o dom da capazidade para escrever e penetrar na profundidade das almas, mas essa capazidade não é aplicável para qualidade inusualmente morais. A este respeito, os pontos de vista dum grande escritor sobre temas que atingem à conciência e aos valores –e, sobretudo, em matérias relativas à seguridade e a diplomacia- não têm porque ser mais acertados que os de qualquer outra pessoa, seja um engenheiro, um fontaneiro ou um sapateiro.
Às vezes um escritor alcança o zénit como eminência humana quando aborda a conduta moral, e outras vezes os escritores e poetas caim a um nível inigualável de injustiça diabólica –como sucede com a gente comum no seu conjunto.
A compleita cegueira destes homens de letras e dos seus colegas ante a decepcionante realidade política e a sua terquedade em não reconhecer o seu erro ante factos incontestáveis, emborralham o seu prestígio moral. Como mestres das letras, são capazes de embarcar-se em qualquer tipo de acrobácia intelectual a fim de poder, quase sempre, ter algo que objectar ante uma guerra na que se vejam implicados os seus compatriotas. São os primeiros em airear o nome da Paz em vao movidos pelo seu desejo de rematar as nossas guerras contra o inimigo, inclusso ao preço de um dano futuro para a sua própria gente.
A guerra contra o movimento Hamas e os seus diversos apoios na Faixa de Gaza é um acto elevadamente moral emprendido pelo Estado de Israel. Hamas é o fluído seminal do movimento expansionista e criminal do Islám e, portanto, o Estado de Israel está no bando dos filhos da luz, que luta por salvar ao mundo dos filhos da escuridade. Os escritores e poetas que exigem o fim da guerra de Gaza estám apoiando lamentavelmente a Hamas, que no fundo suplica por um alto o fogo que evite a sua derrota total.
Só dois dias depois do início do operativo em Gaza, os dois grandes sacerdotes da Orde da Paz, Oz e Yehoshua, sairam pedindo um alto o fogo na imprensa italiana. Esta mesquina forma de actuar, de saír dirigindo-se aos seus governantes num meio de comunicação estrangeiro, criticando a conduta própria na guerra, é exclussiva dos membros do Clube da Paz israeli. Não foi coincidência que estes escritores publicassem o seu chamamento de trégua fóra das fronteiras do seu próprio país.
Desgraçadamente, preservar a sua image ánti-bélica e impoluta aos olhos dos seus amigos europeus é mais importante para eles que a natural solidariedade com os seus compatriotas, que estám livrando a mais justa de todas as guerras.
SHLOMO ENGEL
20 Tevet 5769 / 16 Janeiro 2009
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