A NOSSA LIBERDADE OU A DE ELES


O principal problema da desconexão de Gaza foi privar aos serviços secretos israelis da liberdade de operar na zona. As IDF, incluíndo a Polícia de Fronteiras, e o Shabak exercem uma estreita vigilância sobre os militantes palestinianos do West Bank –e o mesmo se passava em Gaza. Inclusso os oficiais palestinianos de mais elevado rango agacham a cabeça quando são amonestados pelas unidades especiais. A liberdade israeli para levar a cabo operações no West Bank não pode ser discutida, senão que é certamente enorme. Todas as figuras de nível intermédio e, nalguns casos, todas as máximas figuras são susceptíveis ali de ser objectivos das operações rutinárias de Israel. Advertide o enorme trabalho clandestino que subjaz tras essa porcentagem do 99’97 %: porcentagem de éxito na prevenção de acções terroristas.


A quase absoluta falha de implicação dos árabe-israelis no terrorismo não é produto da sua lealdade, senão das mastodônticas redes de inteligência desenvolvidas por Israel no meio da sua população árabe. Quando Israel decide manter-se à mage em sítios como Jenin, o problema não é um punhado de terroristas fogitivos que se puiderem esconder ali; o problema é o estabelecimento dum refúgio seguro à marge dos serviços de inteligência israelis, um sítio onde os terroristas poidam planificar os seus golpes sem temor a serem descobertos.


Gaza convertira-se num grande refúgio seguro para os terroristas, com múltiples empraçamentos para o lançamento de mísseis desde ali. Como sucede em qualquer negócio, o terrorismo retroalimenta-se do seu próprio éxito. Como qualquer empressa, as empressas terroristas desenvolvem-se mediante clústers.


Ariel Sharon acabou trunfalmente com os militantes palestinianos de Gaza nos primeiros anos 70, levando a cabo centos de arrestos e expulsando 160.000 árabes. Em 2008, Israel fracassou no seu intento de pacificar Gaza, apesar de ter encarcerado dez vezes mais terroristas e matado um número semelhante ao de Sharon. O re-assentamento massivo –embora não foi intentato no 2008- não teria ajudado, dado que Hamas tem uma presença já estável em todas as áreas susceptíveis de ser destino desse re-assentamento. Israel e Jordânia controlam aos militantes palestinianos no West Bank, mas a desconexão israeli de Gaza criou ali uma perfeita incubadora, permitindo a Hamas realizar o sonho de qualquer grupo terrorista: um refúgio seguro. Não menos importante foi o cesse do castigo colectivo e das severas repressálias diante de cada acto terrorista, embora fosse menor: os habitantes de Gaza –acostumados desde há muito tempo às retribuições severas- acharam a sua ausência quase como uma recompensa. A actividade ánti-israeli está metastizada na sociedade palestiniana, e agora a única maneira de rematar com este sentimento é extirpando essa sociedade. Ou seja, expulsando a todos os palestinianos.

OBADIAH SHOHER

22 Tevet 5769 / 18 Janeiro 2009

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