Os dirigentes de Yahadut haTorah (Judaísmo Unificado da Torá) e o Mafdal (Partido Nacional Religioso) poderiam ter evitado a desconexão, mas preferiram ter em conta considerações de tipo económico. Agora fogem de Shdod por medo aos mísseis que eles próprios têm propiciado.
“E dizem uns aos outors: Somos em verdade culpáveis respeito o nosso irmão, na medida em que vimos a aflição do seu espírito, quando nos suplicou, e não quigemos ouvir, daí que a sua aflição agora cai sobre nós” (Gênese, 42, 21).
Um nome adequado para esta guerra seria o de “Pecado e castigo”. Aquele pequeno pecado que começou com os malditos Acordos de Oslo e continuou com a expulsão. Rabin falou contra os “medosos da paz” e chamou-nos “agoreiros”. O chamado “Mr. Seguridade” fanfarroneava de que já se passara um ano desde a cessão de Gaza e nenhum missil caira sobre Ashkelon. Quem puidesse abrir os olhos de Rabin para que observasse a destrucção que ele trouxo sobre a nação judea.
Arik Sharon, o bulldozer, tinha milheiros de admiradores que o seguiam cegamente. Ele também prometera paz e seguridade, e anunciara que a expulsão trairia paz ao sul. O resultado é de todos conhecido, três anos depois de que Arik fechasse os olhos. O pecado e o seu castigo são o essencial na actual guerra do sul. O castigo não é ser capazes de dizer “já cho dissemos”, senão aprender a lição, internalizá-la, e agir em conseqüência. Mas isto semelha que tardará muito tempo em ter lugar.
Só seremos capazes de vencer quando os árabes comprendam que não existe alternativa política, senão só a opção militar. Ré-povoar a região inteira e utilizar a opção do exército são as únicas vias para a paz. Qualquer outro plano desmoronará-se como um montão de pó.
As sagradas palavras do Rebbe de Lubavitch, pronunciadas quarenta anos atrás, estám convertendo-se em premonitórias ante os nossos olhos. O Rebbe dixo que qualquer concessão, por pequena que for, seria perigosa para milhões de judeus. Eu tivem a honra de editar as palavras do Rebbe (seguindo as suas instrucções) numa colecção de aforismos, há trinta anos, como parte das actividades que realizava sob a sua direcção. Hoje podemos comprovar que cada pequena coisa que o Rebbe vaticinou tem-se convertido em realidade. Dacordo com o Rebbe a única saída é conquistar Gaza totalmente e reconstruir os assentamentos.
Cada vez que escrevíamos que os mísseis alcançariam Ashdod, muitas celhas arqueavam-se. Ridiculizava-se-nos. Os jaredies de Ashdod estavam tão satisfeitos de sim próprios que, quando acudimos junto eles para tratar de evitar a expulsão, diziam com petulância: “Quem os mandou viver ali? É o seu problema”.
A passada semana, milheiros de eles abandoaram Ashdod, num projecto de recolocação sem compensações. Os mísseis que os têm levado a marchar foram disparados desde os lugares dos que foram expulsos os judeus; os mesmos assentamentos.
O membro da Knesset, Yaakov Litzman de Yahadut haTorah poderia ter detido a expulsão com tão só ter querido. Mas antepuxo as moedas prateadas dos 290 milhões de shekels que o diabólico Sharon colocou na palma das suas mãos. Litzman fora de viagem deliberadamente ao Mar Morto, de maneira que a lei de expulsão/compensação fosse aprovada. E não esqueçamos a vergonha de Zvulon Orlev (líder do Fogar Judeu/PNR), cúmplice necessário da expulsão que evitou a derrota de Sharon.
Cada judeu, onde queira que estiver, debe lutar e fazer tudo o possível para deter as cessões. Não ser cúmplice de nenhum Governo que não proclame solenemente que não entregará territórios. Se não, o processo de cessão continuará, e esta triste realidade extenderá-se ao resto do país.
RABBI SHOLOM DOV VOLPO *
19 Tevet 5679
* O Rabbi Dov Volpo é um firme defensor de que a entrega de partes do território de Israel está terminantemente proibida pela Halajá. Foi o principal promotor, junto com Baruch Marzel, no passado mes de Dezembro da formação política ERETZ ISRAEL SHELANU (integrada na plataforma União Nacional para os comícios da Knesset no próximo mes de Fevereiro).
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