Haniye, Mashaal, e Ahmadinejad ofereceram declarações por separado manifestando a vitória de Hamas sobre os sionistas (segundo informa The Jerusalem Post). Qualquer coisa que não seja a aniquilação é uma vitória para os árabes. De forma semelhante, a maltreita Hezbolá cantou vitória em 2006 e os egípcios acreditavam no seu trunfo em 1973, inclusso a pesar de que Israel ocupara mais territorio do que já dominava antes da guerra.
A Guerra dos Seis Dias marcou um modelo para todos os conflitos posteriores: a vitória de Israel deverá ser humilhantemente diâfana e veloz a fim de ser aceitada pelos árabes. Hezbolá em 2006, e Hamas agora, percebem que lograram resistir às IDF mais tempo do que os exércitos árabes regulares quarenta anos atrás.
Hamas perdeu só de 500 a 700 guerrilheiros, aos que sumar uns 5.000 feridos, só o 20% da sua força. Vários militantes foram abatidos, mas a jovem geração que os há relevar é ainda mais fanática. O liderádego de mediana idade em Hamas já estava aos pés dos jóvenes radicais antes da guerra, e agora terão que se fazer a um lado.
O dano causado à infraestrutura de Hamas é transitório: movidos por considerações económicas, os palestinianos reconstruirão enseguida os túneis clandestinos. Os beduínos do Sinai, que vivem do contrabando, abortarão qualquer intento do Governo egípcio por rematar com o tráfico de armas. Os beduínos têm desafiado exitosamente as medidas do seu Governo em várias ocasiões: quando estám submetidos a pressão, adicam-se a cometer actos terroristas contra a infraestrutura turística no Sinai, e o Governo de Mubarak sempre remata por afrouxar a correia.
Os países árabes têm prometido mais de 2.000 milhões de dólares para reconstruir Gaza. Como é habitual, faltarão à palavra dada, mas com tão só a quarta parte dessa quantidade os danos producidos pela guerra poderão ser subsanados. Embora o dinheiro se canalizará através de Abbas, rematará beneficiando aos construtores e obreiros afiliados a Hamas.
Os habitantes de Gaza, que têm vivido durante décadas em situações extremas dentro de esquálidos campos de refugiados, esquecerão enseguida a destrucção e continuarão apoiando a Hamas.
OBADIAH SHOHER
23 Tevet 5769 / 19 Janeiro 2009
Etiquetas: Breves de Obadiah
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