UTJ RECHAÇA A FARSA DE SHAS

Shas, Likud e Lieberman têm chegado a uma hipócrita componenda sobre os matrimônios civis: só estarão permitidos aos não-judeus. O Rabbi Eliyashiv, da UTJ (Judaísmo Unido pela Torá), rechaçou o acordo baseando-se em aspectos práticos: a Corte Suprema abrirá o abano dessa restricção razial na lei e permitirá também os matrimônios civis entre judeus –o que lhes permitiria casar com não-judeus, que são abundantes em Israel.


Teoricamente, a Corte Suprema não deveria intervir no facto de que Israel tiver dois sistemas de matrimônio diferenciados, um para os judeus e outro para os muçulmãos. Logicamente, oferecerão um terceiro sistema para as demais denominações. Mas o Rabbi Eliyashiv sinala acertadamente que a Corte Suprema trata aos muçulmãos de modo preferencial respeito aos judeus, e dixo que não será cúmplice na criação duma jurisdicção matrimonial separada de modo encoberto.


Netanyahu não pode formar uma coaligação de direitas sem UTJ, e Lieberman está firmemente comprometido com os matrimônios assimilacionistas. O tema não é moco de pavo: este é um Estado judeu, e se os não-judeus não podem casar à sua conveniência é o seu problema.


Também cabe a possibilidade de que Netanyahu trate de “captar” uns quantos membros de Kadima a fim de compensar a ausência de UTJ.


Mentres, Olmert segue no seu posto, escaralhando-se provavelmente de todos eles.



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