“Silent Exodus” foi seleccionada no Festival de Cinema Internacional de Direitos Humanos (Paris, 2004) e apresentada na Convenção Anual de Direitos Humanos de Génova esse mesmo ano.
Em 1948 perto de um milhão de judeus viviam nos territórios árabes. Mas em escasamente vinte anos, converteram-se em fugitivos esquecidos, expulsados da sua terra natal, esquecidos pela história, e ignorados sob uma densa capa de silêncio.
Mas 1948, o começo do seu éxodo, foi também o ano do nascimento do Estado de Israel.
E, mentres os exércitos árabes se preparavam para invadir o incipente país de refúgio, os superviventes da Shoá íam chegando também em barcos atestados. Ao mesmo tempo, uns centos de milheiros de árabes preparavam-se para fogir dos seus fogares, convencidos de que aqueles regressavam como venzedores e conquistadores. Os judeus, porém, redescobriam a Terra que lhes fora prometida.
Procedentes de Marrocos, Algéria, Tunísia, Líbia, Egipto, Síria, Irak ou Yemen, tendo perdido tudo quanto tinham, os seus amigos, os seus seres queridos nos cimitérios, acudiam prestos a reconstruir as suas vidas. Sem exigir jamais compensações ou direitos de retorno. Nem sequer que a sua história fosse contada.
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